A Dama das Camélias

A Dama das Camélias Alexandre Dumas




Resenhas - A Dama das Camélias


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Regis 13/02/2024

Um trágico e maravilhoso clássico
A Dama das Camélias se passa em 1847 e foi lançado em 1948, em meados do século XIX, foi escrito pelo francês Alexandre Dumas (filho) baseado na experiência de sua juventude com uma cortesã chamada Marie Duplessis que, muito jovem, morreu de tuberculose impactando Alexandre Dumas (filho) a ponto de inspirá-lo a escrever esse romance de cunho autobiográfico.

A narrativa se inicia com o narrador tomando conhecimento do leilão dos pertences de Marguerite Gautier: uma elegante cortesã francesa que acabara de morrer de tuberculose.
A história vai sendo descortinada aos poucos, no início o personagem que narra a história não causa muita simpatia e sua curiosidade me parece completamente despropositada e sem sentido, mas ao seguir adiante, logo Armand Duval aparece e através de suas lembranças e de seu ponto de vista conhecemos Marguerite e seu destino de sofrimentos.

Armand Duval se apaixona perdidamente por Marguerite na primeira vez que a vê e um tempo depois se declara para ela que aceita tê-lo como amante, correspondendo seu amor em pouquíssimo tempo.
Apesar do pouco tempo de vida que lhe resta Marguerite decide que viverá aquele amor, mesmo que a sociedade ache que uma mulher em sua condição não devesse amar e ser amada.

O livro é cheio de questionamentos sobre a prostituição e o tratamento recebido pelas mulheres que são obrigadas a recorrerem a esse meio de subsistência e também levanta questionamentos acerca da hipocrisia da sociedade machista que inferioriza a mulher, achando-se no direito de possuí-las como um bem que denota status para depois descartá-las para proteger o nome da família e uma falsa honra que só é adquirida através do dinheiro.

A leitura é fluída e em um piscar de olhos as páginas voam enquanto seguimos esses personagens tão distantes de nossa realidade atual, mas mesmo assim com uma história de amor e preconceitos que acontecem até os dias de hoje.

Marguerite é muito inteligente e astuta e lida muito bem com o ciúmes, a possessividade, e as vezes, a imaturidade de Armand, que a ama, mas que exige dela coisas impossíveis para uma mulher em sua condição.
Reconheço que senti certa raiva da imaturidade de Armand, que mesmo tendo conhecimento prévio da vida que Marguerite levava, não consegue se abster de causar rugas infantis enquanto ela está apenas tentando sobreviver da única maneira que pode. Marguerite retribui seu amor, mas parece que apenas isso não basta para satisfazer sua necessidade e a todo tempo fica tentando mudá-la, mesmo ciente de não poder assumí-la completamente. Têm momentos em que ele é totalmente egoísta, mimado e cruel.

O amor dos dois, apesar do que citei acima, é um amor verdadeiro, mas, como acontece em muitos clássicos, esse amor terá objeções por parte da família e da sociedade tendo então um fim trágico que já está prenunciado no início do livro.

Magistralmente Alexandre Dumas (filho) soube colocar suas críticas e reflexões sobre a sociedade da época tocando o leitor profundamente com sua autobiografia e a tragicidade do que se passou.

A narrativa da parte final do livro é tão intensa e tocante que é impossível passar por ela sem verter uma lágrima se quer.

Apreciei muito a leitura desse romance histórico, que ainda diz muito sobre as relações de amor e do preconceito da sociedade que, por vezes, ainda parecem os mesmos de séculos atrás.
Recomendo para todos esse grande clássico.
Cleber 13/02/2024minha estante
Linda resenha, Régis! Tenho que parar de passar por aqui, minha lista de 20 livros para 2024 já está ficando com 200 livros :)
Adoro suas dicas de leitura??????


CPF1964 13/02/2024minha estante
Parabéns pela resenha, Regis. Ela estava ótima...aí surgiu como por encanto...."VERTER"...... aí se tornou esplendorosa.... VER sua resenha e TER esta experiência foi inenarrável......


Regis 13/02/2024minha estante
Muito obrigada, Cleber! É sempre bom quando encontramos dicas de bons livros, minha lista desse ano também está crescendo astronomicamente. ??


Regis 13/02/2024minha estante
Agradeço imensamente a você, Cassius, por sempre estar prestigiando minhas resenhas e tecendo elogiosos comentários. ??


CPF1964 13/02/2024minha estante
Me sinto um privilegiado em poder ler as suas resenhas, amiga Regis. Que a sua paixão pela literatura seja eterna. Estarei sempre por aqui lendo e aprendendo com você. Obrigado de ??.


Fabio 13/02/2024minha estante
Essa muié é uma maquina de resenhar!
Que, isso!!! ???
Regis, minha querida, encontrar, adjetivos para as sua resenhas, são uma tarefa o tanto quanto trabalhosa, porque se não caio em vícios de repetição!!!!
Resenha, maravilhosa, e nesse skoob, ninguém resenha, tão bem como você!????


CPF1964 13/02/2024minha estante
Suas resenhas são impecáveis, Fabio.


Regis 13/02/2024minha estante
Também pretendo estar sempre aqui, Cassius, apaixonada por livros. E eu que agradeço de ?.


Regis 13/02/2024minha estante
Você foi bem lisonjeiro, Fábio, mas suas resenhas são sublimes e eu adoro lê-las. ???


Regis 13/02/2024minha estante
Vocês também sentem como é maravilhoso termos a oportunidade de ter essas interações com pessoas que compartilham do mesmo amor que nós?
Me sinto privilegiada de ter conhecido essa rede e poder compartilhar e receber dicas e saber da opinião de outros leitores. Vocês são muito queridos. ??


CPF1964 13/02/2024minha estante
?????


Carol Abrantes 14/02/2024minha estante
Muito bom esse livrooooo


asisoynara 16/02/2024minha estante
Sempre quis encontrar alguém que tivesse lido esse clássico que eu tanto amo! Concordo com absolutamente toda sua resenha. Esse livro é muito marcante e deveria ter mais reconhecimento.


asisoynara 16/02/2024minha estante
Sempre quis encontrar alguém que tivesse lido esse clássico que eu tanto amo! Concordo com absolutamente toda sua resenha. Esse livro é muito marcante e deveria ter mais reconhecimento.


Regis 17/02/2024minha estante
Tem razão, ele é marcante e maravilhoso, Nara. Ainda não consegui esquecer a profundidade de tudo que Marguerite passou, aquele relato final do diário dela não sai da minha cabeça.


HenryClerval 17/02/2024minha estante
Resenha perfeita, minha querida Régis! ??????


Regis 17/02/2024minha estante
Obrigada, Leandro querido! ??




Cris Paiva 16/02/2016

Eu sempre tive curiosidade para ler A Dama das Camélias. No colegial eu cheguei a ler um daqueles livros adaptados, com o resumo da história, mas não entendi muita coisa. Sequer consegui perceber que a mocinha era uma prostituta de luxo. Esses dias, eu andei fazendo uma limpeza em casa e desentoquei umas caixas onde eu guardava a coleção Obras Primas da Abril Cultural, que estavam encaixotadas desde a minha mudança em 2008 (mudança dá uma preguiça...), e aproveitei para ler A Dama das Camélias.
Antes de começar a leitura eu fiz uma pesquisinha básica na Wikipedia e descobri que o autor, Alexandre Dumas Filho escreveu esse livro movido pelo remorso, por conta de uma relação que ele havia tido com uma cortesã que havia morrido. O livro tem toques autobiográficos, e o Armand Duval seria um alter-ego do próprio escritor.

O livro é narrado por um homem que não se sabe o nome, que depois de participar de um leilão dos objetos da falecida Marguerite Gautier, uma cortesã famosa em Paris, e ele compra um livro com dedicatória de um tal de Armand Duval, que dias depois o procura para reaver o livro.
Armand está sofrendo enormemente com a morte da antiga amante, e é acometido por uma febre fortíssima que o põe de cama, e ele aproveita para contar a sua história com a amante para o novo amigo.
Eu fiquei surpresa por me deparar com um livro que trata tão abertamente de um caso de amor com uma cortesã, apesar da historia pegar leve no assunto a vida de prostituta de Marguerite é deixada bem clara para o leitor. Ela é sustentada pelos amantes, vive em festas regadas por bebidas e orgias e apesar de estar doente de tuberculose continua com a mesma vida de antes. Armand se apaixona a primeira vista e praticamente se joga aos pés de Marguerite implorando o seu amor. Ela é uma mulher vivida, com os dois pés firmemente plantados no chão, e está gravemente doente, sabe que tem no máximo, uns dois anos de vida pela frente, e acho que por conta disso que ela decide se entregar ao amor de um rapaz apaixonado e sem fortuna.
Ela assume o novo amante, mas não deixa os antigos que a sustentam de lado. Afinal, ela tem contas para pagar e sabe que não se vive só de amor. Coisa que Armand ainda não aprendeu. Na sua cabecinha de jovem tolo, ele acredita que o amor redime tudo, que Marguerite pode se tornar “pura” pela força única de seu amor.
Entendi perfeitamente a Marguerite, ela se entregou a um amor que ela sabia que seria a sua ultima chance de redenção, mas infelizmente resolveu amar um rapaz idealista e ingênuo. A situação foi demais para ele o que desencadeou os fatos que se sucederam e causaram o remorso que lhe corroía a alma no inicio do livro.
Por ser um clássico do século XIX a narrativa tem outro estilo, mais devagar do que estamos acostumadas e o livro em primeira pessoa se torna cansativo. Mas também não precisa ter medo de ler, pois a historia é bem fluida e curta, quando você percebe, já terminou.
Silvana Barbosa 16/02/2016minha estante
Uns 200 anos atrás - eu era menina ainda , pasme ! - assisti um especial da BBC com esta história . Lembro que era bem triste , me marcou na época . Depois disto todas as vezes que a história é recontada , em qualquer versão , eu paro pra assistir , mesmo sabendo do final , e que vai haver chororô .


Cris Paiva 16/02/2016minha estante
Triste né! Eu sabia o básico, mas me surpreendi com a trama.


Silvana Barbosa 16/02/2016minha estante
Ô . Ah, eu nunca li o livro . Deve ser bem melhor que os filmes sobre ele .


Cristine 18/02/2016minha estante
pensando agora, nunca li o livro e acho que nem vi nenhum filme...só conheço a história de "ouvir falar"!!
a gente escuta tanto falar nesse livros que acha que já leu....rssss




Lari ... 12/04/2024

Vale tudo por amor?
Escrito por Alexandre Dumas, filho, A Dama das Camélias é um clássico que retrata a vida de uma cortesã francesa, Marguerite Gautier e seu amante, Armand Duval no ano de 1847. 

Durante a narrativa somos apresentados a história de amor das personagens e seus conflitos, o que nos faz refletir que mesmo tendo passado mais de 170 anos da sua publicação, a história continua atual, retratando a difícil vida da prostituição, das mulheres que são tratadas como objetos; desejadas as escondidas pois aos olhos da sociedade e dos "bons modos" são descartáveis.

"Todos os que se acercam de moças como eu querem sondar as mínimas palavras que dizemos, tirar uma conclusão das nossas ações mais insignificantes. Naturalmente, não temos amigos."

"O direito de ter coração nos é impedido, sob pena de sermos criticadas e de arruinarmos nosso crédito. Não pertencemos mais a nós mesmas. Não somos mais gente e sim coisas. Somos as primeiras em seu amor-próprio e as últimas em sua consideração."

Logo no primeiro contato, Armand se vê encantado, e apaixona-se instantaneamente por Marguerite, que é retribuído em pouco tempo com o mesmo ardor, embora esse romance se torne forte, ele enfrenta críticas da sociedade e da família de Armand.

Em alguns momentos da narrativa, Armand que mesmo sabendo da vida e das condições de Marguerite, acaba agindo e exigindo coisas que a protagonista não pode fazer, chegando ao ponto de tomar atitudes infantis que machucam a ambos.

Ao final do livro, a leitura se torna emocionante com os os últimos capítulos, que são relatados através das cartas que Marguerite deixou para seu amado, esclarecendo suas atitudes e seu sofrimento. 

"Que minha vida passada não me dava nenhum direito de sonhar com semelhante futuro, e que eu aceitava responsabilidades às quais meus hábitos e minha reputação não davam nenhuma garantia. Enfim, eu o amava, Armand."

Marguerite é uma protagonista forte e determinada, sabe o que quer e luta por sua felicidade, mesmo que curta. Uma mulher que quer viver o amor, mesmo sabendo dos preconceitos que iria enfrentar, se entregando e renunciando aos luxos, por uma vida simples e pacata ao lado do seu companheiro.

"Se os homens soubessem o que se pode obter com uma lágrima, seriam mais amados e nós lhes custaríamos menos."

A história se torna mais emocionante, sabendo que foi baseada no próprio romance que o autor teve com uma cortesã, nos levando a  imaginar o sofrimento do próprio ao escrever esses relatos de uma forma tão profunda e ardente!

Enfim um clássico que deve ser lido com certeza.
Léo 12/04/2024minha estante
Que resenha incrível, Lari! Você escreve muitíssimo bem e, sem dúvidas, despertou meu interesse de ler esse clássico. Parabéns! ?


Lari ... 12/04/2024minha estante
Obrigada pelo carinho, Léo! Espero que goste tanto quanto eu gostei. ??


Léo 15/04/2024minha estante
A resenha está excelente, ler ela fez eu me lembrar melhor do livro. Rsrs
Parabéns! ??


Lari ... 15/04/2024minha estante
Muito obrigada, Léo! É um livro fantástico. ??




Mey 07/04/2022

“A Dama das Camélias” é um romance escrito por Alexandre Dumas Filho, e desde sua publicação, lá em 1852, vem fazendo um sucesso estrondoso. A história de amor trágica entre uma cortesã e um jovem burguês encantou gerações, foi adaptada para o teatro e cinema dezenas de vezes. E já fez muita gente chorar, inclusive eu, lá atrás, com meus 15 anos, quando li esse livro pela primeira vez. Porém, essa emoção não sobreviveu a uma segunda leitura.

O livro conta a história de Armand Duval, que se vê apaixonado por uma cortesã disputada e famosa, Marguerite Gautier, a Dama das Camélias. O livro já começa com Marguerite morta e você sabe que essa história não acaba bem. Vamos ter Armand contando sua história para um desconhecido, que é fascinado pela Dama das Camélias.

Armand está devastado pela culpa e remorso e vai contar como nasceu seu amor, como foi seu relacionamento e porque ele terminou de forma tão trágica. Ele se diz um homem muito apaixonado, que enxerga Marguerite além da sua fama de cortesã e quer salvá-la dessa vida de excessos.

Quando li pela primeira vez, achei lindo esse desejo que ele tinha de ser o protetor de Marguerite, mas nessa segunda vez eu apenas me incomodei. Ele sempre soube o que Marguerite fazia, que ela tinha amantes e aceitou ser amante dela nessas condições. Mas ao longo desse relacionamento ele só cobra, dá ataques de ciúmes, desconfia dela o tempo todo e tenta sempre puni-la se afastando, fazendo uma cena, mas logo se arrependendo e implorando para que ela o aceite de volta. E Marguerite, uma mulher solitária e doente, aceita esse amor torto e doentio, simplesmente porque ele demonstrou preocupação e devoção a ela.

E vendo esses dois se relacionando de maneira torta, eu só consegui enxergar um relacionamento abusivo com forte dependência emocional. Armand torturava Marguerite e ela estava disposta a morrer por esse amor. Meu encantamento por essa trágica história não resistiu a segunda leitura e a única coisa que sobrou foi um desejo irrefreável de dizer a todos, que isso não é uma história de amor.



site: https://www.instagram.com/p/CcElA2UsIq9/
Larissa 03/03/2023minha estante
Você amadureceu, e com isso viu o qual distorcido era esse relacionamento dos 2. É um livro muito interessante para discutir sobre relacionamentos abusivos, e como o protagonista errou muito a obra inteira, mas não tiraria o mérito da obra, pois justamente achei fascinante, para a época que foi escrito, esse relato de romance que foge do amor puro e venerável.


Mey 03/03/2023minha estante
Sim, amadureci e vi que não era saudável. Não tiro o mérito do livro, acho um bom livro, só não vejo com os mesmos olhos de uma adolescente romântica.


Nadia.Peroto 20/07/2023minha estante
Excelente narrativa


Samantha103 11/10/2023minha estante
Eu tive a mesma sensação, fiquei incomodada com a forma como ele tenta justificar seu ciúme injustificado




@ALeituradeHoje 17/10/2017

Um amor para pensar...
Escolhi A Dama das Camélias para ler pelo renome do autor, do livro, de todo o seu significado na literatura, enfim, era A Dama das Camélias... queria ver “qualé que era”.
Li a sinopse e a princípio me deparei com um romance, uma história fofa. Pensei em um livro “gostoso” de ler. E foi. Mas...
Palavras doces, descrições românticas, opiniões sobre a vida e por traz disso, um ponto mais profundo: como o tempo passa (mais uma vez em minhas leituras a constatação de que o ser humano é o bicho mais difícil criado pelo nosso querido Deus), e certas ideias continuam latentes.
Marguerite, linda, inteligente, espirituosa, ... prostituta. A mulher em seu papel mais recorrente. Usada, abusada, mostrada, embelezada e “objetificada”. Em uma época muito mais machista que nossa atual, li trechos que a diferença entre antes e o hoje, é o machismo velado.
Não me intitulo feminista, nem gosto do termo porque acho que destruiriam o real significado de uma luta válida, mas lendo como Marguerite sofreu por ser quem era, li também sobre as mulheres.
Em determinado momento nosso querido Armand, em todo o seu amor, sem intenção alguma de ofendê-la, diz: “Mas gosto mais de ti luxuosa do que simples.” Ele falava em amor, mas e quando ela ficasse velha? E quando o glamour acabasse? Eu sei, era pra ser um elogio, mas as vezes um elogio pode tomar um caminho contrário.
O significado de cortesã na época, daquele nível, difere um pouco de uma “simples” prostituta, e Marguerite diz algo que descreve bem a questão do homem em relação a mulher a qual bancava: “...que despendem sua fortunas não conosco, como dizem, mas com sua vaidade”. O mundo ainda é assim. Quantos homens ajudam nessa ditadura da beleza, e quantas mulher em seus momento vazios, se deixam levar pela necessidade de um lado externo bem mais cuidado do que um bom cérebro?
Nossa, acho que viajei completamente. Mas ler é para isso. Sair na caixa. Sai do mundinho. Fazer pensar. Armand e Marguerite me fizeram pensar.
Por fim, me vi devorando o livro com uma tristeza profunda. Dumas me puxou para dentro da história e depois de começar pensando ser uma “contação” água com açúcar e ir para o discorrer em uma análise sobre as mulher, o escritor me trouxe para o envolvimento com a belíssima história de amor. Um homem profundamente apaixonado e sonhador. Uma mulher que só queria ser amada. E a certeza que todos os louros para o livro e para o escritor são merecidos e justos. Ah! Chorei lendo!
Termino com Dumas. Acho que deveria ser um mantra de todos os escritores: “... mas serei sempre o eco de todo o sofrimento digno onde quer que o encontre.”
z..... 17/10/2017minha estante
Nota?


@ALeituradeHoje 17/10/2017minha estante
Opa! 10... acho que marquei qdo terminei a leitura. ;)


z..... 17/10/2017minha estante
KKK! Estava mais do que claro, em cada parágrafo do seu relato.




Thamiris.Treigher 14/05/2021

"A mais famosa história de amor por uma cortesã"
Um clássico que me prendeu da primeira à última palavra! Uma história com muita intensidade, amor, drama, tristeza, emoção... Me envolvi demais com essa leitura.

Em A Dama das Camélias, Alexandre Dumas Filho conta sua experiência autobiográfica com a cortesã Marie Dupleiss, que na narrativa têm os nomes de Armand Duval e Marguerite Gautier.

Armand, jovem recatado, vindo de uma respeitável família burguesa, se apaixona por Marguerite, a cortesã mais cobiçada dos salões e teatros parisienses. Esse amor provoca uma reviravolta na vida de ambos, em uma relação cheia de fogo, de amor, mas também de inúmeros obstáculos.

Pra quem gosta de clássicos e de muitas emoções, recomendo demais esse livro! Ainda estou despedaçada com tantas emoções.

"Há pessoas que se arruinariam sem nada obter de nós; outras, que nos têm apenas com um buquê".
re.aforiori 03/07/2021minha estante
Este livro hei de ler em breve. Ótima resenha, Thamiris! ??


Thamiris.Treigher 04/07/2021minha estante
Muito obrigada! É um ótimo livro, acho que você vai gostar!


re.aforiori 04/07/2021minha estante
Sim, Thamiris! Tenho tudo para gostar, que amo literatura francesa, esta que é a minha preferida de todas literaturas. E assisti a opera, de Verdi, ?A traviata? (pelo YouTube mesmo kkk?), há anos atrás, que se baseia em ?A dama das camélias? e gostei bastante. O bom é que já se faz vários anos que a assisti, e já até esqueci completamente a história... Então, vou ler o livro sem saber de nada a respeito... ??
Ai depois assistirei a opera de novamente... ??




Milla 14/10/2020

Uma história triste
O livro conta a história de um relacionamento entre um rapaz e uma cortesã de luxo.
Mas a narrativa dele, que é em primeira pessoa, é contada por duas pessoas.
Segundo Alexandre Dumas Filho, a história é baseada em fatos reais. E, por isso, alguns nomes foram omitidos da história (Por exemplo: Conde de G, Duque de N...). Então Alexandre acaba sendo um dos personagens do livro.

A narrativa do livro não é muito cronológica. Como são lembranças, a história fica um pouco num vai e vem de recordações e narrativas do presente, até chegar num ponto onde a história flui mais dentro das lembranças.
O livro começa com Alexandre contando que soube que a cortesã Marguerite Gautier morreu de tuberculose. Sim, isso é deixado claro bem no início, então eu não acho que seja spoiler dizer isso (acho que colocam essa informação na contra capa do livro também).
Alexandre, apesar de ter conhecido Marguerite de longe, por alto, nunca foi um conhecido próximo dela. E ele diz no início que sempre teve pena da vida que as cortesãs levavam.
Ele, então, vai na casa de Marguerite e vê que estão fazendo um leilão com os pertences dela porque ela devia dinheiro pra várias pessoas.
Alexandre compra um livro. Pouco tempo depois é procurado por Armand Duval, o rapaz que tinha dado o livro em questão para Marguerite.
Armand e Alexandre criam uma pequena amizade. Alexandre ajuda Armand, que está um caco emocional com a morte de Marguerite. E Armand vai contando sobre Marguerite para Alexandre. De início, são "pedaços" de história. Mas depois a história flui mais numa linha consistente de cronologia.

A história não tem mais que isso. O foco cai em cima do romance de Armand, na doença de Marguerite, nos problemas financeiros dela...
Eu acho que é um tipo de história que a "graça" da história fica em cima dos problemas do relacionamento dos dois. Coisas como: "Armand errou aqui, Marguerite errou ali, Armand era ciumento, mas era idiota porque Marguerite deixava tudo claro pra ele, Marguerite era indecisa, Marguerite era acomodada a ponto de não querer trabalhar ou ter uma vida normal, e etc. É uma história relativamente simples. Mas uma coisa interessante é a ambientação da história. Paris, século XIX, carruagens, óperas... É uma história que te faz tentar adivinhar os cenários do passado, assim como qualquer livro de época, né?

Apesar do leitor já saber o que vai acontecer com Marguerite, eu achei os últimos capítulos bem tristes :c
Quanto à narrativa, eu li um livro com narrativa adaptada. Então eu não sei e não posso dizer se a narrativa original é chata, enfadonha, difícil...
Por ser uma história baseada em fatos reais, acaba sendo uma história realista, sem muita magia e final feliz. Ao terminar o livro, dá essa sensação de que a história poderia ter sido mais interessante, melhor, maior, etc. Mas, como eu disse, é baseada em fatos reais...

Apesar de tudo, mesmo a história não sendo uma temática favorita minha, até que o livro não é ruim. Não é maravilhoso, mas não é ruim.
Acho que o melhor conselho é não criar muita expectativa em relação a história. É apenas uma história triste de uma prostituta que havia problemas financeiros, um senhor que queria tirar ela dessa vida, uma moça sem amigos verdadeiros, vivendo numa sociedade burguesa e interesseira; uma história de um rapaz que se apaixona por Marguerite, uma história de uma mulher que adoecia com tuberculose, etc. E é isso.
Dei 3 estrelas seguindo a classificação do Goodreads, que é "gostei".
caio.lobo. 29/10/2020minha estante
Pouca gente sabe, mas aquela famosa ópera La Traviata, de Verdi, é baseada nessa obra.


Milla 05/11/2020minha estante
Verdade.




vi_carvalho21 05/02/2023

esperava romance, recebi depressão
Essa não é uma história de amor, é de dor! O tanto que eu amei esse livro não tá escrito.
É uma história de partir o coração, Marguerite só queria ser amada, mas o amor que Armand dava a ela não era saudável, ele queria ser bom mas só fazia mal, o que ele veio a fazer no final então... sem palavras!!
Ana Maria 05/02/2023minha estante
A sua resenha me fez querer ler


vi_carvalho21 05/02/2023minha estante
pois leia, é muito bom




Maria 06/11/2020

"A vida é breve pela rapidez das sensações"
A história de um amor impossível e, por isso mesmo, extremamente bela e triste.

Aquele que nunca foi julgado por "amar quem não devia" ou sentiu-se na obrigação de renunciar a um grande sentimento que o devorava que atire a primeira pedra!

Poucas personagens na Literatura souberam amar com a devoção e generosidade (pleonasmo?) de uma Marguerite Gautier.

(Filho ilegítimo de um dos maiores autores da Literatura francesa, Dumas Filho inspirou-se na própria história de amor com uma famosa cortesã para criar este que é um dos mais belos e comoventes romances da Literatura Francesa. O genial compositor Giuseppe Verdi não perdeu tempo e transformou a bela história em uma das mais célebres óperas de todos os tempos, La Traviata. Se você recordou-se de imediato da deliciosa comédia romântica "Uma linda mulher" e, claro, a cena em que a lindíssima personagem Vivian se comove na primeira vez que assiste à ópera, SIM, é esta mesma. Os séculos passam e o amor continua a ser a mais bela e poderosa das emoções.)
Jacques.Bourlegat 17/11/2020minha estante
Gostei da resenha. Foi inspiração também para "Moulin Rouge" com Nicole Kidman e Ewan McGregor.


Maria 20/11/2020minha estante
Fico feliz que tenha curtido. :) "Moulin Rouge" é um filme lindo!




Asenhoritadoslivros 10/01/2018

Amor, vingança e arrependimento
A Dama da camélias, como eu já imaginava, é um livro muito bem escrito, emocionante, que expõe um amor inserido numa época, num contexto, mas que mesmo assim nos toca e nos faz pensar sobre relacionamentos, comportamentos e suas consequências.
A principio, já nas primeiras páginas, a protagonista Marguerite é despojada de seus encantos, ocorre uma grande desconstrução da personagem, que é descrita em sua forma cadavérica, se contrapondo a todo o glamour de uma vida de luxo e de extrema beleza, o autor nos mostra o momento de ápice e de declino de Marguerite, seu amor impossível, seu poder junto aos homens, devido a sua aparência física e sua ruína causada pela doença e falência.
Já em relação a Armand Duval, seu par romântico, conseguimos sentir na pele seu ciume muito bem representado na trama, suas atitudes as vezes infantis de vinhança e seu total arrependimento.
É um amor exagerado, sem limites, sem futuro, e triste... o final é digno de nos tirar lágrimas, mas imagino ter sido exatamente essa a intenção o que concluo ter sido muito bem-sucedida.
Recomendo.
Maria Cristina 11/01/2018minha estante
É expressamente isso o que você falou. Simplesmente magnífico!
Amei de uma tal forma, que, acordava Durante a madrugada para ler!!!


Asenhoritadoslivros 12/01/2018minha estante
O livro é realmente muito envolvente. :)




de Paula 16/08/2021

Somos coisas aos olhos dos ricos?
Esse livro é incrível não só em sua escrita e história, mas principalmente nas discussões que suscita em 1848! A narrativa se dá em Paris, onde um jovem advogado recém formado se apaixona de forma ensandecida por uma cortesã de saúde frágil e juntos vivem uma das histórias de amor mais bonitas da literatura. Não quero me aprofundar porque acho um livro necessário e que representa o auge do romantismo em meio ao momento de revoluções e iluminismo que a França vivia. Isso é importante porque em meio as eras mais dramáticas da História as pessoas continuam vivendo.

A discussão mais forte gira em torno da cortesã, Margueriitte Gautier, que é uma jovem só em Paris e possui diversos amantes que bancam seus luxos de 100 mil francos ao ano em troca de seus serviços sexuais. E é só isso, ninguém a vê como pessoa, exceto o protagonista, que mesmo sem conhecê-la direito se preocupa e chora ao vê-la sucumbindo. O amor deles nasce da necessidade que ela tem de se sentir alguém e não o objeto de outros, até mesmo de seu benfeitor, um duque que a sustenta pela sua semelhança a filha morta dele.

Gosto do livro iniciar com o final do romance e levar o leitor a entender e amar a dama das camélias como o seu verdadeiro amor. A narração é feita por um terceiro que dá voz ao jovem apaixonado, que se encontra moribundo e após isso a cortesã. Em diversos momentos a história é tratada como apenas uma história de amor, o que é, mas para as pessoas daquela época e até hoje vem isso como capricho ou que uma mulher que trabalha com prostituição não merece nada além de desprezo e uma vida à margem da sociedade, além do desejo que pague pelos seus pecados, quando se tem alguém para culpar são os financiadores desse mercado, que monetizam e pagam para que pessoas na época e em pleno século XXI sejam escravizadas e traficadas para alimentar seus desejos carnais. Mesmo assim, a prostituta é a culpada de tudo e por isso desprezada, humilhada e impedida de viver como outra pessoa qualquer.

O preço do amor dos protagonistas, a dura realidade financeira, os sugadores de finanças e de alma que se dizem amigos, a vingança, os desejos mesquinhos e uma vida desregrada são temas encontrados na leitura e nos fazem pensar se as coisas mudaram tanto assim desde a publicação da obra, tal como a reflexão do valor e papel da mulher na sociedade, mesmo as que não são prostitutas (que é uma profissão escolhida por algumas mulheres hoje, mas ainda envolve muito machismo e misoginia, além dos crimes supracitados). Magnifico e eletrizante do início ao fim, vale muito a pena!
anoca 16/08/2021minha estante
ótima resenha, gosto bastante deste livro!!!


de Paula 16/08/2021minha estante
De fato muito bom!




John 05/12/2010

Fnatastic
A dama das Camélias conta a história de Marguerite Gautier, moça pobre do campo que vem a se tornar a maior cortesã de Paris. Apesar da vida leviana e sensual, a jovem possui uma alma pura e generosa, capaz de sacrifícios e atos que muitos não fariam.
Alexandre Dumas Filho escreveu uma das mais belas obras literárias, inspirado em uma história pessoal ele nos mostra como o amor pode ser maravilhoso e trágico, apresentando-nos ao fascínio exercido pela vida das cortesãs e de seus luxos!
aline.almeida25 09/09/2020minha estante
Eu li no colégio! Mas tenho muita vontade de fazer uma releitura em uma edição melhor. Mas foi um dos livros q mais gostei na época do colégio ?


John 18/09/2020minha estante
Aline, eu li pela primeira vez nessa edição aí, e na verdade foi meu primeiro livro de literatura




Bruna 25/05/2022

Esse livro me surpreendeu demais. A leitura é muito fluida, prende o leitor a querer saber mais sobre a história de amor. É um livro bem triste.
O autor (que é filho do escritor de O Conde de Monte Cristo), fez uma crítica nítida sobre a sociedade puritanista parisiense da época.
Gostei da frase no final do livro que diz que as pessoas estavam tão acostumadas com a hipocrisia que quando viam um amor verdadeiro não acreditavam.
Dhewyd 25/05/2022minha estante
Não conhecia ... ótima resenha.


Bruna 25/05/2022minha estante
Obrigada ??




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LuLu 28/06/2021minha estante
Você leu as 2 partes? Eu acho que esse aí é só o Tomo 1, tem o 2.


Larissa1313 28/06/2021minha estante
Por isso então. Só li esse




tamireslridriane 22/01/2019

Leitura difícil...
Olha, demorei para terminar o livro, por várias vezes larguei de lado... Mas voltava a ler pq não acreditava que um clássico seria tão entediante!
Por fim, terminei o livro achando meloso demais, drama demais por nada demais, um amor que nasce do nada e é avassalador...
Bom, eu AMO romances, mas este é demais até para mim!
Gabriela Lemos 02/02/2019minha estante
Leituras nunca são unanimes...Eu ja ano consigo largar...como a obra te toca depende de tanta coisa, experienciar de leitura, de vida, momento na vida em que Vc está lendo...as vezes vale dar uma segunda chance em um futuro...classicos não são classicos por acaso...e se ainda assim ano foi relevante para Vc, tbm tudo bem, valeu a experienciar ne ;) ...eu to na metade e to gostando bastante, com ele eu volto nesta epoca em que existia amores tao dramaticos...


Oxente_Johany 08/05/2019minha estante
Eu li a primeira vez na época do ensino médio, e comecei a reler agora. Se dá primeira vez eu gostei, dessa então, nem se fala. Adoro esse livro.




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