Willow

Willow Julia Hoban




Resenhas - Willow


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Camilla191 27/10/2014

Resenha do Blog | Descafeinadas (Cortesia)
Inicio dizendo que não é um livro para todos os públicos, ele tem o conteúdo pesado como do livro Garotas de Vidro. É o tipo de tema que muitas vezes, por não conhecemos, temos certo "pré-conceito" e julgamos as pessoas que as tem. Em Garotas de Vidro é os distúrbios alimentares, voltando a Willow é a automutilação.

Willow dirigia o carro no momento que sofreu um acidente com os pais, depois do fatídico dia ela perdeu os pais nesse acidente. A culpa começou a corroê-la, Willow não conseguia explicar para si mesma porque a vida mudou tão bruscamente.

As narrações do livro são extremamente realistas, não tem como explicar exatamente porém as palavras ditas na terceira pessoa são pessoais e carregadas de sentimentalismo. A dor da Willow é passada em palavras de um jeito tão delicado e sensível que a dor dela pode ser, de certo modo, compreendida.

Livros em que problemas dessa magnitude são tratadas em u de vistam linguajar adolescente fazendo o problema ser visto pelos olhos de quem o sente, acho interessante porque geralmente ouvimos psicólogos ou matérias de médicos falando sobre eles. Ver pelo ponto de quem sente.

Ela mudou-se para morar com o irmão, a cunhada e sua sobrinha. Daniel, seu irmão, se afastou em proporções grandiosas de Willow, ele ficou com toda aquela dor acumulada e simplesmente nunca fala sobre os pais ou sobre como se sente em relação ao acidente e isso tem matado Willow aos poucos.

Para aliviar as dores que esses assuntos lhe causam Willow passa a se mutilar, as narrações dessas partes são fortes porque é muito bem descrito a lâmina enterrando na sua pele e o sangue jorrando Willow explicando como aquilo torna tudo mais suportável, é real. O livro inteiro é real.

O livro é intenso, real e doloroso em algumas partes. É isso que o torna tão bom, um YA incrível que todos deveriam ler em algum momento da vida, mesmo que não seja o tipo de livro que gosta. Esse tipo de psicologia que envolve livros desse tema são profundos.

Willow trabalha em uma biblioteca no campus de uma faculdade para ajudar nas despesas de casa. Lá ela conhece o Guy, um inteligente e bonito garoto que sempre estudou na sua nova escola mas, que ela nunca viu. A personagem tornou-se tímida, não insegura, e sempre quer se tornar investível.

Guy é ainda mais construído que a Willow. Quando ele descobre, de um jeito inusitado, que a garota se automutilação. Ele que conhece seu irmão Daniel, quer contar a ele porém acaba prometendo a Willow que não fará isso. Logo, Guy se sente responsável por ela. Guy faz exatamente o papel da pessoa que quer ajudar.

Ele se sente perdido querendo saber como pode ajudar, Guy se sente como todas as pessoas que vêem a automutilação. Tudo que ele deseja é entender que tipo de dor é a que ela sente, porque o corte alivia a dor. Ele quer entender e por hora sente o mesmo que o leitor. A confusão de entender quem sofre desse distúrbio.

Em alguns momentos tive raiva do irmão da Willow, ele mostrava-se fechado no próprio sofrimento como se ela ao menos fosse sua irmã. Porém, teve momentos em que foi possível compreender porque ele era daquele jeito.

É um livro fantástico com personagens dinâmicos e reais. Adorei a leitura, é o tipo de livro que faz estarmos dentro do problema dos outros e isso é que os livros bons fazem. Instigam o leitor a ser, não só o personagem, como bom entendedor.

Esse livro pode não ser para todos os gostos e é um tema forte retratado, mas é uma leitura incrível. O escritor deve ganhar pontos quando personagens com distúrbios psicológicos são construídos em cima de experiências que pessoas reais que passam por isso se vejam nela.

Willow está longe de ser a protagonista mais centrada de todos os YA. Contudo, no decorrer do livro ela se mostra forte. Guy faz ela perceber que toda aquela dor pode ser contornada. Gostei muito da leitura, embora ela seja agoniante as vezes.

Leiam Willow entenda como um multilamelado se sente, eu tinha certo "pré-conceito" das pessoas com essa doença e depois de ler Willow pude vê-las com outros olhos. Acho que a mensagem principal do livro é sentir, não importa o quanto doa sinta e viva ao máximo.

Realmente Leya se superou dessa vez. Até a próxima !

site: http://descafeinadass.blogspot.com.br/
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Brunna 07/11/2014

Só sei dizer que amei. Muito. E ponto.
Willow ainda é adolescente, mas já carrega um grande fardo. Em uma incomum noite chuvosa, os pais da garota, após beberem além da conta, pedem para ela guiar o carro até em casa. É então que um terrível acidente acontece, ceifando precocemente a vida dos pais de Willow.
Consumida pela culpa, Willow tenta seguir com sua vida em uma cidade diferente. Ela deixou escola e amigos para trás, e passou a morar na casa do irmão mais velho, dividindo o pequeno espaço com a cunhada e a sobrinha.
Os dias de Willow não são nada fáceis. A escola agora não é mais tão importante, e os estudos estão cada vez mais ficando de lado. Para ajudar nas despesas de casa, a garota trabalha na biblioteca sob o olhar fulminante de uma mulher arrogante e exigente. A todo instante Willow imagina o que as pessoas estão comentando sobre ela, sobre como ela cruelmente matou os próprios pais. Até mesmo seu irmão, com quem tinha um relacionamento agradável, a trata de forma diferente. Isso é o que se recebe por ser a assassina dos próprios progenitores, certo?
Para lidar com tanta dor, Willow se autoflagela. É como se fosse um vício, uma droga forte: ela se mutila pelo corpo inteiro, deixando as diversas cicatrizes em segredo de todos. Entretanto, quando ela conhece Guy, um garoto tão diferente das outras pessoas, seu segredo fica por um fio. É em meio a intensas mudanças e fortes sentimentos que talvez Willow encontre uma luzinha no fim do túnel.
Eu quero sair gritando para o mundo inteiro ouvir o quanto esse livro é bom! Tenho vontade de abraçar as pessoas na rua e chorar no ombro delas, compartilhar todos os sentimentos que tive durante a leitura de Willow. O choro não é só de angústia e desespero, mas de felicidade também, porque eu tive um misto de sentimentos inexplicável enquanto lia essa obra inesquecível.
A dor da Willow era a minha dor, a aflição do Guy também era a minha. Quando eles dois conversavam, era como se eu estivesse lá presente. Quando eles riam, eu ria junto. Quando Willow se cortava, eu queria gritar, porque doía tanto em mim que eu até ficava sem ar. Cada palavrinha desse livro me tocou de uma forma tão tremenda que eu me sinto uma inútil em não conseguir encontrar as palavras certas para dizer o quanto eu amei Willow. Só sei dizer que amei. Muito. E ponto.
Apesar de tanto amor, sei reconhecer que o livro não é perfeito. O acidente de carro poderia ter sido explicado com mais detalhes, a vida pessoal do Guy poderia ter sido melhor explorada, as indicações de passagem do tempo poderiam ter sido feitas com mais cuidado. Mas, sinceramente? Isso tudo chega a ser insignificante perto de tantas qualidades que Willow claramente possui.
Com uma brilhante narração em 3ª pessoa, Willow consegue prender o leitor logo nas primeiras páginas. É um livro muito bem escrito, muito vívido, muito sincero. Triste e doloroso, mas também bastante singelo, sensível e doce. Leia. Por favor, eu só peço que leia.

site: www.myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br/2014/11/resenha-willow.html
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Dressa Oficial 07/11/2014

Resenha - Willow
Olá, tudo bem com você?

Quando vi na sinopse que a a protagonista sofria e se cortava eu logo pensei em ler o livro afinal adoro livros que contém um drama, um problema para ser resolvido e enfrentado. então resolvi dar uma chance a essa leitura.

Willow tem apenas 16 anos e carrega um fardo sem tamanho, ela simplesmente matou seus pais e se sente muito culpada pela morte. Em uma noite de muita chuva seus pais já estavam bêbados e decidiram deixar a filha com carteira de motorista provisória dirigir, porém devido a uma forte chuva ocorre um acidente terrível que faz com que seus pais morram.

Agora Willow tem que mudar de cidade e ir morar com seu irmão que já é casado e tem uma filha recém nascida, o relacionamento dos dois sempre foi normal mas Willow acha que todos a culpam também pela morte dos seus pais indiretamente.

Tudo que Willow quer é fazer o que todas as noites seu irmão faz: acordar no meio da noite e simplesmente chorar, porém Willow é fria não consegue soltar uma lágrima e ela sofre muito com a culpa que carrega dentro de si, então ela resolve se mutilar ou seja ela se corta por todo o corpo pois a dor que ela sente se cortando é melhor do que a culpa e todo o sofrimento que ela carrega em seu peito.

A narrativa é feita em terceira pessoa de uma maneira bem diferente da convencional, achei os capítulos muito extensos, e em muitos momentos tinha muita coisa repetida, o fato dela se cortar realmente é bem profundo faz sentir que estamos sendo cortados de fato só que achei que a maneira como era narrada e o tanto de sangue que Willow perdia teria que levar pontos para fechar o corte, mas ela sempre limpava para não criar nenhum tipo de infecção.

Ela trabalha apenas alguns dias da semana em uma biblioteca da escola e o que recebe tenta ajudar seu irmão nas despesas da casa, o relacionamento de Willow com agora então sua família é muito superficial, ninguém mais comenta sobre a morte de seus pais e Willow se fecha em seu mundo não conseguindo colocar o que sente para fora de maneira nenhuma.

Até que um belo dia Willow se corta em horário de expediente e Guy um garoto apenas alguns anos mais velho que ela tenta ajuda-la e então os dois acabam criando laços de forte amizade, pois Guy descobre esse segredo de Willow e ameaça contar a seu irmão para que o mesmo possa fazer alguma coisa.

Os dois se aproximam aos poucos vão conhecendo mais um ao outro e o romance acaba sendo inevitável, eu achei o livro bom porém não via nenhum tipo de evolução em Willow mesmo ela agora namorando e conseguindo expressar melhor o que sentia as coisas demoravam muito para acontecer e como uma pessoa que é totalmente fechada começa a falar o que sente de forma impensada e muitas vezes causando até certo constrangimento em suas atitudes.

O livro relata o drama da personagem que é de se cortar como se fosse um vício em uma droga ou algo do mesmo gênero, porém senti falta de uma evolução na história eu queria um final mais feliz para Willow e Guy.

Apesar da carga de drama que o livro tem o romance entre os dois consegue ser fofo em muitos momentos e mesmo tendo fortes reações ao saber como Willow se corta não é um livro pesado, mas não espere muitas mudanças e nem ser surpreendido na leitura.

Beijos

Até mais...


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/11/resenha-willow.html
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Bruna 07/12/2014

Willow é uma jovem de dezessete anos que vê sua vida destruída e completamente modificada após a morte dos pais. Ela teve que mudar de cidade, de escola, e ir viver na casa do irmão. Essa é uma situação que já seria difícil o suficiente para qualquer jovem, porém tem um sério agravante no caso de Willow: A culpa! Pois era ela que estava dirigindo o caro, e foi a única sobrevivente do terrível acidente que matou seus pais. A partir de então, a jovem mergulha num mundo de culpa, que resulta numa prática nada saudável de autoflagelação.

Além de se responsabilizar pela morte dos pais, Willow ainda se culpa pelo sofrimento do irmão, pelo distanciamento entre os dois, e pela situação financeira em que se encontram, uma vez que Daniel é recém-casado e tem uma filha bebê, e o seguro de vida dos pais deles ainda não saiu.

O início do livro é bem tenso. A navalha se tornou sua melhor amiga, e a dor, sua válvula de escape do desespero que tomou conta de sua vida. Nossa, vocês não tem ideia da agonia que as cenas dela se cortando me deu.

A ferida feita pela lâmina mata o ruído. Apaga da memoria aqueles rostos encarando-a. Willow olha para seu braço, para a vida brotando de si.


Depois de um tempo, Willow conhece Guy, um garoto da sua escola que é super sensível e perceptivo. E então as coisas começam a mudar. Guy descobre o segredo de Willow, e começa a tentar ajudá-la. Ele é um rapaz realmente encantador, sabe essas pessoas parecem ser iluminadas, que fazem bem só com a sua presença? Em alguns momentos ele perdia a paciência e acabava brigando com ela, mas a maioria das pessoas nem sequer teriam se aproximado de Willow, caso soubesse como ela era. Fiquei realmente encantada por ele.

Ele não poderia ser tão atencioso, tão gentil, poderia? Afinal das contas ela não é nada mais que um fardo para ele, alguém em seu caminho, impedindo-o de ter um excelente semestre.


Em vários momentos eu tive raiva de Daniel. O distanciamento entre ele e a irmã foi um grande motivador do comportamento dela, pois ela se convenceu que o irmão a odiava e a culpava por tudo. Eu entendo que ele também estava sofrendo, e que, aos 27 anos, não estava preparado para todas as responsabilidades que teve que assumir, mas eu achei muitas de suas atitudes bem egoístas.

O que eu mais gostei foi o quanto o livro é real. O autoflagelo é um problema que existe, e pode ser facilmente desencadeado em uma pessoa com tantos traumas e culpas como nossa protagonista. A diferença é quem nem todos conseguem ter um Guy em suas vidas.

Willow é um drama juvenil bem comovente. A narração é em terceira pessoa, porém inteiramente realizada do ponto de vista da protagonista, o que nos permite acompanhar todos os seus dramas e sofrimentos. Algumas pessoas podem achar a personagem mimizenta e meio repetitiva em suas lamúrias. Eu achei em alguns momentos, mas aí parei e me coloquei no lugar dela, e vou te falar uma coisa, é uma barra pesada a que ela enfrentou!

- Você não se permitirá sentir nada além de dor?


A escrita da autora é ótima, e ela consegue prender a atenção do leitor e nos fazer sentir, junto com a protagonista. Seja sentir seu sofrimento, agonia, ou suas pequenas alegrias. Gostei do final, pois não foi nada milagroso ou conto de fadas demais. Como eu disse, a história é bem real, e o final também foi. Muitas coisas não foram inteiramente resolvidas, porém não ficaram pontas soltas ou um final aberto, porque todas as situações foram encerradas deixando claro o caminho que as coisas tomariam, e como seriam resolvidas ao longo do tempo. Entretanto, eu senti terrivelmente a falta de um epílogo, que nos contasse o que aconteceu realmente, e se tudo correu conforme nos foi insinuado.

Eu li o livro em ebook, então não posso falar muito da diagramação. Mas a revisão da Leya está muito bem feita, sem erros, e gostei da quebra de capítulos. A capa é muito bonita e chamativa, porém acho que não combinou com a trama. Achei o olhar da menina meio macabro, tanto que quando vi a capa pela primeira vez, pensei que o livro era um triller, não um drama.

Recomendo muito a leitura. É emocionante.

site: http://meumundinhoficticio.blogspot.com.br/2014/10/resenha-willow-julia-hoban.html
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Nikolle - Paradise Books 07/12/2014

Simples para se ler em um dia
O livro é narrado em 3° pessoa, mas dá destaque aos pensamentos da nossa personagem principal. Willow é uma garota que perde seus pais em um acidente de carro, onde ela era a pessoa que estava dirigindo. Mas o que envolve a trama toda é o fato de ela se culpar pelo ocorrido. Após a morte de seus pais, ela abandona tudo para poder morar com seu irmão, que já é casado e tem uma filha. Nos deparamos com uma garota quebrada, que não tem amigos e que não consegue manter uma simples conversa com o único membro da sua família que lhe restou. Isso tudo acontece, porque a culpa a consome, assim o único modo que ela encontrou para mandar essa dor embora foi cortando a si mesma, e mantendo várias cicatrizes no seu corpo.

Willow trabalha na biblioteca da Universidade onde seu irmão dá aulas, e um dia ela tem que ajudar um garoto que precisa de um livro. Após ver o que Guy procurava Willow se espanta por ser um dos livros preferidos dela, e assim começam a conversar sobre vários clássicos da literatura, um vínculo se cria ali, mas sempre chega o momento das perguntas sobre os pais dela que é o que Willow mais odeia. O fato de eles serem professores e também terem escritos livros foi o que fez com que ela se apaixonasse pela literatura e historias antropológicas. Mas o problema ali, era que Guy conhecia os livros publicados por eles e já havia visto palestras dos pais dela, questionando várias coisas, fazendo com que ela se lembrasse de como era ter a família dela e de como tudo era normal antes.
"- Acredito que o que mais me assusta agora é o pensamento de que eu não seja capaz de protegê-la.
Willow o encara. Ela não sabe como responder a essa coisa extraordinária que ele disse."
É um pouco difícil entender os impulsos da garota, o que a leva a se cortar e tudo mais. Depois da tragédia, ela pensa que todos a olham como se fosse culpada por algo, acha que não merecesse ter amigos, pois não quer ver ninguém mais machucado por decisões suas, mas é aí que a amizade com Guy entra. Mesmo depois de dispensá-lo e falar que não precisava de ninguém ali por ela, não impede de ele tentar derrubar as barreiras de Willow e descobrir seu segredos.

Trata de uma história de superação, de amizade e amor. É difícil ler as cenas em que ela se corta, ou mesmo os momentos que ela quer fazer todos felizes, menos a si mesma. A autora também aborda a literatura e a antropologia em seu livro, sendo um dos assuntos mais falados. Gostei muito dos momentos na biblioteca, onde se passa a maior parte da história, é tudo bem escrito e explicado, não demora para acontecer as coisas. Julia Hoban vai sempre ao ponto, sem lenga lenga, ou repetições

site: http://paradisebooksbr.blogspot.com.br/2014/09/resenha-willow-julia-hoban.html
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The Serial Reader 19/09/2014

É difícil guardar um segredo quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.
Exemplar cedido pela Editora Leya para resenha.

É difícil guardar um segredo
quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.

Em uma noite chuvosa, a vida de Willow mudou radicalmente. Quando os pais decidiram beber mais um pouco em um evento, e dar a chave do carro para Willow, ela não imaginava que seria a última noite da vida de seus pais. E após o acidente, inevitavelmente, tudo muda. Ela ainda tem dezesseis anos, e passa a viver com seu irmão, a esposa e a filhinha, muda de escola, corta o contato com todos os antigos amigos. A culpa pelo acidente, a dor de perder as pessoas que mais a amavam, o peso de saber que arruinou a vida do irmão, a sensação de que seu relacionamento com ele jamais será o mesmo - afinal, ele não é apenas irmão de Willow, agora ele é responsável por ela, o que não significa que exerce o papel de pai -, eles se afastam cada vez mais e as palavras trocadas não passam de frivolidades. Ela sente um grande vazio, uma grande dor, e Willow passa a se auto-mutilar. As lâminas e Willow se tornam inseparáveis, ela não consegue mais ficar sem elas.


"Ela pensa como teria se sentido caso ele tivesse feito o convite, digamos, há um ano. Teria ficado lisongeada? Teria gostado da ideia? Teria gostado dele? Willow estreita os olhos tentando ver a si mesma da forma como era antes. Claro que ela teria gostado dele. Porque não? É charmoso e lê livros também. Pena que a garota do ano passado está morta."

Conheci Willow pelo blog da Giu Fernandes, o Amount of words, e o livro chamou minha atenção pela capa mas não me atraiu muito, e apenas algum tempo depois descobri que sobre o que se tratava o livro, a capa fez todo o sentido para mim e adicionei o livro na minha lista de desejados no Skoob. Há alguns meses venho pensando em lê-lo, mas aguardei e surgiu uma ótima oportunidade: a Editora Leya convidou seus blogs parceiros a participarem de um movimento: "A Culpa na Literatura", que promove a chegada do livro ao Brasil e a discussão sobre esse assunto.


"Ela não aguenta mais ter sentimentos.
Ela não quer nunca mais sentir alguma coisa."

"Willow" nos traz uma garota passou por uma situação trágica e se culpa por isso. Mas sua culpa é algo que tomou proporções homéricas: ela chama a si mesma de assassina, se culpa por arruinar a vida do irmão (que perdeu os pais, e agora tem que ser responsável por ela, e arcar com os custos dessa responsabilidade), acredita que não merece mais nenhuma felicidade, que merece sofrer. Não consegue lidar com a perda, com as irreversíveis mudanças.

Quando Guy entra em sua vida, após uma busca por livros fora de catálogo na Biblioteca onde Willow trabalha, ela sente algo muito bom, porém a culpa e o medo por achar que traz apenas coisas ruins para as pessoas que se aproximam dela, a fazem ficar reticente em relação a Guy. Mas é algo tão forte e tão bom para ela, que é muito difícil lutar contra isso. Pela primeira vez, depois do acidente que mudou completamente sua vida, Willow tem alguém com quem pode ser totalmente aberta, mesmo que seja difícil para ela. Sabe aquilo de "conte o que fez de pior, se a pessoa aceitar isso, ela te aceitará de verdade"? É por esse caminho que o relacionamento deles começa, Guy sabe o maior segredo de Willow - a automutilação - e mesmo assim continua do lado dela. O relacionamento deles tem seus altos e baixos, como todos, mas é muito bonito ver isso. Guy se tornou um dos personagens masculinos mais apaixonantes que já li.


"Agora, o decorrer de seus dias é bem diferente. Ela anda como uma sonambula pela escola, não tem nenhum amigo, vai à biblioteca e falha ao tentar fazer a lição de casa, e come seja lá o que Cathy preparar: sempre acompanhada da navalha. Todos eles pertencem a um outro mundo que ela não tem intenção de visitar novamente."

Embora grande parte do livro seja focada no romance, não é focada apenas no romance em si, mas sim no relacionamento de Guy e Willow. No bálsamo que é, para ela, tê-lo do seu lado, e como isso pode ajudá-la a sair do estado de culpa e estagnação em que ela se encontrava.

Preciso dizer também, que o livro me trouxe uma perspectiva totalmente nova sobre automutilação. As cenas em que Willow se cortavam foram muito difíceis de ler, pois além do ato em si, era quase palpável o desespero, a angústia, o sofrimento de Willow e a percepção de que ela não tinha a menor ideia de como sair daquele estado. São cenas fortes, não pelo visual em si, mas pela profundidade emocional. E quando Willow começa a nos explicar o porque de se cortar, de praticar aquilo que para muitas pessoas não passa de um chamado desesperado por atenção, mas na realidade é tão diferente disso. Tocante, emocionante, intenso, doloroso.


"Quem é você?

Essa não é a Willow que viveu aí dentro pelos últimos dezessete anos. Essa é uma outra pessoa.
Uma assassina.
Uma autoflageladora."

Amei o livro, e fico muito feliz pela publicação dele no Brasil, pela Editora Leya. Uma leitura super recomendada à todos que gostam de livros que trazem personagens complexos, temáticas difíceis, histórias com forte carga emocional, mas acima de tudo, uma leitura incrível!

5/5

Love always,
Francielle

site: http://www.theserialreader.com/2014/09/resenha-willow-julia-hoban-editora-leya.html
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Marcos 26/12/2014

Willow é uma jovem que esconde um segredo. Ela tem 17 anos, numa cidade do interior dos Estados Unidos e trabalha em na biblioteca da faculdade local. Tudo em sua vida mudou há sete meses, quando seus pais resolveram sair para jantar e, por beberem um pouco além da conta, chamaram-na para dirigir de volta pra casa. Porém, um terrível acidente aconteceu e Willow foi a única sobrevivente. Desde então ela carrega a culpa de ter matado os seus pais e se julga uma assassina. Agora, ela mora com seu irmão mais velho, David, que é professor universitário, com sua cunhada, Cathy e com sua sobrinha recém-nascida. Porém o que ela não conta para ninguém é que, desde o ocorrido, ela vem praticando cutting em si mesma. Ou seja, ela faz mutilações, cortes, ao longo de todo o seu corpo para que a dor física seja superior à dor psicológica.

Consumida pela culpa, Willow se afastou de tudo e de todos os que a cercavam. Ela não fala mais com seus antigos amigos, vive sozinha pelos cantos do colégio e o seu relacionamento com seu irmão é cada vez pior, pois ela acha que David a culpa pela morte dos pais. Até que, num dia normal de trabalho na biblioteca, ela conhece Guy, um jovem que estuda no mesmo colégio que ela mas faz algumas disciplinas na faculdade para obter créditos extras. E é a partir daí que ela mergulhará em um torrencial de sentimentos que a levarão a questionar sua vida e sua visão de mundo.

Willow é um drama familiar com toques de romance que mostra a superação de uma jovem em lidar com a tragédia familiar que lhe acometeu. Além disso há a criação de um romance pautado na confiança e no autodescobrimento de dois jovens que encaram problemas fortes à sua maneira.

O livro é narrado em terceira pessoa e temos o ponto de vista da protagonista do início ao fim. Não se trata de uma leitura fácil pois as temáticas tratadas são muito delicadas. O tema do cutting ou autoflagelação toca num perfil psicológico difícil de lidar. No caso de Willow, ele começa como uma forma de esquecimento da dor, com outra maior ainda. Isso vicia e traz transtornos não só físicos como psicológicos e sociais muito graves. Não vou entrar no debate deste tema, não é o meu objetivo com essa resenha, mas aconselho a qualquer pessoa que conheça alguém ou esteja passando por uma situação similar, a busca de ajuda e acompanhamento psicológico o mais rápido possível. E esse foi o ponto em que o livro deixou de receber as cinco estrelas na avaliação final.

O romance é extremamente bem escrito, a narrativa de Hoban é muito gostosa de se ler. Porém, a ausência do elemento terapêutico na história me incomodou bastante. Entendo que a autora queria demonstrar que a força do amor dos dois poderia levar a protagonista a substituir esse hábito, mas não acredito que a mensagem passada deva ser somente essa. Outro ponto me incomodou bastante, mas como é algo que só ocorre (ou, no caso, deixa de ocorrer) no final, não revelarei para não dar spoiler.

No mais, a história se desenvolve muito bem. As cenas de Willow são bem trabalhadas, principalmente o seu psicológico e as suas motivações. A relação dela com o irmão também foram bem esclarecidas, com fortes sentimentos em todos os diálogos. É interessante ver o monólogo interno da protagonista sempre girando em torno da prisão que ela mesma fez em si própria por conta da morte de seus pais. Guy é um personagem muito agradável de se ler. Ele é o típico mocinho dos livros: protetor, amável e que fará de tudo para manter Willow sempre bem. Suas falas são muito bem estruturadas e seu papel na história é ímpar para o desenvolvimento do plot principal. A descoberta do amor por ambos é um dos grandes pontos do livro e acompanhar esse desenvolvimento é muito gostoso.

Recomendo a todos que gostem de dramas fortes com romances infanto-juvenis.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2014/12/resenha-willow-de-julia-hoban.html
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Cath´s 15/01/2015

Resenha Willow.
Este é um livro que fala sobre um tema bem conhecido: a automutilação, quando, em um momento de depressão/estresse/etc, a pessoa se corta como um escape para esses sentimentos.

Depois de um acidente no qual os pais de Willow morrem, a adolescente se sente culpada, pois era ela quem estava dirigindo. Além disso, ela tem que mudar de colégio e ir morar com seu irmão, que tem uma filha bebê e não está em condições financeiras de sustentar muitas pessoas, motivo pelo qual ela trabalha na biblioteca - para ajudar nas despesas da casa.

Além de achar que a culpa de seus pais terem morrido foi dela, Willow acha que, por isso, a relação com o irmão mudou, que ele acha-a responsável por assassinar os pais deles. Então, ela acaba se isolando, já que não se sentia mais à vontade com seus amigos e nem conseguia fazer novos... até conhecer Guy na biblioteca, que pouco depois descobre que ela se automutila e resolve ajudá-la como pode, ficando por perto e tentando convencê-la a parar.

Só que Guy, embora seja um adolescente normal, também é aquele garoto que leu livros e consegue manter uma conversa interessante, e logo começa a surgir mais do que leve curiosidade entre os dois.

E, assim, a obra vai contando como Willow se sente no dia a dia e enquanto se corta, os sentimentos conflitantes e arrasadores, ao mesmo tempo que tenta manter tudo normal na superfície, para ninguém descobrir e tirar dela o meio que achou de não afundar na dor.

Eu gostei muito do livro, pois achei que ele consegue retratar o cuidado que as pessoas tem para esconder essa automutilação, o quanto muda a vida do indivíduo e também a necessidade de ajuda nesse momento, pois ninguém está nele porque quer, se acabou assim é por não suportar o quanto seus sentimentos estão causando dor.

É um tema polêmico, pois acho que só entende quem, realmente, já teve depressão em algum momento e cogitou isso (admito que estou entre essas pessoas), não é algo de pessoas fracas, como alguns apontam, é algo que precisa de atenção para se melhorar.

É uma leitura que não passa rápido, embora seja um livro pequeno, talvez pelo conteúdo, mas ao meu ver, foi a escrita da autora que impossibilitou a fluência dessa leitura, ela poderia ter melhorado isso.

Achei a capa muito bonita e com um toque sombrio, o que convêm ao livro, não percebi nenhum erro na diagramação.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2015/01/resenha-willow.html
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Danielle 07/02/2015

profundo
Willow é uma jovem que se culpa pela morte dos pais, por estar dirigindo o carro que os matou em um acidente fatal, e a única forma que ela encontra de se punir e aliviar sua dor interna é causando dor física, se cortando.

"Não se pode dizer que alguma coisa tão dolorida faça com que se sinta bem, exatamente. É como se fizesse tudo parecer certo. E algo que parece tão certo não pode ser ruim. Tem que ser bom. É bom. Melhor que bom. Melhor que qualquer coisa com algum cara."

Willow depois do acidente foi morar com a família do seu único irmão, ela também acha que ela a culpa pelo acontecido e não consegue mais ter uma boa relação com ele, ela se fechou para a vida, abandonou seus amigos e está vivendo por viver.

"Sempre acompanhada pela navalha. Ela deixara os amigos para trás, assim como deixara sua vida antiga. Todos eles pertencem a um outro mundo que ela não tem intenção de visitar novamente."

Até que um dia ela conhece Guy, um rapaz da sua escola e ele acaba descobrindo sem querer seu segredo, e aí que a trama começa a ficar interessante, pois um possível romance pode acontecer e salvar Willow dessa treva que ela se encontra.

"O suor está escorrendo pelas suas costas e seu coração está batendo tão forte que ela está realmente com medo de que ele exploda, mas isso não é nada, nada, comparado ao desespero que ela sente sobre o que está prestes a acontecer. Ela não pode deixar Guy destruir seu segredo. Não pode deixá-lo tirar dela a única coisa que lhe dá conforto."

Mas é óbvio que ela não vai se permitir ser feliz, pois ela acha que não merece, e Guy também acaba se sentindo responsável por ela, e fará de tudo para fazer com que ela pare.

"Primeiro café, depois um filme. Depois mais algumas caminhadas pelo parque. Willow sabe como essas coisas funcionam. Depois os sentimentos. Apenas pensar nisso já a faz estremecer. Ela não aguenta mais ter sentimentos. Ela não quer nunca mais sentir alguma coisa."

E assim a trama vai se desenvolvendo e vamos conhecer Willow mais a fundo e também estar junto com ela nesses momentos que ela consegue aliviar sua dor, e prepare-se porque é muito chocante, ficava imaginando que existem muitas Willows por aí que fazem isso e ninguém percebe até as coisas tomarem grandes proporções.

"Ela sabe o quão irônico isso é; poderia fumar também, por que não? Porém cigarros, mesmo sendo algo prejudicial também pode ser prazeroso e além disso… Nicotina leva anos até começar a machucar…"

O livro é bem intenso e profundo, nos leva a pensar até que ponto uma pessoa pode aguentar a dor e uma perda tão grande, como essas pessoa fazem para suportar, pois é muito difícil e nem todos sabem lidar muito bem com a culpa e a perda ao mesmo tempo. Gostei muito do livro e de toda a história, o final foi bem realista. Me emocionei em algumas partes.

Um livro que recomendo para quem gosta de temas que envolvam doenças psicológicas.

site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Isa 18/03/2015

"Willow" por Julia Hoban
Willow, uma garota consumida pela culpa por um acidente que envolveu sua família há 7 meses atrás, precisa retomar sua vida em uma escola, casa e rotina totalmente diferentes. Morando agora ao lado do seu irmão, esposa e filha, Willow se encontra com dificuldades em conversar com as pessoas e ignora as ligações de seus antigos amigos, presentes em sua antiga vida. Além disso, Willow precisa encontrar um meio de esconder de todos um grande segredo sobre algo que a faz esquecer da culpa por alguns momentos mas que não é tão saudável assim.

Aos poucos, Willow vai reconstruindo novas memórias e ter conseguido o emprego na biblioteca da universidade em que seu irmão leciona foi um bom recomeço. Lá, além de ficar perto dos livros e histórias que tanto gosta, ela acaba conhecendo Guy, um garoto de sua escola que ela mal conhecia. Na verdade, ela nem falava com seus colegas de classe, então pode-se dizer que Willow não conhecia ninguém mesmo.

Guy apresenta seus amigos e uma turma que não a julga como ela esperava que fizessem. Ninguém a recrimina, ninguém faz perguntas sobre seu passado ou sobre o acidente. Mas o que ela mais teme é que descubram seu segredo e é exatamente isso que Guy faz involuntariamente. A partir deste momento, os dois criam um vínculo emocional e a leitura flui muito mais, pois a cada página virada não sabemos qual atitude Guy irá tomar e qual será a reação de Willow para tal. E toda essa história de superação, amor e amizade que cresce entre os dois é linda demais de se ler.



site: Mais detalhes da edição e o resto da resenha no blog: http://quasedemanha.com/?p=1458
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Bea 30/05/2016

Willow e a minha incrível amnésia
Resenha: O livro é narrado em 1ª pessoa pela personagem Willow. Willow virou uma garota depressiva e ela se corta (nome para isso é Automutilação, onde a pessoa corta várias partes do corpo), ela ficou assim porque à seis meses atrás (seis meses atrás na história) em um dia de muita chuva ela sofreu um acidente de carro junto com seus pais; eles pediram para que ela dirigisse o carro pois tinham acabado de sair de um restaurante e tinham consumido bebida alcoólica...então por causa da pista molhada, e por ser nova demais, aconteceu o acidente. Só ela sobreviveu.
Por ser menor, Willow vai morar junto com seu irmão mais velho, sua esposa e sua filha. Willow e seu irmão não possuem uma relação muito boa, já que ela sempre pensa que ele não gosta de falar com ela por ter sido a pessoa que matou os seus pais (o que não é verdade), seu irmão ainda não sabe lidar com ela assim como sua esposa também não. Ela tenta bloquear seus sentimentos e para isso se corta secretamente, assim sempre tem que usar camisas de manga comprida para que ninguém desconfie.
Um certo dia na escola ela encontra Guy, um garoto sensível e mais complexo do que ela, sem querer ele descobre o seu segredo e ameaça contar para o irmão se a agora não parar de se ferir. Para que ela se distraia, Guy começa a encontra-la todos os dias em seu trabalho (Willow trabalha como bibliotecária nas horas vagas para poder ajudar seu irmão), com esses encontros mudanças começam a surgir em Willow..seus sentimentos estão cada vez mais difíceis de bloquear e fica cada vez mais difícil esconder o seu segredo.

Minha opinião: Sinceramente eu esperava bem mais desse livro :/ Guy o garoto que Willow encontra tenta ajuda-lá mas isso não é tão perceptivo na história a não ser quando ele ameaça contar para o irmão mais velho dela. A garota é muito chata no decorrer da narrativa, isso me deixou um pouco irritada, está certo que ela pensa que foi a culpada pela morte de seus pais mas...não é necessário algumas coisas que a escritora escreveu.
O que eu mais esperava era um final surpreendente, mas isso não aconteceu e terminou de um jeito muito ruim para a história(infelizmente não posso falar, senão seria spoiler). Bem, é apenas isso que tenho para dizer sobre Willow.

Data da minha leitura: 01/06/2015. Me desculpem pela falta de detalhes nessa resenha e na minha opinião, infelizmente esse livro foi tão chato ao ponto de me fazer esquecer o que eu pensei sobre ele...na verdade nem lembrava mais da sua existência.
Primeira vez: Não compre um livro pela capa :)


site: http://labirintosecretodepalavras.blogspot.com.br/2016/01/willow-e-minha-incrivel-amnesia.html
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Ana Lima 01/07/2016

A protagonista que dá nome ao livro tem só 17 anos e já tem de lidar com a maior barra de sua vida: a morte de seus pais. Como se não bastasse se tornar órfã da noite para o dia, ela se culpa a cada segundo pelo rumo que sua vida (e de todos aos seu redor) tomou. Ela dirigia o carro que se acidentou e matou seus pais.

Após o acidente, Willow passa a morar com seu irmão e sua nova família, e suas aflições estavam só começando. Ainda cursando o ensino médio, cada vez mais distante de seu irmão e sentindo-se uma invasora em seu novo lar, a garota não se permite sentir nada que não seja a dor. A dor física. Willow passa a automutilar-se escondida de todos.

Um dia Guy cruza o seu caminho e descobre o segredo guardado por debaixo das mangas compridas que Willow costuma usar, e essa descoberta vira o mundo de ambos de cabeça para baixo. Se inicia então uma relação de amizade, afeto, carinho e principalmente, muito cuidado.

Foi impossível não me apaixonar e me comover com cada pedacinho dessa história. A dor que Willow carrega de ter perdido os pais e se culpar a todo momento por isso é algo inimaginável para mim, mas que a autora soube colocar em palavras de uma maneira que poucos conseguiriam.

Pensei realmente que o foco de tudo isso seria somente a culpa que ela sente, mas não! O livro se aprofundou em diversos sentimentos, na luta que ela tinha consigo mesma de não se permitir sentir mais nada, como uma punição pelo que havia feito.

A construção dos personagens e de suas relações merece um destaque, e rendeu os melhores quotes do livro. O único ponto (que nem é tão) negativo, para mim, é que talvez os sentimentos e pensamentos de Willow fossem melhor explorados se a escrita acontecesse em primeira pessoa, diferente do livro que tem um narrador externo.

Tirando esse único detalhe, esse livro com certeza entrou na lista dos meus favoritos e vale a pena ser lido!

site: www.poesiadestilada.com
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Coisas de Mineira 30/01/2018

"Willow vê-la antes que qualquer um dos outros. Um esqueleto ambulante, a vítima de alguma doença debilitante terrível, como algo saído dos livros de história, um sobrevivente do campo de morte. É preciso Willow um momento para perceber que a menina não é nenhuma dessas coisas. Ela é só uma menina, uma menina como Willow, que escolheu para infligir dor terrível em si mesma. Apenas arma desta menina não é uma navalha, é fome. "



Drama é um dos gêneros literários mais marcante para mim, principalmente quando ele aborda problemas complicados na adolescência, e o autor tem a sensibilidade de mostrar o quanto uma doença pode ser devastadora, e que precisamos ter forças para enfrentá-la da melhor maneira possível.

Willon é um livro cheio de dor e culpa, é um texto forte abordando o drama de uma jovem que há sete meses perdeu os pais em um acidente de carro e não consegue se perdoar, pois ela era a motorista que perdeu o controle do carro. Mesmo não tendo culpa sua vida passou de feliz na casa de seus pais, e com vários amigos, para um dia de cada vez, regado a muita tristeza e solidão na casa de seu irmão mais velho, que mal conversa com ela, perdida na dor e no mundo sombrio que ela criou em sua própria cabeça .



Para ajudar com as despesas Willow começa a trabalhar na biblioteca e lá ela conhece Guy um menino de dezesseis anos, brilhante, que vê nela um possível algo mais e o que ela tão fortemente esta tentando esconder e através desse segredo que Guy usa para se aproximar de Willow que tem pavor de fazer novos amigos e tirar ela dessa solidão é luta constante contra um problema que tem toda a possibilidade de mata-la.

Como eu disse no início da resenha, Drama é um gênero muito marcante, principalmente quando é bem abordado e desenvolvido, em Willow aconteceu exatamente isso, a autora tinha uma boa ideia nas mãos e bons personagens com que trabalhar, tudo se encaixava.



Então eu não sei por que eu terminei o livro achando que faltava algo, para que a história fosse mais realista e tivesse mais emoção.

Fiquei quase três dias analisando o que faltou e até não quis ler mais nada, para não atrapalhar na minha resenha sobre o livro, e consegui(acho) ser o mais fiel possível aos sentimentos que tive no decorrer da leitura, e foram muitos, da piedade ao carinho, e a aceitação de que cada pessoa lida com sua dor da maneira que pode. Ah raiva da personagem por não ser mais forte, não procurar ajuda, e por ultimo aceitação de novo que nem todo mundo consegui ter voz para pedi socorro e que nem sempre conseguimos ver o desespero e dor de um parente querido, mesmo vivendo tão perto dele.

Porem achei que a ideia da autora em colocar uma pessoa tão jovem como o salvador de outro alguém, acabou fazendo com que esse personagem ficasse forçado e até um pouco chato no decorrer da leitura, principalmente porque a autora mostrou sua imaturidade por conta da tenra idade em diversas cenas, porém isso não tirou o encanto, nem fez com que o livro se tornasse uma leitura sofrida ou chata, só tirou um pouco do brilho que ele teria caso o personagem acima citado fosse tivesse um pouco mais de maturidade.

Por: Leh Pimenta
Site: http://www.coisasdemineira.com/2015/10/livro-willow-julia-hoban.html
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