Metrópolis

Metrópolis Thea von Harbou




Resenhas - Metropolis


134 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Edson Camara 07/05/2020

OBRA DE VALOR HISTÓRICO PARA A FICÇÃO CIENTÍFICA, MAS NÃO É PARA TODO MUNDO.
Por ser um livro publicado em 1925, como um enredo de ficção cientifica que se passa em um futuro não determinado, para nós que vivemos em pleno seculo XXI e quase 100 anos da sua publicação original, ao menos para mim, não foi uma leitura fácil.A exploração do homem pelo homem, a divisão de classes, e a forma como a autora constrói os personagens e o enredo em si, não me cativou.
A ingenuidade dos personagens principais e a maldade quase infantil dos que lhe cercam e causam os mais diferentes transtornos não garantem uma reflexão sobre o futuro da humanidade.
Tive curiosidade em ler o livro, por já ter assistido ao filme.
É uma boa leitura para quem gosta do valor histórico que este titulo tem em relação ao gênero de ficção cientifica, mas não é para todo mundo.
Em minha opinião há um certo exagero com relação a esta obra, mas deixo a critério de quem decidir lê-la.
A edição da Aleph é muito bacana e bem acabada, com ilustrações e textos de apoio ao livro, ao filme a autora.
comentários(0)comente



Mateus 07/08/2021

A ideia é bacana, mas a leitura não é muito agradável. Ter descoberto o fato da autora ter se metido com nazismo só piorou a situação.
comentários(0)comente



Alessandro232 03/01/2020

O romance que deu origem a um dos grandes clássicos da FC em caprichada edição
"Metrópolis" se tornou um clássico da FC do cinema, principalmente devido a sua estética visionária e arrojada, que foi bastante imitada em outras produções do gênero, a exemplo de "O Caçador de Andróides".
Sem dúvidas, foi a obra que estabeleceu as bases para a FC na arte cinematográfica, e até hoje tem sua importância reconhecida. Justamente pelo fato do filme de Lang ser tão impactante, fica difícil estabelecer uma comparação entre ele e o romance que deu origem ao seu roteiro.
A obra de Thea Von Harboau tem a mesma premissa que o filme de Lang.Tanto o livro e o filme começam no mesmo cenário: a imensa cidade de Metrópolis superpovoada e com grandes desigualdades sociais, até que ocorre o inesperado encontro entre Ferder, o representante dos abastados com Maria, a líder dos operários e aí a situação começa a mudar drasticamente.
No entanto, vale ressaltar que ambas as obras têm desenvolvimento e desdobramentos diferenciados. Podemos dizer que a versão romanceada de "Metrópolis" escrita por Von Harboau é até mesmo mais fantástica e alegórica, digamos assim, que a obra cinematográfica de Lang em muitos aspectos. É justamente na descrição dos elementos de fantasia que senti a mão pesada de Van Harboau. Eles são exagerados e sobrecarregados, uma vez que autora é muito influenciada pela literatura romântica alemã, na qual predomina muitos excessos melodramáticos. Também é possível notar que no texto de Van Harboau se destaca um misticismo religioso bastante intenso, o que para mim prejudicou a narrativa em algumas passagens. Contudo, uma das cenas mais visualmente impactantes do filme de Lang, na qual vemos uma das interessantes manifestações do elemento fantástico no cinema, não é reproduzida no romance de Van Harboau. - o que me deixou um pouco frustrado.
Também achei a descrição de personagens bastante planas, principalmente, Maria que é irritante de tão boazinha - isso se deve a exploração exagerada que autora faz da dualidade anjo/demônio na figura feminina, que também aparece no filme de Lang, mas de modo mais satitizado e sutil. Penso que esses defeitos no roteiro, depois transformado em romance por Von Harboau foram atenuados pelo diretor durante a produção de "Metrópolis", pois o filme concentra-se mais nas situações mirabolantes e deixa o os personagens em segundo plano.
Ou seja, a genialidade de "Metrópolis" deve-se mais a direção criativa de Lang que conseguiu dar uma configuração espetacular a um novo gênero do que ao roteiro melodramático de Van Harboau. Sendo assim, os méritos dessa produção cinematográfica devem ser mais creditados ao diretor do que a sua mulher à época, embora ela deva ser reconhecida por suas contribuições significativas para a criação desse clássico da FC.
Após concluída a leitura, acho que o romance de Van Harboau não é ruim. É possivel ver nele, principalmente na exploração de alguns elementos fantásticos, o gérmen que deu origem a obra-prima de Lang. Mas, quando se compara o livro de Harboau com o filme de Lang, o primeiro fica muito aquém do segundo, no que se refere ao desenvolvimento da narrativa.
Por outro lado, não se pode negar a importância do romance de Von Harboau para a evolução da FC durante o século XX, pois muitas obras do gênero, de autores renomados como issac Asimov e Arthur C. Clarke vão de algum modo retomar e revisar temáticas que surgiram ou foram popularizadas através de "Metrópolis", tais como a relação nem sempre muito harmoniosa entre o ser artificial com o humanos.
Eu daria três estrelas para o livro, se não fosse a edição caprichada da obra lançada pela Aleph, o que justifica o aumento em sua cotação. Posso dizer com certeza, que ela é uma das mais bonitas dessa editora, umas das melhores do Brasil voltada para publicação de obras de fantasia. A capa é preta com detalhes em dourado que reproduz uma emblemática imagem de "Metrópolis". Sua tradução é direto do alemão e de muita qualidade e o livro tem belas ilustrações que reproduzem cenas famosas do filme.
Além disso, essa edição tem extras muito interessantes sobre o processo de elaboração de "Metrópolis", assim como os envolvidos em sua produção.
São eles:
Um posfácio de Franz Rotternsteiner, editor de FC em que ele faz uma comparação do filme de Lang com outros romances do gênero, a exempo de "A Máquina do Tempo" de W. G. Wells;
Um texto da cineasta Marina Person sobre a importância de Van Harboau dentro da indústria cinematográfica alemã, sua parceria com Lang e suas relações com o partido nazista;
Um relato de Antony Burguess, o autor do também clássico "Laranja Mecânica"-, em que ele descreve o impacto de "Metrópolis" sobre ele, principalmente no maneira como o filme inovou a FC no século XX;
A reprodução de algumas páginas da revista de divulgação do filme, nas quais Von Harboau faz alguns comentários interessantes sobre os bastidores de sua produção.
"Metrópolis" , o livro é uma curiosa obra que estabeleceu as bases da criação de um grande clássico do cinema, que se mantém bastante atual. A edição da Aleph, com um bonito e chamativo projeto gráfico o torna uma obra de arte.
É um livro que vale a pena ser conhecido por todos aqueles que gostam de FC, e também querem conhecer um pouco sobre uma das parcerias mais produtivas da sétima arte, que na elaboração do que viria a ser "Metrópolis" deram uma grande amostra de seu grande talento e criatividade ao criar uma obra que continua influenciando artistas de diferentes manifestações artísticas destacando-se entre elas o cinema e a literatura fantástica.
comentários(0)comente



Xandy Xandy 18/04/2020

Não gostei!
A história me pareceu uma cópia bem inferior de "A Máquina do Tempo", de H.G. Wells!
comentários(0)comente



Amanda Xavier 12/04/2020

Atingiu as expectativas
Para aqueles que esperam uma obra de ficção científica, irá se desapontar.

Metrópolis é um clássico romance melodramático. Aponta algumas questões da humanidade, como o medo de sermos substituídos por máquinas, subordinação, além de uma visão capitalista bem aguçada para a época em que foi escrito.

Se tornou um filme em 1927, o qual é uma referência cinematográfica mundial. Adorado por Hitler, diz a lenda que o próprio se via como protagonista da trama, como o herói autocrata das classes sociais, que se curvam voluntariamente para aceitar o governo.
Possuí um tom apocalíptico, muitas referências religiosas, uma leitura poética e utópica.

Realmente o livro dá mais sentindo e "vida" ao filme, como eu já gostava do filme antes de ler o livro, posso dizer que o conjunto da obra é fascinante.
comentários(0)comente



Jéssica 15/09/2021

Atmosfera vibrante
Um romance cheio de movimento. É como se pudéssemos ouvir as máquinas, sentir seu vapor. É um livro riquíssimo em descrições, não apenas de pessoas e lugares, mas de sensações e emoções (emoções que são bastante exageradas, maravilhosamente exageradas), assim, somos completamente imersos em sua atmosfera vibrante e futurística.
comentários(0)comente



Guga 13/02/2021

Tão bom quanto o filme!
Metrópolis sempre foi e sempre será um dos meus filmes favoritos. Sobre o livro, então, não chegou a ser diferente. Apesar do conflito ideológico entre os pensamentos da autora e a história em si (Thea Von Harbou se filiou ao partido nazista antes mesmo da segunda guerra) o que chega a ser no mínimo controverso, é uma história excelente e tem como característica uma narrativa bem melodramática.

É possível notar muitos aspectos do romantismo e passagens completamente simbolistas na escrita. O livro é detalhado e, em aspectos específicos, muito diferente do filme. Uma questão que foi tratada no próprio posfácio dessa edição é se devemos considerar a obra apesar do conflito ideológico com sua autora, o que, ao meu ver, considerando que foi adaptado ao cinema pelo Fritz Lang, a história, por sofrer modificações de outras pessoas, torna-se diversificada em ideários políticos.

Metrópolis é um clássico do expressionismo alemão e não tem um caráter nacionalista característico do nazismo, por se passar em lugar nenhum e em tempo nenhum. Precursor do gênero de ficção científica e muito influente, é uma das melhores obras já criadas. Nessa edição, contamos com um comentário de Anthony Burguess (autor de Laranja Mecânica) sobre a importância que o filme teve em sua vida. Recomendo ler o livro antes de ver o filme.
Antonio.Neto 19/02/2021minha estante
O filme é interessantíssimo!


stormsetwinds 25/03/2021minha estante
Resenha muito pertinente!


Guga 27/03/2021minha estante
Muito obrigado, druedain! Fico muito feliz com o comentário!


Guga 27/03/2021minha estante
Oi Antônio! É realmente muito interessante, já leu o livro?


Antonio.Neto 10/01/2022minha estante
Ainda não li o livro, Guga!




Bruna Martins 14/05/2020

Eu não lembrava que existia um livro de um dos filmes mais marcantes do cinema e da ficção cientifica. E que edição maravilhosa essa! Daquelas que a gente manuseia com cuidado.
Apesar do estilo melodramático, fui bem cativada pela escrita. Agora preciso rever o filme :)
caio.lobo. 14/05/2020minha estante
Parece uma mistura de Admirável Mundo Novo e 1984, porém é anterior aos 2 livros. A autora realmente foi brilhante.




Daubian 23/06/2021

Dupli-cidade
Quando assisti Metrópolis eu fiquei muito surpreso. Os efeitos práticos o tornam ainda surpreendentes mesmo quase um século depois. Não a toa, o roteiro dramático e exagerado é uma grande e bela metáfora do messianismo no capitalismo, mas também da opressão das máquinas e um ode aos sentimentos. Curiosamente, o nome de Thea é reduzidíssimo enquanto o de Lang é exaltado. O livro de Thea é bem trabalhado, uma ficção científica altamente inovadora, interessante, bem construída, temática e emocionante. Mas o livro é cheio de contrastes. A começar com as 2 Marias, a trama do livro. Tem a cidade alta, cidade baixa a dupla cidade que é um símbolo ótimo à desigualdade social e falta de ascensão social. O livro é super moderno com uma autora e uma protagonista feminina. O livro flerta com o fascismo. Ela era nazista e o Hitler adorou o filme, isso diz muito sobre a obra. Eles apresentam muito bem o problema, mas apelando a algo bíblico, um homem abastado teria que comandar os proletários burros e perigosos. Não a toa foi um sucesso no Reich. Acho que estamos vendo o poder terrível de entregar a sociedade na mão de Messias autoritários. Outra duplicidade se reflete na vida de Thea. Casada com um meio-judeu, amante de um indiano, cinematógrafa de Goebbles, quem teria em seu quarto uma foto de Hitler e outra de Gandhi? Como pode tal contraste? Talvez fica ai o maior problema do livro, as pessoas são complexas. Os santos e os demônios quase sempre são diluídos e é mais difícil de intermediar com o coração. Tirando isso, se é que é possível, é impressionante e atual a noção da fábrica que engole pessoas e máquinas que dominam os humanos. Interessante a se discutir na sociedade cada vez mais em que computadores regem a vida. O intermediário entre a internet e a política ainda deve ser o coração? Fica ai um ótimo livro, uma ótima história, uma ótima ficção científica e um ótimo filme. Debates são necessários e Thea precisa aparecer, mesmo que seja para expor sua duplicidade.
comentários(0)comente



Viajante Literário 04/12/2021

A obra máxima de uma mente genial!
Thea Von Harbou, talvez não tivesse a dimensão do poder da obra que estava escrevendo e muito menos os leitores que puderam apreciar este livro. Não a toa, colocam o filme Metrópolis (1922) do diretor Fritz Lang como o grande símbolo da história criada pela autora alemã.

Metrópolis é místico, sensível, imaginativo e surrealista com o poder de seu detalhismo. Ao ler, você entra nas estranhas do obscuro, da insensibilidade humana e mecanização do trabalho. Não enxergo como uma ideia de como viria a ser o futuro da sociedade, pelo contrário, enxergo uma visão de como o homem pode ser atraído pelo poder maquinário e fazer disso uma devoção.

Enfim, leiam e comprovem, creio que irão gostar!
comentários(0)comente



Ciro 09/06/2022

Gostinho de "quero mais"
Metrópolis é a adaptação em livro de um roteiro de filme, e talvez por isso a história tenha parecido em diversos momentos um tanto incompleta. Faltou, no meu ver, a construção mais profundas de Joh Fredersen (apesar dos flashes durante o livro), Rotwang, do Alquimista de sapatos vermelhos, e, especialmente, de Freder. Mas o real protagonista é a cidade, que foi lindamente descrita. Agora falta assistir o filme.
A história, per se, é mais do mesmo, trazendo elementos da jornada do herói, mas não a esgotando, e deixando diversas pontas em aberto. O mais fantástico é tentar ler o livro com a visão histórica da década de 1920/1930, e aí sim, é de fato surpreendente.
comentários(0)comente



Johnatan 23/03/2021

Uma ficção polêmica, com alguns pontos positivos, como sua riqueza em detalhes culturais e ritualísticos, que engradecem a obra; a relação social que pode ser encarada como uma crítica ao modelo industrial em evolução na época ou, uma simples afirmação do poder, daquele que o detém; além de pontos negativos, como no exagero no melodrama e em alguns diálogos arrastados, que pouco acrescentam a trama. Apesar de uma boa experiência com o contexto final da história, o desenvolvimento se dá de maneira cansativa, sem conseguir prender o leitor aos detalhes apresentados.
comentários(0)comente



wendelwonka 13/07/2020

Leitura incrível!
É sempre bom poder ler um livro sem ter a menor noção do que se trata. Melhor ainda poder ler sem ter visto a adaptação cinematográfica. Li a versão digital, mas a Aleph mandou tão bem que vou acabar comprando a versão física!
comentários(0)comente



Wellington 27/01/2021

Metrópolis: 9,75
Metrópolis: 9,75

Escrito por uma autora que se tornaria importante figura do nazismo, e transformado em filme pelo seu então marido, Metrópolis levanta o ponto do quão valiosa é uma contribuição feita por alguém com ideais ultranacionalistas ou, de alguma forma, repulsivos. Isso é apontado pelo excelente posfácio da edição: "como separar a obra do autor?".

Pessoalmente, não acredito nem em pessoas-demônios nem em pessoas-anjos; todo mundo é bom E mau, e, assim como Hannah Arendt expôs no seu trabalho, as piores atrocidades são cometidas por pessoas comuns. Dessa forma, consigo apreciar a obra em sua totalidade sem me esquecer de que foi escrita por uma nazista, mas sem deixar que isso contamine a minha visão.

Metrópolis é um livro extraordinário; desde o começo, há o choque entre uma realidade opulenta e uma de miséria. Sinto que a redenção é, talvez, a temática principal: praticamente todos os personagens têm seu momento de redenção, sendo as mais belas terreno de spoilers que não darei. Uma cena, em particular, me moveu o bastante e me fez descrevê-la para várias pessoas queridas.

É impressionante como isso foi escrito na década de 1920, há quase cem anos; o centenário do filme será em 1927. As temáticas são futuristas até para os padrões atuais: máquinas com emoções humanas, o conflito entre ser humano e robô, o culto a uma cidade artificial que nada condiz com a natureza daqueles que a veneram, o torpor da alienação - são inúmeras as facetas que podem ser facilmente transplantadas para o mundo de hoje. Escritas há cem anos.

A vontade é grande de dar spoilers, tamanha a beleza de várias passagens. Considero positivo que meu primeiro contato tenha sido com o livro; construí a história através disso, e, quando eu ver o filme, terei duas versões de uma magnífica história.

Como um ponto negativo, no meio do livro senti certa confusão a respeito de qual personagem estava sendo descrita ou retratada, pois há duas com o mesmo nome. Sobre isso a autora tem um excelente álibi: a confusão não é só do leitor, mas também dos personagens presentes. Outro ponto é que a rixa entre religiosos e tecnocratas poderia ter sido melhor explorada, já que houve uma grande construção para um ápice que não aconteceu.

É sem dúvida um dos melhores livros que li nos últimos tempos, e me soa estranho que não seja tão conhecido ou divulgado. A edição é maravilhosa, toda cheia de detalhes com páginas negras desenhadas em branco; não encontrei um único erro ortográfico, não me entediei no posfácio (raridade) e amei a inclusão das palavras da própria autora a respeito da obra. Há fotos no fim do livro, há o relato dela sobre como foi filmar com tantas crianças encenando situações difíceis. Como pode uma autora assim passar tão despercebida? O mundo elege como presidentes homens brancos que só falam e fazem asneira, mas para apreciar a obra de uma mulher nazista há resistência? É estranho. Talvez, como o posfácio apontou, a obscuridade não se deu pelo nazismo; e sim por ela ter um marido que foi muito mais focado pelos holofotes do que ela. No fim, até isso acaba sendo uma história interessante de se observar: às vezes, o machismo é ainda mais enraizado do que orientações políticas.

Meu sincero desejo é de que esse livro, essa história - tudo isso, brilhe ainda mais forte do que as controvérsias humanas. A arte é cria de quem a faz; não é apêndice. E os filhos não são culpados pelos pecados de seus pais.
Lady Amanda 24/02/2021minha estante
Oi Wellington! Achei muito interessante o seu comentário. Gostaria de saber qual foi a passagem que te marcou e se já assistiu ao filme :)




Ricardo.Borges 04/09/2022

Metropolis ergue sua voz: como o mundo vai para o inferno!
Uma obra de arte futurista (como movimento artístico) composta por uma religiosidade apocalíptica em uma narrativa capitalista (escravos e líderes) e, ao mesmo tempo, poeticamente insana e perturbadora: ?Nada no mundo é mais vingativo que o ciúme de uma máquina que se sente negligenciada?.
O romance meio ?Blade Runner? que se constrói ao fundo da cidade - mecânica e viva - por meio de homens-máquinas vem carregado de relações humanas complexas e lições filosóficas (e, por quê não, antropológicas) nos pensamentos e ações absurdas, surreais até, dos personagens - como o momento em que a água (sim, isso mesmo) começa a provocar Maria (aqui, uma intervenção pessoa: trilha sonora para este trecho poderia ser Rivers - a capela - da banda Epica).
Nesta sociedade utópica (essa Metropolis não é a mesma de Clark Kent kkk), as ações triangulam entre o coração e o cérebro. Por isso, estranhei a redenção encontrada por alguns personagens, embora isso não tenha sido tratado de maneira ingênua, muito pelo contrário: ?Não há utopia para a genialidade do homem, há apenas um ?ainda não?.?
Assim que acabei de ler, fui assistir ao filme (um fracasso na época de seu lançamento, inclusive) clássico do diretor mulherengo Fritz Lang, ex-marido da autora na época. Aliás, foram ?casados por onze anos pq por 10 não tiveram tempo de se divorciar?, segundo a própria autora que, mais tarde, se filiou ao partido nazista alemão.
comentários(0)comente



134 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR