A Mulher Silenciosa

A Mulher Silenciosa A.S.A. Harrison




Resenhas - A Mulher Silenciosa


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Raffafust 22/05/2014

Poucos livros nos prendem a atenção querendo que as páginas diminuam para enfim terminar o suspense. Ao começar a ler A mulher silenciosa, me deparei com uma narrativa tão boa, um capítulo dela, outro dele, que ficava impossível não se sentir envolvida com aquela atmosfera.
Jodi é uma psicoterapeuta, está na meia idade e vive com Todd há 20 anos. Sabe-se lá porque - ou melhor, entendemos que seja por trauma do casamento falido de seus pais - ela nunca aceitou se casar no papel com ele, virou uma espécie de mulher feita sob medida para o homem infiel que é Todd, ela finge que não vê as puladas de cerca dele pois sabe que no final , ele acaba voltando para casa. Quantas histórias já não ouvimos assim? Quantas mulheres não " fazem a egípcia" quando o assunto é a traição do marido tendo medo de ficarem sozinhas, ou por amor a ele, ou por consideração aos filhos... seja qual for o motivo de cada uma o de Jodi não tinha o fator filho, afinal, ela nunca quis engravidar.
Todd é o típico predador, aos 46 anos sabe que Jodi é uma mulher interessante, que nunca quis se aproveitar de seu dinheiro - e ele ganha muito bem! - e que abdicou de boa parte de sua profissão atendendo poucos pacientes por dia para se dedicar a ele. Ela faz a comida dele todos os dias. Mas mesmo no escritório Todd não resiste a olhar a bunda de sua secretária, não se lembra de quantas mulheres já dormiu nesse tempo com Jodi mas nunca se apaixonou por nenhuma tinha convicção de que amava sua esposa.
No entantoa tudo muda quando ele se apaixona por Natacha, uma moça de 20 anos que é filha de seu melhor amigo. Para piorar as coisas para Jodi, a menina engravida e Todd então decide - daquele jeito imbecil dos homens de decidir dar um fim no relacionamento, dão uma volta ao mundo até dizerem a verdade - que vai se casar com Natacha.
Na visão dela, isso não pode estar acontecendo, ela não acredita em nada que lhe falam, nem mesmo o pai de Natacha, Dean, parece ser verdadeiro, Todd não irá largá-la. na dele, mesmo titubeando decide que irá levar uma vida de casado com Natacha, ao leitor fica a certeza quando ele narra de que esse casamento não iria durar muito porque ele continuaria sendo infiel e Natacha definitivamente naõ era uma mulher silenciosa como Jodi.
Me identifiquei quando Jodi sente tamanha raiva de Todd que só quer vê-lo de um jeito : morto. Pode parecer forte depois de passados anos, mas quem já foi traída sabe exatamente o como o ódio que sentimos é muitas vezes mais forte que a razão , e pensamos : " Se vai morrer para mim, que morra para o mundo" .
Jodi sente o que muitas de nó sentimos : impotência! Depressão, e raiva...já que o cretino ainda manda que o advogado expulse Jodi pois ela não era casada no papel e Illinois não reconhece a união estável.
O final merece aplausos, torci por Josi, odiei Natacha e Todd e vibrei pela autora ter conseguido dar um final a altura de toda a história criada. Suspense bem escrito é outra história! Super recomendo!
Manuella_3 22/05/2014minha estante
Opa! 'Suspense bem escrito', adorei! QUero saber como será esse desfecho!




Jessé 06/04/2017

Hey, gente. Tudo bem com vocês?

Todo mundo já pegou um livro por acaso e acabou se apaixonando pela história. Inclusive aconteceu comigo recentemente, como contei na resenha de Infinity Drake - Os Filhos da Scarlatti. Comprei A Mulher Silenciosa naquela mega promoção da Amazon.
- Ah, tá barato. Não deve ser lá essas coisas.
Meu Deus, como eu estava enganado...
Todos têm seus demônios internos, e isso é inegável. Por fora, podemos ser as pessoas mais felizes do mundo, mas lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, há algo em sua vida que você faria qualquer coisa para reverter. Uma prova para a qual você deveria ter estudado, mas não estudou, um vício secreto (pornografia, filmes B, piruá [aquele milho que não estoura quando tu faz pipoca], etc.). Não importa o que seja, você luta contra isso. O tempo passa, e você acaba aceitando isso em sua vida. Dia após dia, você se adapta ao tal vício, de forma que você se sente como se ele fosse parte de você.
Jodi e Todd estão juntos há vinte anos. Ele é um empreiteiro, ou seja, tem dinheiro pra cacete. Ela é psicoterapeuta, e atende seus clientes no belo apartamento onde residem. Ele tem um Porshe; ela, um Audi. Comem e bebem do melhor possível. Sem filhos, e um cachorro fofo o qual eles chamam de Freud. Deveria ser a vida perfeita, né? O casamento fofinho com o qual todos nós sonhamos.
Mas não é.
Como eu disse, todos nós temos demônios internos, e Todd também tem o dele. Ele trai Jodi (ela é viciada em vodca com tônica). Ela sabe que ele a trai, e ele sabe que ela sabe. Ele não se importa que ela saiba, e ela não faz absolutamente nada a respeito. Ela deveria, mas não faz. Ela simplesmente aceita que Todd faz isso com ela e segue em frente, como se nada tivesse acontecido.
Nada está tão ruim que não possa piorar. Todd está saindo com a filha de seu melhor amigo (quem precisa de inimigos?), e está decidido a se separar de Jodi para ficar com a garota, Natasha Kovacs. Jodi não tem mais nada a perder, e já não liga mais para o que está acontecendo ao seu redor. Ela já não está mais vivendo, é como se estivesse apenas sobrevivendo, dia após dia, até o momento em que a morte convidasse-a para dar um passeio sem volta.
Já se sentiu como se mais nada em sua vida importasse? Jodi chegou à esse ponto. Ela está cada vez mais ferrada, cada vez mais submersa num poço profundo. Ela realmente não tem mais nada a perder. Não há plano B, não há alternativas. Ela não tem mais nada. Ela age com frieza, silenciosamente, como se nada estivesse acontecendo, apenas para manter as aparências do casamento perfeito.
Situações de desespero pedem medidas desesperadas. Jodi se vê no meio de um dilema, mas não há muito a ser feito. Se você já se perguntou onde iria caso não tivesse mais alternativas, pense de novo. Depois que a última escolha é feita, não há volta.
O livro, romance de estreia da falecida autora A. S. A Harrison, é narrado pelo ponto de vista de Jodi e de Todd. Entendemos um pouco mais sobre as escolhas dele e sentimos cada vez mais pena quanto aos problemas dela. Harrison criou uma história sólida, no mundo real, mostrando que até mesmo a mais perfeita das histórias pode ruir. A narrativa flui de forma sutil, de modo que o leitor se sente atraído pela leitura, com a intenção de saber até onde é capaz de ir a ruína de alguém.
O livro é comparado ao best-seller Garota Exemplar, o qual eu ainda não li, mas já ouvi falar, e não foi pouco, ainda mais depois que a adaptação cinematográfica rendeu uma indicação ao Oscar para a atriz Rosamund Pike. Fontes dizem (The Guardian, USA Today, The Mail, NY Times, autora Jojo Moyes. SÓ) que A Mulher Silenciosa é até mesmo melhor que Garota Exemplar, devido à forma como a história fica cada vez mais fria e profunda.
Particularmente, gosto mais do ponto de vista de Jodi. A personagem está se ferrando cada vez mais e, por incrível que pareça, a autora deu um jeito de tornar tal situação em algo extremamente interessante de ser lido.
O final do livro é contado logo na capa, mas isso não é decepcionante. O que realmente importa é o que aconteceu até que esse ponto chegasse.
Gosta de livros curtos, rápidos e interessantes? Gosta tanto de uma história a ponto de lê-la mais de uma vez? Então A Mulher Silenciosa deve estar, definitivamente, em sua meta de leitura.



site: www.dicasdojess.com
Suelen 12/04/2017minha estante
A Mulher Silenciosa NUNCA será melhor que Garota Exemplar. Achei o livro super decepcionante e a autora não amarrou todas as pontas, de modo que o final ficou confuso.




Queria Estar Lendo 21/04/2015

Resenha: A Mulher Silenciosa
Passando longe de ser o meu tipo de leitura, A Mulher Silenciosa acabou se tornando um bom livro. Não acho que eu repetiria a dose, mas pode ser um livro bastante interessante para quem gosta, especialmente, de se aprofundar nos personagens. Porque é tudo que ele é: um grande compilado sobre a personalidade de seus personagens e como isso dirigiu suas atitudes e ações durante toda a história.

Mas não acho que poderia ser diferente, vindo de uma história onde a personagem principal é uma psicóloga. O livro nos apresenta um casal, Jodi e seu "marido" Todd. Juntos há mais de 20 anos, Jodi e Todd desfrutam de uma vida tranquila e confortável, em um relacionamento cômodo que há algum tempo perdeu seu fogo.

A história segue uma rotina do inevitável. Logo no começo do primeiro capítulo já somos apresentados a verdade essencial do livro, Jodi se tornaria uma assassina e Todd, sua vítima. A partir dai constrói-se a base para tal ato: a incapacidade de Jodi de iniciar conflitos e expressão seus sentimentos e a índole traidora de Todd, que não acredita em monogamia.

Unindo os dois fatos há 20 anos de ressentimentos, negação e violência emocional velada, a história desenvolve-se em pouco mais de 200 páginas e leva a um inevitável fim - embora com uma reviravolta que me deixou com gosto de vitória.

Mesmo com Todd sentado no assento da vítima, em nenhum momento senti pena pelo seu fim ou empatia por sua jornada. Todd era um traidor com desculpas ridículas que serviam apenas para massagear seu ego, não saberia dizer não para salvar sua própria vida e não conseguia enfrentar as mulheres em sua vida porque tinha muitos mommy issues. Para mim, Todda era covarde, fraco e medroso e senti raiva de Jodi por ter, a vida inteira, maquiado essa realidade e deixado ele acreditar que era, parafraseando a Denise, o pica das galáxias como pessoa, marido e homem.

Então acho que fica bem claro o quanto eu simpatizei com a Jodi e esperava que tudo desse certo para ela no final, certo? Eu ainda não sei o que isso quer dizer sobre mim.

Enquanto lia o livro eu não conseguia entender como uma psicóloga tão consciente de si mesma poderia perder os pontos que indicavam sobre como ela - e seu casamento - se tornava cada vez mais sua mãe - e o casamento de seus pais - quanto mais tentava fugir disso e tive que me lembrar constantemente do provérbio "Casa de ferreiro, espeto de pau."

Jodi narra constantemente suas sessões de terapia quando estava cursando a faculdade e as analises que fez de Todd durante toda a sua vida, e isso me deixava agoniada já que ela não parecia perceber que a vida inteira dela estava se caminhando para aquele final. Os sinais estavam todos ali, ela estava me contando e nem percebia isso.

E esse é um dos grandes motivos de A Mulher Silenciosa não ser o meu tipo de leitura: o livro é curto e me deixou agoniada e ansiosa, porque me disse qual seria o final, mas eu não tinha ideia de como chegaríamos lá ou o que poderíamos encontrar no caminho.

Confesso que foi um prato cheio para mim, que gosto de poder analisar os personagens. O livro fez grande parte de trabalho e, no fim, você só pode sorrir e falar: está tudo ali, cada fragmento da vida da Jodi indicava a capacidade - ou falta dela - de cometer um assassinato.

O livro é bom e não deixou nada a desejar em suas páginas, colocou exatamente o que precisávamos saber e nada mais. Foi uma leitura um tanto quanto arrastada para mim, no início, mas acho que é porque eu realmente não costumo ler thrillers psicológicos. Não foi a melhor leitura e nem um livro favorito, mas foi bom. Tenho certeza que vai se tornar o favorito de muitos amantes do gênero.

Link original da resenha: http://migre.me/pz2JX
Paula 13/12/2015minha estante
Acho que ela detalhou demais as coisas, como objetos, pensamentos e afins, mas confesso que não consegui sentir pena de Todd, e sim uma sensação de triunfo, que aquela raiva que eu sentia por ele e que a própria Jodi não sentia foi vingada. Senti muita raiva da Natasha, ela foi culpada, sendo culpada por participar da destruição da vida tão confortável de Jodi, mas fiquei pensando que apesar disso eu não posso julgá-la pois só a vimos a partir da percepção vaga de Jodi, e do panaca do Todd, que no fim das contas não serve para dizer se ela era algoz ou não. O que fica claro é que era nem de longe ela era vítima ou inocente, compactuando e sendo uma víbora com Jodi, com total falta de consideração. Jodi ajudar ela em relação o filho seria um tapa na cara. Se pensarmos, Jodi também tem culpa, por ter se silenciado, por ter permitido isso tudo ter ido tão longe, e ainda sim, simpatizei com ela desde o início, pegando um ódio velado por todos que queriam ou ajudavam a construir sua ruína.




Sheila 03/04/2022

Fraquinho
Tinha potencial, mas acabou se mostrando fraco, raso, com certeza poderia ser bem melhor.
Consegui terminara leitura, mas no geral não gostei.
Cami ð 18/05/2022minha estante
Nossa, assim de saúde. Me decepcionei totaaaal




spoiler visualizar
Cami ð 18/05/2022minha estante
Nossa siiiim, bastante irritante. Ela só jogou um monte de hipótese e mandou a gente se virar :-( gostei não




Danielle 10/12/2014

Muito bom
Desde que fiquei sabendo desse livro senti vontade de ler, mas acabei desanimando devido a algumas críticas negativas, mas ao participar de uns desafios literários tive que ler um livro de um autor internacional já falecido então resolvi que deveria lê-lo para este desafio e não me arrependo.

Adorei a narrativa da autora que me prendeu na leitura desde a primeira linha, o que percebo que às pessoas estavam com expectativas que ele fosse parecido com Garota Exemplar e não conseguissem captar a grandeza do livro, as pessoas estavam atrás de um grande suspense, mas esse não é o foco do livro, é um livro mais puxado para o lado psicológico e cotidiano dos personagens, um casamento que está à beira do fim e o que uma mulher traída e abandonada é capaz de fazer para não perder sua dignidade.

A trama é narrada em terceira pessoa, porém em capítulos alternando os pontos de vista de Jodi e Todd, um casal aparentemente perfeito, deixando o leitor por dentro dos sentimentos mais profundos deles como em uma narrativa em primeira pessoa.
Jodi é psicoterapeuta, uma mulher de meia idade casada com Todd há 20 anos, ela é aquele tipo de mulher que busca a perfeição, uma vida certinha de aparências, tem um marido adúltero no qual ela aceita calada suas puladas de cercas, pois ela sabe separar sexo de amor e sabe que o marido sempre volta para casa e nunca irá abandoná-la, mas seu mundo começa a desmoronar quando ele se envolve com a filha do melhor amigo que tem idade para ser sua filha e o caso fica mais sério do que ela podia prever.

Eu odiei Todd desde o início não só por ser adúltero, mas também por ser um babaca, sim ele é um babaca, não quero falar mais dele se não vou acabar soltando spoiler, mas com certeza você vai odiá-lo também.

O livro é todo focado no desenvolvimento psicológico principalmente de Jodi, onde vamos navegar pelos seus traumas passados que influenciam suas escolhas até os dias atuais. Fiquei chocada com o passado dela com os irmãos dela e tive que voltar a ler os trechos para ver se foi realmente o que eu entendi, então prestem bastante atenção quando for falado da infância de Jodi, pois está nas entrelinhas o que aconteceu e não escrito explicitamente.

Sugiro que não leiam a sinopse e não criem grandes expectativas com muita ação, suspense e reviravoltas extraordinárias, apenas leiam e apreciem essa obra maravilhosa. Recomendo a leitura a todos e principalmente quem gosta de psicologia.





site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
Juliana.Santos 11/01/2018minha estante
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Ladyce 30/09/2014

De olhos vendados ela escolhe o que vê
Ralph Waldo Emerson estava certo ao dizer: "É o bom leitor que faz o bom livro". Isso se tornou evidente após a leitura de "A mulher silenciosa" de A. S. A. Harrison. Enquanto a maior parte das resenhas se concentra no suspense da trama, considerando esta publicação detetivesca, no meu grupo de leitura, o livro foi foco de uma discussão de hora e meia considerando o retrato psicológico da pessoa que se nega a ver a realidade de que não gosta. No hemisfério norte este livro foi lançado como leitura de verão, leitura de férias, o que quer dizer algo leve, inconsequente aqui no Brasil estamos longe dessas segmentações editoriais por falta de leitores mesmo -- e como leitura praiana é entendida para a maioria como bom entretenimento, corretamente aliás, para nós, que aceitamos essa publicação sem a expectativa de um prazo de validade tão curto quanto a estação mais quente do ano, abre-se a possibilidade, não preconceituosa, de encontrarmos na intriga literária espaço para uma discussão aferventada sobre comportamentos decorrentes de traumas psicológicos.

Creio que fomos ajudadas em grande parte por termos duas psicanalistas na rodada de discussões, que nos enriqueceram o suficiente com referências de Freud a Lacan. Para mim, de forma oblíqua, este livro me lembrou um dos livros mais marcantes que li há uns anos, "A solidão dos números primos" de Paolo Giordano, porque trata-se das consequências na vida adulta de como decidimos encarar grandes problemas na infância. Em "A mulher silenciosa", Jodi Brett é uma psicanalista que para -sobreviver traumas de infância, comporta-se como se não existissem, conseguindo mesmo esquecê-los providencialmente. Ela silencia. Passa a vida dessa maneira, organizada, sistemática, em controle. Vive maritalmente com um empreiteiro de sucesso, pelos últimos vinte anos. Ele, Todd Gilbert, também vítima de outro tipo de problema na infância, apesar de não gostar de falar no assunto, não o nega. Os dois parecem satisfeitos.

Todd que é um Don Juan tem casos inconsequentes com diversas mulheres. Jodi sabe. Age como se só desconfiasse. Mas, na prática, cala sobre o problema, movendo-se como um gato, silenciosamente, cozinhando sedutores jantares na esperança de mantê-lo no ninho caseiro o maior tempo possível. Ela trabalha só pelas manhãs e ele, homem de sucesso financeiro, permite que nada falte na vida luxuosa que têm em Chicago, à beira do lago, com o cachorro Freud, e sem filhos. O problema é que Todd se envolve com uma moça muito mais jovem. Envolvimento típico de crise de meia-idade, mas ela leva a sério. Engravida. Separação à vista para Jodi, vindo de surpresa. Há perda, muita perda, emocional, financeira e de confiança. Com o casamento dele, a pressão emocional e financeira aumentam. Tudo acontece muito rápido e definitivamente. À beira da ruína Jodi, traída, sente-se tentada a tomar uma atitude radical. Se ela toma ou não faz parte do enredo com desfecho absolutamente inesperado.

Mas não é a trama a única parte interessante deste romance. São as questões levantadas, principalmente aquelas girando em torno da ética, do comportamento moral de todos os quatro principais personagens do romance. Omissão e silêncio são as grandes ferramentas que alavancam essas questões. Culpa é uma companheira próxima. Fica assim a porta entreaberta para as considerações de responsabilidade pessoal de cada qual com a vida que se leva, e o alerta: temos muito a ver com destino que nos damos. Este desenvolvimento da leitura fica muito mais claro quando consideramos os fatos que levam ao final surpreendente.

Infelizmente não teremos nenhuma outra obra da autora. A. S. A. Harrison faleceu aos 65 anos de câncer, logo após a publicação deste livro.
raissa.pinto.9 02/10/2016minha estante
Comprei este livro hoje e depois da tua resenha estou muito mais curiosa!!




Valério 31/08/2016

Abaixo da crítica
Achei o livro previsível.
Mulheres talvez gostem mais da leitura, pois tive a nítida impressão de se tratar de um livro escrito para prender mulheres, onde haja mais empatia do sexo feminino (pelas avaliações, de homens e mulheres, pode-se comprovar).
Portanto, sendo mulher, haverá um pouco mais de chance de gostar, pela identificação e empatia. Ainda assim, história morna e mal explorada.
Se for homem, recomendo não arriscar.
Leandro 03/09/2016minha estante
Concordo!




Leandro Moura 12/07/2017

Confesso que comecei a leitura sem grandes expectativas. A premissa parecia ser um verdadeiro amontoado de clichês batidíssimos: esposa delicada e fiel vira uma psicopata do nada e resolve matar o marido babaca e adúltero que havia trocado ela por uma ninfeta burra e sem noção. Sem contar que a nota do Skoob está bastante baixa (3.4) e ouvi dizer que o livro foi bastante criticado por vários leitores.

Mas até que me surpreendi! Talvez não seja o melhor livro do gênero e nem o mais memorável, mas acredito que tenha sido uma boa leitura sim. A autora tinha um estilo de escrita bastante envolvente, em que nada soa demasiadamente forçado. Os personagens principais são muito bem construídos e a parte psicológica da personalidade deles é muito interessante. Não sei se a A.S.A. tinha alguma formação em psicologia, mas se não tiver, sem dúvidas ela pesquisou bastante a respeito, porque as discussões do livro possuem um aspecto bem profissional. Também achei legal ela ter colocado lugares e endereços reais de Chicago no livro. Essa coisa de ambientar as histórias em cidades e ruas fictícias é um clichê que já passou da hora de ser combatido!

Por outro lado, o principal defeito que eu poderia apontar na leitura é a falta de carisma. Apesar de vc ficar envolvido na leitura e os personagens terem uma certa profundidade (o que já é louvável, pois esse tipo de histórias costuma ter verdadeiros estereótipos ambulantes como personagens), a coisa não funciona tão bem quanto deveria. Você até chega a torcer pelos personagens, mas nada que desperte as paixões do leitor. Mas, como eu li sem grandes expectativas, até que dá pra relevar.

No geral, é uma boa leitura, desde que vc leia sem grandes expectativas e sem esperar um livro de suspense fodão que te deixe vidrado na leitura e que tenha um final destruidor.
Jon O'Brien 12/07/2017minha estante
Adorei a resenha! :)




Daiana 11/03/2022

Bom
Apesar da leitura arrastada às vezes, eu gostei da narrativa seguindo os dois personagens principais. Não considerei um grande livro de suspense, pois os plots foram previsíveis até certo ponto. Gostei da humanização dos personagens e do enredo em si, só senti falta de mais foco/detalhes em cenas que tinham mais potencial do que as que tiveram mais foco. Nem tudo é totalmente esclarecido, mas eu particularmente gosto de alguns finais em aberto.
Karine 12/09/2022minha estante
não perdoo por não haver explicação do que houve com a alisson e não perdoo que as cenas relacionadas ao que mais esperávamos -os embates entre todd e jodi- terem sido tão curtas




Carolina755 03/10/2021

Foi cansativo
Nem sei por onde começar, eu não esperava muito desse livro e com certeza ele não me surpreendeu em nada. Não me apeguei aos personagens, tive vontade de abandonar varias vezes, tinha muitas frases do Todd que me deixaram desconfortavel ao longo da leitura.
Os plots e as motivações são muito previsiveis, além que não acho que esse livro seja um thriller como diz na sinopse, esperava um final no minimo surpreendente mas nem isso teve, toda a drama não me conquistou.
Cami ð 18/05/2022minha estante
Nossa Todd é insuportável e a passividade da Jodi me irritou muito KKKKKK ai cara, só decepção




Kelly @leitora_assidua_ 16/08/2017

Surpreendente
Narrado em terceira pessoa,A Mulher Silenciosa trás a história de Judi, uma psicoterapeuta dedica a família,e que fecha os olhos para os atos do marido. Todd, um construtor em ascensão é um adúltero, e não percebe as consequências disso até ser tarde demais.

Já começamos o livro com uma certeza, ele irá morrer,e Judi, será a responsável por isso.Assim que fiquei sabendo desse fato já montei uma história em minha cabeça,achando q seria mas um daqueles clichês,mais me surpreendi ferozmente. O final é surpreendente.

É um livro que se lê em no máximo 3 dias , mais que se requer tranquilidade para leitura. Pela profissão da personagem e formação da autora o livro trás bastante detalhes sobre as interpretações dos pensamentos dos personagens e extrai as mais profundas.

Com uma linguagem um tanto rebuscada,essa leitura caí no gosto de pessoas detalistas, se você é acostumado com leituras rasas essa não é uma boa escolha, já que é fácil de se perder nos detalhes e é de complexo entendimento.
Alessandra.Tankian 24/08/2017minha estante
Estou lendo. :)




Alynne Scott 08/01/2019

Silencie suas expectativas
Apesar de ler há bastante tempo, pareço não aprender a descreditar de início às críticas sobre o livro. Antes da história começar, você se depara com quotes incríveis comparando essa história à Garota Exemplar; ótimo marketing de venda, péssimo para o leitor que se envereda neste livro.
Se tivesse que resumir essa história em uma palavra seria ?morna?. Aquela panela com água que você espera eternamente pela fervura que nunca chega.
A narrativa não é maçante, mas é lenta. Os personagens são interessantes e o modo de construção dos capítulos faz você imergir um pouco mais na natureza deles. Mas isso não é suficiente. O final é como todo o restante do livro, morno, sem graça, sem tempero.
Comparar esta história com Garota Exemplar é um erro sem tamanho, já que os livros não se parecem no modo como é narrado, na proposta, no ritmo, nem na natureza dos personagens.
Intrínseca mais uma vez falhando consideravelmente na tradução e revisão. Varios trechos que parecem totalmente desconexos.
Por fim, uma leitura rápida, interessante, ok. Nada com o que eu dispenderia tempo novamente.
Roberta 22/03/2019minha estante
Tive a mesma sensação.




Ju Oliveira 02/06/2014

A mulher silenciosa é aquele exemplo típico de livro que promete dividir opiniões. Já tinha percebido isso enquanto dava uma lida em algumas resenhas. Durante toda a leitura, minha opinião oscilou bastante. Mas no fim acabei me apegando bastante à “A mulher silenciosa”.


Joddi e Todd é aquele típico casal que vive de aparências. Não que eles não sejam felizes, pelo contrário. São felizes juntos há 20 anos, mas à sua maneira. Joddi leva uma vida muito confortável, em seu belo apartamento com vista para o lago. Ela é terapeuta, e pode se dar ao luxo de atender somente dois pacientes por dia, em sua própria casa. É uma mulher bastante vaidosa, meticulosa e calculista. Um de seus maiores prazeres é todo fim de tarde começar a preparar o jantar para esperar seu marido Todd. Cada dia um prato elaborado, digno dos melhores restaurantes da cidade. Joddi adora cuidar de Todd.

Todd é um empreiteiro muito bem sucedido, após longos anos de muito trabalho e apoio de sua esposa, hoje ele está onde sempre quis chegar. Para ele, ninguém jamais vai substituir sua adorada esposa, sempre tão atenciosa e dedicada. Mas isso não significa que ele vá resistir aos encantos de outra mulher. Todd é um marido infiel e incorrigível.

Acontece que Joddi sempre soube dos casos extraconjugais de seu marido, mas sempre fingiu que não estava acontecendo nada, ela sempre foi “A mulher silenciosa“. A comodidade de sua vida de casada sempre falou mais alto e ela sempre fez vista grossa para as puladas de cerca de Todd. Porque sabia que eram apenas casos passageiros, nada com que se preocupar.

Até que Joddi descobre que Toddi está apaixonado por Natasha, a filha de seu melhor amigo, de apenas vinte anos, uma menina que eles viram crescer. E parece que dessa vez, não é um simples caso passageiro. Natasha acaba engravidando de Todd e ele relutantemente decide se separar de Joddi. Mas ela não está disposta a ceder assim tão facilmente e acaba tomando uma decisão bastante arriscada…


Se você precisa sair de uma rotina mental, muitas vezes é mais fácil mudar algo do lado de fora e deixar as mudanças internas se seguirem. Quando você faz um esforço em benefício próprio, muitas vezes as circunstâncias tendem a seu favor.

Confesso que a escrita da autora não me agradou logo de cara. Demorei um bom tempo até me acostumar com seu vasto vocabulário e o excesso de diálogos. A falta de ação também me deixou um pouco incomodada. É uma leitura linear, sem grandes acontecimentos. Logo nas primeiras páginas do livro, mais precisamente, na segunda página, a autora já nos entrega o desfecho dessa história. Com o desenrolar da trama, página após página, eu esperei ansiosamente por esse “momento crucial” da história. E só lá no finalzinho, praticamente nas últimas páginas, o ato em si foi acontecer. Achei isso bastante frustrante e se pudesse escolher, certamente teria pulado essa segunda página. Se bem que na sinopse, na orelha do livro, já podemos ter alguma ideia do que é o grande mistério da trama.

Mas em compensação, a autora foi magistral em lidar com os sentimentos do casal. Os capítulos são alternados entre “Ele” e “Ela”, mostrando a visão de ambos em cada situação. A. S. A. Harrison, soube explorar muito bem o lado psicológico dos personagens, expondo ao leitor seus medos e dúvidas. Joddi é uma personagem forte, determinada e fria, como a tempos não encontrava na literatura. Já o Todd é influenciável e inescrupuloso. Mas não de todo odiável. Não saberia dizer se gostei mais das reflexões de Juddi ou Todd.

Enfim, só lendo para saber se você vai amar ou odiar “A mulher silenciosa”. Eu gostei bastante e indico. Leiam!

Curiosidade: A mulher silenciosa será adaptado para o Cinema e Nicole Kidman será protagonista e produtora do filme. Ainda sem realizador escolhido nem data de estreia prevista, o filme será produzido pela companhia Blossom Films, fundada pela própria Nicole Kidman.

site: http://juoliveira.com/cantinho/a-mulher-silenciosa-resenha-sorteio/
Sueli 28/05/2016minha estante
Adorei saber que esse romance será produzido para o cinema.
Gostei da resenha, Ju. Tem a ambiguidade do livro. ;)
Bjs




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