Willow

Willow Julia Hoban




Resenhas - Willow


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Jéssica 14/03/2020

Primeira coisa a se saber é que Willow contém gatilhos. É uma leitura densa e muitas forte e difícil, na maioria das vezes. Vemos uma jovem com seus receios e problemas; com seus medos. Medo de perder mais do que já perdeu até agora.
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Clei 19/03/2020

A dor precisa ser sentida
Talvez Willow não seja o melhor livro que eu já li, mas a mensagem que o livro tenta passar ao leitor é necessária, quando perdemos alguém que amamos, perdemos um pedaço de nós, às vezes esquecemos que precisamos de pessoas para que possamos suportar a dor da perda. E a Willow(personagem principal) encontra seu apoio ao se mutilar, evitando qualquer tipo de sentimento que a mesma possa ter, ao conhecer Guy, ela se deparar com sentimentos que é obrigada enfrentar.
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duda 06/12/2020

É um livro pesado mas extremamente necessário. Todos deviam ler.
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The Serial Reader 19/09/2014

É difícil guardar um segredo quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.
Exemplar cedido pela Editora Leya para resenha.

É difícil guardar um segredo
quando você o leva escrito pelo corpo inteiro.

Em uma noite chuvosa, a vida de Willow mudou radicalmente. Quando os pais decidiram beber mais um pouco em um evento, e dar a chave do carro para Willow, ela não imaginava que seria a última noite da vida de seus pais. E após o acidente, inevitavelmente, tudo muda. Ela ainda tem dezesseis anos, e passa a viver com seu irmão, a esposa e a filhinha, muda de escola, corta o contato com todos os antigos amigos. A culpa pelo acidente, a dor de perder as pessoas que mais a amavam, o peso de saber que arruinou a vida do irmão, a sensação de que seu relacionamento com ele jamais será o mesmo - afinal, ele não é apenas irmão de Willow, agora ele é responsável por ela, o que não significa que exerce o papel de pai -, eles se afastam cada vez mais e as palavras trocadas não passam de frivolidades. Ela sente um grande vazio, uma grande dor, e Willow passa a se auto-mutilar. As lâminas e Willow se tornam inseparáveis, ela não consegue mais ficar sem elas.


"Ela pensa como teria se sentido caso ele tivesse feito o convite, digamos, há um ano. Teria ficado lisongeada? Teria gostado da ideia? Teria gostado dele? Willow estreita os olhos tentando ver a si mesma da forma como era antes. Claro que ela teria gostado dele. Porque não? É charmoso e lê livros também. Pena que a garota do ano passado está morta."

Conheci Willow pelo blog da Giu Fernandes, o Amount of words, e o livro chamou minha atenção pela capa mas não me atraiu muito, e apenas algum tempo depois descobri que sobre o que se tratava o livro, a capa fez todo o sentido para mim e adicionei o livro na minha lista de desejados no Skoob. Há alguns meses venho pensando em lê-lo, mas aguardei e surgiu uma ótima oportunidade: a Editora Leya convidou seus blogs parceiros a participarem de um movimento: "A Culpa na Literatura", que promove a chegada do livro ao Brasil e a discussão sobre esse assunto.


"Ela não aguenta mais ter sentimentos.
Ela não quer nunca mais sentir alguma coisa."

"Willow" nos traz uma garota passou por uma situação trágica e se culpa por isso. Mas sua culpa é algo que tomou proporções homéricas: ela chama a si mesma de assassina, se culpa por arruinar a vida do irmão (que perdeu os pais, e agora tem que ser responsável por ela, e arcar com os custos dessa responsabilidade), acredita que não merece mais nenhuma felicidade, que merece sofrer. Não consegue lidar com a perda, com as irreversíveis mudanças.

Quando Guy entra em sua vida, após uma busca por livros fora de catálogo na Biblioteca onde Willow trabalha, ela sente algo muito bom, porém a culpa e o medo por achar que traz apenas coisas ruins para as pessoas que se aproximam dela, a fazem ficar reticente em relação a Guy. Mas é algo tão forte e tão bom para ela, que é muito difícil lutar contra isso. Pela primeira vez, depois do acidente que mudou completamente sua vida, Willow tem alguém com quem pode ser totalmente aberta, mesmo que seja difícil para ela. Sabe aquilo de "conte o que fez de pior, se a pessoa aceitar isso, ela te aceitará de verdade"? É por esse caminho que o relacionamento deles começa, Guy sabe o maior segredo de Willow - a automutilação - e mesmo assim continua do lado dela. O relacionamento deles tem seus altos e baixos, como todos, mas é muito bonito ver isso. Guy se tornou um dos personagens masculinos mais apaixonantes que já li.


"Agora, o decorrer de seus dias é bem diferente. Ela anda como uma sonambula pela escola, não tem nenhum amigo, vai à biblioteca e falha ao tentar fazer a lição de casa, e come seja lá o que Cathy preparar: sempre acompanhada da navalha. Todos eles pertencem a um outro mundo que ela não tem intenção de visitar novamente."

Embora grande parte do livro seja focada no romance, não é focada apenas no romance em si, mas sim no relacionamento de Guy e Willow. No bálsamo que é, para ela, tê-lo do seu lado, e como isso pode ajudá-la a sair do estado de culpa e estagnação em que ela se encontrava.

Preciso dizer também, que o livro me trouxe uma perspectiva totalmente nova sobre automutilação. As cenas em que Willow se cortavam foram muito difíceis de ler, pois além do ato em si, era quase palpável o desespero, a angústia, o sofrimento de Willow e a percepção de que ela não tinha a menor ideia de como sair daquele estado. São cenas fortes, não pelo visual em si, mas pela profundidade emocional. E quando Willow começa a nos explicar o porque de se cortar, de praticar aquilo que para muitas pessoas não passa de um chamado desesperado por atenção, mas na realidade é tão diferente disso. Tocante, emocionante, intenso, doloroso.


"Quem é você?

Essa não é a Willow que viveu aí dentro pelos últimos dezessete anos. Essa é uma outra pessoa.
Uma assassina.
Uma autoflageladora."

Amei o livro, e fico muito feliz pela publicação dele no Brasil, pela Editora Leya. Uma leitura super recomendada à todos que gostam de livros que trazem personagens complexos, temáticas difíceis, histórias com forte carga emocional, mas acima de tudo, uma leitura incrível!

5/5

Love always,
Francielle

site: http://www.theserialreader.com/2014/09/resenha-willow-julia-hoban-editora-leya.html
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