Jeh Diário dos Livros 07/05/2019
“O Mal é uma escolha que se faz, não um estado natural de ser.”
Em A Primavera Rebelde minhas expectativas foram melhor alcançadas do que no primeiro livro e fico feliz em dizer que não temos a maldição do segundo livro por aqui.
Com os acontecimentos do livro anterior, Mítica virou um caos. As terras que antes eram divididas em três agora pertencem ao rei sanguinário Gaius que entrou em Auranos e tomou suas terras com mortes e muito sangue. Da família real Cléo é a única que se mantem firme, mas mesmo assim acaba sendo uma prisioneira em seu próprio castelo.
Gaius comanda Auranos com mão de ferro, e para evitar uma rebelião maior do que um grupo de rebeldes que já está se apresentando, ele decide mostrar benevolência ao povo, deixando eles manter a vida que sempre viveram e com isso a maioria dos Auranos acredita em Gaius, ainda mais quando ele resolve colocar sua convidada especial que é Cléo para noivar com seu filho e herdeiro Magnus. As pessoas começam a comemorar e com isso o rei ganha uma enorme distração para o que ele está fazendo. Construindo uma estrada que liga Auranos, Paelsia e Limeros e essa estrada é parte do plano para encontrar a Tétrade, a magia elementar, perdida há mil anos, no qual colocaria Gaius como imortal e rei de todos.
“O Mal é uma escolha que se faz, não um estado natural de ser.”
Já Cléo quer acabar com a tirania do rei e retomar seu direito ao trono e salvar as pessoas do sofrimento, e ela tem um objeto muito importante que pode ajudá-la a encontrar a Tétrade, mas para isso ela precisará jogar um jogo muito perigoso e fingir ser quem não é.
Jonas sobreviveu ao massacre de Auranos depois da traição do rei Gaius e agora sua vingança não é mais em Cléo, pelo contrário, ele quer acabar com Gaius e tirar Paelsia da escravidão que o rei está impondo em suas terras, mas para isso ele precisará de um grupo grande rebeldes e ele terá que tomar decisões importantes se quiser sobreviver.
Magnus é uma peça importante do rei e ele quer continuar agradando seu pai para conquistar sua real importância como herdeiro e como filho, e para isso ele precisa ser muito frio e distante, ainda mais quando seus sentimentos entram em conflitos e quando ele descobre verdades arrasadoras sobre sua família.
Lucia é a chave para que a magia floresça e salve o santuário onde vivem os imortais, depois de usar sua magia na guerra Lucia está fraca e desacordada, mas em seus sonhos ela descobrirá mais sobre sua magia e seu propósito na terra. Muitos querem usar Lucia, e logo ela terá que escolher um lado para confiar.
Magnus, Cléo, Lucia e Jonas tem um destino entrelaçado, cada um com seu propósito para parar ou seguir com esse destino, e logo serão testados e verão que as vezes algumas lendas podem muito bem ser verdades e que o destino que ambos querem pode estar mais longe do que eles previram. Será que todos sobreviverão a guerra? Quanto sangue será derramado para que eles possam atingir seus propósitos? Será que no final valerá a pena tal sacrifício?
“ Acredito que criamos nosso próprio destino, cada um de nós (...) Não importa quem nos lidera.’’
A Primavera Rebelde cumpriu com o que prometeu e trouxe uma história voraz, um livro no qual você fica intrigado com os personagens e quando você acha que eles estão um passo a frente do inimigo percebemos que o inimigo estava um passo a frente todo o tempo.
Gostei de podemos entender melhor o santuário e os imortais que vivem lá dentro, e apesar de tudo eles são bem diferentes do que imaginava, achei que eles seriam mais bondosos, mas podemos ver que tem intriga até mesmo lá dentro.
As narrativas desse livro tiveram alguns personagens novos, como o rei Gaius, Ioannes um dos vigilantes, como também a rainha de Limeros e foi bom entender melhor a visão desses personagens, quais são seus objetivos ao longo da história.
Nesse livro podemos ver um crescimento dos personagens ao longo da história, vemos o quanto Cléo cresceu e como ela está lidando com toda a tirania do rei, como ela precisa usar uma máscara assim como Magnus ao longo do livro. Falando em Magnus ele é um personagem que está me cativando cada vez mais, por mais que tenha uma fachada fria e não se opõe ao pai, entendemos os seus motivos e naquela atual situação não teria muito a ser feito de diferente, já que praticamente todo mundo que cruza o caminho do rei é morto. E falando em mortes, Morgan Rhodes não é piedosa quando quer matar seus personagens, muitos já morreram desde o primeiro livro e agora aprendi a não me apegar a ninguém, já que passa alguns capítulos e aquela pessoa pode não estar mais viva. Vai saber quem serão os próximos na lista da autora. E essa frieza do livro não passa despercebida, deixa a história mais tensa conforme vamos lendo, e nos deixa intrigado sem saber o que vai acontecer a seguir.
Falando um pouquinho dos dois personagens que não mencionei ainda, Lucia foi personagem pouco explorada nessa história e confesso que ainda não senti aquela conexão com a personagem, pode ser o fato dela não ter aparecido tanto, mas ainda sinto uma certa incerteza sobre se vou gostar dela ou não.
Jonas se mostrou muito melhor nesse livro, já que no primeiro livro ele estava totalmente cego pela vingança contra os Auranos e nesse livro ele abriu melhor os olhos ao longo de certas coisas.
Foram inseridos alguns personagens novos no livro como Lissandra, Gregor que são de Paelsia e o príncipe Ashur (mas ainda não acho que compensou tantas mortes de personagens importantes)
A Diagramação do livro está muito boa, apesar de ter lido em e-book. Bom para finalizar gostei muito do encontrei no segundo livro da série e espero que a sequencia seja tão boa quanto esse, pois sei que Morgan ainda nos tem muitas surpresinhas pela frente.
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