A Mulher Silenciosa

A Mulher Silenciosa A.S.A. Harrison




Resenhas - A Mulher Silenciosa


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Day 02/03/2018

Não surpreende nem prende
Um livro com personagens chatos, mais otários que tudo. um cara machista e egoísta, uma mulher tediosa e trouxa. achei uma grande perda de tempo.
Monique.Araujo 19/03/2018minha estante
Eu tb kkkkk livro sem graça....




Alynne Scott 08/01/2019

Silencie suas expectativas
Apesar de ler há bastante tempo, pareço não aprender a descreditar de início às críticas sobre o livro. Antes da história começar, você se depara com quotes incríveis comparando essa história à Garota Exemplar; ótimo marketing de venda, péssimo para o leitor que se envereda neste livro.
Se tivesse que resumir essa história em uma palavra seria ?morna?. Aquela panela com água que você espera eternamente pela fervura que nunca chega.
A narrativa não é maçante, mas é lenta. Os personagens são interessantes e o modo de construção dos capítulos faz você imergir um pouco mais na natureza deles. Mas isso não é suficiente. O final é como todo o restante do livro, morno, sem graça, sem tempero.
Comparar esta história com Garota Exemplar é um erro sem tamanho, já que os livros não se parecem no modo como é narrado, na proposta, no ritmo, nem na natureza dos personagens.
Intrínseca mais uma vez falhando consideravelmente na tradução e revisão. Varios trechos que parecem totalmente desconexos.
Por fim, uma leitura rápida, interessante, ok. Nada com o que eu dispenderia tempo novamente.
Roberta 22/03/2019minha estante
Tive a mesma sensação.




Diana 06/09/2015

Impossível começar a leitura e não fazer uma comparação com Garota Exemplar. O livro é narrado de forma intercalada entre ELE e ELA, sendo o homem Todd, e a mulher, Jodi. Eles estão casados há 20 anos, e Jodi sabe dos casos extraconjugais de Todd, mas mantém o papel de esposa equilibrada com um casamento e lar perfeitos. Neste livro, a profundidade de seus personagens e suas abordagens psicológica são o ponto alto. Em linhas gerais, foi uma leitura bem satisfatória.
Márcia Naur 27/01/2016minha estante
Ainda bem que disse que é o semelhante a garota exemplar, meu interesse por este livro morre aqui, detestei Garota Exemplar. Obrigada.




spoiler visualizar
Jon O'Brien 28/02/2016minha estante
Partilho de parte de sua opinião acerca do livro. A única coisa que discordo é que o "susto" que você disse que poderia causar nos leitores, foi totalmente premeditado. Nunca houve a questão de "quem" matou, que é o enigma da maioria dos livros thriller que tratam de assassinatos. A questão é "como" e por qual razão". O final poderia sim ser mais bem estruturado, mas as lacunas deixadas não interferem no final do livro. Creio que Harrison deixou esses espaços para a imaginação do leitor.




Jessé 06/04/2017

Hey, gente. Tudo bem com vocês?

Todo mundo já pegou um livro por acaso e acabou se apaixonando pela história. Inclusive aconteceu comigo recentemente, como contei na resenha de Infinity Drake - Os Filhos da Scarlatti. Comprei A Mulher Silenciosa naquela mega promoção da Amazon.
- Ah, tá barato. Não deve ser lá essas coisas.
Meu Deus, como eu estava enganado...
Todos têm seus demônios internos, e isso é inegável. Por fora, podemos ser as pessoas mais felizes do mundo, mas lá no fundo, bem lá no fundo mesmo, há algo em sua vida que você faria qualquer coisa para reverter. Uma prova para a qual você deveria ter estudado, mas não estudou, um vício secreto (pornografia, filmes B, piruá [aquele milho que não estoura quando tu faz pipoca], etc.). Não importa o que seja, você luta contra isso. O tempo passa, e você acaba aceitando isso em sua vida. Dia após dia, você se adapta ao tal vício, de forma que você se sente como se ele fosse parte de você.
Jodi e Todd estão juntos há vinte anos. Ele é um empreiteiro, ou seja, tem dinheiro pra cacete. Ela é psicoterapeuta, e atende seus clientes no belo apartamento onde residem. Ele tem um Porshe; ela, um Audi. Comem e bebem do melhor possível. Sem filhos, e um cachorro fofo o qual eles chamam de Freud. Deveria ser a vida perfeita, né? O casamento fofinho com o qual todos nós sonhamos.
Mas não é.
Como eu disse, todos nós temos demônios internos, e Todd também tem o dele. Ele trai Jodi (ela é viciada em vodca com tônica). Ela sabe que ele a trai, e ele sabe que ela sabe. Ele não se importa que ela saiba, e ela não faz absolutamente nada a respeito. Ela deveria, mas não faz. Ela simplesmente aceita que Todd faz isso com ela e segue em frente, como se nada tivesse acontecido.
Nada está tão ruim que não possa piorar. Todd está saindo com a filha de seu melhor amigo (quem precisa de inimigos?), e está decidido a se separar de Jodi para ficar com a garota, Natasha Kovacs. Jodi não tem mais nada a perder, e já não liga mais para o que está acontecendo ao seu redor. Ela já não está mais vivendo, é como se estivesse apenas sobrevivendo, dia após dia, até o momento em que a morte convidasse-a para dar um passeio sem volta.
Já se sentiu como se mais nada em sua vida importasse? Jodi chegou à esse ponto. Ela está cada vez mais ferrada, cada vez mais submersa num poço profundo. Ela realmente não tem mais nada a perder. Não há plano B, não há alternativas. Ela não tem mais nada. Ela age com frieza, silenciosamente, como se nada estivesse acontecendo, apenas para manter as aparências do casamento perfeito.
Situações de desespero pedem medidas desesperadas. Jodi se vê no meio de um dilema, mas não há muito a ser feito. Se você já se perguntou onde iria caso não tivesse mais alternativas, pense de novo. Depois que a última escolha é feita, não há volta.
O livro, romance de estreia da falecida autora A. S. A Harrison, é narrado pelo ponto de vista de Jodi e de Todd. Entendemos um pouco mais sobre as escolhas dele e sentimos cada vez mais pena quanto aos problemas dela. Harrison criou uma história sólida, no mundo real, mostrando que até mesmo a mais perfeita das histórias pode ruir. A narrativa flui de forma sutil, de modo que o leitor se sente atraído pela leitura, com a intenção de saber até onde é capaz de ir a ruína de alguém.
O livro é comparado ao best-seller Garota Exemplar, o qual eu ainda não li, mas já ouvi falar, e não foi pouco, ainda mais depois que a adaptação cinematográfica rendeu uma indicação ao Oscar para a atriz Rosamund Pike. Fontes dizem (The Guardian, USA Today, The Mail, NY Times, autora Jojo Moyes. SÓ) que A Mulher Silenciosa é até mesmo melhor que Garota Exemplar, devido à forma como a história fica cada vez mais fria e profunda.
Particularmente, gosto mais do ponto de vista de Jodi. A personagem está se ferrando cada vez mais e, por incrível que pareça, a autora deu um jeito de tornar tal situação em algo extremamente interessante de ser lido.
O final do livro é contado logo na capa, mas isso não é decepcionante. O que realmente importa é o que aconteceu até que esse ponto chegasse.
Gosta de livros curtos, rápidos e interessantes? Gosta tanto de uma história a ponto de lê-la mais de uma vez? Então A Mulher Silenciosa deve estar, definitivamente, em sua meta de leitura.



site: www.dicasdojess.com
Suelen 12/04/2017minha estante
A Mulher Silenciosa NUNCA será melhor que Garota Exemplar. Achei o livro super decepcionante e a autora não amarrou todas as pontas, de modo que o final ficou confuso.




Psychobooks 21/07/2014

Recebi uma cópia adiantada do livro de surpresa, ao ler um pouco sobre ele fiquei bastante interessada na leitura, uma promessa de thriller psicológico logo chamou minha atenção. Nas primeiras páginas, a protagonista diz que algo vai acontecer e minhas expectativas aumentaram, acontece que fiquei o tempo todo esperando 'aquilo' acontecer e nada...

- Enredo

Todd trabalha no ramo da construção civil, ele compra casas/prédios antigos, reforma e os revende. Desde sempre trabalhou muito duro e sabia onde queria chegar. Determinado, ele é metódico e gosta do seu trabalho. Jodi está com Todd há vinte anos, ela é psicoterapeuta e atende dois pacientes por dia em sua casa, as outras atividades do seu dia são simples, ela passeia com o cachorro, participa de alguns cursos, mas dedica sua maior parte do tempo à organizar as coisas de sua casa e cozinhar para o marido.

O relacionamento dos dois é muito tranquilo, Todd é um adultero e Jodi uma mulher silenciosa, tranquila, que tem suas pequenas vinganças quando o marido dá umas escapadas, mas nunca o confronta ou discute o assunto. O problema é que um dos casos de Todd está ficando sério demais e o casamento de Jodi e Todd está em risco.

- Narrativa e desenvolvimento do enredo

O livro é dividido em duas partes, narrado em terceira pessoa sob o ponto de vista de Jodi e Todd. A autora é habilidosa com as palavras, sua escrita é envolvente e ela se concentra a maior parte do tempo em desenvolver seus personagens, por isso, não espere cenas de ação durante a leitura.

A escrita ganha um tom cada vez mais introspectivo a medida que a leitura avança. Em alguns momentos a autora se detém em termos técnicos da psicanálise e o ritmo de leitura cai e fica mais morosa.
Logo nos primeiros parágrafos o leitor é avisado que haverá um assassinato, logo criei uma expectativa muito grande em cima dessa informação e fiquei o tempo todo esperando isso acontecer. O que me deixou bem decepcionada foi a demora para acontecer e a forma como ele aconteceu. Por isso, acho melhor avisá-los que esse não é um livro sobre assassinato e sim sobre os próprios personagens e seus relacionamentos. No final, quase me senti enganada pela Jodi.

- Personagens

Eles são as grandes estrelas do livro. Jodi tem uma calma e frieza que me deixaram assustada várias vezes. Fiquei chocada com suas atitudes - ou a falta delas -, é claro que em vários momentos eu quis gritar de frustração com ela, principalmente por fingir que nada de errado está acontecendo. Ter o ponto de vista de Todd é muito importante e a autora foi extremamente habilidosa ao desenvolver o personagem e fazer com que o leitor se posicione contra ele.

- Concluindo

'A Mulher Silenciosa" não é um livro que agradará a todos, antes de começar a leitura, tenha em mente que ele não repleto de ações, com reviravoltas chocantes, mas sim um livro que trabalha muito bem o lado psicológico de seus personagens e cria uma enorme tensão ao longo da leitura, sem necessidade de um ápice.

Acredito que se não tivesse a informação sobre o assassinato logo no início do livro, eu teria apreciado muito mais a leitura sem criar uma expectativa para o ato da morte. Outro ponto que vale ressaltar, é que algumas pessoas me disseram que a sinopse lembra o livro "Garota Exemplar", no entanto, o único ponto comum que os dois livros têm é a crise no casamento, fora isso o desenvolvimento de enredo e personagens são completamente diferentes ;)

"(...) Jodi costumava ser uma boa pessoa, boa por completo, mas não pode mais dizer isso de si mesma. (...)"
Página 29


site: www.psychobooks.com.br
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Arca Literária 06/04/2015

Desde que fiquei sabendo desse livro senti vontade de ler, mas acabei desanimando devido a algumas críticas negativas, mas ao participar de uns desafios literários tive que ler um livro de um autor internacional já falecido então resolvi que deveria lê-lo para este desafio e não me arrependo.
leia mais no link: http://www.arcaliteraria.com.br/a-mulher-silenciosa-a-s-a-harrison-2/ a partir do dia 30/04

site: http://www.arcaliteraria.com.br/a-mulher-silenciosa-a-s-a-harrison-2/
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Jussara Marcossi 16/03/2015

Expectativa frustrada
Detestei o livro. Monótono, cansativo. Harrison tinha muito o que aprender com Gillian Flynn pra ser minimamente parecido com Garota Exemplar.
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De Cara Nas Letras 14/03/2015

A Mulher Silenciosa - A. S. A. Harrison
Ganhei meu exemplar através de um sorteio feito no Twitter da editora, e logo que ele chegou me apaixonei pela capa. A partir daí, senti muita curiosidade (pois amo livros com suspense) e decidi colocá-lo como minha próxima leitura. Vou logo alertando: este é um livro de duas faces.

Todd é um empreiteiro de meia-idade e Jodi, sua mulher, uma psicoterapeuta. Como sou daqueles que não gosta de ler a sinopse, simplesmente tive a impressão de que eles eram mais um casal feliz de classe média alta que morava em um belo apartamento de frente para um lago em Chicago. Estava completamente enganado! Durante a leitura, tive a infelicidade de fugir da minha rota e acabei por ler a sinopse. Fiquei muito chateado ao descobrir que todo o enredo está resumido ali, já que praticamente nada fica de fora.

A autora nos mostra, em capítulos alternados (perspectiva dele, perspectiva dela) como anda o relacionamento que eles sustentam há mais de vinte anos. Todd é o tipo de homem que ama a sua mulher, mas que não resiste à outras. Perplexo define meu estado ao saber que Jodi sabia disso, mas que era totalmente "passiva" quanto à esta questão. Ela se sente tão autoconfiante que prefere sucumbir à autonegação. Mesmo quando descobre que ele está com outra e que irá morar com ela, Jodi se mostra abalada, mas "indiferente", como se ele fosse desistir desse caso sórdido e voltar para seus braços em breve.

Todd é cafajeste e fingido. Sempre se vitimizando, como se "não soubesse o que está fazendo", o personagem consegue enganar o leitor nas primeiras páginas, passando uma ideia de que ele não é tão mau quanto parece. Porém, ao compactuar com os ideais de Natasha (sua amante, mas que em breve será sua nova mulher), ele se mostra um personagem egocêntrico, inescrupuloso e mesquinho. Em poucos capítulos, ele já tem mandado uma ordem de despejo para Jodi, cancelado seus cartões e feito coisas que nenhum homem de verdade faria com uma mulher na qual passou metade de sua vida junto.

O grande X da questão é que em nenhum momento vemos que Jodi é vingativa. Sua vida está desmoronando, mas ela continua de pé. Até mesmo na hora do assassinato, ela se mostra totalmente calma, como se aquela fosse a única maneira de manter seu estado atual, e que então ela o faria sem problema algum. Tudo é premeditado, mas nada é comprovado pela polícia. Ela não estava no local, muito menos na hora. Sendo ainda a única beneficiária dos bens de Todd, Jodi herda tudo que um dia ele quis tirar dela e um pouco mais.

Sendo um thriller puramente psicológico, A Mulher Silenciosa não possui nenhuma ou quase nenhuma ação, além de não haver muitos diálogos, o que deixa o enredo um tanto quanto monótono. Posso até me contradizer falando isto, mas mesmo já sabendo o que vai acontecer, acabamos nos prendendo muito à leitura. Relação de amor e ódio, sabe?

Sem mais delongas, o livro consegue ser perfeito, mas ao mesmo tempo um desastre. O enredo em si não é grande coisa, mas os personagens (que no fundo são todos perversos) nos prendem de uma forma jamais vista. Se você gosta de um livro que mexe com sua cabeça e com seus conceitos, eu te indico este. Mas, se sua praia é ação, brigas, revoltas, assassinatos impensados e coisas do gênero, te digo uma coisa: este não é o livro para você.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Rosana 29/05/2024

A MULHER SILENCIOSA
Jodi e Todd, juntos há 20 anos, parecem ter uma vida perfeita. Todd, um empreiteiro bem-sucedido, garante um estilo de vida luxuoso, enquanto Jodi, uma psicoterapeuta, vive confortavelmente. No entanto, Todd é infiel e, quando decide deixar Jodi por uma mulher mais jovem, filha de seu melhor amigo, Jodi, magoada e financeiramente abalada, começa a considerar o assassinato como uma solução p seu sofrimento. O livro trás profundas análises psicológicas, mas ao contrário de outros autores q usam essa abordagem c intuito de enrolar o leitor, Harrison o trata c propriedade. Eu recomendo.
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May Furlan 20/12/2014

O Retrato de uma Fase
Todos nós já passamos por aquela decepção depois de colocar expectativas muito altas em alguma coisa, seja em um filme, um livro ou até mesmo uma pessoa. Às vezes, é melhor não se esperar nada, só seguir em frente e ir descobrindo o que aquilo tem a nos oferecer, evitando assim que uma experiência que deveria ser, no mínimo, boa, torne-se algo deveras ruim. Esse é o caso de "A Mulher Silenciosa", um livro que deve ser encarado de forma despretensiosa.

Temos aqui a história do casal Jodi e Todd, onde a autora já começa jogando em nossa cara que o casamento está em crise, que houve um adultério, abandono e então a contemplação de um assassinato por parte da esposa. Com praticamente todo o roteiro entregue, não se pode esperar grandes reviravoltas no andamento da história (não que elas não existam). O que temos em mãos é uma trama que retrata simplesmente a fase entre a ruína completa de um casamento e a separação irremediável das partes.

Esse tipo de descrição pode dar a entender o que livro nada tem a oferecer ao leitor, não havendo palavra melhor para o descrever do que "méh", porém não é bem isso que acontece. O que temos aqui não é um suspense, um drama ou um mind-blowing, mas sim o relato completo do desenvolvimento psicológico dos personagens da trama (Jodi e Todd) em uma época turbulenta de suas vidas. Se encarado dessa forma, um retrato silencioso de duas mentes humanas, com pouquíssimos diálogos ou ação, "A Mulher Silenciosa" consegue cumprir o seu papel, não chegando a ser excelente, mas bom. Uma leitura interessante, por assim dizer.

A narrativa de Harrison é um dos pontos positivos do livro. É algo que flui, que te puxa e sabe jogar os ganchos certos na hora certa, te prendendo em uma história cujo o roteiro já é entregue na sinopse. O desenvolvimento de toda a obra e a escrita peculiar da autora mostra muito bem o tom de cada personagem, nos tornando capazes de entender como pensam no decorrer da trama e o que os levou a ser quem são.

"A Mulher Silenciosa" possui uma característica que pode ser boa ou ruim, o que vai depender de quem estiver lendo. Conforme a história anda, percebemos que este não é um livro feito com o intuito de nos aproximar de nenhum personagem, de torcer por alguém a ponto de sofrer ou regozijar diante do seu destino. Se você é do tipo de gosta de procurar aquele personagem para se apaixonar em cada livro que lê, é melhor passar para outro. Todos aqueles apresentados dão nos nervos, seja pela cara de pau ou a falta de vontade própria. Não temos mocinhos nem bandidos, apenas humanos perdidos em uma existência superficial, onde assistimos a tempestade que se forma quando são obrigados a encarar o que está por baixo.

Durante a leitura, senti que Harrison quis que nada fossemos além de espectadores, seres sem vontade ou sentimento, que deveriam apenas observar o que se passava. Pegamos a história em um ponto, no meio de tudo, e do mesmo modo a deixamos. Não estamos lá para julgar, apenas contemplar. Não é um livro sobre moral ou senso de justiça, é um livro de reflexão. Refletimos sobre o que nos leva a ser o que somos e sobre como nosso passado está ligado ao nosso presente e futuro.

Se você (assim como eu) é do tipo que se interessa por esse tema mais psicológico, o que é a mente de um ser humano nos seus momentos mais críticos e desesperadores, "A Mulher Silenciosa" é um boa pedida. Não é um livro genial, mas é interessante. Algo com tom diferente para animar uma leitura sem compromisso, um dia chuvoso que pede um bom chocolate quente e um livro imersivo.
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Josiane 31/07/2016

Pensar nas inúmeras variantes que sua escrita poderia trazer futuramente me deixa sem palavras.
Como uma planta de erva daninha criando raízes em seu interior. Esse é o livro de estreia de Susan Harrison, ou apenas A. S. A Harrison.

A Mulher Silenciosa vai contar com a complexidade de um casal já na meia idade.

Jodi e Todd já em um relacionamento duradouro vivem – aos olhos de todos – uma vida desejável por qualquer um. Com um Porche e um Audi na garagem de um deslumbrante apartamento com vista para o lago, Todd é empreiteiro e Jodi é uma psicóloga que atua como psicoterapeuta, atendendo a seus pacientes em casa.

Essa vida que aparentemente é invejável permite à Jodi algumas regalias, como aulas de pilates, arranjos florais e passeios com o Golden Retriever, Freud, e a dedicação ao lar. Até me arrisco a dizer que ela é a perfeita "dona de casa" moderna com as influências conservadoristas.

São 20 anos de um relacionamento e eu só consigo pensar em tudo que os trouxe até aqui. Não estou falando de um amor impossível, impedido pelos pais... Não. Não tem nada de drama. Ou não até que você conheça esses dois realmente.

A verdade é que eu fico pensando em como tudo caminhou para um único final que, espantoso ao mesmo tempo, era esperável.

Esses dois personagens revelam suas falhas e brutalidades. Todd é um adúltero que sente a segurança em Jodi, mas que não consegue deixar de lado seus questionamentos. Jodi é a mulher silenciosa que tem conhecimento da infidelidade do parceiro. Omissiva, ela sabe como manter as aparências e isso parece aborrecê-lo.

Isentá-los de suas ações é algo que a autora soube conduzir, mas que ao mesmo tempo não os absolve.

Com o tempo essa relação deles deixa de ser estável para se tornar danosa, desgastante.

Ao voltar de uma viagem Todd decide sair de casa, deixando Jodi e o cachorro para ir morar com uma mulher bem mais nova que ela. E isso parece despertar a fúria de uma mulher traída, que até então estava disposta a aceitar as traições e a vida de aparências que levavam. Fúria e outros sentimentos duelem no interior de Jodi quando ela se descobre financeiramente quebrada.

Com o propósito um tanto quanto determinado, Jodi deixa de ser a mulher silenciosa, dando passagem para seus pesadelos e para a sua loucura de colocar um plano arriscado em prática.

Cadê o controle da mulher poderosa que se ama acima de tudo?

Eu tentei encontrar, mas me perdi em meio a tanta desordem de personagens tão complexos que se revelaram vulneráveis, onde as promessas e dúvidas pairaram no ar.

Com uma narrativa que alterna entre Ela (Jodi) e Ele (Todd), A Mulher Silenciosa se revela um thriller muito preciso com o decorrer da história, eliminando a linearidade e sequenciando ao resgatar um passado que sempre esteve lá.

Um casal sem filhos em um relacionamento conveniente, onde as mágoas triunfam rumo à desgraça próxima.

Sofisticado como a sinopse mesma salienta eu acrescentaria que a história teve os seus índices de monotonia, com uma escrita distinta, agregando na elaboração dos termos psíquicos que a autora quis abordar. Embora atraia leitores fascinados não somente pela complexidade mental desses personagens, mas também pelos questionamentos do passado que são capazes de assombrar mesmo depois de anos.

Harrison morreu em 2013 aos 65 anos, quando estava trabalhando em um novo thriller psicológico. Pensar nas inúmeras variantes que sua escrita poderia trazer futuramente me deixa sem palavras.

Editada em 28/08/2017
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Quatro mulheres e um livro 10/08/2016

A Mulher Silenciosa
Como nem tudo é o que sempre parece, este livro também vai mostrar que por trás das aparências, há segredos, medos, mentiras, aceitação, negação e reação às ações tomadas no calor das emoções…

Jodi, é a nossa mulher silenciosa! Ela vive a vida que muitas mulheres sonham, pois tem estabilidade profissional, formou-se, fez mestrados, é Doutora como Psicoterapeuta. Tem uma vida que propicia luxos, e uma união estável que a princípio causa inveja. Há também tempo para cuidar do corpo, da casa, do marido, de Freud, o cão golden retriever deles, elaborar e preparar refeições gourmet que são sua paixão, e ainda, sair as vezes para jantar com suas poucas amigas.

Eles não tem filhos, primeiro por Jodi esperar chegar a estabilidade que eles queriam e depois por acreditar que um bastaria ao outro, porém, após 20 anos de casamento, para Todd ficou uma lacuna nesta união.

Todd, é charmoso, na casa dos 40 anos, empreiteiro batalhador, ambicioso e também adúltero, porém nada que interfira na vida que leva com Jodi. Após ter tido uma infância dura e de maus tratos por conta do pai, ele lutou e batalhou muito como construtor e conseguiu vencer as dificuldades com pé no chão e visibilidade financeira.

Hoje, Todd se dá ao luxo de ter um apartamento de luxo, com carro de luxo e vislumbre de expandir ainda mais os negócios, mas apesar de tudo isso ele é acometido por uma depressão profunda, e vê em Natasha, uma garota com 20 anos e filha de seu melhor amigo Dean, aquele sopro de vida e energia que precisa para voltar a viver.

Se quiser saber mais sobre nossa resenha sobre o livro A Mulher Silenciosa, acesse o link abaixo!

site: http://www.quatromulhereseumlivro.com.br/2016/08/resenha-mulher-silenciosa-asa-harrison.html#.V6uTppgrLIU
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Alan 29/08/2016

Para mim foi fantástica a leitura desse livro. Passa-se boa parte do livro odiando o cara pelas coisas que ele fez à esposa. Mas depois quando ela faz a revira volta, dá até um pouco de dó dele e medo da reação dela diante aos fatos.
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Vivendo a Vida 17/10/2016

A mulher silenciosa
Livro relacionado a comportamentos amorosos e suas dificuldades. Uma psicóloga enfrenta os dilemas no relacionamento com seu marido e seu relacionamento com os pacientes que atende em seu consultório.Ela, durante o livro, tenta se autoavaliar e avaliar tudo ao seu redor. Ele, esta enfrentado dificuldades com bebidas e mulheres jovens, em uma crise de meia idade. Em alguns momentos assuntos de psicologia são citados no livro, durante a autoanalise da psicóliga. O interessante, também, é como os personagens vão mudando suas características primordiais ao longo do livro, durante a separação do casal e que a antiga vida perfeita vai se desfazendo.Recomendo o livro a profissionais de análise e a curiosos sobre o assunto
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