Onde Estivestes de Noite

Onde Estivestes de Noite Clarice Lispector




Resenhas - Onde Estivestes De Noite


122 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 3 | 6 | 7 | 8 | 9


Raissa.Cruz 17/06/2021

Clarice tinha um dom com as palavras tão único, que faz com que suas obras sejam tão singulares quanto.

Onde estivestes de noite é um compilado de 17 crônicas da autora e cada uma passa um sentimento único.

Não é uma leitura muito fácil que de para fazer de uma vez só, porém vale muito a pena em doses homeopáticas. Algumas das crônicas você lê e relê e tenta entender, mas cheguei a conclusão de que talvez Clarice não quisesse que o leitor levasse tudo ao pé da letra.

?Tanta Mansidão? ?Tempestade de almas? e ?Silêncio? foram as duas que mais me tocaram e confesso e lágrimas caíram ao final, mas as outras crônicas são magníficas também. Super recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Carol 11/06/2021

Ainda iniciando em Clarice.
Esse livro traz inúmeros contos é o segundo livro leio de dela. O primeiro foi o Livro dos Prazeres. Nesse aqui, confirmada a sensação do anterior: Clarice nos exige a não compreensão.
Há momentos em que não me conecto com o conto, no entanto quando ocorre a conexão tenho a certeza absoluta que Clarice leu meus pensamentos.
Achei interessante encontrar no formato de conto justo um trecho que me tocou do Livro dos Prazeres neste livro também. Há algumas diferenças entre os textos provavelmente ela deva ter melhorado para a versão final.
comentários(0)comente



Lasse_ 31/05/2021

O minuto exato antes das primeiras luzes da aurora
Ler Clarice é uma experiência oito ou oitenta. Um livro de contos então, é quarenta e quatro. Estes escritos, em sua maioria, parecem ter sido feitos sem muito pensamento por trás: Tempestade de almas é um monólogo muito espontâneo, Um caso complicado se perde na mesma oralidade textual de A hora da estrela. Também há venturas pela fantasia, o conto título sendo particularmente perturbador.

Este e outros mais elaborados como os dois primeiros evidenciam uma faceta da escritora que não se vê nos romances, faceta esta que exprime em simbolismos partes inerentes da natureza humana e os repete como as mentes dos personagens o fazem, com poucas incursões nas divagações íntimas que marcam os romances da autora. Aqui, percorremos ambos - leitor e escritora - as pequenas jornadas de personagens que se desvelam nas páginas de um jeito tão íntimo como nos romances, mas há nas criaturas sofridas do livro um quê de universalidade humana, a qual aparece muito mais nítida pela sobriedade do narrador, que não afoga a técnica em uma linguagem própria, subjetiva.

Por outro lado, algumas incursões mais curtas ou menos elaboradas deixam um gosto de descontinuidade ao virem de lugar nenhum e não chegarem a um destino, é o caso de O manifesto da cidade e As maniganças de Dona Frozina. São estes alguns dos que mais deixam a desejar, talvez justamente pela sensação de falta de substância, esta que pode ser encontrada em abundância nas outras partes da coletânea.

Meus preferidos: A busca de uma dignidade, A partida do trem, Onde estivestes de noite, Silêncio, Vida ao natural.
comentários(0)comente



Ana 25/05/2021

Apenas se entregue
A cada vez que leio algo de Clarice, me apaixono mais. Apesar de ter lido pouco do que ele escreveu, não preciso de muito para dizer que ela é uma das maiores, se não a maior, escritora que já tivemos. Essa obra que reúne vários contos me surpreendeu muito, gostei muito do que li. Nesta coletânea encontramos muito daquilo que é místico, surreal, próprio de sonho. O conto que dá título ao livro representa muito bem o que vamos encontrar. Mas é claro que não deixaremos de ver textos que nos fazem mergulhar na personagem daquela forma que só Clarice sabe. Poderia falar bastante sobre os meus contos favoritos deste livro, ?A procura de uma dignidade?, ?A partida do trem?, ?Onde estivestes de noite?, ?É para lá que eu vou?, ?As águas do mar?, mas deixo apenas a forte recomendação destes e o aviso de que não vão se arrepender de se entregar a esta leitura.
comentários(0)comente



alissonferreira.c1 24/04/2021

Esse não funcionou para mim. Vou precisar revisitá-lo no futuro.
Eu não sei se devido ao período que estou vivendo ou se por falta de "maturidade literária", mas esse livro não rolou para mim. Não veio aí aquele encantamento que normalmente tenho quando leio Clarice. Achei as crônicas muito complexas e bem difíceis de compreender, apesar de que eu não ouso compreender literalmente tudo o que essa gênia escreveu. Mas além de serem difíceis de compreender (para mim) também achei difícil de ler. Levei boas duas semanas em um livro de 94 páginas.

Mesmo não conseguindo captar quase nada, algumas crônicas eu já conhecia e pude ler novamente. Essas foram maravilhosas, como sempre. Pretendo reler daqui há um tempo e comparar com a impressão que tive no momento. Creio que será uma experiência completamente nova.

Por aqui contínuo amando, admirando e consumindo Clarice completamente.
comentários(0)comente



Mar 14/04/2021

Clarice e sua depressão
Esse livro é como um diário e um ponto de apoio para a autora. Ela se confunde, chora, se debruça, utiliza metáforas e histórias para contar sobre seus sentimentos diários. Na minha opinião, n foi o melhor livro dela, mas ainda assim é sensível de um jeito q só Clarice consegue
comentários(0)comente



karinacardoso 22/03/2021

Perfeito
Pra mim já é costume gostar de tudo o que essa mulher escreve. Acredito que todo leitor assíduo de Clarice não consegue sair de uma leitura sem sentir alguma coisa incômoda e, no entanto, viva.
comentários(0)comente



Raquel 19/03/2021

Onde estivestes
"Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome." (P. 70)
comentários(0)comente



garrido79 17/03/2021

Perfeito
Conjunto de dezessete crônicas que Lispector publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973.
As primeiras crônicas mais longas e as últimas mais curtas.
Textos em prosa mas com alma poética, retratando o cotidiano numa perspectiva diferente, nos fazerndo enxergar a vida com outros olhos e ter sentimentos inesperados, mas muito expressivos, de situações muitas vezes costumeiras...
Amei demais esta obra, Clarice Lispector está no meu coração junto com Rubens Alves e Saint-Exupéry...
comentários(0)comente



underlou 10/02/2021

A julgar pela data de lançamento, esse volume me pareceu mais uma recolha de textos dispersos do que um volume inédito em si, inclusive há contos presentes em outros volumes, como o "Esvaziamento"; ou são variações de ideias presentes em outras histórias da autora, como o "Tempestade de almas" (embora os primeiros contos sigam uma unidade temática e haja a velhice e solidão como fio condutores).

No geral, achei um livro por vezes maçante de ser ler, porém com algumas boas impressões ao longo da leitura. Os dois primeiros contos ("A procura de uma dignidade" e "A partida do trem") lembram o modo de Cortazar, o que para mim não sei se é algo positivo, pois não tenho uma boa experiência com esse autor. Já "Seco estudo de cavalos" e o conto título são experimentos com muito potencial para serem contos excepcionais, os quais no entanto ficam no meio termo devido ao esforço contínuo de Clarice de se tornar incompreensível.

Agora, definitivamente, um dos menos interessantes de tudo que já li da autora é o "Uma Tarde Plena" - no qual há ainda um bilhete ao Érico Veríssimo ao final -, um conto que mais se parece com uma crônica (ou é uma) - e este gênero, sabe-se, era o ponto fraco de Clarice.
comentários(0)comente



ba3 16/01/2021

um nó na minha cabeça
O livro é muito interessante eu recomendo demais. Não consegui entender algumas das histórias mas também não quero ficar procurando sentido em tudo. O fato é que ler qualquer livro dela faz você dar umas respiradas profundas no meio do caminho porque o livro é muito denso e eu não estranharia se alguém saísse com dor de cabeça.
comentários(0)comente



Rafael Mussolini 05/01/2021

"Onde estivestes de noite" da Clarice Lispector (Editora Rocco, 1999) é um livro que reúne diversos contos da autora em uma linguagem que muitas vezes se assemelham às crônicas. Em "Onde estivestes de noite" encontramos mais uma vez a Clarice fazendo um uso cirúrgico do trabalho de escrita, mas aliado à exploração de sentimentos, reflexões e olhares que ultrapassam qualquer regra. Ela utiliza o suporte da palavra e da literatura com todas as possibilidades para falar de coisas tão íntimas, tão efêmeras e do fundo dos poros, que somente a literatura daria conta de representar. 

Em "Onde estivestes de noite" também encontramos um humor, uma ironia, uma forma mais divertida de embarcar nas reflexões já conhecidas da autora. Existem personagens com características que não chegam a beirar a caricatura, mas que representam a personificação dos sentimentos e das temáticas que Clarice pretende discutir. Como no conto "A procura de uma dignidade", onde a Sra. Jorge B. Xavier se vê diante de uma busca hilária e labiríntica onde ela mal parece o que procurar. 

"A Sra. Jorge B. Xavier simplesmente não saberia dizer como encontrara. Por algum portão principal não fora. Pareceu-lhe vagamente sonhadora ter entrado por uma espécie de estreita abertura em meio a escombros de construção em obras, como se tivesse entrado de esguelha por um buraco feito só para ela. O fato é que quando viu já estava dentro."

E a Sra. Jorge vai seguindo por labirintos, a procura de algo onde o que parece importar é mais a jornada, o chegar, do que o objetivo em si. É um conto gostoso de ler, com ótimas sacadas e um ritmo que vai conduzindo o leitor para as demais histórias do livro, que por vezes se tornam bem psicodélicas. 

No conto "A partida do trem" que é o meu preferido do livro, vemos a construção de uma narrativa brilhante que explora os pensamentos de duas mulheres, a jovem Angela Pralini e a já idosa Dona Maria Rita Alvarenga Chagas Souza Melo. Elas não se conhecem, mas se sentam frente a frente, ambas a caminho de uma viagem que mudará o rumo de suas vidas. Enquanto a jovem foge de um amor tóxico, a senhora segue a caminho de uma vida de cuidados na casa de um filho, destino final de quem tem a idade muito avançada. 

As duas trocam poucas palavras, mas se analisam muito. Clarice constrói todo o conto explorando as reflexões de ambas, tanto em relação de uma pra outra, quanto da própria vida e dos motivos que as colocaram naquele trem. O conto vira um conflito de gerações e ao mesmo tempo mostra que certas questões são universais, independente do tempo. O texto faz reflexões interessantes sobre a velhice, sobre a solidão, sobre a condição da mulher principalmente em relação ao amor e o afeto familiar.

Clarice pega o cotidiano, a dita banalidade e o dia a dia nas mãos e aperta até a essência sair entre os dedos. Impossível ler Clarice sem transcender, sem acessar uma outra ordem, sem exercitar um novo olhar. "Onde estivestes de noite" pede por imersão e mais do que isso, que o leitor esteja aberto a captar as nuances da vida e a enxergar o que se esconde atrás do improvável. 
comentários(0)comente



Marina.Dorisse 28/12/2020

Clarice, como sempre, traz sua característica intimista para dentro do cotidiano. Ler Clarice sempre compensa.
Alguns contos são mais complexos, mas valem o esforço. Meus favoritos foram ?O relatório da Coisa?, ?Onde estivestes de noite? (esse é mind-blowing), ?As maniganças de dona Frozina? e ?Silêncio?.
comentários(0)comente



natalya 26/12/2020

Onde estivestes...
Clarice é sinônimo de poesia. Amo ler cada palavra que ela escreveu, me sinto profunda, às vezes louca também! Contos e crônicas maravilhosos, prazerosos de ler, indico muito!
comentários(0)comente



Heitor 17/12/2020

Enigmático
Clarice mais uma vez nos presenteia com uma coletânea de contos e crônicas que muito tem a dizer implícita e explicitamente. O Conto onde estivestes de noite é certamente o Ovo e a Galinha( Disponível em A Legião Estrangeira) dessa edição. Tão enigmático e com uma leve ascensão ao Ovo e ao Cavalo, Clarice nos questiona sem de fato querer saber. A partida do Trem, seco estudo de cavalos, o relatório da coisa, tempestade de almas e o morto no mar da Urca destacam-se como os contos mais enigmáticos, diretos, brutus e ao mesmo tempo, sensíveis. Os demais contos e crônicas também nada deixam a desejar. O mundo dos sonhos tem muito a dizer, mas não necessariamente dirá onde estivestes de noite. Isto tampouco preciso saber. Recomendo verificar O Podcast da Clarice, disponível no Spotify, para quando sair o episódio dessa obra, que este funcione como diálogo complementar.
comentários(0)comente



122 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 3 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR