A Dama das Camélias

A Dama das Camélias Alexandre Dumas




Resenhas - A Dama das Camélias


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Nana Barcellos | @cantocultzineo 21/04/2016

Devo dizer que fiquei aqui, ensaiando várias maneiras de iniciar essa resenha. Fiquei refletindo, sobre o que seria de fato importante deixar de fora dessa postagem. Digo, porque A Dama das Camélias é um romance muito triste e o começo da narrativa já trás 'resoluções drásticas' que me pegaram de surpresa. Eu nunca havia pesquisado sobre o enredo e nem desfechos. Então, refleti e cheguei a conclusão de que outros leitores também devem conhecer parte da história - resumida - como nessa sinopse. Simplesmente, não seria justo e quero que, quem não leu, também seja pego de surpresa ao iniciar a leitura.

No início de A Dama das Camélias, conhecemos esse narrador misterioso que se diz 'conhecido' de Marguerite. Resumo que, logo ele conhece Armand e se aproximam por causa dela. Armand está ressentido e com emocional destabilizado, acaba ficando de cama e assim, inicia o relato ao 'narrador misterioso' de sua história com Marguerite Gautier, uma cobiçada cortesã parisiense por quem acabou se apaixonando em meados do século XIX, na França.

Armand se encanta com Marguerite à primeira vista. Mas sabe que o amor está destinado a ser trágico, pois a moça está com tuberculose. Ela, mal havia passado das faixa dos vinte, porém parecia viver nos seus últimos dias quando se conheceram. Marguerite leva uma vida luxuosa, sustentada por seus amantes e cada dia uma festa. Todos os motivos que, talvez, a levaria negar abandonar tudo conquistado para viver uma simples paixão. Mas, não é o que acontece. Mesmo sem ser um duque ou conde, Armand consegue atenção dela, logo o carinho e por que não amor? E sim, ela dá uma chance a eles.

" - E quando a verei novamente? - perguntei, apertando-a em meus braços.
- Quando esta camélia trocar de cor.
- E quando ela mudará de cor?
- Amanhã, das onze horas à meia-noite. Está contente?"

Armand é apenas um estudante de Direito, com boas economias salvas. Acaba se metendo no mundo das apostas para ajudar Marguerite com suas dívidas que não parecem ter fim. Eles também se afastam de toda badalação de Paris e tudo acaba chamando atenção do pai dele. E aí, meus amigos, vem a desgraça toda de uma vez.

Não quero destruir a imagem do Sr. Duval - pai - de modo completo. Pois, apesar de se mostrar arrependido de acusações, após os eventos, foi egoísta. Tomou decisões pelo nome da família e porque precisava casar a filha mais nova. Já estavam comentando sobre Armand e a cortesã e atingia os conhecidos do pai. Porém, as consequências também incluíram decisões de Marguerite.

A Dama das Camélias é um belo clássico da literatura francesa. A gente fala clássico, as pessoas costumam logo pensar numa escrita difícil, incompreensível e que 'nunca vai acabar'. Não precisa temer. Pelo menos, comigo, foi uma leitura inteligível e marcante. Mas, ressalto o início, onde conhecemos o narrador misterioso, é um pouco massante. Quando ele conhece Armand, fica tudo interessante e anda. O que me ocasionou uma leitura de dois dias. A narrativa de Alexandre explora questões sociais, vaidade, intolerância e mesmo com todo caos em volta, difícil não torcer por Armand e Marguerite.

Não sou nem rico o suficiente para amá-la como eu gostaria, nem pobre o suficiente para amá-la como você gostaria.

O romance tem cunho biográfico, já que Dumas filho se inspirou no seu relacionamento com a cortesã Marie Duplessis. Marie se tornou a cortesã mais cara de Paris aos 16 anos. Dumas Filho foi seu amante durante um ano. Ele era filho ilegítimo do autor Alexandre Dumas (Os Três Mosqueteiros).

O clássico de Dumas filho, ganhou algumas adaptações no decorrer dos anos. A ópera La Traviata, de Giuseppe Verdi, é baseada apesar de sua protagonista se chamar Violetta Valéry. Já a atriz Greta Garbo, interpretou Marguerite na adaptação para o cinema de 1936. Enquanto em 1984, Colin Firth interpretou Armand Duval para a TV britânica. As duas adaptações se chamam Camille.

site: http://cantocultzineo.blogspot.com/2016/04/livro-dama-das-camelias-alexandre-dumas.html
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Na Nossa Estante 06/11/2013


Esta não é uma resenha científica, porque se fosse eu teria que falar sobre o teatro francês, o Realismo e me aprofundar muito na obra de Alexandre Dumas, então, é apenas um pequeno relato sobre “A dama das Camélias” para aqueles que só ouviram falar do livro, mas nunca tiveram a oportunidade de lê-lo.

Eu gosto tanto do Dumas Pai quanto do Dumas Filho, mas antes da faculdade eu lia muito mais sobre o Dumas Pai e seus romances cheios de aventuras! Porém, quando a gente entra em uma faculdade de Letras toda a graça de um romance ou de uma aventura fantástica se perde para a realidade da obra e você passa a vê-las com outros olhos; para alguns olhos mais maduros, eu prefiro achar que são olhos menos sensíveis.

“A dama das Camélias” é um clássico da literatura francesa e é ambientada na revolução de 1848, contando a história do romance de Marguerite Gautier, uma das mais cobiçadas cortesãs de Paris, e Armand Duval, um jovem estudante de Direito. Os dois protagonistas tentam a todo custo viverem uma história de amor, apesar do preconceito social e da oposição da família de Duval. Uma linda história de amor, certo? Errado. E não digo isso por conta do final que é longe de ser um conto de fadas, digo isso porque a obra mostra claramente que o dinheiro pode ser mais forte que qualquer sentimento.

Tudo na época parece girar em torno do dinheiro, vestidos, luxo e aparências, bem a cara do século 19. Bom, não só daquele século, a diferença de hoje está apenas na nossa tentativa de esconder esse fato! Porém, Dumas usa da ironia para deixar bem claro em muitas passagens o valor que o dinheiro tinha para cada personagem, inclusive para Marguerite.

Claro que o romance entre Marguerite e Armand começou sem muitos problemas, já que era bastante natural um rapaz possuir uma cortesã, mesmo sem ter muito dinheiro, como no caso de Armand. Porém, no momento em que ambos passam a viver juntos e assumem publicamente a relação, começa de fato a aparecer os problemas. O duque, amante rico da protagonista, não perdoa o fato de ter sido trocado publicamente, não aceita o romance dos dois e deixa de bancar as despesas de Marguerite. Esta, não querendo se separar de seu amor, passa a viver com ele, abandonando o luxo e a vida que tinha. Lindo, não? Sim, mas até a próxima página.

Marguerite e Armand pretendiam viver de maneira mais simples como um casal feliz, se não fosse pelo Sr. Duval, já que o pai de Armand se preocupa não só com o fato do filho gastar a herança que a mãe deixou para ele, como também prejudicar o bom casamento de sua filha, visto que a família do noivo não a veria bem, caso o irmão continuasse o romance publicamente com uma cortesã. Bom, Marguerite ama Armand, mas não a ponto de ser egoísta e deixá-lo gastar todo o dinheiro para sustentá-la e assim abandona o seu grande amor. É a velha retória da generosidade encobrindo o valor do dinheiro, já que no final de tudo Marguerite fica conhecida como uma cortesã honesta e detentora da falsa moral burguesa!

“A Dama das Camélias” tem um cunho biográfico e representa inclusive o Realismo no teatro. Lembrando que o Realismo é uma escola literária tão viva e lúcida, que eu não posso deixar de admirá-la. Porém, para meu gosto romântico, eu preferiria que Marguerite fosse uma personagem mais forte, que não usasse a desculpa do sacrifício para não enfrentar os problemas, como se usasse o amor como uma arma para ser vista como vítima da sociedade da época. Bom, o conformismo, a ironia e a hipocrisia gira em torno de muitas obras desse tempo, o que me faz admirar a estrutura e a ousadia dos autores, mas me faz desgostar profundamente de muitas personagens, tanto femininas quanto masculinas.

Obviamente, que por ser um clássico, vale muito a pena ser lido, já que Dumas constrói e desconstrói de modo perfeito os seus personagens em uma exemplar narrativa, com características do Realismo e com uma pitada também de romance.

site: http://oquetemnanossaestante.blogspot.com.br/2013/11/livros-resenha-028-dama-das-camelias-um.html
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Dani 30/07/2010

Amor
Quem começa a ler A Dama das Camélias, se surpreende pela forma de escrever do autor, ele nos faz sentir seus sentimentos de amor, desespero, paixão, desapego, desejo e desilusão.
É um romance que não nos mostra a face feminina, mas sim um homem apaixonado, a frente do seu tempo, onde é capaz de tudo para ficar com sua amada, nos relata o sentimento tanto reciproco como a verdadeira realidade de uma "acompanhante" da época, onde não só a doença se fazia presente, mas também como até hoje o preconceito enraizado de uma sociedade.
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Cássia 22/12/2013

Com certeza é uma das histórias mais marcantes e puras que já li. É um livro bastante intenso e apesar de ser um tanto previsível, não deixa de ser ótimo!

Conta a história de amor de dois jovens, Armand, e uma cortesã parisiense, Marguerite, que tiveram seu romance marcado pela diferença social existente entre eles.

Amaram-se ardentemente enquanto puderam, porém, foram separados pelo capricho do pai de Armand. Não fosse a doença que a pobre Marguerite sofria na época, ela nunca teria aceitado tal separação, quanto mais evitado a presença do amado.

Quando falo que o livro é deveras intenso, é porque é fácil se colocar na história e entrar na pele dos personagens - sofri como cada um deles sofreu.
Já no começo do livro, descobrimos que Marguerite está morta, e conhecer o desenrolar do amor dos dois através das lembranças de Armand é ainda mais lindo, e triste. Um misto de amor, paixão e desgraça se fundem fazendo com que a gente não abandone a leitura até compreender o porquê de tudo.

Chorei logo assim que o livro começou, e também no final.
É um dos meus favoritos e recomendo a leitura!
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Caio César 26/07/2014

A Dama das Camélias - Alexandre Dumas(filho)
Um grande clássico do filho de um dos melhores autores da História.

site: http://caiocesar5.blogspot.com.br/2014/06/livroa-dama-das-camelias-foi-escrito.html
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Luciano Luíz 11/08/2014

Já tem muitos anos que li A DAMA DAS CAMÉLIAS. Não lembro quando foi, mas fiz essa resenha:

A DAMA DAS CAMÉLIAS era originalmente uma peça de teatro.

Porém, ALEXANDRE DUMAS FILHO (seu pai foi o autor de O HOMEM DA MÁSCARA DE FERRO, OS TRÊS MOSQUETEIROS, O CONDE DE MONTE CRISTO, entre outros grandes clássicos), escreveu uma estória de amor que pode até mesmo superar ROMEU E JULIETA em diversos aspectos.

É mais realista.
Surpreendente.
Com uma personagem que parece estar ao nosso lado durante a leitura.

É amor e pronto.
Não é preciso ir além disso.

Aliás, algumas versões para cinema, ficaram fiéis ao livro e valem cada minuto.

Nota: 10

L. L. Santos

Reli em 2020 A DAMA DAS CAMÉLIAS porque precisava de um texto apaixonante em diversos aspectos. A qualidade narrativa de um amor dum jovem de 24 anos por uma cortesã com tuberculose. A princípio é só mais uma história como qualquer outra, mas rapidamente mostra-se tão diferente pelo comportamento dela e dele. Ele com promessas que quebra e depois vem o arrependimento. Ela, lutando contra o amor pelo fato de que não apenas é uma mulher que sabe que pouco vai viver, mas do jeito que vive e como é vista pela sociedade que não perdoa com críticas pesadas.
Ela acaba não suportando e se entregando a esse sentimento, no entanto, a família dele, mais precisamente o pai, não quer um relacionamento com uma mulher que moralmente ou imoralmente traz somente uma rotina negativa pela boca do povo. Ela tem suas dívidas, é gastadeira, vive um luxo necessário para ser quem é. Ele quer se empenhar em vender o pouco que tem para com ela ficar. Mas ela não aceita, pois com ele ela não é uma cortesã e sim um amor.
Ela em verdade prefere livrar-se de seus bens como joias, móveis, roupas, carruagem, cavalos ou fazer proveito do que lhe dão para viver com seu amante, Armand. Podia ser só mais uma narrativa como tantas, mas A DAMA DAS CAMÉLIAS é algo que vai além de amor e há vasto sofrimento, não apenas em relação ao sentimento e de não poder ficar com quem se ama, mas há a questão da doença. Enfim, ler e reler esse clássico é sempre algo que faz tocar no mais fundo do coração. Não há mulher na ficção como Marguerite Gautier.

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Layrinha 19/08/2014

A dama das camélias
E um livro espetacular,no começo lendo fiquei um pouco confusa , mais ao caminhar da historia fui entendendo e me interessando cada vez mais,o que mais mexeu comigo no em dama das camélias foi descobrir que o amor de Arnald transformou Marguerite uma bela e deseja cortesã
marguerite era desejada por muitos homens ricos , mas em uma reviravolta em sua vida arnald um homem nem tanto rico a conquistou .
ela percebeu que sem luxo e sem dinhiero podia viver bem ao lado de seu grande amor. mnarguerite abandou tudo simplesmente por um belo amor
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Naty 07/12/2014

Interessante
Não posso dizer que amei a história, mas a forma como ele a escreve e a trama é interessante. Só não dou cinco estelas, pois a história não me cativou e eu não consegui gostar da tal "dama das camélias", mas foi interessante e só.
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Beatriz 28/01/2015

Breve e Sensível
Assim como o livro, pretendo ser breve e clara. Os pensamentos expostos na narrativa são dignos de nota; puros, sem julgamentos e sensíveis à aqueles que muitas vezes são privados da nossa compaixão... O homem e prostituta, ambos recriminados quanto ao amor e suas demonstrações. Um clássico, de tantos anos atrás nos leva a refletir com naturalidade uma história de amor que até mesmo hoje seria tratada com preconceito e desdém.
E por fim não posso deixar de dizer que mesmo sabendo o final desde a primeira página ainda torcia por uma reviravolta !!!
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Camila Dias 31/08/2015

Amor...
Um livro lindo...que fala do mais puro amor em todas as suas formas...impossível não se emocionar.
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Tauan 23/09/2015

Uma história e tanto
Sempre associei este livro a uma certa libertinagem, mesmo antes de saber que se tratava da história de uma cortesã, pois lembrava me de um colega que que dizia às nossas colegas de escola que era o único livro que ele gostava, e o dizia com o mesmo olhar malicioso que usava para falar dos garotos com que se envolvia.
Mas a leitura me surpreendeu muito, não só pela abordagem romântica do livro (chamado até de hino ao amor), mas pela fluidez e clareza da narrativa, incomum tanto nos escritos do século XIX quanto na literatura francesa.
Trata-se da história de Marguerite Gautier, uma cortesã (espécie de prostituta de luxo) parisiense que ganhara a alcunha de A Dama das Camélias por sempre ir ao teatro com um buquê destas flores, ou brancas ou vermelhas; já começamos com a personagem central morta, vítima de tuberculose. O narrador diz que tomou conhecimento da história de Marguerite através de um de seus amantes, Armand Duval, que regressara à Paris ao saber de seu falecimento.
Marguerite era parcialmente sustentada por um velho duque, que via nela sua falecida filha revivida. Porém, mesmo com esse patrocínio ela não deixava de receber a visita de outros cavalheiros. Um desses era Monsieur Duval; o diferencial é que ela se apaixona por ele, tal como ele por ela. O amor faz com que ela abandone a vida que levava (incluindo o duque) e passasse a viver como Madame Duval.
Toda a relação é permeada por várias brigas do casal, causada pelos ciúmes de Armand e pelo gênio de Marguerite.
De um modo geral é uma história triste. Mas é também um clássico da literatura mundial, imperdível.


site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
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z..... 01/02/2016

É uma obra que faz pensar na transitoriedade da vida e nos momentos felizes, sugestionando intensidade nestes pontos por serem preciosos.
A obra tem impacto emocional e parte disso deve-se a percepção ultra romântica do autor, que instiga e cativa o leitor nos capítulos iniciais, despertando curiosidade e empatia pela jovem Marguerite Gautier e por Armand Duval na sucessão de fatos lúgubres e desesperados. É o que vemos nos seis primeiros capítulos.
Outro momento chave em minha leitura foi o capítulo XV, onde a protagonista é elevada a uma condição de heroína romântica, arrebatando os corações com uma postura que evoca inocência e resiliência em sua visão de mundo, assumindo certa pureza em um meio estigmatizado pela má fama. Pelo menos é a imagem provocada pelo autor.
O capítulo XXIV reforça isso e a narrativa caminha com uma tensão sofredora, principalmente pela iminência da morte.
Lágrimas e introspecção.
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Ana 17/07/2010

A dama das camélias
A prova de que um livro não precisa ser grande para ser bom. Um romance bonito e sincero, que é lido com uma facilidade e velocidade impressionante.

Vale muito a pena! :D


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Bibi Carneiro 19/02/2016

A Dama das Camélias é um livro escrito por Alexandre Dumas Filho em meados do século XIX, passa-se em Paris e irá nos contar a história de Marguerite Gautier, a jovem cortesã mais cobiçada de toda a Paris e de Armand Duval, um rapaz, que acaba de se formar em Direito e está aproveitando a vida fácil das grandes capitais e que de repente se vê apaixonado por Marguerite.
O livro na verdade começa com um narrador, do qual não sabemos exatamente quem é, apenas que tem dinheiro, vendo um anuncio de um leilão em um apartamento. Como é um admirador de arte e ficou curioso, esse personagem vai até o leilão, onde descobre que quem faleceu é Marguerite Gautier, e também adquire um livro com a assinatura de Armand Duval.
Alguns dias depois Armand Duval aparece em sua casa, oferecendo-se para comprar o livro, aparenta estar abatido e doente, e com pena o jovem dá o livro para Armand e em troca apenas pede sua amizade e também com curiosidade para saber o que aconteceu.
Alguns acontecimentos importantes ocorrem nesse meio tempo e obviamente não posso contar porque seria spoiler, mas então depois de alguns capítulos Armand começa a contar como conheceu Marguerite e toda a sua história de amor.
É a terceira vez que estou lendo o livro (ele faz parte da minha TBR do projeto Fevereiro Rereads) e sempre tenho as mesmas sensações de ansiedade, sofrimento e paixão que ambos os personagens possuem.
A Dama das Camélias é uma história de amor, mas também tem uma dura realidade das cortesãs e da burguesia. Várias vezes durante o livro são trazidas reflexões frias e calculistas de como as cortesãs precisam organizar sua vida com o dinheiro, e de como tudo ao redor dela é sobre dinheiro e superficialidade.
Também é interessante que várias vezes referem-se que o amor de uma cortesã acontece, mas sempre está fadado ao fracasso.
Uma das coisas que sempre me chama atenção é de como Marguerite conseguia gastar 100 mil francos por anos e sempre estar em dívida, em como invés de economizar em algum ano para pagar as dívidas e ter uma vida luxuosa, mas controlada, pensando em um futuro, ela continuava a gastar desenfreadamente a custa de amantes e que mesmo assim ela ainda sempre devia.
Lá no fim tenho muita raiva de certas coisas que Armand faz, mas entendo o lado dele, entendo sua dor e sua vontade de machucar. Só achei um absurdo um caso que acontece com 500 francos que se você ler talvez concorde comigo que é um absurdo tão triste e revoltante que chega a ser engraçado.
Eu adoro esse livro, recomendo muito, sua linguagem não é difícil e também não é um livro muito grande, a edição que li tem 270 páginas, porém a letra e o espaçamento são grandes e a leitura flui rápido.
Dei quatro estrelas no skoob e recomendo esse livro para você que gosta de Paris, do Século XIX, da vida de burgueses, de cortesãs e dos relacionamentos complicados com luxo e fortuna.


site: http://bmpcarneiroescreve.blogspot.com.br/2016/02/a-dama-das-camelias.html
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