Crianças Francesas Não Fazem Manha

Crianças Francesas Não Fazem Manha Pamela Druckerman




Resenhas - Crianças francesas não fazem manha


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Flor Baez 01/07/2013

Isto não é um guia de pais preguiçosos
Tenho uma filha preciosa, que completa 3 meses no dia 10 de Julho. Foi uma verdadeira revolução na minha vida, de repente você tem que sair do foco minúsculo do próprio umbigo e ir além. Não quero me estender muito, pois vou mesmo falar sobre o livro “Crianças francesas não fazem manha”, da jornalista Pamela Durckerman. O título faz com que muitas pessoas logo torçam o nariz, porque as palavras ‘manha’ e ‘francesas’ provocam uma desconfiança na maioria das pessoas. Eu nem ia escrever sobre este livro aqui, pois o foco do meu blog não é a maternidade em si, mas não resisti.

Cheguei nesse livro por acaso, através da indicação de uma amiga, depois de praticamente dois meses sem dormir, com olheiras que chegavam nos joelhos, exausta, irritada, cansada tudo por conta das noites mal dormidas. O sono da Kalindi era uma caixinha de surpresa e eu nunca sabia o que me esperava mais tarde, então a noite caia e eu já começa a sentir calafrios, um desespero.
Devorei o livro em meio tempo e fiquei encantada com a “educação francesa”.

O único item que não concordei foi com a alimentação. As francesas não costumam amamentar seus filhos, dão sem dó nem piedade fórmulas em pó, isso para não atrapalhar o ritmo da vida. “O leite em pó pode ser pior para os bebês, mas sem dúvida torna os primeiros meses da maternidade bem mais relaxantes para a mãe francesa”. Credo!!! Não sou a favor disso. Acho a amamentação linda e deliciosa. Apesar de ter tido candidíase mamária, leite empedrado, eu insisti e não me arrependo, hoje é uma delícia ver minha filha mamando e me olhando. É um vínculo muito forte, muito bonito. Eu, particularmente, quero amamentar minha filha até 1 ano. Respeito as mães que dão peito para uma criança de 2,3,4 anos de idade, mas eu não vou fazer isso e certamente vou receber comentários agressivos das fanáticas por amamentação. Cada mãe deve saber o que é melhor para o seu filho e a sua família.

O ponto que mais me animou foi sobre o sono, afinal de contas, como uma criança de 2 meses já consegue dormir a noite toda? As mães francesas ensinam seus filhos a dormir, e sem largar no berço chorando até cansar. Eles chamam de “a pausa”, mas não vou escrever sobre a técnica aqui, ela precisa ser compreendida dentro do seu contexto, mas basicamente você precisa ensinar o seu filho a ter paciência desde bebê.

“Os estudos que li mostram que, quando uma criança dorme mal, afeta o resto da família, inclusive provocando depressão na mãe e prejudicando o funcionamento geral da família. Inversamente, quando os bebês dormem melhor, os pai relatam que o casamento melhorou e que se tornam pais melhores e menos estressados.” Pura verdade! Eu aqui em casa vivia cansada, irritada, exausta e acabava sem paciência para o meu marido e dando coices gratuitos a todo instante.

Sei que comecei a criar a rotina do sono com a Kalindi e tenho tido sucesso, mesmo que ela ainda não consiga ir a noite toda. Ela dorme às 21h, acorda as 4h para mamar, volta a dormir e acorda novamente as 7h30, 8h. O livro ensina que os bebês são capazes de aprender, quando existem adultos dispostos a ensinar. O livro está longe de ser um manual para pais preguiçosos e sim um guia que nos ajuda a compreender melhor o comportamento das crianças e como é importante que elas sejam autossuficientes. Criança precisa de horário, de rotina, assim como o casal também precisa do seu tempo. Hora de criança, hora de adulto. Os pais também precisam de um momento para eles, seja para namorar, ler um livro, tomar um vinho ou meditar.

Outro ponto super bacana da educação francesa é ensinar as crianças a esperar. Hoje o que mais se vê por ai são crianças cheias de vontades, desejos que precisam ser atendidos instantaneamente se os pais não quiserem presenciar um espetáculo de birra. Faz parte do processo, sempre que a criança pedir algo, deixar esperando um pouquinho que seja.

***
O livro diz que as crianças francesas comem legumes e verduras sem reclamar, cuspir de volta no prato, e que a hora da refeição não é um martírio penoso e exaustivo. Todos os alimentos são apresentados cem mil vezes se for necessário. O segredo é você oferecer pratos diversos, se a criança não gostou de berinjela, espere, e uma semana depois faça um prato diferente, e se ainda assim não gostou, espere e faça outro prato diferente, até o paladar da criança aceitar. Elas também são envolvidas no preparo das refeições, sempre que possível e existem muitas atividades gastronômicas voltadas para o público infantil, assim eles podem conhecer os alimentos, os sabores, as cores, as texturas e se apaixonar por esse universo gostoso.

“Na França, a mensagem social dominante é que, enquanto ser pai e mãe é muito importante, isso não deve suprimir os outros papéis da pessoa.” É muito comum, sobretudo as mulheres, perderem sua identidade no inicio da maternidade, por estar completamente envolvida nos cuidados com o filho, mas eu acredito que aos poucos seja bom e importante que a mulher vá retomando sua vida, sua rotina e tenha em mente que ela não é somente mãe, ela é mulher, profissional, e por ai vai. Tudo bem que o inicio exija uma pausa, uma dedicação exclusiva, mas, no meu ponto de vista, tão logo se sinta preparada, é importante que a mulher volte com os seus projetos de vida.

“Tenho duas amigas que não trabalham. Sinto que ninguém se interessa por elas”, diz Daniele. Ela é jornalista, tem 50 e poucos anos e uma filha adolescente. Quando os filhos crescem, qual é a sua utilidade social?” É muito comum ver mulheres que abdicaram de suas vidas para se dedicar ao lar, e tão logo os filhos partem para viver suas histórias elas entram em crises existenciais homéricas porque não conseguem mais ver sentido em sua vida. O que eu percebo, nessas bandas de cá do Brasil, é que as mulheres brasileiras subtendem que ser uma boa mãe é sinônimo de anulação, de martírio e sacrifícios extremos. E se você começa a pensar em soluções para facilitar o seu dia-a-dia, você não é boa o suficiente.

“O que realmente fortifica as mulheres francesas contra a culpa é a convicção de que não é saudável para as mães e para as crianças passarem o tempo todo juntas. Elas acreditam que existe um risco de sufocar as crianças com atenção e ansiedade, ou de haver o desenvolvimento da temida relation fusionnelle, na qual as necessidades da mãe e da criança estão misturadas demais. (...) Se seu filho é único objetivo na vida, isso não é bom para a criança.” E também tem o inverso, que costumo ver dentro do meu ciclo de amizades, de pais que colocam o filho na natação, no judô, na capoeira, no balé, no inglês, no mandarim, no kuduro, no tênis, no escoteiro e a fim de dar mais tempo livre para si. Erro! Inventam mil e uma atividades para as crianças desnecessariamente. Ter a agenda cheia não significa necessariamente que a criança está de fato aproveitando tudo que realiza.

O livro também fala sobre a disciplina, sobre a autoridade que os pais precisam ter com os filhos, para que eles saibam respeitar e compreender os “nãos” que recebem. É ruim para a família ter um filho rei. “Sem limites, a criança vai ser consumida por seus próprios desejos.” Não só as crianças, mas qualquer indivíduo que não saiba lidar com a frustração de não ter seus desejos atendidos irá sofrer.

Enfim. Não moro na França, só fui a passeio e não tinha filhos, então não observava as crianças. Mas o livro é uma ótima pedida, sobretudo para as mães de primeira viagem, como eu, que tendem a ser mais desesperadas. O melhor é você absorver o que achar importante, descartar o que não for legal e usar a sua intuição de mãe para educar seu filho da melhor maneira possível.

http://papricadoce.blogspot.com.br/2013/07/clube-do-livro-criancas-francesas-nao.html

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Paty Cambuy 27/10/2019minha estante
Gostei muito da sua explanação. Estava com preconceito do livro agora vou ler




Madalena.Leite 29/03/2021

Essencial
Com uma escrita leve e fluída, a autora nos conduz por sua experiência de ser uma americana, casada com um inglês, que cria filhos na França. São uma série de diferenças culturais muito interessantes. Nem tudo que eu li eu concordo, mas achei importante ver outro modelo de parentalidade diferente do brasileiro. Assim podemos tirar o que é mais proveitoso de cada cultura. Recomendo para todo mundo que tem ou pretende ter filhos. Eu adorei.
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#Anafox 20/02/2022

Me pareceu bastante interessante... principalmente ao comparar nos finalmente, a diferença entre alunos de faculdade franceses e americanos. Embora torne a vida dos pais mais fácil, aparentemente, há consequências em longo prazo. Ou seja: justamente pela a educação francesa fazer de você uma criança obediente, há uma tendência em se manter assim. Recomendo a leitura deste seguido por Educação positiva, da Jane Nelsen, para compreender as consêquencias de uma educação assim.
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Karina 06/10/2020

Interessante, mas...
A escrita é muito digressiva, os dados são apresentados de forma imprecisa e vários fatos são descritos sem uma maior finalidade... (parece que a autora quis encher linguiça).

Apesar disso, a intenção do livro é muito interessante, a cultura francesa distoa muito em relação à americana e, por conseguinte, à brasileira também.

O choque cultural, as observações da autora quanto aos hábitos, habilidades, regras e tradições francesas dão ao livro certo valor.

No entanto, acredito que ler algum resumo do livro com as principais informações seja até mais interessante que ler o livro na íntegra.
Marciele.Claus 07/04/2021minha estante
Eu achei que a autora misturou muito a vida pessoal e uns fatos bem desnecessários, ninguém queria saber se ela estava em Paris por causa de queijo, ela cita isso mais de uma vez e detalhes bolos, alguns até que fazem ver a personalidade da autora e desacreditar um pouco, mas os fatos são interessantes. Poderia ter umas 50 páginas com as partes importantes, o resto pareceu carência e desabafo, ou "minha vida é muito importante vou compartilhar"




meandros 18/03/2013

Crianças brasileiras também fazem manha
Não é apenas mais um livro sobre gestação e de como criar filhos pequenos. Ao contrário das várias outras obras famosas deste gênero (como "O Que Esperar quando se está esperando" ou "Nana nenê", que a autora não perde a chance de cutucar ou zombar descaradamente), o título não pretende apresentar uma fórmula infalível para criar crianças saudáveis, bem-educadas e felizes. O que este livro simplesmente quer é comparar as culturas americana e francesa na educação de crianças.

Pamela Druckerman é uma jornalista americana que larga a vida de correspondente internacional de finanças para se casar com um inglês e morar na França(?!). Lá tem três filhos e se vê no dilema entre educá-los a partir de dois sistemas de valores bastante distintos. O livro é o fruto de uma observação cuidadosa do cotidiano, pesquisa jornalistica a respeito de culturas nacionais, busca de -boas- fontes científicas que fundamentem as observações e muito bom humor.

É claro que o texto acaba trazendo algumas dicas e macetes(o tom de quase o livro inteiro é de enaltecimento aos métodos franceses e auto-depreciação americana), mas ao invés de trazer "cases de sucesso", prefere ilustrar com hilários casos de fracasso, usualmente de seus próprios filhos.

No fim das contas acaba propiciando uma ótima reflexão acerca de como representamos e agimos com nossas crianças. E é incrível o quão próximo nós brasileiros estamos dos americanos e longe dos franceses.
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Anny 27/05/2020

Desamparo aprendido
Esse livro é sedutor, afinal não seria incrível o seu bebê de 2 meses aprender a "cumprir as noites"? O problema é que a técnica que esse livro ensina e incentiva, nada mais é do que o que a psicologia chama de desamparo aprendido. Pais e futuros pais, o seu bebê ou a sua criança não têm a capacidade neurológica necessária para autorregular suas emoções, para isso eles pedem a ajuda de seus cuidadores com a única forma de comunicação que sabem: o choro. Quando negamos amparo quando o bebê chora estamos simplemente submetendo seus cérebros em formação a descargas de cortisol desnecessárias. Os bebês e crianças constroem suas redes neurais fio a fio com a ajuda da estabilidade emocional dos seus pais, os quais já tem seus sistema emocional maduro, caso essa ajuda seja negada estamos condicionando esse pequeno ser a um desenvolvimento disfuncional. Eu entendo a exaustão das mães e dos pais e por isso precisamos de licenças maternidade/paternidade maiores, entre outras lutas que ainda estamos buscando, mas não é por meio da negligência dos filhos que chegaremos a uma sociedade melhor. Sugiro que busquem informações baseadas em ciência em páginas como a da psicológa Marcia Tosin no instagram: criacao_neurocompativel.
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jess.carv 17/11/2023

Crianças francesas não fazem manha
Primeiramente, não sou mãe, tenho só dezoito anos mas o livro me interessou KKKKKKK eu achei muito didático, me trouxe muito conhecimento sobre educação e visões diferentes de como educar uma criança. acho interessante esse tipo de livro até para quem não é pai/mãe, pois expande bastante tua visão de como funciona uma criança e te faz repensar antes de julgar um pai/mãe na rua, enfim, foi bem enriquecedor para mim! aprendi bastante, e se um dia eu decidir ser mãe, com certeza irei relê este livro.
ps: como praticamente todo livro, há o que eu concordei e o que não, eu só pego o que serve para mim, eu não concordar com algo do livro, não faz ele ruim ou algo do tipo.
Selene.DiaZ 17/11/2023minha estante
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Solinercia 06/07/2023

Um livro essencial sobre educação infantil
Em meio a uma constante pressão pela americanização da educação infantil, esse livro é um excelente respiro. É importante ler ele com um olhar crítico, entender que nem tudo deve ser aplicado ao pé da letra, como por exemplo a cultura de amamentação (ou melhor, não amamentação) francesa, que não é exatamente saudável para o bebê. Mas em quesito de educação relacionada à comportamento, sono, alimentação, estabelecimento de limites, o livro é genial. Acredito que possa ser uma excelente fuga de um ensino excessivamente permissivo à criança, mas um excelente estímulo ao respeito a ela e autonomia durante a fase de crescimento.
Enquanto professora, consigo ver na prática alguns efeitos das discussões propostas no livro, e como o reflexo da educação familiar e escolar desenvolve a mentalidade da criança. Com certeza, muitas das lições aqui presentes podem ser aplicadas com excelência, para a felicidade dos cuidadores e das crianças.
Mesmo distante de ter filhos nesse momento, o livro é um essencial para todos aqueles que pretendem lidar com crianças algum dia, seja através da família ou do trabalho. Recomendo muito a todos, sempre readaptando as questões necessárias a partir da nossa própria cultura educacional.
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Analu. 16/03/2021

Descobri que sou uma mãe francesa
Esse livro não é um guia passo a passo de como fazer seus filhos serem educados. Ele é mais uma comparação da maternidade americana com a Francesa e como a criação francesa faz as crianças serem mais educadas e maleáveis.
No caso, uma criação mais rígida onde os pais são os que decidem e não deixam os filhos dominarem suas decisões. Sempre fui vista por outras mães como chata e exigente demais. Mas oq mais vejo hoje em dia são crianças mimadas fazendo o que bem entendem.
Não me deu nada de muito novo porque já é oq faço diariamente, mas fez eu entender como a criança sente e se comporta e me sentir confortável de que não tô indo pelo caminho errado, vejo o fruto disso no meu filho.
Também, conheci mais a cultura francesa, da vontade de pegar um avião e ir pra lá.
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PRiX 17/04/2021

Uma análise dos costumes EUA x França
Em uma narrativa cativante a autora Pamela Druckerman (ela americana) conta da sua vida a partir de quando conheceu seu marido Simon, um inglês e foram morar em Paris. Na cidade luz tiveram uma filha e gêmeos, três anos depois.

Desde a gravidez ela percebeu que o universo da maternidade na França era bem diferente dos Estados Unidos. A partir de então ela faz goalstosas divagações com base nas situações que ela ia vivendo, tudo isso regado a muita pesquisa feita! Ela, como boa jornalista, traz dados de pesquisas científicas e de experts da
área de forma leve e interessante, tudo muito bem amarrado ao contexto e à situação a qual se refere.

Desde gravidez, maternidade, amamentação, sono do bebê, babá versus creche - em outra isntância o livro é uma análise cultural de dois países tão bem feita e observada... Eu como internacionalista fui ao delírio!

Então: se quer ser mãe, está grávida, tem filhos ou se interessa pela cultura dos países, leia esse livro! É um deleite, além de muito bem escrito!
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Vanessa 10/03/2023

Um acalento para a alma
Estou grávida do meu primeiro bebê. Vi a recomendação desse livro no Instagram e logo comprei. E nossa. Que leitura maravilhosa.
Gostei muito da forma que a autora vai narrando sua vida ao mesmo tempo que fala sobre a questão francesa para educação dos filhos. Muitas das minhas inseguranças foram tratadas.
Não concordo com absolutamente tudo que os franceses fazem, mas achei interessante saber como fazem.
É um ótimo livro para quem está entrando no mundo da maternidade.
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Caroline Gurgel 21/06/2017

Muito, muito bom!
Subestimei demais este livro. Um dos motivos foi por ter ouvido falar que a autora recomendava deixar o bebê chorando por um bom tempo para discipliná-lo. E, bem, ela não faz isso. Na verdade, diferente do que imaginei, ela não recomenda nada. Pamela Druckerman apenas diz como as coisas são na França. Simples assim!

A autora, uma jornalista novaiorquina que se muda para Paris depois de se casar, começa a observar as diferenças comportamentais entre franceses e americanos quando engravida de sua primeira filha. Eu não esperava que o livro fosse quase um relato de uma experiência pessoal, então estranhei um pouco o começo, quando ela estava se apresentando, mas após entender o propósito do livro, passei a gostar bastante.

Quem espera um manual, uma lista de problemas e soluções ou algo do tipo, irá se decepcionar. O livro é mais para entender, de uma maneira descontraída e bem-humorada, a filosofia francesa de educar (que não é lá muito bem-humorada, rs). Se ela é boa ou ruim a médio e longo prazo não se sabe, mas ela parece funcionar ali, no quesito disciplina e boa alimentação, na primeira infância.

Entendendo essa filosofia, o leitor pode incorporar à sua rotina, dentro de seus princípios, os hábitos que julga bons, mas a verdade é que não dá para “ser francesa” fora da França. Os franceses parecem dispostos a seguir as mesmas regras sociais [sem nem perceber], incluindo corrigir deslizes dos filhos dos outros. A maneira como eles educam os filhos é muito homogênea, o que facilita a vida de todos. Não tem, por exemplo, uma tia oferencendo doce na hora errada ou deixando o sobrinho bagunçar toda a sua casa. É como se, em prol de uma sociedade sem crianças birrentas, todos se empenhassem.

Essa homogeneidade pode parecer fantasia da autora, mas já li o mesmo em outros livros, como Piquenique na Provence, de Elizabeth Bard, jornalista americana casada com um francês. O livro de Bard não foca na maternidade, mas como ela engravida e tem um bebê, seu relato se assemelha muito – muito mesmo – com o de Pamela.

Não existe muita novidade nas “técnicas” francesas, são os famosos limites, a diferença é que eles conseguem seguir com rigor e firmeza o que julgam correto.

O livro é bem escrito e muito bem estruturado, e, mesmo que não se concorde com toda a filosofia educacional francesa, há sim bons hábitos e boas dicas (muitas!) para serem incorporadas ao nosso dia-a-dia. De toda forma, tendo filhos ou não, é uma ótima leitura para quem gosta e quer entender um pouco mais do estilo de vida francês. Vale a leitura!

ig: @historiasdepapel_

site: historiasdepapel.com.br
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Alexandre.Debona 04/05/2020

Excelente
Para adultos, pais e avós, ajuda a pensar sobre si e os filhos. Uma leitura pra vida.
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Virginia Barros 01/05/2020

Educação cultural
Quando a jornalista americana Pamela decide se mudar para Paris e se casar com um britânico, ela nem imagina a diferença a França fará na educação dos filhos.

As francesas fazem questão de manter a calma e a vida pessoal mesmo depois de se tornarem mães. Elas acreditam que os bebês são capazes de entender desde muito pequenos e já começam a educá-los cedo.

Para as francesas, educar significa ensinar, explicar e repetir com assertividade, mas também escutar a criança, o que não significa fazer sempre o que os filhos querem. Os pais precisam deixar claro que estão no comando e quais são os limites para as crianças.

As diferenças entre as mães americanas e francesas são apresentadas pela visão da autora, enquanto ela conta histórias divertidas de sua experiência como mãe americana em Paris. Para todas as mães que querem uma nova visão sobre a educação dos filhos!
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