Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Renata CCS 06/10/2014

O que falar sobre o Kevin?

"Mas todas as mães, sem exceção, deram à luz grandes homens e se a vida as enganou em seguida, delas não foi a culpa." (Boris Pasternak)

"Eduque-o como quiser; de qualquer maneira há de educá-lo mal." (Sigmund Freud)


PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN é aquele tipo de livro impactante que prende o leitor de uma maneira indizível e que permanece na memória por muito tempo após o término da leitura. A obra nos apresenta, de forma estupenda, o que é um psicopata, desde o seu nascimento até a chacina por ele planejada de forma fria e calculista, cometida um pouco antes de completar 16 anos de idade.

É através da perspectiva da mãe de um assassino que Lionel Shriver faz uma espécie de genealogia de um homicida ao conceber, através desta ficção, uma chacina semelhante a outras tantas causadas por jovens em escolas norte-americanas. Sua crítica cutuca a ferida do que acredita ser um dos maiores problemas, não só nos EUA, mas em qualquer país que depara-se com a barbárie cometida por adolescentes: ninguém quer ser apontado como responsável.

O livro é agonizante como um soco no estômago. Enquanto Kevin cumpre pena, sua mãe, Eva, padece exilada por todos por causa da monstruosidade cometida pelo filho. Entre momentos de cólera, culpa e solidão, ela somente sobrevive.

Eva é a narradora do livro que cruza sua existência pós-morticínio com sua vida ao lado do filho Kevin, reconstruindo-os de forma magistral através de cartas destinadas ao marido, que ela considera ser o único ouvinte capaz de compreender seus infortúnios, apesar de ausente e de nunca responder às suas cartas.

É através dessa correspondência que Eva relata sua condição atual enquanto mergulha em memórias da sua própria vida. Sem qualquer medo, Eva não reluta em assumir seus erros, não poupa palavras árduas e verdades ferozes, pois, afinal, ela não tem mais nada a perder. Ela não pensa duas vezes ao reconhecer que chegou a odiar o filho e que também desejou que ele nunca tivesse nascido. Shriver realmente conseguiu criar uma personagem muito humana, complexa, e é impossível não sentir pena, raiva e medo. Eva esmiuçou cada minuto da relação daquela família nas cartas que escrevia.

Mas o que falar sobre o Kevin? Ele é um psicopata, um monstro, e também um dos personagens mais complexos que já vi. Dono de uma inteligência impressionante e de um autocontrole fora do comum, Kevin finge uma humanidade que nunca fez parte dele e um a normalidade que não possui. Ele assombra e surpreende o tempo todo, não só todos com quem convive, mas também o leitor.

Kevin foi uma aberração desde o momento que nasceu, e Eva reconheceu o horrível caráter do filho desde que colocou os olhos no bebê pela primeira vez. Sempre disposto a irritar e debochar, atormentou a mãe em cada dia de sua vida, destilando crueldade todo momento e destruindo tudo em que tocava. Definitivamente, um garoto incomum.

A grande questão do livro é: Kevin já nasceu mal ou a vida o tornou assim? Até que ponto a falta de instinto materno de Eva contribuiu para Kevin se tornar um assassino? Ele teria sido o monstro que se tornou se tivesse sido criando por uma mãe amorosa, e não por uma mãe que se retraiu quando o filho rejeitou seu seio ainda na maternidade? Se ela tivesse sido uma mãe que não se afastasse emocionalmente do próprio filho por indiferença, medo e ciúmes? Kevin é o problema ou a culpa é de Eva? Essa é a grande magia do livro!

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN é uma obra irretocável, um dos melhores livros que já li. Não apenas o tema é instigante, como a escrita da autora é brilhante e envolvente. Shriver nos faz pensar muito não só na função da família e no papel da maternidade, mas também na selvageria nas escolas e nas causas da psicopatia.

O tema é tão poderoso e intrigante que a leitura das 463 páginas do livro passa voando. As palavras de Eva quebram o silêncio que costuma predominar neste tipo de situação e nos fazem imergir em seu mundo, saindo de nossa zona de conforto.

O livro me fascinou e ainda tenho comigo as sensações que ele me trouxe. É uma obra de qualidade espantosa, perfeito do início ao fim. Uma história que todos devem ler!

Um livraço!
Jayme 09/10/2014minha estante
Shriver nos propõe o amor - ou o simples cansaço - como resposta: ninguém consegue viver sozinho, nem com todo o amor-próprio do mundo, e esse parecer ser, também, a fonte dos nossos problemas.


Joy 15/10/2014minha estante
Gostei demais da proposta do livro. Vou ler, com certeza. Ótima resenha!


Renata CCS 17/10/2014minha estante
Jayme,
Uma grande verdade a sua colocação!
Joy,
Leia sim! Você vai gostar muito.


Pedrinho 23/01/2015minha estante
Uma ótima leitura.




Lana 22/03/2022

Leitura lenta e angustiante
É um livro bastante difícil de dirigir, a leitura ser narrada por eva (mãe de kevin) deixa tudo mais angustiante. A narrativa é bem arrastada, o que torna o livro bem cansativo, mas é uma leitura que vale a pena.
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Camila 23/01/2022

Uma história perturbadora!
Me fez pensar sobre a responsabilidade em criar um filho. O amor em excesso e a sua falta; ou o quanto as crianças já tem a sua própria personalidade e o quanto podemos "molda-las".
Já tinha assistido ao filme, então a história e o seu final não foi novidade, mas a forma como tudo é contado aos detalhes, me fez preferir o livro.
Senti raiva da Eva, do Franklin e do Kevin, mas também senti o oposto por eles, se assim posso dizer.
Desromantizar a maternidade e a paternidade é necessário, por isso, "Precisamos, e muito, falar sobre o Kevin".
Dea 23/01/2022minha estante
Esse livro é muito bom. Você conhece o livro O acerto de contas de uma mãe?? Eu recomendo pra todo mundo. A autora é mãe do Dylan, um dos assassinos do colégio em Columbine. Baita livro.


Camila 23/01/2022minha estante
Muito obrigada pela indicação, vou colocar na minha lista ?
Ainda estou meio sem palavras com está leitura...




Zenaide.Mota 10/01/2022

Primeiro livro do ano... e não consegui desgrudar dele.
Relações familiares, falta de diálogo, entendimento, o quanto estreitar relações é importante. Como é difícil ser mãe e, por vezes, não é algo "instintivo". E, quando as coisas desandam, a "culpa" recai sobre ela, mesmo em um lar com pai tão presente.
Transtornos não são coisas simples de serem identificadas ou tratadas. Hoje, fala-se muito, mas fica o gatilho.
Leiam!
karinemel 10/01/2022minha estante
Esse livro é muito bom,Retrata muito bem que transtornos e distúrbios é algo que pode sim já nascer com o ser humano. Leitura incrível!




Amanda 11/02/2022

Precisamos falar sobre Eva e Kevin
É preciso ter em mente ao começar esse livro que o foco principal não é o massacre cometido por Kevin, e sim a mãe dele, Eva, tanto é que só conhecemos o jovem por ela, assim como o resto da família. Cada membro, lembrança e fato é moldado através das memórias de Eva, que conta a história por meio de cartas para o ex-marido. Nelas, Eva relata o começo do casamento, a gravidez, a infância do filho, até chegar ao seu presente desolador como mãe de um assassino adolescente.

"Algumas crianças já nascem más?"
"É possível uma mãe odiar seu filho?"
Essas são perguntas que o leitor se faz várias vezes ao decorrer da leitura. Aos olhos de Eva, Kevin era uma encarnação do mal desde pequeno. No entanto, quanto é realidade dos fatos e quanto é a narradora querendo convencer o seu marido de que Kevin não era o garotinho maravilhoso que ele tanto idolatrava? Mesmo depois de terminar, não tenho resposta para nenhuma dessas perguntas.

A narração em primeira pessoa está sempre sujeita à manipulação do narrador-personagem, mesmo Eva parecendo ser tão franca em suas cartas a Franklin, o tempo todo nos questionamos quanto a veracidade das mesmas. Claro que sentimos muita raiva de Kevin e é isso que a narradora quer nos causar. Ela quer convencer Franklin de que estava certa o tempo todo ? e acaba convencendo o leitor. Mas me peguei duvidando de Eva, quando a certeza dela passa a uma clara obsessão. E se ela estiver errada? E se estiver sendo injusta com Kevin?

Nunca vamos saber com certeza e é por isso que o livro é tão bom. Precisamos Falar Sobre o Kevin não é um livro perfeito (há partes bem maçantes), mas é genial.
Gatura 11/02/2022minha estante
Resenha maravilhosa, realmente amei. Acho que vou até colocar o livro na minha lista ?


Marcela Prado 11/02/2022minha estante
Que legal que teve uma boa experiência com a leitura, eu a fiz em 2017 e confesso que na época finalizei a leitura bastante desapontada, após refletir o porquê penso que o que colaborou a isso foi minha imensa expectativa depositada. É interessante ver outros olhares de uma mesma leitura! ?


psraissafreire 11/02/2022minha estante
Amei a resenha, só me fez ter mais vontade de ler ????




Victoria (Vic) 02/10/2022

o livro no começo é MUITO lento mas depois fica impossível largar.
os capítulos finais são chocantes.
a construção de personagens é fantástica.
gostei muito!!
Dani 07/10/2022minha estante
esse livro é ótimo!! vale muito a pena insistir


Thainá Matos 24/10/2022minha estante
lendo esses comentários p buscar forças p continuar




Ju793 28/08/2023

Denso e tenso
O meu primeiro comentário da resenha é: esse livro é DENSO. E quando digo isso, me refiro a uma leitura que, de início, se arrasta e delonga porque o conteúdo de 5 parágrafos inteiros poderia ser, facilmente, resumido em 2, ou até mesmo 1. Isso fez com que eu demorasse bastante pra engatar a leitura de fato, mas uma vez que a gravidez se inicia e você se acostuma com o ritmo, as coisas fluem melhor.

É um livro tenso desde o nascimento do Kevin até o final; mesmo que eu tenha pego um baita spoiler que prejudicou bastante as emoções dessa parte. Não consegui sentir muita pena da Eva, e poderia facilmente chamá-la de narcisista: desde os primeiros minutos do nascimento do filho, ela o rejeita e antagoniza, procurando justificavas vis num choro de criança que seja. Enquanto com a Celia, o tratamento era mil vezes diferente.

No fim, acredito piamente que todo esse histórico tenha contribuído pro vazio interminável dentro do Kevin, tanto quanto dela mesma. A minha conclusão, a certo ponto, era que os dois eram farinha do mesmo saco: vazios, infelizes e tentando buscar um propósito maior. Quando eles enfim se entrosam, chega a ser minimamente bonitinho ? se eu não tivesse pego tanto ranço dos dois no decorrer da leitura.

São personagens difíceis de se gostar, de fato, principalmente de se identificar: uma mãe totalmente desviante do senso comum da palavra e um filho frio, e bota frio nisso, manipulador e que, francamente, não vê propósito na própria existência. Mas no fim, são os dois que fazem dessa leitura uma experiência incrível, profunda e MUITO TENSA.

Você vai odiar a Eva em alguns momentos. Noutros, odiar o Kevin. Mas no fim, vai amar a leitura.
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Maiara.Alves 06/04/2021

Para quem tem coração forte
Essa é uma narrativa epistolar em que Eva escreve ao marido refletindo sobre a vida dos dois, a pressão pela maternidade e os erros que cometeram que podem ter feito com que o filho Kevin, às vésperas de completar 16 anos, matasse nove pessoas em uma chacina em seu colégio.

Eva, que sempre deixou claro que não tinha vontade de ter filhos, engravidou de Kevin aos 35 anos e isso aconteceu mais por conta do desejo de seu marido Franklin de ser pai. Eva nunca teve uma relação natural de mãe e filho e acho que ela percebeu desde o inicio que o filho era diferente.

Este livro traz inúmeras reflexões sobre o papel de mãe e do amor incondicional que se espera da relação mãe/filho. Acima de tudo, é uma reflexão muito válida e necessária sobre as cobranças sociais que as mulheres sofrem para serem mães, e nesse ponto me identifiquei muito com Eva.

Definitivamente não é um livro fácil de ler. Ele é lento, é denso, e é sincero. Não tem personalidades perfeitas por aqui, a gente não ama ninguém.

Eu ainda não consigo descrever tudo o que eu senti com essa leitura, e o final me surpreendeu e me destruiu. Sem dúvidas foi uma leitura que me fez pensar muito e que me mudou.
Sim, Precisamos falar sobre o Kevin, sobre a Eva e sobre a nossa sociedade.

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Julia Moraes 08/05/2022

Eu quis ler esse livro desde adolescente e estou feliz que tenha feito isso apenas com 23, já entendendo um pouco mais sobre maternidade. A história de um massacre escolar contada pela visão da mãe do assassino é uma experiência totalmente nova, o livro passa por toda a vida dessa mulher como mãe, todas as partes boas e ruins, as dúvidas, as dificuldade de se relacionar com aquela pessoa estranha que é o filho. Durante toda a leitura eu me senti angustiada com a solidão dela depois do massacre, me perguntava o tempo todo onde estava o resto da família. Era uma solidão devastadora. A história é muito bem contada por meio das cartas que ela escreve pro marido, no fim eu já estava me sentindo próxima da Eva e o relato do dia do massacre me deixou com o coração pesado.
Vitor.Correia 08/05/2022minha estante
Obrigado por compartilhar. Eu nunca li o livro, somente assisti o filme e já ali eu senti um pouco destes sentimentos relatados por você.
Certamente colocarei este no meu radar de leitura




Mariana. 07/04/2012

"...o amor verdadeiro possui mais em comum com o ódio e a raiva que com a cordialidade ou a polidez."

"Precisamos falar sobre Kevin" é, em última hipótese, o diário de uma mãe. E, em sendo um diário, é de uma sinceridade e transparência com a qual desacostumamos, sobretudo no que se refere às dúvidas e questionamentos sobre o papel da maternidade no projeto de realização pessoal das mulheres, e, mais ainda, na contradição de sentimentos que se pode nutrir, não sem culpa, por um filho.

Mas Eva não é só uma mãe, ou, melhor dizendo, não é qualquer mãe, porque o filho em questão é Kevin, o que transforma esse papel num fardo pesado demais para se carregar.

Porém, abracei Eva como narradora e me tornei uma crente incondicional da versão dela dos fatos porque é raro deparar-se com o retrato de uma mãe sem aquele véu pouco verdadeiro e sufocante, quase um dogma, da "Santa Maternidade".

Também porque, mesmo com todo o relativismo e exercício lógico de "de onde vem a maldade?" e "até que ponto a mãe pode ser responsabilizada pela personalidade patológica de um filho", pouco ou nada se explica do amor, que não é cego, mas que permanece e prevalece, apesar de tudo, provando como somos impotentes diante de nossos sentimentos e quando se trata de nossas relações afetivas.

"depois de quase 18 anos,...posso finalmente anunciar que estou exausta demais e confusa demais e sozinha demais para continuar brigando e, nem que seja por desespero, ou até por preguiça, eu amo meu filho."

É um livro que fala de maldade, de patologia, de violência, de escolhas e da dureza das suas consequências, da verdade por trás das aparências, de culpa, mas também de genuíno amor, de consciência límpida e de uma qualidade tão rara quanto louvável que é a de amar sem ser condescendente com os erros.
Mariana. 09/04/2012minha estante
Tive impressões bem parecidas com as suas, Daisy. E acho que se há algum responsável por Kevin ser como é, muito provavelmente esse alguém é o Franklin, com toda a sua alienação e desconhecimento total a respeito do próprio filho. Enquanto que a Eva foi sempre mais que correta, e encarnou, mesmo sem querer, o verdadeiro espírito da maternidade, que passa bem longe de encobrir as falhas de caráter dos filhos.
Obrigada pelo comentário! ;-)


DIRCE 28/03/2013minha estante
Ótima resenha esta sua, Mariana, mas, penso que o amor que a Eva se impôs em relação ao Kevin, apesar de tudo, era por ela acreditar que esse era seu meio de expiar sua culpa ou para não enlouquecer.


Mariana. 29/03/2013minha estante
Olá, Dirce!

Talvez tenha sido assim, mas não acho que isso diminua ou deprecie o amor que ela acabou sentindo pelo filho. Todo amor é, afinal, fruto de alguma coisa que nos falta. Só que isso certamente contraria aquela ideia de amor incondicional das mães, o que, para mim, é o ponto admiravelmente diferencial dessa obra.

Obrigada pelo comentário!




L.Felipe 01/09/2020

Resenha: Precisamos Falar Sobre o Kevin
Precisamos falar sobre o Kevin aborda a perspectiva de Eva, uma mulher, uma mãe, cuja relação que possuí com seu filho desde o seu nascimento é construída de uma maneira diferente, não somente de amor, mas sim pela dicotomia de amor e ódio.

Através de cartas direcionadas para seu marido Franklin. Ela conta sua história, de antes e depois de seu filho Kevin ter cometido um assassinato em massa na escola onde ele estudava.

Raiva, ódio, repulsa e rejeição são os tipos de sentimentos mais presentes nessa história. Como aguentar o fardo de ser mãe de um monstro? Além do mais, como compreender o laço inquebrável de conexão de uma mãe por seu filho, mesmo que ele cometa um crime imperdoável, na qual nem o próprio é capaz de explicar a razão de tanto maldade.

Não tenho respostas para estas perguntas, mas sei que esse “laço inquebrável” fez mudar minha maneira de pensar sobre esse assunto!!

QUE LIVRO!! 📚📖
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Paty 28/01/2014

O livro é assustador e franco como um tapa, sacode o leitor entre culpa e empatia, retribuição e perdão, discute casamento e carreira, maternidade e família, sinceridade e alienação. Denuncia o que há com culturas e sociedades contemporâneas que produzem assassinos mirins em série. Um thriller psicanalítico onde não se indaga quem matou. Revela quem e o que morreu enquanto uma mãe moderna tenta encontrar respostas para o tradicional onde foi que eu errei? Lionel Shriver critica o que crê ser o principal problema dos Estados Unidos: ninguém quer ser culpado.
Pedrinho 28/01/2014minha estante
Que resenha incrível!


Catharina 28/01/2014minha estante
Parabéns pela resenha. Você expressou em poucas palavras todos os sentimentos por trás da história.


Arsenio Meira 28/01/2014minha estante
Vou dizer o que? cinco estrelas para o livro e seis para a resenha e não se discute mais nada.


Bel 29/01/2014minha estante
UAU !!! Fiquei com mais vontade agora de ler este livro!




Paula 01/05/2020

Precisamos falar sobre a relação pais e filhos.
Primeiramente, o livro apresenta gatilhos, caso seja sensível a violência, assassinato, negligência familiar recomendo ponderar a leitura.
Precisamos falar sobre o Kevin, antes de tudo, é uma história incomoda, o objetivo do enredo é fazer o leitor, juntamente com Eva, mãe do protagonista, encontrar uma explicação e um culpado para o massacre acontecido naquela tarde de quinta feira.
A história é narrada por meio de cartas que Eva destina ao seu marido, fazendo uma retrospectiva desde o dia em que decidiu ter um filho até alguns anos após o crime realizado pelo seu primogênito.
Lionel, nos entrega uma história que nos faz questionar quem de fato é culpado de diante de tantos massacres, em escolas, locais de trabalho, igrejas, a culpa seria da mãe? Como quase sempre é levantado. A culpa seria da sociedade? Ou a culpa é exclusivamente daqueles que cometeram os crimes?
Eva é uma personagem que não podemos isentar de culpa, igualmente, seu marido, houve falhas, mas nada disso anula as escolhas de Kevin, não muda em nada a sua culpa. Mas será que uma postura diferente dos pais teria mudado algo? Não sei, o livro mostra o quanto é complexa a relação entre pais e filhos, por mais simples que pareça, observada de fora, as expectativas criadas por ambos os lados tem se tornado destrutiva, igualmente a forma que a mídia aborda casos de assassinatos em massa e a forma que as pessoas lidam com os acontecimentos.
Precisamos falar sobre o Kevin, é na verdade, um grito em meio a toda uma sociedade de, precisamos falar sobre nossas relações, entre familiares e pessoas em geral, pois estar ali do lado, encher de presentes, "passar pano" perante erros, não significa que você esteja disposto a conhecer o outro de verdade. Nem sempre queremos ver a verdade, e sim, algo ou alguém para colocarmos nossas expectativas de felicidade e realização pessoal.
Precisamos falar sobre o Kevin e sobre nós mesmo.
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Katharina 09/01/2022

Aos 15 anos Kevin mata 11 pessoas, sua mãe conta em cartas detalhes de sua vida em família. Com uma narrativa densa, pesada, com trechos bem fortes, nos leva a uma reflexão sobre a maternidade e relações familiares.
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Cayo.Fellype 29/05/2023

Primeira decepção do ano. Leitura super arrastada, consegui engatar já quase no final e o ranço que peguei do Kevin e do seu pai, não sei colocar em palavras!!! Tinha outras expectativas, nem sei o que eu pensei kakaka mas não era o que estava nesse livro!
Thiago Valença 01/06/2023minha estante
Misericórdia, rs




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