Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Alicemara 25/12/2023

Kevin virou um tópico sensível
É um livro perturbador. São tantas camadas nesse livro, é o que deixa ele fascinante sem sombra de dúvidas. É lento e chatinho no começo, voce tá ansioso pra entender e parece que não é necessário tantos detalhes, mas depois você entende que a história não poderia ser contada de uma forma diferente. Em resumo, é uma família trágica, mas adorei saber sobre o Kevin, apesar do choque de quanta maldade ele foi capaz de realizar.

lipelimma 19/12/2023

Precisamos falar sobre o Kevin - Lionel Shriver
Lido 19/12/2023 📖
Nota: 4.0 ⭐
⭐⭐⭐⭐⭐ Premissa ou Primeiras Impressões
⭐⭐⭐⭐ Protagonista(s)
⭐⭐⭐⭐ Personagens secundários
⭐⭐⭐ Conexão com a História
⭐ Page-Turner
⭐⭐⭐⭐⭐ Temas importantes ou Representatividade
⭐⭐⭐⭐⭐ Universo ou Ambiente
⭐⭐⭐⭐⭐ Elemento Surpresa ou Plot Twist ou Final
⭐⭐⭐ Escrita ou Narrativa
⭐⭐⭐⭐⭐ Frases ou Citações

Marcações

Lice 16/12/2023

...
Terminei o livro com uma sensação de falta de ar. A personagem me fez sentir o cansaço no simples ato de comer peito de frango. O livro não te explica nada sobre a mentalidade do Kevin (ainda bem), a mãe é uma narradora não confiável (duvido muito que um bebê seja maligno) e eu suponho que o Franklin sabia que o que Kevin era, mas como a própria autora deixa explicito em passagens iniciais, ele preferia se forçar a acreditar que o dia foi perfeitamente agradável pra assim convencer-se de o dia foi de fato agradável. Tipo, é bastante engraçado ele se forçando a conviver com a perfeição da Célia, pois ela reproduziu não intencionalmente a natureza de uma menina no american way of life.

Tayná Orem 13/12/2023

PERFEITO!!!!
Quem tiver dúvida sobre ler ou não, eu digo: LEIA! Em alguns momentos realmente fica lento por ser em carta e ela relata coisas "desnecessárias" mas é final vale tanto a pena, tem um plot twist que você cria na sua cabeça e no final vê que não teve nada a ver. Enfim, amei amei amei!!!!

A_Sarah_Soares 13/12/2023

Precisamos falar sobre Kevin
Achei tudo meio confuso, pois tentaram misturar a personalidade de um psicopata com tendências violentas a um assassino em massa que na literatura geral apresenta outro tipo de comportamento.

Mas enfim, como isso não é uma ciência exata segui com a leitura, mas ainda assim encontrei outro ponto negativo, a escrita muita arrastada com parágrafos inteiros desinteressantes e por inúmeras vezes me encontrei com sono após horas de leitura sem nada importante acontecer.

Resumindo, não foi minha melhor leitura sobre o gênero.

Thamyres.Luna 11/12/2023

Mãe e filho
Um ótimo livro, muito bem escrito, lindas palavras são usadas para uma história tao horrenda. Um assunto tão pouco comentado sobre porém tão triste e devastador, tão terrível.
Precisamos falar sobre o Kevin retrata muito mais do que ele diz retratar. Essa narrativa é sobre a relação de mãe e filho. Uma relação anormal, atípica, mas que eu particularmente, como leitora, senti em cada âmbito do meu ser. Eva não amou seu filho imediatamente, mas construiu esse amor, Eva foi uma mãe "desnaturada" muito forte e muito mais materna do que se pode imaginar. Em nenhum momento desconfiei ou duvidei de qualquer instinto materno de Eva. Me senti tão mãe quanto ela. Amei Kevin gradativamente até o ultimo capítulo e me senti extremamente mal por isso, chorei feito um bebê, ou feito uma mãe que criou um filho que nunca desejou e que veio a se tornar um menino horrível e insensível, um monstro. Como se fosse eu quem tivesse assumido o papel de "mãemãe" nos momentos em que menos quis, em que menos me identifiquei como tal, no momento em que o que tinha de mais precioso foi tirado de mim. Eva perdeu seu marido e o amor da sua vida no momento em que seu primogênito foi concebido. Porém Eva ganhou um novo mundo inteiro, Kevin, quem veio a se tornar toda a sua vida, da pior maneira possível, e demonstrar, após 18 anos, o fim de uma guerra travada contra sua mãe desde o seu nascimento, no pior cenário existente. Da mesma forma que esse menino nasceu ruim, também nasceu com muito de sua mãe em si, apesar de ter feito essa mulher sofrer tanto.
O pai de Kevin foi o pai que sempre quis ser até o seu último suspiro, o melhor e o mais presente.
Eva descobriu que até as mães menos naturais nunca deixam de ser mães, assim como Kevin nunca deixará de ser um assassino.

liabatistak 11/12/2023

Criança diabólica
O livro ?precisamos falar sobre o kevin? de fato é um livro que mexe com o psicológico do leitor e é uma leitura difícil e pesada.

o livro mostra como a maternidade pode ser algo de certa forma ruim, não um sonho como dizem.
retrata muito a infância caótica de kevin e assusta o tanto de detalhes que esse livro contém, entramos no lugar do personagem e isso sufoca.

particularmente, esse livro foi bem lento.
não por ser um livro ruim ou pela leitura em si ser lenta, mas por ser uma leitura grande e muito complexa. demora muito para o livro realmente acontecer e talvez eu tenha tido essa conclusão sobre o livro por ser em formato de cartas.
entretanto, o livro é muito indicado para as pessoas que desejam entrar de cabeça no mundo da psicopatia e maternidade.
boa sorte.

Andre.S 10/12/2023

Uma leitura difícil e pesada. Escrito em formato de coletânea de cartas, o livro é lento e arrastado, até o final chocante e perturbador. Para nos fazer pensar.

Alyne 09/12/2023

A perplexidade da humanidade
Precisamos falar sobre o Kevin, é um livro muito bem escrito (um dos melhores que já li) e a escrita não te prende muito no início, mas do meio para o final você se questiona tanta coisa que devorar o livro é involuntário.
Eva nunca quis ser mãe, porém, Franklin, sempre quis ser pai, e quando Eva cede a essa vontade (dita de praxe que foi do marido e não totalmente dela) e engravida, um efeito dominó é desencadeado. Que Kevin já nasceu diferente, é um fato incontestável, mas talvez, a relação mãe-e-filho ter sido tão "hostil", por assim dizer, tenha desencadeado algo mais profundo. Ficando assim, o primeiro questionamento: Foi culpa da mãe? Tinha algo que ela poderia ter feito diferente?
Falando do Franklin, posso dizer que a forma patriota americanizada dele me dava nos nervos, essa busca incessante para ser a "família americana perfeita" talvez tenha sido o quê piorou ainda mais a situação. Porquê fato era: ele ignorava todos os sinais que a Eva dava para ele.
O livro te põe para pensar, e se eu for pensar muito vou ter uma crise existencial, ele te faz questionar se teve um culpado além do Kevin porque é inconsciente nós não querermos colocar a culpa 100% em uma criança, por qual é? ele é só um mini ser humano, nao tem noção do faz/fala. Mas para mim, o Kevin tinha e sempre teve 100% de noção de tudo, Kevin é sim 100% do culpado e Kevin ser um psicopata é inegável.

Eu li uma resenha que tinha uma frase que resume muito bem o livro "Uma análise apurada da sociedade americana, da maternidade e paternidade e uma compreensão abrangente sobre a responsabilidade demandada para se construir uma família".

Um verdadeiro anticoncepcional que, se você tiver vontade, vale super à pena a leitura

paula_fmg 09/12/2023

O livro já inicia contando o crime cometido por Kevin e as consequências desse ato para ele e sua família. Por isso, imaginei que não haveria um plot interessante. Não poderia estar mais enganada. Apesar da leitura da maior parte do livro ser um pouco arrastada, com detalhes massantes e não tão interessantes - pensei em abandonar a leitura algumas vezes - o final do livro apresenta um plot muito interessante e que faz valer toda a leitura que pareceu morna até ali. Um final impactante e, para mim, surpreendente. Valeu a leitura.

Ariel 08/12/2023

MEU DEUS. que livro foi esse! eu nunca fiquei tão chocada com um livro como fiquei com esse. uma mistura de sentimentos. e que final mais emocionante foi esse? amei do começo ao fim! .

sabris 07/12/2023

É uma interpretação radiante e... complexa!
Eu fui ler na ingenuidade apenas para saber como deve ser mãe de um psicopata e terminei com muito mais questões na minha cabeça... afinal, você está dentro da cabeça da Eva e acompanhando toda sua trajetória e todos os pensamentos dela, antes mesmo do Kevin nascer, além de toda sua luta em se colocar como culpada da história x o Kevin já ter nascido assim...
Nós, involuntariamente procuramos buscar o culpado, e eu particularmente acho que o Kevin já deve ter nascido assim, mas ao mesmo tempo, a humanidade é complexa, e ser mãe mesmo não querendo, enquanto o pai só busca a imagem de ser uma família feliz na américa, entre diversas outras coisas, é algo que transforma toda essa discussão em algo muito mais profundo. Como o livro é narrado pela mãe, logo, a narrativa não é 100% confiável, não que ela estivesse mentindo ou buscando reverter toda a história para se isentar da culpa (ou talvez na cabeça dela sim), mas você percebe como muita coisa ali foi a partir de uma interpretação DELA, por exemplo, quando ela falava que o olhar do Kevin transmitia x sentimentos... enfim, é complicado...
Em suma, refletimos sobre maternidade: o que acontece se uma mulher não quer ser mãe? mesmo quando sente que seu casamento apenas depende disso?
Refletimos sobre como a mulher é vista: será que eu sou uma boa mãe? será que eu sou a culpada de tudo isso?
Refletimos sobre machismo e o que a sociedade espera de uma família, refletimos sobre o olhar do homem sobre a mulher e como ela muitas vezes deve deixar de seguir seus sonhos para seguir os sonhos de outras pessoas...
E até que ponto todas essas questões viram traumas para a mãe, o pai e consequentemente o filho?
E talvez o mais importante: é possível uma criança nascer psicopata ou ela se torna uma?
Literalmente aquele meme: não sei o que pensar, apenas sentir.

Cachos de Uvas 07/12/2023

Obra excepcional (e também ótimo anticoncepcional)
Precisamos falar sobre o Kevin é pesado, denso, mórbido. Poucas páginas não me trouxeram angústia e desconforto. A autora não deixa pontos sem nó, acontecimentos mais discutíveis ficaram em aberto para o leitor ter sua própria opinião. Há muito tempo não lia um livro tão bem escrito. Vou pensar no fim desse livro durante um bom tempo. Kevin é psicopata.

Giovana Laursen 07/12/2023

O começo do livro ser tão lento me desmotivou demais, só não parei de ler pq estava muito curiosa com o que já ouvi falar da história.
Tudo é uma receita pra dar errado, desde a vontade compulsória de ter filhos até a criação deles.
Pra mim Kevin já nasceu diferente sim mas o ambiente em nada ajudou, principalmente a mãe que apesar de tudo não é culpada. O final que é a parte que esperei chegar tanto foi realmente muito impactante e de tirar o fôlego.

Mauriceia2 05/12/2023

Precisamos Falar Sobre Kevin
Eu fiquei chocada lendo esse livro e confesso que pensei em desistir de ler, porém como não gosto de deixar a leitura pela metade fui até o fim: mas é tenso demais. O livro tem uma abordagem inteligente, surpreendente e o leitor tem que tomar cuidado ao ler. O livro é narrado em primeira pessoa, através de cartas escritas pela mãe de Kevin, enviadas ao pai ausente. A mãe descreve, em longas cartas, suas lembranças e sentimentos com relação a Kevin e sua família. Deixa o leitor a par de toda a sua vida, de maneira em que, durante a leitura, é possível distinguir sua vida antes e depois dos filhos. Ela mostra que nunca sentiu vontade em ter filhos, mas que foi forçada a essa vida, pela sociedade e por seu marido. Para quem está pensando em ter filhos, esse livro é um divisor de águas. Posso até dizer, que chega a ser um anticoncepcional para muitas pessoas. Kevin é um garoto muito inteligente, porém, ele vive incomodado com algo que nem ele mesmo sabe explicar. Para ele nada tem graça, tudo é banal. Encontra na ironia o seu modo de sobrevivência. Demonstra desde pequeno, uma aversão ao que é bom, ao que é do ser humano. É um garoto mimado, dissimulado e capaz de cometer barbaridades simplesmente porque tem vontade: a história é pesada, e se você não tomar o devido cuidado, vai acabar ficando  mal com os acontecimentos no decorrer da leitura. A cada capítulo, a história vai ganhando um clímax de thriller diferente e você se encontra, em diversos momentos, julgando os personagens. Uma análise apurada da sociedade americana, da maternidade e paternidade e uma compreensão abrangente sobre a responsabilidade demandada para se construir uma família. A prosa é muito sofisticada, o que me surpreendeu já que pensava que se tratava somente de um esquecível best-seller, e o livro deve entrar para o cânone por seu valor literário e por tratar de um tema que tende a ser atemporal, sobretudo com o avanço pungente da tecnologia. Vale a pena encarar essa chocante, pesada e por vezes desconfortável leitura.Então se você, que ler esse livro tem que está preparado.