Erica 03/10/2011
Pude ver cada cena ao ler este livro. Cada personagem e lugar com as suas características, umas mais marcantes outras nem tanto. Impressionou-me o amor que a Dama sentia por Armando (seu par no livro).
O fato dele estar arrependido só foi esclarecido à mim no final. Talvez por isso, o procurar constante de algo de sua amada, terminou que conseguiu achar um amigo que comparecera ao leilão dos pertences da jovem Dama que havia falecido, tal amigo que escutou-lhe falar sobre toda sua história que envolvia Marguerite Gautier (a dama). Em seu relato ele fala de sua paixão ao ver Gautier no teatro, logo depois procurou saber mais sobre ela até um dia encontra-lá. E este dia não foi muito longe. Já sabia de sua vida e do que mais doía nele, ela era uma cortesã. Isso o deixava arrasado, principalmente depois de seu romance com ela ter ficado mais intenso.
O romance deles que cada vez era mais forte foi ficando cada vez mais confuso e complicado. Duval não aceitara que Marguerite fosse uma cortesã e que vivesse as custas de outros homens. Orgulho? Talvez.
Ah...Quase esqueci de comentar: Prudence, amiga leal a Merguerite, sempre estava ajudando sua amiga, saiam sempre juntas, enfim.
Quando a "poeira baixou", mudaram-se para uma casinha em um campo, longe de suas antigas moradias. Lá viveram tranquilamente, mesmo com Gautier doente. Até que o pai de Duval convence a moça de largar seu filho, pois o casamento de sua filha dependia disto. O autor não comenta isto de primeira, somente no final, então, ela vai embora apenas deixando uma carta de despedida para seu amado que pensa que ela o traiu da forma mais horrível possível. Ele a procura nos teatros, mas poucas vezes aparecia, estava vivendo agora com o Conde G. que a sustentara. Gautier marcou um encontro com Armando em sua morada, sabendo que o Conde G. não chegaria a ponto de vê-los. Foi uma noite tranquila, porém, depois dela, Armando foi insensível após ficar com raiva de Marguerite, mandou-lhe uma carta com uma nota de cem e disse "Desculpe, quase esqueci de pagar a noite passada". Foi um choque para a Dama. Agora, ela o via sempre acompanhado de outra mulher, que ele só ficava para causar algo mais forte do que ciúmes em Marguerite. Lembra-se da doença dela? Tuberculose... Seu nível aumentava cada vez mais, parecia que quanto mais Duval a provocava com a outra mulher mais fraca ela ficava. Até um dia ela não aguentar tanta dor. Foi internada, e na mesma clínica faleceu, sua amiga Prudence compareceu aos seus últimos minutos. Marguerite, antes de falecer, conseguiu escrever com a ajuda de uma das enfermeiras (ou Prudence, não lembro-me) uma carta, que pediu para ser entregue a Armando Duval, nesta carta havia escrito tudo. Esclarecia todo o porquê dela o ter deixado, o casamento de sua irmã e o pai que havia a procurado. Ele agora sentia-se culpado por não ter tido a chance de ter-lhe pedido desculpas nem ter estado com ela.
Voltando ao diálogo dele e seu amigo, no "presente passado"... Ele sugeriu ao seu amigo que escrevesse um livro contando sua história e foi isso que ele fez. Armando, depois, mudou-se para o campo para morar com seu pai novamente.