Corações Feridos

Corações Feridos Louisa Reid




Resenhas - Corações Feridos


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Daiane 06/03/2015

Duas irmãs gêmeas (uma tem uma síndrome que desfigura parte do rosto) que são maltratadas por pais abusivos e que se escondem atrás da fachada de pastor, vivem somente de aparências....a irmã "bonita" morre devido aos mal tratos... e a outra segue buscando a liberdade.
Nath @biscoito.esperto 30/04/2015minha estante
Aviso de spoiler na resenha, por favor.




Mari 23/12/2013

Minha Opinião:
Quando vi esse livro pela primeira vez não imaginava que ia encontrar uma história como esta. Sempre imaginava algo bem triste, mas não passou na minha cabeça que seria tão forte.
O começo da leitura foi um pouco mais demorado. A autora escreveu bastante detalhes, mas de uma forma um pouco cansativa. Minha vontade de terminar a leitura foi maior e consegui finalizá-la.
Somos apresentadas as gêmeas Rebecca e Hepzibah. As duas são totalmente diferentes: enquanto uma é tranquila, tímida e sofre da Síndrome de Treacher Collins a outra é o oposto, determinada, aventureira, extrovertida e bonita.
Os pais das garotas são pessoas muito religiosas, chegando ao extremo. Até alguns meses atrás, as duas nem iam à escola, não tinham nenhum amigo. Com isso, Hephzi acaba fazendo de tudo para ter as pessoas em volta de si, até mesmo humilhando sua irmã às vezes, para se enturmar. Sendo assim, Hephzi acaba se tornando a popular da escola, sendo a queridinha dos pais. Reb sempre fica à margem de sua irmã e acaba sofrendo as consequências das coisas que sua irmã apronta, já que fica marcada como cúmplice.
Rebecca precisa desvendar o que aconteceu com sua irmã, o que é esse mistério que envolve ela e seu pai.
O livro começou a fluir na metade, para ser mais exata, e me deixou refletindo sobre alguns assuntos, como fatos que acontecem na vida real.
A história tem uma carga forte de emoções. Muitas vezes ficava nervosa com a leitura, pois gosto de entrar nela e imagina as cenas.
Em suma, é um livro bom, que nos faz refletir em alguns aspectos. A todo instante ele mescla realidade e ficção, mas acredito que faltou algo a mais.
Indico o livro para aqueles que gostam desse tipo de enredo e de uma leitura mais tensa. A capa está bonita e a revisão está ótima também.
Manu Felix 13/01/2014minha estante
Confesso que pra mim, o livro só veio a ficar mais interessante no meio também, mais nas partes em que a Hephzibah narrava, porem, esperava mais do final, porque achei um tanto confuso.




Ana Martines 21/07/2014

Só leia se você tiver um coração forte, pois esse livro machuca.
Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, inseparáveis. Filhas de pais religiosos, que não as deixam sair de casa, fazer compras, nem se limparem corretamente. São obrigadas a participarem de todos os encontros, já que seu pai é o pastor. E escondem um grande segredo... Hephzibah é linda, na medida do possível. Rebelde, desafiadora e manipuladora. Já Rebecca é a que mais sofre. Nasceu com a sindrome de Treacher Collins - que deformou seu rosto - e é acusada pelos seus pais como o demônio, o preço que tiveram que pagar por terem pecado. Protetora, se preocupa demais com sua irmã, e vê sua vida mudar completamente após a morte de Hephzibah. Os capítulos são alternados entre Rebecca e Hephzibah, contando-nos a história antes e depois da morte da garota. A diagramação é simples e bonita, com capítulos curtos e uma leitura que flui perfeitamente. Os pais das garotas semelham-se à mãe de Carrie, do livro Carrie, a Estranha. Ao meu ver, eles conseguem ser piores, principalmente o pai, que Rebecca refere-se como Pai, com letra maiúscula. "Olhe para dentro, retire a pele, a carne e os ossos e encontrará uma biblioteca de sofrimentos." Corações Feridos é um livro triste. Surpreendente, mas angustiante. Não sei se eu que não estava em um momento bom, ou o livro que causou isso... Mas tiveram horas que precisei largar o livro, pensar em outra coisa, tamanha a dor no peito que estava sentindo. Não sei se captei bem a moral do livro, mas sei que, depois de lê-lo, passei a valorizar mais minha vida. Minha família, meus amigos... Minha realidade. Após conhecer essa realidade tão dolorida da vida de Hephzibah, meu modo de ver as coisas mudou. Já vi muitas pessoas falarem isso, mas não posso deixar de falar também. Só leia se você tiver um coração forte, pois esse livro machuca. Terminamos a leitura com o Coração Ferido, assim como no título. A autora está se arriscando a deixar muitas pessoas em depressão após esse livro. Recomendo a leitura para todos que gostam de um livro drástico, mas com um aprendizado enorme. Um bom livro para sair da zona de conforto, para mudar o estilo um pouco. Vale muito a pena a leitura, apesar de todo o sofrimento.

site: www.vicioemlivros.com
Chellot 24/09/2014minha estante
Olá, terminei de ler ontem e adorei. Ótima resenha.
Bjs Chellot.




borgeslivia 27/04/2022

pior livro que já li
O tema do livro por si só já é bem delicado, mas tudo bem, nada que uma boa escrita não o torne reflexivo. Porém, os acontecimento são jogados, mal explicados, desorganizados e mal escritos. Tudo muito raso e nem teve um bom propósito reflexivo.. achei, inclusive, bem irresponsável.

Gente????? Sério! Me deu foi raiva. Não me apeguei aos personagens, porque são mal construídos e não consegui nem torcer por ninguém.
Pelo menos gostei da Vó, do Danny e do Craig hahaha o que não salvou o livro!
Fran.Bombassaro 01/05/2022minha estante
Eu li há MUITO tempo, acho que mais de 10 anos inclusive! E lembro que amei! Quero fazer a releitura




Tati 17/03/2014

Um livro triste emocionante e perfeito!!!!
Impossível parar de lê-lo
Zoraide 20/03/2014minha estante
ótimo.....




C_R 05/02/2016

Uma vez li a seguinte frase: Se você quer saber do que a mente humana é capaz, leia livros!
"Gravei o dia de hoje em minha memória como mais um dia negro, e está lá, uma dura história inscrita nome meu coração. As histórias que tenho escondidas dentro de mim; se você pudesse abrir-me, leria a verdade."
Essa frase vale tanto para as coisas extraordinárias que vemos nos livros e que depois se transformam em filmes, como para as atrocidades de que o ser humano é capaz. Esse livro não conta do extraordinário, mas sim das atrocidades, da crueldade que uma pessoa pode vir a cometer.
É um livro de ficção, mas uma ficção que não está longe da realidade ou daquilo que preferimos ignorar para não nos afetar emocionalmente, pois aquilo que os olhos não veem o coração não sente.
"Respingos de sua saliva atingiam minha bochecha enquanto ele rosnava seu ódio e salpicava-me com seu desgosto."
O livro é forte, contem cenas de violência física e psicológica. Mas também fala de superação. Superar o que te feriu e tentar seguir em frente. Mas confesso que se estivesse na pele de Rebecca, não sei se conseguiria seguir em frente, não depois de tudo o que ela passou, tudo o que viveu. Acredito que minha sanidade ficaria danificada.
Portanto se você está acostumado a ler livros leves, acredite: Esse livro não fará bem a você, fará você ter pesadelos além de ficar ruminando a história varias e varias vezes na mente!
Li e gostei, mas não sei se leria novamente. No entanto indico a leitura para quem gosta de livros mais sombrios.
"Aos poucos eu estava ajeitando as coisas. Aos poucos estava me preparando. Eu realmente estava partindo. Estava saindo das trevas e procurando uma vida. Aquela que esperou por mim todo esse tempo."

site: http://colecionandoromances.blogspot.com.br/
Regi 26/12/2016minha estante
Ainda bem que não é somente eu que percebi o quanto este livro é sombrio.




Mari 03/10/2013

Corações Feridos - Louisa Reid
Oi, gente!

Hoje vou falar de CORAÇÕES FERIDOS da LOUISA REID, o quarto livro do mês de setembro que li da NOVO CONCEITO.

Há algum tempo vi um blog (não me lembro qual, sorry) falando sobre CORAÇÕES FERIDOS, e que a NOVO CONCEITO havia adquirido os direitos. Fiquei bem ansiosa por ele e vibrei de alegria quando apareceu nos livros de setembro. Deixei-o para ser um dos últimos, pois tinha certeza que iria adorar. Até gostei, mas não foi tudo aquilo que eu imaginava.

A narrativa de CORAÇÕES FERIDOS é feita em primeira pessoa; ora por Rebecca, que nos dá um panorama da vida das irmãs durante o presente, após a morte de Hephzi; ora por Hephzi, que nos conta sobre o passado, antes de sua morte (óbvio). Rebecca é a irmã que possui a síndrome, e é impossível não morrer de amores pela personagem. Apesar do ambiente que vive, ela é doce, protetora, inteligente, e sempre acredita em um futuro melhor. Já Hephzi me irritou no começo de sua narrativa. Em muitas partes ela contou como desdenhou da irmã, que estava sempre a protegê-la, isso fez com que eu pegasse birra da garota.

A partir disso, ansiei por ler o que Rebecca tinha a dizer, mas não me interessei muito por Hephzi, pois em muitos momentos ela se portou como qualquer adolescente normal. Ok, entendo que esse era o maior desejo da menina, principalmente por causa dos pais que tinha, mas sabe quando você pensa que um livro será completamente profundo e aterrador, que te levará as lágrimas e fará seu coração se sentir dilacerado? Era exatamente isso que eu esperava encontrar em CORAÇÕES FERIDOS. Mas achei muitas passagens rasas e medianas.

A narrativa também demorou para expor de forma crua os pais das garotas. ADORO livros que falam de religião e que têm fanáticos. Gosto de ver como os autores trabalham com esse fanatismo e ver o que as personagens são capazes de fazer em nome de sua fé. Os pais das meninas são terríveis! Muitas vezes fiquei irritada com a situação e queria tomar uma providência.

No entanto, apesar de tudo isso, não senti a emoção me dominar. Não senti que fiquei comovida ou com o coração apertadinho. Até então achei a leitura mediana, mas a curiosidade sobre a morte de Hephzi me fez querer prosseguir, foi então que fiquei HORRORIZADA. Isso pra dizer o mínimo!

Os momentos finais da garota foram angustiantes. Ler a razão de sua morte me causou imenso desespero e revolta. Tudo aquilo que ansiei durante todo o livro esteve presente ali, naquelas poucas páginas. Foram nelas que senti a verdadeira crueldade dos pais fanáticos, foi ali a gota d’água do aceitável. Foi ali que desejei imensamente o mal daquele casal. Foi ali, com aquelas revelações, que desejei que eles tivessem um castigo, um bem grande, e pagassem por seus crimes. Porque, sim, o que eles fizeram durante anos e anos com as filhas, é crime! Um crime cruel e sádico, que passou despercebido apenas pela posição religiosa de Roderick, o famoso lobo em pele de cordeiro.

Este final fez valer o livro. E como fez! Se antes eu não conseguia me sentir tocada com a leitura, após essas páginas mudei completamente de opinião.

Vocês devem estar achando estranho o fato de eu ter dado apenas 3 estrelas no Skoob para o livro, já que disse que o final fez valer a pena. Mas é aquilo, não posso julgar só pelo excelente final, dei a nota pensando em dois motivos: os primeiros já citados acima, pois não posso esquecer o começo e o meio na hora de avaliar; e o segundo por causa do Português.

Peço que me perdoem, mas sou EXTREMAMENTE chata com a Gramática nos livros. Um errinho ou outro, beleza, é normal, afinal, imaginem quantas e quantas páginas um revisor não lê por dia para cumprir prazos? O problema é que excessos me incomodam tanto, que chegam a me perturbar (é sou louca). CORAÇÕES FERIDOS tem um uso exagerado, e muitas vezes errôneo, de Colocação Pronominal. Foram tantos: “pediu-me, fez-me, perguntou-me, colocou-me, tirou-me, levou-me... –me, -me, -me” que eu não conseguia mergulhar na leitura. Acredito até que esse tenha sido um dos motivos que fez com que eu criticasse o início do livro e dissesse que ele não foi bem o que imaginava, porque a situação me irritou tanto que fiquei procurando erros em vez de deixar a leitura fluir e mergulhar no que as personagens contavam.

Ok, vocês devem estar pensando: “que menina chata!” E realmente entendo, pois sei que sou um completo purgante em relação a isso. Como disse, se fossem errinhos eu nem comentaria, mas excessos não permitem que eu fique quieta. Isso me incomodou tanto que pensei em abandonar a leitura antes de chegar à página 50. Sei que no Brasil, quando o verbo não está no início da frase, que torna a ênclise obrigatória, pode-se usar ou a ênclise ou a próclise, mas vamos combinar: CORAÇÕES FERIDOS é um livro que fala de duas meninas simples, que foram frequentar a escola aos 16 anos, e que antes eram educadas em casa, de forma precária, pela mãe; então por que encher de ênclise as palavras dessas meninas? A linguagem ficou parecendo pomposa demais para as gêmeas. Sou chata e não gostei disso! #ProntoFalei


Se você é do tipo que não se apega a picuinhas, tenho certeza que vai amar CORAÇÕES FERIDOS, mas se sua chatice tem um grau elevado, como a minha, acho que não vai conseguir deixar que isso passe despercebido.


site: http://s2ler.blogspot.com.br/2013/10/resenha-coracoes-feridos-louisa-reid-ed.html
Luci Eclipsada 10/11/2017minha estante
Esse livro é péssimo erros grotescos na construção da narrativa, sem contar a forçada de barra que a autora faz para que uma das gêmeas seja leitora voraz de grandes livros quando, pelas condições em que vivia com a irmã, seria impossível o acesso ao livros e, consequentemente, um refinamento literário.




Julieta 31/05/2021

Um livro necessário.
Eu li Corações Feridos pela primeira vez quando tinha por perto dos 14 anos, foi uma leitura que me marcou muito. O fanatismo religioso é muito bem retratado, impossível não se emocionar com a trajetória das irmãs e se revoltar com o modo como elas são criadas.
Reler ele agora com 19 anos me deu outra perspectiva mas ainda assim ele continua sendo o meu livro favorito da vida.
É uma leitura fluída, você devora as páginas com rapidez. Recomendo a todos que leiam, é uma leitura que mudou minha vida.
Stefania.Alves 31/05/2021minha estante
Eu amo tanto esse livro, também li quando tinha uns 15/16 anos, quero muito reler agora pra saber o que vou achar.




Rose 30/04/2014

Era para ser a estória de duas irmãs gêmeas. Uma totalmente perfeita e outra com um problema de nascença chamado "Síndrome de Treacher Collins". Para resumir é uma má formação dos ossos do rosto.
As duas irmãs seriam criadas com todo o amor, carinho, atenção e proteção que as crianças merecem.
Pois é, era para ser, por o que vemos na verdade é a triste estória destas irmãs que nasceram e cresceram em um lugar onde o amor era apenas o que uma sentia pela outra. Carinho era o que tinham nas poucas vezes em que ficavam com a avó. Atenção era para as "besteiras" que poderiam fazer e que as levariam ao inferno. Proteção era o que sentiam, mesmo que precariamente, quando estavam no quarto.
Elas viviam presas em casa, não tinham direito a nada. Um simples banho era artigo de luxo. Tinha uma vida (?) miserável, e quando digo isso, não é pela falta de dinheiro. Nos ombros destas meninas estavam depositados dores inimagináveis. Dores que ninguém deveria passar, ainda mais crianças.
A vida de Rebecca e Hephzibah começa a mudar quando mesmo contra a vontade dos pais, elas começam a frequentar a escola. Esta pequena, mas significativa vitória caiu sobre elas como um pequena e frágil luz no fim do túnel. Sabe quando uma vela está acesa e temos medo que o vento a apague? Pois é, Reb e Hephzi sabiam que qualquer deslize delas, estariam condenadas a ficarem sem aquelas poucas horas de liberdade.

"- Por favor. Dê-me mais uma chance.
Ele me olhava, surpreso por eu ter falado em minha defesa e por ter ousado demonstrar uma vontade. Seus lábios se retorceram e seu sorriso sarcástico derrubou meu olhar novamente." (Página 52)

Acontece, que a liberdade é embriagadora e viciante. Rapidamente Hephzibah se viu envolvida nas garras de um futuro livre e feliz. Rebecca ainda tinha os pés no chão e clamava para a irmã ir com calma, ter mais cuidado. Mas Hephzi sabia que não tinha tempo, que de um minuto para outro tudo podia se acabar... como se acabou...
Reb agora estava sozinha e refém daquele mal. Seus medos aumentaram, mas ela sabia que assim como Hephzi, seu tempo poderia estar acabando.

"Gravei o dia de hoje em minha memória como mais um dia negro, e está lá, uma dura história inscrita em meu coração." (Página 12)

Corações Feridos é um livro narrado por Hephzi e Reb. As irmãs contam seus medos e suas esperanças. Nos mostram que não é só o coração de ambas que está ferido, mas a própria alma delas, assim como a carne.
Foram vários pedidos de socorro que se perderam pelo caminho, ou que ninguém quis ouvir.
Várias vezes durante a leitura, eu me perguntava porque ninguém fez ou fazia nada? As pessoas são cegas? Acreditem, quando o fanatismo se faz presente, com certeza inocentes estão sofrendo em volta. E o pior de tudo isso, é sabermos que isso existe de verdade, e que realmente algumas pessoas fingem que não veem.

site: htpp://fabricadosconvites.blogspot.com
Clarice.Castanhola 18/07/2015minha estante
Confesso que estou LOUCA para ler esse livro... e sua resenha me deixou mais ansiosa ainda...




DanielaMG 07/10/2013

Livro instigante e envolvente
A leitura fluiu tanto que em dois dias terminei o livro. A história te instiga e há momentos que assombra por parecer real e como de fato, sabemos que existem relações familiares como as relatadas no livro.

A autora criou personagens factíveis, moldados pelo descaso e pela dor, que tentam vislumbrar um futuro melhor, buscam aceitação, amor e liberdade.

A violência do Pai contradiz sua postura religiosa e oprime as irmãs ao máximo. Hephzibah falece por negligência e Rebecca aos poucos tenta seguir em frente e se libertar das garras opressoras de sua família.

Difícil ter consciência que lares como esses são uma realidade comum no mundo todo, uma triste e sigilosa realidade. Os vizinhos não notam o tratamento que pais como Roderick dão aos seus filhos, ou fingem não ver. A indignação relatada no final do livro atinge o leitor.

Uma mãe omissa que não se importa com o que acontece dentro de sua casa, os parentes que se distanciam e não querem ter qualquer relação com os fatos. Duas irmãs que se acostumam a viver na sombra da violência.

Rebecca sofre com a deformação de seu rosto e acredita nunca encontrar amor, amizade e aceitação, tudo isso muda quando ela consegue um emprego numa espécie de Asilo.

Apesar de perturbador, o livro é excelente.

site: http://giraldeleitura.blogspot.com.br/
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Mari 05/10/2013

"Havia sempre um par de olhos em algum lugar me fitando com fascínio e horror.Eu podia sentir esses olhares como se fossem formigas rastejando sob minha pele." - Pág. 13

Um homem mascarado por maldades, ódio e loucura. Uma mãe submissa que guarda um segredo. Duas filhas amedrontadas. Em "Corações Feridos" conhecemos Roderick, um pastor dissimulado, controlador e obcecado por castigar suas filhas, as gêmeas Rebecca e Hephzibah. Ele pregava o bem, porém fazendo sempre o mal. E esse mal era refletido no olhar de suas filhas que de tão amedrontadas preferiam estar invisíveis e fora do alcance daquele que parecia mais o seu algoz.
Rebecca e Hephzibah são irmãs gêmeas, porém devido a síndrome de Treacher Collins, Rebecca tem seu rosto deformado. As duas não são diferentes apenas na aparência. Uma é observadora e cautelosa, a outra não abre mão da sua liberdade mesmo sabendo que seu pai não lhe daria de jeito nenhum. Sua mãe, Maria, era completamente alienada e indiferente com as meninas e elas sonhavam com um pai e uma mãe atenciosos. A única pessoa que demonstrava amor por elas era sua avó . Ela sim, as levava para passear mesmo sabendo que não era do agrado de sua mãe e muito menos de seu pai . Esses momentos descontraídos foram se acabando quando Roderick percebeu que estava sendo ameaçado pela presença de sua sogra. Depois disso, os segredos começam a ser revelados.
Mesmo dias depois de ter lido o livro ainda estou, digamos, chocada. Fiquei completamente envolvida com o livro do início ao fim. A medida que avançamos na leitura, as cenas nos assustam e nos surpreendem cada vez mais. Rebecca e Hephzi não sabem nada da vida. Elas são afastadas de tudo e de todos, só fazem serviços na igreja de seu pai, e ele só sabe castigá-las cada vez mais. Castigá-las mesmo!

Rebecca é a irmã mais calada, que sempre escondia seus sentimentos e a única coisa que ela sentia em relação ao seu pai, era a dor de ser sempre humilhada. Ela temia muito por Hephzi, pois ela queria ser livre e não media esforços para sair de casa e enfrentar as decisões do pai, mesmo que ele não soubesse. O que mais me deixava com o coração apertado era a situação de Rebecca no meio de tudo. Era sempre ela a que mais sofria por não poder aproveitar nada da vida e sempre ser castigada. Queria diversas vezes poder abraçá-la.

O livro é narrado em primeira pessoa, sendo que vai sendo alternado por Hephzi e Rebecca. Os relatos das personagens são avassaladores, e me deixavam comovida, indignada, triste, surpresa, chocada, com raiva, sem palavras. A cada detalhe descoberto ficamos pensando durante minutos no ocorrido. Sofremos com as irmãs. Sentimos sua dor. Tudo que é revelado nos assusta. A autora escreveu uma história com tanta realidade, que caminhamos junto com as personagens e queremos protegê-las a todo momento.

Já li livros que me emocionaram, que me fizeram rir ou que me deixassem saudade. Mas, agora, não consigo lembrar de nenhum livro que tenha me causado tanta admiração como "Corações Feridos". Se preparem. O livro é incrivelmente chocante e vai te surpreender a cada virada de página. Até quando a verdade ficará escondida? As aparências enganam e podem mascarar a realidade. Nada é o que parece...

RESENHA ORIGINAL EM: http://www.magialiteraria.net/2013/09/resenha-coracoes-feridos-louisa-reid.html
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Luh Figueiredos 11/10/2013

Livro IMPRESSIONANTE!
Resenha…

Neste livro temos a história de Hephzibah e Rebecca, irmãs gêmeas, mas que são muito diferentes. Rebecca nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, que deformou sua face. E Hephzi era perfeita e linda.

Mas a história delas, não é algo bonito, e sim muito sofrido e cheia de crueldade da parte dos Pais delas. Este livro me impressionou e me deixou chocada, não sei se é pelo motivo de eu ser mãe e não compreender uma situação assim, mas fiquei muito comovida com este livro.

O livro é separado pelo “Antes” e o “Depois”, antes da morte de Hephzi e antes do acontecido. E a cada capitulo é alternado entre Rebecca que conta o agora e sofre muito mais com a ausência da irmã, e no antes que é contado pela visão da Hephzi antes de sua morte.

A vida delas é totalmente controlada pelo Pai, o santificado e respeitadíssimo pastor do bairro, mas em casa, ele era um mostro, um alcoólatra, fanático e doente mental. Ele não permitia que elas saíssem de casa para praticamente nada, a não ser para fazer os serviços na igreja, que era ao lado da casa paroquial. Assim elas estudavam em casa com a Mãe, que era uma pessoa tão má quanto o Pai, que não fazia nada para melhorar a vida das meninas, e sim conseguia piorar bastante.

Quando elas chegaram a idade de 16 anos, conseguiram ir para a escola comum, e era tudo que elas desejavam, sair da casa paroquial, do alcance dos olhos vigilantes do Pai, e poderem respirar ar puro.

Hephzi queria ser uma garota normal, então tentava ao máximo se enturmar na escola e parecer uma pessoa normal, e não uma que viveu quase toda a vida pressa por seus pais. Mas com isso ela se afastou de Rebecca, que por sua aparência não era aceita tão facilmente que Hephzi.

Rebecca tentava ao máximo passar despercebida por todos, ela sabia que não era agradável ficar olhando para o seu rosto deformado, então tentava ser invisível, tentava aprender ao máximo e aproveitava para ler e aprender mais e mais.

Enquanto Hephzi via a chance de sair de vez da casa paroquial, e inocente como era, achava que se arranjasse um namorado que a amasse ele a tiraria de lá para sempre, mesmo que precisasse deixar Rebecca sozinha. Pensava que ela deveria fazer seus próprios planos para sair daquele inferno.

Rebecca amava a irmã mais que tudo, e sempre acobertava as suas saídas para se enturmar na escola, ou para se encontrar com o namorado. Ela não consiguia falar nao para a irmã, mesmo sabendo que as consequencias do que ela estava fazendo poderia ser muito graves, afinal o Pai poderia descobrir e aí teria o castigo.

Depois da morte de Hephzi, Rebecca ficou sozinha, e ela sabia que se não saísse daquela casa logo, ela seria a próxima na lista de mortes do Pai, pois as mortes que aconteceu na casa e na família, o grande culpado e até causador era o Pai. Rebecca sabia o quanto ele poderia ser cruel e violento, afinal seu maior ódio era destinado a ela, e sempre que podia defendia a irmã deixando ela segura no andar de cima, enquanto ela sofria nas mãos do Pai no andar de baixo.

Essa história toda é difícil de se absorver, e o modo de escrita da autora nos absorve facilmente, e nos deparamos com muito sofrimento gratuito e, no decorrer da história, onde vamos conhecendo os segredos que as paredes da casa escondem, ficamos cada vez mais envolvidos e revoltados com todo o sofrimento que elas passam.

Eu sei que é uma historia que nunca vou esquecer… E só de pensar que acontece coisas semelhantes na vida real é de dar enjoo da raça humana.

Este livro deveria virar filme, seria um modo de mostrar que existe essa violência domestica em tantos lugares, mas que pode ser vencida e que só é preciso um pouco de coragem e ajuda.

Recomendo este livro para que vocês conheçam essa história chocante e impressionante.

Vou ficando por aqui, pois se não vou contar demais…

Beijinhos e me fui!

Luh Figueiredos
Para conhecer mais visite meu blog: Biblioteca da Luh

site: Biblioteca da Luh - http://wp.me/p1Tiwj-26a
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PorEssasPáginas 11/10/2013

Resenha Corações Feridos - Por Essas Páginas
Quando vi a lista de livros de setembro da Novo Conceito, assim que bati os olhos em Corações Feridos, sabia que precisava lê-lo. É uma das melhores capas da editora: com detalhes em relevo, bem caprichada, soturna, melancólica e sombria. Além disso, a sinopse é bastante instigante. Talvez eu esperasse muito desse livro. O fato é que, apesar de ter gostado dele e tê-lo devorado em dois dias, ele ainda poderia ser melhor. Ficou faltando alguma coisa.

O livro é dividido em duas partes: na parte 1, temos a narração de Rebecca e Hephzi, ambas em primeira pessoa. A narração de Hephzi é marcada como antes, enquanto a narração de Rebecca é marcada como depois. Já na segunda parte do livro a narração é apenas de Rebecca.

Gostei bastante desse antes e depois. Não é spoiler o que vou contar, pois está até na sinopse: o fato que mudou a vida dessas duas irmãs e criou esse marco em suas vidas foi a trágica morte de Hephzi. Apenas Rebecca sabe exatamente o que aconteceu e, bem, isso só é revelado ao leitor bem no final do livro. Enquanto isso não acontece, acompanhamos as irmãs narrando sua terrível e triste história, antes e depois da tragédia.

Elas são irmãs gêmeas, mas bastante diferentes. Enquanto Hephzi chama a atenção das pessoas por sua beleza, Rebecca tem Síndrome de Treacher Collins, um problema genético de mau formação ainda no ventre materno, que causa uma série de deformações faciais. Devido a esse problema, Rebecca passa por várias de rejeições em sua vida, mas a pior está dentro de casa. As duas irmãs guardam um terrível segredo: quando seu pai, um fanático religioso, fecha as portas de casa, o lugar é dominado pelo horror. Desde violência física e verbal até uma série de humilhações, Rebecca e Hephzi viveram uma infância de sofrimento. A mãe das meninas nada faz para ajudá-la. Seus tios se afastaram, os vizinhos engolem o teatro dos Pais e a única que as ajudava, sua avó, faleceu em circunstâncias suspeitas.

Nós começamos a história em dois pontos diferentes: na narração de Rebecca, encontramos a garota fragilizada por dentro e com uma carapuça de dor ao seu redor logo após a morte da irmã. Do lado de Hephzi, encontramos as meninas começando a ir para a escola, que elas jamais frequentaram antes. Enquanto Rebecca sofre para acompanhar as matérias que o pai escolheu e ela não tem afinidade, além de conviver com o preconceito dos colegas, Hephzi tenta desesperadamente ser uma garota normal, criar amizades, conquistar um namorado e até ser popular.

“A única coisa que ela não sabia a meu respeito era que minha vida era uma droga, assim como a dela. Que eu achava tudo tão difícil quanto ela. (…) Eu via as pessoas rindo dela (de Rebecca) o tempo todo; eu tive de ver isso a minha vida toda e por muito tempo achei que isso fazia mais mal a mim do que a ela.” Página 65.

O que me incomodou no livro foi mais o começo dele. A autora parece que demorou para encontrar seu ritmo e sua voz. As primeiras páginas têm uma narração um pouco superficial e é difícil sentir empatia pelas irmãs, especialmente por Hephzi, que no início é extremamente fútil. Acho que a ideia que a autora queria passar era que a garota estava desesperada para ser normal, mas no começo ela só passou uma impressão de ser arrogante e superficial. É só ao decorrer do livro que entendemos um pouco melhor as atitudes de Hephzi e até começamos a simpatizar com ela; a garota, afinal, apenas estava confusa e desesperada, mas tem um bom coração e, principalmente, ama a irmã.

Do lado de Rebecca, temos sua tentativa desesperada de sobreviver. Depois que a irmã se foi, as atenções do pai abusivo e controlador focaram nela. Hephzi era a favorita do pai, por ser bela e decidida, enquanto que Rebecca sofria mais os abusos e a violência por ser deformada. No começo temos a falsa impressão de que Rebecca é frágil e tentava se esconder atrás de Hephzi, mas aos poucos percebemos que é exatamente o contrário. Rebecca se mostra uma personagem ferida em vários níveis, mas com uma força reprimida que vai surgindo à medida que as páginas avançam. É ela que mais se destaca na história e são suas narrações as mais interessantes e profundas. É Rebecca a responsável por nos fazer devorar páginas e querer descobrir o que realmente acontece do lado de dentro das paredes da casa paroquial.

Por todo o livro senti falta de conhecer mais os Pais, suas motivações, suas justificativas. Eles eram descritos muitas vezes com uma certa distância, ironia e reverência pelas garotas, e nós não tínhamos muitos diálogos entre a família. Na realidade, senti um pouco a falta de diálogos no livro: as partes com maiores diálogos foram as de Hephzi, e nem sempre eles acrescentavam, pois muitos se tratavam da sua vida na escola, com o namorado etc. Do lado de Rebecca, era tudo muito silencioso, principalmente por ela ser tímida e retraída. As maiores interações foram mesmo entre as duas irmãs. Mas acho que eu gostaria de mais cenas sobre a história da família que realmente acontecessem e não fossem apenas narradas por Rebecca e Hephzi. Senti falta de acompanhar em tempo real esses acontecimentos. Na maioria do tempo, nós apenas descobrimos o que aconteceu como se Rebecca estivesse contando uma história, não narrando acontecimentos. Não sei se essa era a ideia mesmo da autora, mas eu prefiro a segunda maneira, que causa no leitor um maior impacto emocional e nos coloca no centro dos acontecimentos.

“Ainda assim, ele me amaria daquele modo – apaixonadamente, como se pudesse morrer por mim se preciso fosse. Talvez fôssemos mais como Elizabeth Bennet e o Sr. Darcy. Ele tinha de me ajudar a fugir, e foi isso que Darcy fez, ele resgatou Elizabeth de sua terrível família, e Craig poderia fazer o mesmo (…)” Página 112.

Há algumas citações a vários livros clássicos, pois Rebecca é uma ávida leitora (escondida do Pai que a proibia, claro) e contava as histórias para sua irmã. Fiquei dividida entre gostar ou não dessas citações. Há uma ótima referência a Frankenstein, de Mary Shelley, mas a autora pecou na citação a Orgulho e Preconceito, de Jane Austen; achei que foi uma interpretação bastante rasa do livro. É aquele negócio, interpretação é algo bem pessoal, mas… não acho mesmo que Lizzie tinha uma “terrível família” e que Darcy a resgatou. Ela era muito independente para isso. E eles não morreriam um pelo outro, certamente. Orgulho e Preconceito está muito longe de ser esse tipo de romance.

A edição da Novo Conceito está bastante caprichada. Ultimamente todos os seus livros estão vindo com detalhes nas páginas e dessa vez é a imagem sombria e silenciosa de galhos de uma árvore no início dos capítulos. No entanto, encontrei alguns erros desagradáveis de revisão, especialmente um erro imperdoável na página 225:

“Entretanto, sentar com ele e comer juntos, à vontade um com o outro, me deixou-me feliz demais para perceber isso.”

O final foi um pouco apressado, na minha opinião. Não digo a parte de Rebecca, que foi ótima, mas sim quando descobrimos o que realmente aconteceu com Hephzi e a história e o desfecho dos Pais. Por todo o livro quis entendê-los, mas no final a explicação foi muito rápida, apesar de satisfatória, e eu não consegui me conectar emocionalmente. Em um livro tão profundo, complexo e chocante, a autora não conseguiu me emocionar. Não derramei sequer uma lágrima e senti falta disso. Talvez seja isso que falte nesse livro: uma conexão, um sentimento, uma empatia. Falta o leitor sentir a história e emocionar-se com ela. Mesmo assim, ainda é uma leitura válida e uma boa história.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-coracoes-feridos
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Irene Moreira 11/10/2013

Duas irmãs gêmeas. Uma linda, a outra desfigurada. Divididas por um terrível segredo...
Corações Feridos já tinha me chamado atenção pela sinopse e acabei sendo motivada a iniciar a leitura no anseio de ganhar uma sombrinha. Mas nada disso passou a ter importância depois que fui absorvida por essa história de Rebecca e Hephzibah, irmãs gêmeas, que partiram meu coração e me chocaram de tal forma que não tive como deixar de ser envolvida e esquecer tudo que estava a minha volta.

Filhas de um pai religioso fanático – Pastor Roderick – que não permitia que fossem a escola, de lerem livros, de terem qualquer contato com o mundo externo. Suas roupas eram restos das doações feitas. Cresciam alheias as mudanças que surgem nas fases da vida de uma menina para adolescente, dos cuidados que devem ter com seu corpo, com os perigos que a inocência levaria a tristes consequências. Uma mãe que nada fazia para ajudar as filhas por medo do marido e nem quando eram marcadas pela crueldade de um pai fanático e bêbado. Quantos segredos não estariam por trás disso tudo?
“Você está tomando pílula, né? Indagou ele. Eu não fazia ideia do que aquilo significava, então concordei com a cabeça. O rosto dele brilhou instantaneamente. – Deve ser vírus então. – E concordei outra vez.” Página 181

A história é em primeira pessoa com capítulos alternados de Rebecca que narra o Depois e Hephzi contando o Antes.

“Hoje tentaram me fazer ir ao funeral de minha irmã... Ela sempre foi maior. Nasceu primeiro, mais forte, mais bonita, a gêmea popular. Eu vivi à sombra dela por 16 anos e gostei do frio e da escuridão; era um lugar seguro para esconder-me... Era o primeiro dia do ano-novo, e minha irmã estava morta havia uma semana.” Página 11

Hephzi era a irmã bonita e mais decidida. Depois de ameaçar a mãe e esta convencer ao pai finalmente conseguiram ingressar no segundo grau. Para Hephzi era o começo da liberdade que tanto sonhava em alcançar. Logo foi se enturmando ,fazendo amizades e arranjando um namorado Craig.

Rebecca por ter seu rosto deformado em virtude de sofrer da Síndrome de Treacher Collins, estava sempre escondida. Apesar disso ela era mais atenta, mais cuidadosa e sempre procurava ajudar a irmã fazendo as suas tarefas escolares, dando cobertura quando esta saia às escondidas para as festas e para namorar. Quantas vezes não foi castigada pelo pai para proteger a irmã. Como qualquer irmã tinham suas briguinhas mas se amavam, eram amigas e confidentes.

Gostavam de relembrar os momentos felizes que passaram com sua avó quando menores. Ela vinha buscá-las para passear, comprava livros que liam em sua casa, tomavam sorvete, passeavam nas lojas, ganhavam roupas novas. Era um momento de felicidade única , mas seu pai a odiava e um dia a proibiu de ver as netas. Brigaram, ela caiu da escada e depois acabou morrendo de tristeza.

Estar na biblioteca da escola era o que mais gostava e se pudesse leria todos os livros que estavam nas prateleiras.
“Quando eu era transportada para o Morro dos Ventos Uivantes ou para o centro de Los Angeles, ficava feliz, meu mundo recuava e, por 40 minutos, a realidade ficava suspensa em algum lugar acima da escola, como uma bexiga preta esperando o sinal de estourar.” Página 31

As saídas de Hephzi passaram a ser mais constantes indo a festas e seu namorado Craig a levava a passear de Moto por vários lugares. Estava apaixonada, amava Craig e o que mais sonhava era poder fugir para ir morar com ele. Passou a frequentar a sua casa, tinha o carinho de Pam – a mãe dele – tudo era felicidade. O eu não esperava era que Craig e sua mãe fossem na Paróquia ao culto de Natal o que deixou seu pai sem ação, nervoso e muito desconfiado. Isso custou a Hephzi um trágico fim.

“O Pai me odiava porque a coisa de que ele gostava de cuidar, como um abutre ganancioso, partira, e eles agora precisavam tomar cuidado, ser mais vigilantes , caso outras perguntas fossem feitas. Mas eu me culpo também. Eu deveria tê-la salvado. Era o meu dever.”

Rebecca recebeu na biblioteca um panfleto sobre um curso de verão para “estudantes talentosos e superdotados” e além de ter um custo sabia que seria impossível o pai concordar com sua ida. Acabou tendo a oportunidade de ganhar 10 Libras por semana distribuindo folhetos. Avisou aos pais que teria aulas extras de matemática e nesse período trabalhava. Acabou sendo descoberta, castigada, ficando sem o dinheiro e mais tarde o pai a tirou da escola.

Ficava o tempo todo dentro de casa, ajudando a mãe na cozinha, limpando a Paróquia até que Srª. Sparks – amiga de seu pai – disse que já que não estudava tinha que encontrar um emprego pois era “um fardo para seus pais ter que sustenta-la”. Foi então que foi trabalhar na Casa de Repouso que ficava ao lado de sua casa. Vai aprender muitas coisas, conhecer pessoas que vão vê-la com outros olhos, mas mesmo assim ao fim de cada dia volta para seu quarto onde se esconde e mantém viva as marcas por tudo que já passou. Não consegue ter a coragem da irmã para tentar fugir, tem medo, escuta vozes de Hephzi a encorajando, mas não se atreve. Qual será o destino dessa jovem? Será que conseguirá a sua liberdade?

“Qual seria o motivo de tamanho ódio? A quem Roderick pretendia enganar ao se passar por cuidadoso provedor de uma família que estava, claramente, escapando entre seus dedos? Que mistérios e segredos torpes davam ritmo para a vida daquelas quatro pessoas?”

A autora Louisa Reid nos envolve nesse drama fazendo sentir revolta, ódio e fico imaginando quantos fanáticos devem existir neste nosso mundo real praticando atitudes cruelmente insanas.

A capa é tem tudo a ver com a história. Quanto à apresentação, encadernação, acabamento, as folhas, os detalhes das fontes que facilitam a leitura como mostram sempre a qualidade das obras da Editora Novo Conceito.
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Ãtalo 10/04/2024

Um livro melancólico e reflexivo
O livro fala sobre duas irmãs que vivem sobre os sofrimentos e abusos dos pais fanáticos religiosos; a história passa-se antes e depois da morte de Hephzi, uma das irmãs, sendo ambas gêmeas. Porém, Rebecca, a outra irmã, nasceu desfigurada, a mercê da uma doença (síndrome de treacher Collins).
Uma história nunca me tocou tanto.Passa-se em uma atmosfera melancólica, a qual você realmente consegue sentir a sensação de tristeza e a carga emocional qua ambas irmãs carregavam. Há a abordagem de assuntos ?tabus?, como fanatismo religioso, estigmas à doenças físicas (como a de Rebecca), violência emocional e sexual e inocência.
É um livro que te faz refletir e provar todas as sensações e sentimentos das personagens, e quando se percebe, você está sofrendo com elas e torcendo com/ para elas. A inocência é uma palavra chave para a história, e a cada página, você experimenta diferentes reflexões e emoções.
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