Metrópolis

Metrópolis Thea von Harbou




Resenhas - Metropolis


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Cristiana 27/07/2023

Mais arrastado que carro no reboque
Mais um livro que adoraria ter gostado.
Não é um livro ruim, mas ele se perde na própria genialidade
A autora fez um excelente trabalho. Provando que até uma mente genial pode ter pensamentos e crenças tão absurdas.
O livro mostra uma sociedade distópica e a saga do personagem principal para mudar o destino dos menos favorecidos pela máquina
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Daubian 23/06/2021

Dupli-cidade
Quando assisti Metrópolis eu fiquei muito surpreso. Os efeitos práticos o tornam ainda surpreendentes mesmo quase um século depois. Não a toa, o roteiro dramático e exagerado é uma grande e bela metáfora do messianismo no capitalismo, mas também da opressão das máquinas e um ode aos sentimentos. Curiosamente, o nome de Thea é reduzidíssimo enquanto o de Lang é exaltado. O livro de Thea é bem trabalhado, uma ficção científica altamente inovadora, interessante, bem construída, temática e emocionante. Mas o livro é cheio de contrastes. A começar com as 2 Marias, a trama do livro. Tem a cidade alta, cidade baixa a dupla cidade que é um símbolo ótimo à desigualdade social e falta de ascensão social. O livro é super moderno com uma autora e uma protagonista feminina. O livro flerta com o fascismo. Ela era nazista e o Hitler adorou o filme, isso diz muito sobre a obra. Eles apresentam muito bem o problema, mas apelando a algo bíblico, um homem abastado teria que comandar os proletários burros e perigosos. Não a toa foi um sucesso no Reich. Acho que estamos vendo o poder terrível de entregar a sociedade na mão de Messias autoritários. Outra duplicidade se reflete na vida de Thea. Casada com um meio-judeu, amante de um indiano, cinematógrafa de Goebbles, quem teria em seu quarto uma foto de Hitler e outra de Gandhi? Como pode tal contraste? Talvez fica ai o maior problema do livro, as pessoas são complexas. Os santos e os demônios quase sempre são diluídos e é mais difícil de intermediar com o coração. Tirando isso, se é que é possível, é impressionante e atual a noção da fábrica que engole pessoas e máquinas que dominam os humanos. Interessante a se discutir na sociedade cada vez mais em que computadores regem a vida. O intermediário entre a internet e a política ainda deve ser o coração? Fica ai um ótimo livro, uma ótima história, uma ótima ficção científica e um ótimo filme. Debates são necessários e Thea precisa aparecer, mesmo que seja para expor sua duplicidade.
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wendelwonka 13/07/2020

Leitura incrível!
É sempre bom poder ler um livro sem ter a menor noção do que se trata. Melhor ainda poder ler sem ter visto a adaptação cinematográfica. Li a versão digital, mas a Aleph mandou tão bem que vou acabar comprando a versão física!
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Ricardo.Borges 04/09/2022

Metropolis ergue sua voz: como o mundo vai para o inferno!
Uma obra de arte futurista (como movimento artístico) composta por uma religiosidade apocalíptica em uma narrativa capitalista (escravos e líderes) e, ao mesmo tempo, poeticamente insana e perturbadora: ?Nada no mundo é mais vingativo que o ciúme de uma máquina que se sente negligenciada?.
O romance meio ?Blade Runner? que se constrói ao fundo da cidade - mecânica e viva - por meio de homens-máquinas vem carregado de relações humanas complexas e lições filosóficas (e, por quê não, antropológicas) nos pensamentos e ações absurdas, surreais até, dos personagens - como o momento em que a água (sim, isso mesmo) começa a provocar Maria (aqui, uma intervenção pessoa: trilha sonora para este trecho poderia ser Rivers - a capela - da banda Epica).
Nesta sociedade utópica (essa Metropolis não é a mesma de Clark Kent kkk), as ações triangulam entre o coração e o cérebro. Por isso, estranhei a redenção encontrada por alguns personagens, embora isso não tenha sido tratado de maneira ingênua, muito pelo contrário: ?Não há utopia para a genialidade do homem, há apenas um ?ainda não?.?
Assim que acabei de ler, fui assistir ao filme (um fracasso na época de seu lançamento, inclusive) clássico do diretor mulherengo Fritz Lang, ex-marido da autora na época. Aliás, foram ?casados por onze anos pq por 10 não tiveram tempo de se divorciar?, segundo a própria autora que, mais tarde, se filiou ao partido nazista alemão.
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Xandy Xandy 18/04/2020

Não gostei!
A história me pareceu uma cópia bem inferior de "A Máquina do Tempo", de H.G. Wells!
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Bray 01/05/2020

Prelúdio ao nazismo
A obra nos apresenta uma cidade alternativa em um futuro que à época seria distante, mas que serviu de palco a embates atemporais os quais permanecem em contextos distintos aos da ficção. A apresentação de debates através da ficção surpreende o leitor com a simbologia e o ocultismo explorado em Metrópolis, posto que a realidade espelhou-se na arte para criar história. Não somente por ter sido um marco cinematográfico, mas o enredo é um prenúncio ao nazismo, sendo Hitler o protagonista a unir uma Alemanha devastada.
A intermediação de Freder - o protagonista - responde a um emblemático conflito entre as camadas sociais, representado no livro sob a estratificação social. No entanto, apesar da trama bem construída dos polos operários vs burgueses pela busca da manutenção da mega cidade, a resposta liberal e messiânica pode ser facilmente rebatida com uma reflexão sob a ótica trabalhista. É problemático pensar a exploração de mão de obra pela lógica capitalista, cuja solução seria a intermediação ou sindicalização (o mediador entre o cérebro e as mãos deve ser o coração).
Além disso, o trabalhador é representado como mero exercício, uma ferramenta do cérebro para alimentar a cidade e gerar lucros aos mais ricos. Possivelmente uma extensão da própria cidade, dado que suas decisões, embora adotadas coletivamente, são puramente mecânicas. "Vamos trabalhar", "vamos destruir as máquinas", "vamos matar a bruxa", etc.
No que diz respeito a narrativa, a autora fez bom uso das palavras e elaborou uma boa sincronia entre o religioso cristão com a perspectiva cosmopolita futurista. Os ambientes macabros juntos ao clima claustrofóbico e macabro transmitem ao leitor sensações de ansiedade para o próximo capítulo. Isto se comunica, inclusive, muito bem com a adaptação cinematográfica. Diria inclusive que ambos são necessário para uma experiência completa.
A respeito da edição, a Aleph acertou em cheio. Impecável. As notas e comentários no final do livo dão aquele toque final e amarram a história.
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Brunov 29/03/2023

Homo fabris
O início é muito interessante com a assunção das grandes máquinas fabris como deuses antigos em relação predatória com o humano e se desenvolve com uma forma de descrever peculiar e dramática.

Pela história são abertas muitas brechas para discutir as mais variadas questões sociais. Mas seu argumento sociopolítico central, através do qual os acontecimentos se desenrola, isto é, o contexto e papel do Mediador, é temerário e infelizmente acabou ficando datado.
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Carol749 29/01/2022

Com um ritmo de leitura um pouco danoso pra se acostumar, o desenrolar da história é um desenrolar poético e profético de acontecimentos.

Demonstrando o descontentamento da autora em uma época de guerras, o livro não falha em mostrar esse clima angustiante e de inseguranças.

Criando um imaginário até então sem precedentes, Thea Von Harbou introduziu o conceito de androides que atualmente é quase que comum quando pensamos em ficção científica.

Apesar de tudo fiquei decepcionada com o final da história, porém a leitura vale muito a pena.
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Letícia.Forte 06/03/2022

Exaltável como precursor do gênero (ponto)
O que me faz exaltar a obra é pelos mesmos motivos de sua fama. Por ser um dos (?) primeiros livros de scifi da história, bem como fazer um paralelo entre a data em que foi escrito, e a perspectiva incrível da modernidade tecnológica já tida para época na cabeça da autora.

O que me faz considerar ?bom?, é pela leitura confusa. Não sei dizer se é uma leitura meio poética (talvez por conta da forma de escrita da época), ou se por motivos de tradução do alemão.

Mas a forma com que os diálogos ficam em meio as descrições de cenários sem muitas especificações de quem está falando o que, me deixou confusa.

Outra dificuldade também, foi a de entender o cenário. Uma sensação de muita descrição, mas nenhuma ao mesmo tempo. Mesmo sendo em um ?tempo futurista?, eu lia imaginando um cenário bem ?Tempos Modernos?, aqueles maquinários antigos.

Enfim, exaltável como precursor do gênero, mas com uma escrita ?desorganizada?.
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Robbie5 29/01/2023

Maçante
Não gostei da escrita
O livro é extremamente confuso
Extremamente
Palavras esquisitas sem explicação alguma
Chato
Só terminei porque estava nos 70%
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deardean 17/05/2024

Moral duvidosa mas interessante
Eu e 4 amigos resolvemos ler esse livro juntos e só eu não abandonei (por honra).

O enredo em si é interessante, assuntos pontuais pra época (1925) que também funcionam hoje - a industrialização e máquinas na sociedade, precarização dos trabalhadores e a falsa revolução.

Mas dizer que o livro consegue desenvolver essa história de forma fluida é impossível. Toda hora acaba preso em devaneios sem fim de um personagem sobre o divino e outras mil e uma metáforas, interessante as vezes, mas muito maçante na maioria, é tão intenso que nos perdemos na obra ou temos sensação de superficialidade. Isso só melhora depois do meio do livro.

Os personagens também são "superficiais", "estereotipados", cada um tem seu começo, meio e fim, são claramente destinados pra uma lição de moral no final ou para ajudarem o protagonista a avançar na narrativa, porém pra esse livro essa simplicidade neles funciona no proposto.

É um livro para a classe dominante.
Recomendo o livro e leria de novo - inclusive, acho que o livro deve ser mais aproveitado numa releitura do que no primeiro contato com ele, já que você acaba se acostumando com a escrita conforme lendo e entende a mensagem que ele quer passar.
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William 26/05/2020

Uma obra para refletir.
Metrópolis me lembra a letra da música O cidadão de Zé Ramalho (“Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar. Foi um tempo de aflição. Era quatro condução. Duas pra ir, duas pra voltar. Hoje depois dele pronto. Olho pra cima e fico tonto. Mas me vem um cidadão. E me diz, desconfiado, Tu tá aí admirado, Ou tá querendo roubar? ...”). E assim na história temos os trabalhadores exauridos e paupérrimos que lutam para sobreviver em jornadas fatigantes para operar as máquinas que fornecem o poder aos ricos habitantes da Metrópolis, que vivem na superfície usufruindo do bom e do melhor, enquanto eles vivem no subterrâneo sobrevivendo de migalhas. A história também conta com elementos de ficção cientifica como por exemplo Maria robô e cidade futurística, ideias de céu e inferno e romance. Consegui ler o livro rápido, mas tem algumas narrativas tem que ter paciência para lê-las. De um modo geral gostei do livro e me fez refleti bastante sobre vários assuntos: a relação entre trabalhadores e patrões, o uso da tecnologia pode ser para o bem ou para mal dependendo quem a controla, a carência do povo em seguir um profeta. Sobre a edição está de parabéns a editora Aleph. Ficou muito lindo a capa, a diagramação ficou perfeita, os conteúdos extras deixaram o trabalho mais rico.
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Albino 29/12/2019

Uma obra e uma edição para se ter
Essa edição de Metropolis, da editora Aleph, é um primor e uma homenagem digna da obra. A começar pela tradução feita direta do alemão, onde chega a sentir a trava da melopeia alemã.

A edição, por si só, já é digna de estante de leitores colecionadores, traz consigo análises e textos que engrandecem ainda mais Thea Von Harbou, que acaba sendo mais lembrada pelo seu então marido e diretor de cinema Fritz Lang.

Para o bem ou para o mal, tendo em vista o envolvimento político de Thea com o nazismo, sem dúvidas foi uma obra que rompeu com os paradigmas de sua época e que lê-se em uma temporalidade presente nos dias de hoje.
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Aline BS 08/03/2021

Exploração do trabalhador e diferenças sociais
A historia marca as injustiças sociais, mas a autora era nazista (esse foi um livro adorado pelo próprio Hitler) então em certo ponto tentam distorcer quem está certo ou errado. O grande ditador vira o herói para quem o povo volta servil e arrependido do seu "erro" de se revoltar e buscar condições de vida melhores e menos crueis, são "absolvidos" pelo sofrimento.
Paródia/Futura foi a demoníaca reacionária que causou tudo, mesmo suas palavras terem sido verdadeiras e esta comandada pelo homem que tramou tudo pra no fim ser o salvador.

Se o leitor souber perceber o que há de crítica social e reflexo da exploração do trabalhador esse livro é uma distopia primária essencial.

Thea Von Harbou escreveu o romance a partir do roteiro da mesma para o filme de seu marido Fritz Lang. Uma obra importante que veio a influenciar inúmeras obras posteriormente como Blade Runner.
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Glory 05/04/2021

"O mediador das mãos e do cérebro, é o coração"
Eu nem consigo descrever o quanto Metrópolis é marcante (sério, é a primeira. vez na vida que eu leio um livro em PDF, e ainda consegui terminar rápido).
É interessante a antítese pregada pela autora: o arco do bem e do mal, a melodia do templo e da queda, a metáfora do amor e da manipulação, o destaque à fé e o rompimento moralista, o homem e a máquina, o criador e seu cérebro.
É uma poesia que profana o criador e a interação com sua criação, seu cérebro em uma forma concreta. A base espiritual de Metrópolis é condensada pelas mazelas trabalhistas, o rompimento com a crença em meio ao cenário da queda, a sentença de morte ao que se acredita. É uma distopia que interage com a revolução travada pelo homem e a máquina, pela fé e seu saudosismo, pelo romance e pela perda, pela recriação do que antes já foi criado.
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