vinizambianco 27/04/2024
[Re-leitura]
?eu sou o filho e o herdeiro, de uma timidez que é criminosamente vulgar?
Depois de um ?breve? hiatos, finalmente tomei vergonha na cara, e finalizei um livro antes que o primeiro mês do ano termine, apesar de ser uma releitura, fico feliz que aos poucos estou voltando a ler, mesmo que sejam livros de qualidade duvidosa kkk
Eleanor&Park conta a história de dois jovens que encontram um ao outro enquanto se desencontram das imposições colocadas pela família e pela sociedade neles tentando ao máximo permanecerem fiéis a quem são. Enquanto Eleanor enfrenta problemas familiares e de autoestima, Park se encontra preso em preceitos e ideias que seus pais colocam nele.
O maior ponto positivo na história para mim são os protagonistas, além de serem carismáticos e relacionáveis, ver como a relação deles se desenvolve, amadure e evolui é de uma delicadeza que poucas história conseguem fazer funcionar nos dias de hoje, muitos dos diálogos são preenchidos com uma narrativa e uma poética amargamente doce, um prelúdio de tempestade que a todo momento dá as caras e nos mostra que apesar de não existir amor mais puro do que dos dois, eles estão destinados a enfrentar um dilúvio. De negativo, os coadjuvantes me pareceram estar ali por mero mecanismos de transformação de enredo, eles não se desenvolvem e não tem espaço dentro da trama para evoluírem.
Essa releitura me proporcionou enxergar vários pontos que eu havia deixado passar da primeira vez, existe um certo racismo/xenofobia contra os coreanos em determinados momentos, e alguns discursos são apenas pincelados quando podiam preencher uma tela inteira.
Em suma, é muito mais difícil falar do livro nessa segunda vez pois acredito que seja um daqueles que precisa ser lido no momento certo e ter os sentimentos certos envolvidos, mas pode ser resumido muito bem pela frase do John Green na capa ?lembrou não apenas de como é ser jovem e apaixonado por uma garota, mas também como é ser jovem e apaixonado por um livro?