Meio sol amarelo

Meio sol amarelo Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - Meio Sol Amarelo


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Ita 22/04/2021

Leitura muito necessária
Eu nunca tinha ouvido falar da guerra entre a Nigéria e Biafra. É o meu segundo livro da Chimamanda e apesar de eu ter lido Meio Sol Amarelo com menos afinco, eu não posso dizer, de maneira alguma, que o livro é ruim ou cansativo. O livro é pesado. Por motivos óbvios, afinal ela escreve sobre uma guerra. Uma guerra real. A forma como o ponto de vista dos três personagens são entrelaçados, como os sentimentos de Olanna, Ugwu e Kainene são tão bem construídos e como ela descreve os acontecimentos fortes e marcantes da guerra fazem o livro ser MUITO bom. Ser real. Ser forte. Só não descrevo (e dou a nota como perfeito) porque o final me deixou com o coração pequeno. Tão pequeno que eu não sei como vou supera-lo.
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Fe Ferrari 12/05/2022

Livro denso, completo. Assim como tudo que Chimamanda escreve. Um retrato da guerra da Biafra através da vida/olhar de personagens fictícios. Além de um relato muito real da guerra, escassez, estupros, racismo (...), a autora nos da a possibilidade de sentir a guerra pelos olhos de cada personagem.
Ela também divide o livro em algumas partes - começo dos anos 60 (antes da guerra) e final dos anos 60 (na guerra).
É um livro necessário. Sempre vale a leitura!
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Carol 18/02/2020

Eu vou lembrar de Meio Sol Amarelo por muito tempo.
Leitura compartilhada com amigos de clube do livro, o que ajudou a assimilar essa história que mostra a realidade da guerra de forma avassaladora. O que eu mais gosto é de como as personagens femininas são fortes.
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Leal 02/04/2020

Toda Guerra traz dor e sofrimento para a humanidade, mas por serem mortes na Nigéria, país pertencente ao continente africano, essa dor importa menos. Que possamos ler esse livro e está sempre atentos ao resultado que a colonização trouxe para os negros de África.
Fiquei encantada com o fato do livro mesclar os idiomas nos permitindo conhecer um pouco do idioma Ibo.
A sociedade, as culturas, a economia e religião de diversas cidades nos são apresentadas nessa leitura crua sobre a Guerra Nigéria-Biafra de 1967-70.
O livro causa um incômodo indescritível por existirem no mundo humanos tão cruéis. Mas, também traz ensinos sobre coragem, determinação e inteligência.
Que nos possamos sempre fazer nascer o sol quando o sol insiste em não nascer.

K.Leal
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Rafa.Barros 05/04/2020

Impressionante
É fantástica a forma com que Chimamanda escreve esta história sobre a guerra civil que ocorreu na Nigéria no final dos anos 60, unindo a história de personagens tão incrivelmente diferentes e apaixonantes!
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RaAra0 16/07/2022

É uma ótima história. Nos faz refletir sobre a guerra Nigéria-Biafra, que só destruiu populações e gerou miséria e fome. Pra além
dessa reflexão, traz também um novo olhar sobre uma parte da história da África, que normalmente é contada a partir de uma visão muito eurocêntrica. Eu nunca tinha ouvido falar sobre Biafra. O que eu sempre vi foram aquelas imagens que circularam (e ainda circulam) o mundo de crianças famintas com a barriga grande, que foram tiradas nesse período da guerra civil. A história passa uma visão muito mais ampla de tudo isso. Enfim, recomendo muito!!!
*Acho importante também dizer que em vários momentos tive que fazer uma pausa pra recuperar o fôlego e depois retomar a leitura, por conter descrição de atos violentos como estupros, agressões, bombardeios etc.
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Zi 12/06/2021

Leitura no escuro
Primeira vez lendo narrativa de guerra contemporâneo. Chimamanda faz com muita destreza. Gosto dos pontos de vista dos personagens, sofri muito com eles.
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MichelleSN 02/05/2024

O homem continua sendo o pior para o homem.
Com narrativa poderosa e extrema habilidade de escrita, Chimamanda nos conta a história de Olanna, Odenigbo, Kainene, Richard, Ugwu e das pessoas ao redor deles.

A história é ambientada durante a guerra civil nigeriana (conflito entre ibos e hauçás, dois grupos com posições e ideologias opostas dentro da Nigéria). Não ouso abordar minhas impressões sob o aspecto histórico, porque é uma área de interesse, mas que não tenho conhecimento profundo.

Porém, independente de qual seja o motivo e os povos envolvidos, todas as guerras causam mudanças drásticas, principalmente, nas pessoas. Relacionamentos são quebrados ou fortemente estabelecidos; as esperanças são dissipadas e renovadas, concomitantemente.

Somente após calçarmos os sapatos de uma pessoa é que saberemos o que ela passa, mas se o sapato é um número muito menor que o meu eu não preciso calçá-lo para saber que ele irá me machucar. Assim, imagino como deve ser tenebroso passar por uma guerra, vendo entes queridos sendo massacrados, o desespero da falta de notícias, a fome, as dores.

Chimamanda expõe brilhantemente os horrores que - ambos lados - cometem em uma guerra, como até mesmo o mais ético dos homens agirá sob efeitos da raiva ou desejo, quando o ID está no (des)controle de tudo, e cometerá atos que poderão lhe atormentar pelo resto da vida.
(Adendo: eu acredito que é intrínseco ao ser humano se perder em meio às suas ideologias/crenças quando sua vida corre risco ou quando o poder lhe sobe à cabeça).

"O mundo estava calado quando nós morremos", este é título do livro escrito por uma das personagens e que explica muito bem o que acontece: os países, principalmente os ditos desenvolvidos, nunca estão interessados nos conflitos dos outros países, especialmente, se não forem ganhar nada com uma intervenção...

Por fim, entre os escombros das cidades e almas destruídas, só nos resta ponderar mais uma vez: por que sempre o ser humano tem que ser o pior para o seu próximo?
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Quadro Cult 30/07/2020

O romance de Chimamanda Ngozi Adichie é ambientado na Nigéria da década de 1960, e mostra o drama da Guerra de Biafra. A narração é alternada entre três personagens, muito bem construídos e com visões bastante distintas: Olanna, uma professora universitária de classe alta, Ugwu, um jovem pobre que sai de sua aldeia para ser empregado na casa de Olanna e seu companheiro, e Richard, um jornalista britânico que se muda para a região encantado por sua cultura.

As consequências da colonização são exploradas, mostrando um país recém-independente que ainda tenta se ajustar, com graves problemas como: a corrupção, rivalidade entre grupos étnicos e uma grande desigualdade social. Há presença constante de ingleses, que possuem uma postura de superioridade comum a quase todos aqueles que vêm do exterior. Episódios de racismo também são, na maioria das vezes, protagonizados por estrangeiros.

Inicialmente, o livro já nos apresenta uma nação dividida, mas é a partir da metade, quando começam os eventos que culminam na criação de Biafra e a instauração do conflito, que o texto torna-se mais denso e pungente. Mergulhamos no horror da guerra, com toda sua crueldade, privações e desrespeito aos direitos humanos. Acompanhamos a luta dos biafrenses e sentimos empatia pelos personagens e suas tragédias pessoais, assim como por toda uma população em sofrimento.

A autora baseia-se em relatos reais para narrar um capítulo dramático da história da sua pátria, em uma trama riquíssima que transmite a tensão e o desespero em suas páginas. É uma obra que faz o leitor conhecer e entender os antecedentes da guerra civil que gerou mais de um milhão de mortos, deixando cicatrizes latentes até hoje.

site: https://www.instagram.com/quadrocult/
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Nath Medeiros 08/08/2020

MEIO SOL AMARELO por Nath do @LendoA2
Em meio a? Guerra de Biafra, Guerra Civil Nigeriana, durante a qual ocorreu a tentativa mal sucedida de fundar o estado independente de Biafra, acompanhamos os desdobramentos da guerra e seus efeitos atrave?s de 3 perspectivas. Ugwu, garoto que deixa a vida na aldeia com sua fami?lia para trabalhar na cidade como empregado de um professor universita?rio. Olanna, filha de pais ricos, que junto com Odenigbo, sa?o professores universita?rios e levam uma vida revoluciona?ria. Richard, jornalista ingle?s que se mudou de Londres para Nige?ria com o objetivo de escrever um livro.

E? interessante ter na narrativa pontos de vista diversos e que se complementam diante da mesma experie?ncia. O nigeriano pobre, o rico, o homem, a mulher, o londrino branco fora de sua terra natal... A partir dessa diversidade de personagens, temos tambe?m uma diversidade de efeitos e reac?o?es diante das mazelas da guerra e Chimamanda nos imerge nesse cena?rio de forma magistral.

Apesar de uma obra ficcional, os acontecimentos sa?o baseados na realidade, o que da? um peso ainda maior a? leitura. A Guerra Civil Nigeriana foi um dos eventos mais drama?ticos ocorridos no continente africano, chocando o mundo com suas imagens e que tem repercusso?es econo?micas, sociais, poli?ticas, dentre outras, ate? os dias de hoje.

A leitura foi um pouco difi?cil em alguns momentos (mais no ini?cio do livro) por ter capi?tulos muito longos e pela quantidade de informac?a?o sobre figuras poli?ticas e contexto histo?rico que eu na?o conhecia muito bem, mas serviu inclusive como forma de aprendizado. Passado isso, a leitura engata e se torna mais envolvente, fluindo muito bem ate? a u?ltimas pa?ginas e deixando uma sensac?a?o de vazio apo?s terminar o livro.

So? posso recomendar que conhec?am os livros de Chimamanda, talvez comec?ando por leituras mais "fa?ceis", mas na?o deixem de conhecer.
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Bruna.Patti 30/08/2020

Mieo-sol amarelo
Resenha
Livro: Meio-sol Amarelo
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Ano: 2008
Número de páginas: 504
Editora: Companhia das Letras
Chimamanda, em inúmeras palestras , nos alerta para o perigo de histórias únicas. É necessário que os vencidos, os massacrados também contem suas sagas pelo seu ponto de vista. Por isso, tive uma enorme surpresa ao ler pela primeira vez, nessa obra prima da literatura, sobre a Guerra na Nigéria. Fiquei espantada pois na escola nunca havia ouvido falar sobre esse período terrível ocorrido no continente africano. Do lado de cá, somos ensinados que a História, com H maiúsculo, importante é aquela vivida pela Europa e pelos Estados Unidos. Nem mesmo conhecemos os fatos da nossa própria América Latina, mas duvido que alguém tenha passado pela escola sem ouvir falar da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Essa é a segunda vez que leio esse livro e me encanto pela escrita dessa autora novamente, como se fosse a primeira vez. Vamos ao enredo.
Meio- sol amarelo se passa durante a década de 60, em três períodos temporais diferentes ao longo dessa mesma década. A Nigéria era um caldeirão étnico, onde após a colonização, foram colocadas juntas diversas etnias que não tinham a mínima ligação entre si. Por conta disso, aconteceram muitos conflitos. O livro narra o conflito que teve origem na tentativa de separação dos igbos dos hauçás. Esses últimos estavam no poder e se favoreciam exclusivamente, conferindo um tratamento diferencial aos igbos, que decidem por se separar da Nigéria, criando seu próprio Estado, a Biafra. A primeira vez que ouvi falar sobre esse conflito foi no livro da Chimamanda. A guerra civil durou cerca de três anos e trouxe consequências devastadoras para toda a população.
O livro gira em torno de cinco personagens: Olana e Kainene, irmãs gêmeas pertencentes à alta classe nigeriana; Olana é a gêmea mais calma, se muda de Lagos por não aceitar a vida de opulência dos pais e vai lecionar na pequena cidade de Nsukka, na universidade, enquanto Kainene, trata de cuidar dos negócios dos pais; Olana se relaciona com Odenigbo, intelectual de esquerda da universidade e Kainene se relaciona com Richard, homem branco inglês que se muda para Nigéria e vivencia a guerra. Além desses quatro personagens acompanhamos a vida de Ugwu, empregado na casa de Odenigbo quando pré adolescente. Acompanhamos seu crescimento em meio à guerra e todas as consequências advindas disso.
Tudo ia bem na vida desses personagens até que a guerra estoura: a partir desse momento passam fome, vivenciam situações de tortura, estupro, doenças, crianças morrendo de fome entre outras situações fortes. Acompanhamos esses dramas entrelaçados com a história pessoal dos personagens. Achei todos muito bem construídos e que acabam sendo humanizados, nos despertando simpatia, apesar de ou por isso mesmo, serem tão imperfeitos, portanto, parecidos com nós mesmos.
Achei muito interessante a ironia presente no personagem Richard: ele se acha no direito , no começo do romance, de contar a história daquele povo, sob seu ponto de vista. Afinal de contas, o homem branco europeu sempre acaba por narrar a história pela sua ótica. Mas isso vai sofrendo transformações positivas ao longo do livro. Em relação ao relacionamento das duas irmãs: mais do que retratar as duas personagens, acredito que representam as diversas maneiras de lidar com a guerra.
A autora claramente possui uma enorme simpatia por Biafra: gosto de autores que se posicionam marcadamente, pois não existe neutralidade: o que existe é conivência e manipulação disfarçada de suposta imparcialidade. Opiniões não declaradas geram manipulação. Também eu, como leitora, acabei por me posicionar ao lado dos oprimidos, ao lado do povo que sofreu as consequências nefastas de uma guerra. Guerras são sempre catastróficas para a população e o livro nos narra isso de maneira magistral.
Por fim desejo que conheçamos mais histórias plurais: da Ásia, do continente Africano, da América Latina. Que possamos descolonizar nossas leituras e nossos pensamentos, dando voz e vez para que os oprimidos da terra tenham espaço para nos contar suas histórias. Para que possamos conhecer aquela história que a História não conta. Por fim, recomendo fortemente a leitura do livro e encerro com o samba enredo vencedor do ano de 2019 no Rio de Janeiro, da escola de samba Mangueira:
“Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra

Brasil, meu dengo
A Mangueira chegou
Com versos que o livro apagou
Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento
Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado
Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato

Brasil, o teu nome é Dandara
E a tua cara é de cariri
Não veio do céu
Nem das mãos de Isabel
A liberdade é um dragão no mar de Aracati

Salve os caboclos de julho
Quem foi de aço nos anos de chumbo
Brasil, chegou a vez
De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês”



site: https://medium.com/@brunapatti_74534/meio-sol-amarelo-ffc29a8d2640
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Mello 11/10/2020

Bom livro sobre a visão da guerra
O cenário se passa na recessão de Biafra. A história se dá na visão da família de Olanna, que mesmo tendo um bom padrão de vida, na guerra, passa por todas a baixas que o restante da população (fome, pobreza, mortes). É um livro legal, mas não extraordinário.
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Cláudia Tavares 15/11/2020

Chimamanda, posso ser sua amiga?
Excelente. Não consegui descrever Meio Sol Amarelo sem começar com essa palavra. Chimamanda é de uma genialidade admirável, incrível como ela narra este livro.
Não é um livro fácil, aborda uma guerra (que por sinal precisamos falar mais sobre, poucas pessoas conhecem a Guerra Nigéria-Biafra, eu mesma conheci através desse livro, Chimamanda dá uma aula de história) e junto com ela todos os assuntos difíceis que fazem parte de uma. É de terminar capítulos com o coração partido por lembrar que estamos falando de algo real, algo que aconteceu.
A narrativa é longa e somando com o assunto, que não é nada fácil, o livro pode acabar se arrastando mas eu aconselho de todas as formas que dêem uma chance e levem até o final.
O livro acaba e você está tão imerso na história dos personagens que quer continuar acompanhando suas vidas e torcendo por eles.
Chimamanda ganhou meu coração, ansiosa para ler mais livros da autora.?
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Gabi 25/11/2020

Estou sem saber o que falar sobre esse livro. Repetir o quanto Chimamanda escreve bem seria redundância, já afirmei isso todas às vezes que terminei um livro dela antes desse. Assim como em suas outras obras, em Meio Sol Amarelo Chimamanda abre nossos olhos para uma outra realidade existente. Às vezes estamos tão acostumados com nosso dia a dia, nossa rotina e nossos problemas que nos esquecemos das situações enfrentadas mundo afora. Alguns livros nos relembram das realidades diferentes que existem, Meio Sol Amarelo faz exatamente isso. Recomendo muito essa leitura, Chimamanda já me conquistou ao ponto de ser uma das poucas pessoas que leio os livros sem nem olhar a sinopse antes. E vamos de Hibisco Roxo agora.
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