A casa assombrada

A casa assombrada John Boyne




Resenhas - A Casa Assombrada


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Ana 31/07/2015

Uma delícia de suspense!
Para quem gosta de suspense, o livro é diversão garantida. Embora os segredos sejam desvendados antes do final, o leitor é levado a "devorar" a história. Impossível não torcer pela heroína ou se enternecer por Eustace.
Quem procura uma leitura interessante pode se aventurar pelas páginas sem medo.
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marSouza 27/07/2015

a casa assombrada
"Eliza Caine."
O que dizer sobre esse livro? Bom antes de ler estava com uma uma expectativa de que seria um livro assustador.
Mas ele não é. Se está atrás de uma típica estória de terror, talevez se arrependa.
Ponto para escrita excelente e muito adulta desse livro. O livro não surpreendeu no enredo, mas não é de se jogar fora. Fiquei curiosa para ler outras coisas de John Boyne.
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Tati 23/07/2015

Escrita compensa a leitura!
É um livro bem previsível, mas a escrita, a narrativa do autor faz valer a pena.
Foi o primeiro livro que li do autor e me despertou a curiosidade por outros títulos.
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Livros e Citações 14/07/2015

Delicioso de se ler
Autor: John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 296
Classificação: 3.5/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/resenha-seguinte-a-casa-assombrada-john-boyne/

Eliza Caine, uma jovem longe de ser a garota típica de sua época, grande fã de Dickens, acaba de perder o amoroso pai. Sozinha em uma Londres do século XIX (SIM!), a jovem professora de 21 anos vê sua oportunidade como governanta em uma mansão ao leste da Inglaterra… E a mansão, adivinhem, é assombrada (SIM! #2).

Ao chegar ao seu novo lar, ela encontra apenas duas crianças largadas para se alimentarem por si só e a presença de um espírito maligno que ameaça sua vida. Cliché, mas não no mau sentido.

“Existe crueldade no mundo, Eliza, você vê isso, não vê? Á nossa volta. Respirando na nossa nuca. Passamos a vida inteira tentando fugindo dela.”

Isabelle e seu irmão mais novo Eustace são os únicos vivos a habitarem Gaudlin Hall. Além do misterioso H. Bennet, o empregador de Eliza que só se comunica por cartas. E não é somente na casa que o cenário é estranho. No vilarejo as pessoas são hostis, e nenhuma explicação e/ou noticia se tem sobre os pais das crianças.

E aqui estamos: uma mansão assombrada, duas crianças, um vilarejo hostil e a nossa heroína pronta pra desvendar tudo isso.

"Há dias em que detesto viver em 1867. Tudo se move com tanta rapidez. Mudanças acontecem em ritmo desenfreado. Prefiro o estilo de vida de trinta anos atrás."

John Boyne conseguiu mais uma vez me surpreender, senhoras e senhores, A Casa Assombrada é uma mistura de terror com muito humor e cheio de citações famosas, com muitos clichês. Mas é o tipo de clichê que te deixa absurdamente satisfeito com a leitura. É um clássico do horror sobrenatural e sim, tem momentos que me deixou com medo de fechar os olhos, ou ir ao banheiro de madrugada…

"Creio em má sorte Srta. Caine. Acredito que um homem pode partir com cem anos de idade e uma criança pode reencontrar Deus antes mesmo de seu primeiro aniversário. Acredito que o mundo é um lugar misterioso e que não podemos ter a pretensão de entendê-lo."

Talvez o grande problema é que não vamos muito além do óbvio, e para quem busca algo previsível mas ainda delicioso de se ler, essa é uma boa opção. Posso dizer que se a protagonista fosse outra se não Eliza Caine, não valeria a pena. E pode não ser o melhor de John Boyne, mas qualquer livro escrito por ele proporciona bons momentos e esse não foi diferente.

Resenha por: Rafael

site: http://www.livrosecitacoes.com
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Rittes 13/07/2015

Fantasmas previsíveis
Confesso que não sou fã de John Boyne. Não li o famigerado "O menino do pijama listado". Vi o filme e bastou: uma historiazinha previsível e forçadamente piegas, um tanto irritante até. Como gosto de histórias góticas de fantasmas, arrisquei este "A casa assombrada", mas confesso que não consigo dizer se o livro é bom ou ruim. Toda a trama é extremamente previsível e, se há algum charme, isso se dá por conta da descrição de uma Londres onde o próprio Charles Dickens ainda habita. A heroína é crível, embora um pouco avançadinha para a época da história, mas a escrita de Boyne não empolga. O escritor comete erros de principiante como, por exemplo, falar da luz da lua numa noite tempestuosa de raios e trovões! A leitura é rápida, descartável e pode até agradar aos menos exigentes. Prefira ler a série "O Monstrologista" ou Henry James, estes sim verdadeiros terrores góticos.
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Amanda de Oliveira 12/07/2015

Viciante!
É um dos meus livros favoritos. A história é simples, mas me prendeu do início ao fim, li este livro em muito pouco tempo. A linguagem flui e isto também me agradou. Se esse livro tivesse continuidade, eu iria ler todos! Daquele tipo que você não larga nem para comer. Nada me decepcionou, nem mesmo o fim, senti que eu fazia parte da história. Compartilhei de todos os sentimentos da Eliza. Recomendo!
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Robson 07/02/2015

Uma surpresa maravilhosa!
Uma surpresa e uma sensação de “quero mais”. Dois sentimentos pós-livro que pude sentir ao finalizar a leitura de “A Casa Assombrada”, do ilustre John Boyne, lançado pela Companhia das Letras.

Confesso que nunca tive grandes vontades de conhecer o trabalho de Boyne, principalmente pelo fato de que a internet está cheia de comentários positivos sobre isso. Tenho um certo receio de criar grandes expectativas por um determinado autor, pois posso me decepcionar em níveis catastróficos. Agora, com todo alivio do mundo, posso afimar que “A Casa Assombrada” entrou para minha lista de livros favoritos, além, é claro, de que quero ler até as listas de compras do sr. Boyne.

Preste bem a atenção: “A Casa Assombrada” não é uma simples história de fantasmas.

John Boyne aborda de maneira divina assuntos como perda e solidão, através de uma narrativa completa e reflexiva. Aqui acompanhamos a jovem Eliza, que acaba de perder seu pai e se vê sem saída, a não ser abandonar seu antigo emprego em uma escola para garotas e seguir até a misteriosa proposta do também misterioso H. Bennet para ser a governanta de um casarão no interior. Ao chegar no local, Eliza encontra apenas duas crianças, sem sinal de qualquer adulto presente. O mais estranho, ela constata, não é o fato das crianças sozinhas na casa, mas sim quando eventos estranhos começam a se desenrolar dentro da casa.

John tece uma atmosfera morbida e misteriosa acerca dos ocorridos. Ele consegue deixar o leitor aflito e emocionado ao mesmo tempo, através de seu texto poético e convincente. Boyne faz com que a mente do leitor viaje até as ruas de Londres e aos corredores da misteriosa casa assombrada com extrema facilidade, é como se um filme se desenrolasse diante dos olhos, não páginas.

De inicio pode parecer que o enredo é um pouco lento, que ele não caminha, mas isso ocorre até que o leitor compreenda qual o objetivo do autor. Aos poucos o texto envolve e, quando menos percebemos, o livro já acabou.

Sinto-me extremamente feliz por ter arriscado a leitura, caí nas graças de John Boyne principalmente pela complexidade dos personagens descritos por ele, além de ter levado alguns bons sustos e ter ficado extremamente apreensivo sobre como o enredo se desenrolaria.

Finalizei a leitura de “A Casa Assombrada” com uma necessidade enorme de ler mais do autor, precisando que o livro tivesse ao menos 200 páginas a mais.

“A Casa Assombrada” é, sem dúvidas, um livro para todos que buscam um bom mistério, com um enredo profundo e cheio de lições. Agora, se vocês já conhecem John Boyne e são fãs do autor, corram para ler essa obra de arte!

site: wp.me/p4ebQV-MO
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Chiara 18/03/2015

Leia quando puder!
A história começa a ficar mais interessante quando Eliza se depara com um estranho anúncio no jornal e acaba se tornando a nova governanta de Gaudlin Hall. Nesse ponto é necessário dizer que John Boyne manda muito bem ao descrever o ambiente de Norfolk e a chegada de Eliza ao condado, já criando toda a áurea de mistério que culmina com a própria Gaudlin Hall – casarão antigo, caindo aos pedaços e cheio de histórias que só são reveladas em seu devido tempo – e seus, aparentemente, únicos habitantes – a perturbadoramente madura Isabella e seu doce irmãozinho Eustace.

Conforme avançamos a leitura, o mistério e terror vão ficando mais densos, principalmente quando os fenômenos sobrenaturais se intensificam e a falta de explicações sobre onde, efetivamente, estão os pais das crianças nos dão a certeza de que algo de muito sinistro aconteceu na propriedade (o que aumenta o horror quando a verdade nos é revelada). Apesar disso, não achei muito difícil descobrir o que estaria por trás dos acontecimentos sobrenaturais de Gaudlin Hall. Na verdade, percebi contra o que nossa heroína lutava bem antes dela juntar as peças do quebra-cabeça; mas isso não significa que a revelação dos fatos que levaram ao início dos fenômenos na mansão não seja angustiante, e que a cadeia de acontecimentos não seja bem construída.

A forma como John Boyne revela aos poucos o passado assustador de Gaudlin Hall, combinando essa revelação com o agravamento dos fenômenos sobrenaturais é, realmente, um primor; principalmente porque a cada nova descoberta e a cada novo enfrentamento com o além, vemos Eliza cada vez mais forte e determinada a chegar até o fim para saber toda a verdade e proteger as crianças.

Leia a resenha completa no Guru da Leitura!

site: https://gurudaleitura.wordpress.com/2016/01/01/a-casa-assombrada/
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Léo 30/06/2015

Espetacular!
Uma só palavra não consegue definir esse livro. São tantos adjetivos que até fico meio perdido na hora de escolher apenas um, maravilhoso será? Inteligente? Provocante? Intrigante, talvez? Sim, acho que posso usar todos esses e mais alguns. O livro conta sobre uma mulher, chamada Eliza Caine, que após perder seu chão, está perdida dentro de si, até que uma oferta de emprego lhe desperta: ser governanta no interior da Inglaterra, em uma cidade chamada Norwich. Então, decide que essa seria uma bela oportunidade de mudar sua vida, de esquecer os acontecimentos recentes e retomar o rumo de sua vida.
Chegando a cidade, ela percebe que não sabe nada sobre as crianças de quem irá tomar conta, ou quem são seus empregadores. Todos da cidade parecem ficar receosos em relação à Eliza, seria por ela ser nova na cidade? Ou será que ela havia feito algo errado? Durante sua estadia na mansão Gaudlin Hall, onde toma conta de duas crianças, coisas estranhas começam a acontecer, colocando a vida de Eliza e das crianças em risco. Será um fantasma ou meras alucinações de uma mulher com seus sentimentos afetados?
O desenrolar da história é muito envolvente, a narrativa te prende do começo ao final do livro. E aquele arrepio está garantido nesta leitura deliciosa. No entanto, o que mais me impressionou foi como o autor, John Boyne (mesmo autor de “O menino do pijama listrado”), trouxe até nós os costumes e a cultura da época. Neste livro pude ver o papel da mulher na Inglaterra no século XIX, e foi uma coisa surpreendente, o jeito como “mulheres revolucionárias” eram vistas de maneira repugnante, AINDA MAIS PELAS PRÓPRIAS MULHERES, que não aceitavam mulheres que acreditavam que poderiam ser maiores que homens. Embora diante a todos os preconceitos, Eliza era uma mulher a frente de seu tempo, uma mulher com determinação e opinião. Uma protagonista que faz com que você se apegue a ela.
E pela segunda vez na mesma semana, pego um livro que trata da fé religiosa e como a mesma pode cegar as pessoas, suas opiniões e ideias, como se deixam conduzir pela sua religião.
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Simone 10/06/2015

É um bom passatempo
O enredo de "A casa assombrada" não me assustou, e devo salientar que eu sou muito propensa a ter medo em tramas que retratam o "invisível-sentível". Lembro-me de quando li "O iluminado", de King, e fiquei noites e mais noites amedrontada.
Enfim, a narrativa de Boyne é bem consistente, e faz referência a uma série de clássicos da literatura, além de ter uma ambientação convincente.
A história é narrada em primeira pessoa, por Eliza, uma professora que, ao perder o pai (sua única família), vê-se obrigada a sustentar sozinha a casa. Diante disso, ao folhear um jornal, depara-se com uma oportunidade ímpar: ser governanta em uma mansão. Sem pensar muito, Eliza deixa a escola, deixa Londres e parte para o desconhecido. Depois disso, coisas estranhas começam a acontecer com ela e muitos mistérios precisam ser desvelados.
Ah, o ano-base da história gira em torno de 1867.
É um livro bom de se ler. Não empolga tanto, nem desempolga. É uma leitura porto-seguro. O ápice de toda o enredo dá-se, creio eu, no último capítulo.
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Raphael Cavalcante 06/06/2015

Charles Dickens ou Henry James?
Uma história de fantasmas passada na Inglaterra vitoriana, protagonizada por uma governanta e duas crianças excêntricas? Ótimo, uma releitura de “A volta do parafuso”, a novela clássica de horror gótico, escrita por Henry James! Só que não. O livro de John Boyne vai por outros caminhos que não aquele traçado por Henry James. O flerte de Boyne dá-se com outro autor inglês, Charles Dickens.

A referência à obra de Dickens é escancarada, com o próprio autor fazendo uma ponta no início do romance. Aliás, as reviravoltas da jovem protagonista Elisa Caine tem início quando a orfandade bate a sua porta e ela se vê obrigada a aceitar o emprego de governanta numa propriedade do interior, tornando-se preceptora de duas crianças também órfãs (ou quase isso). E é ai que começa todo o seu infortúnio e o desenrolar da trama espectral. Neste ponto, é impossível não nos lembrarmos dos órfãos famosos de Dickens, e da determinação deles compartilhada por Elisa Caine, talvez, o ponto alto de todo o livro. Quase uma feminista, a governanta não hesita em apontar o dedo para a hipocrisia cristã, para a violência doméstica ou para a emancipação feminina.

Mais do que o sobrenatural, a obra se centra nas relações afetivas estabelecidas entre Elisa Caine e seus jovens pupilos, em comparação às que ela estabelecera com o seu pai amoroso e à realidade vivida pelos jovens irmãos até pouco tempo. Além de ser responsável pela atmosfera contemporânea da obra, o cunho humanista assumido liga o romance a outros livros de John Boyne, tal qual o famoso “O menino do pijama listrado”. Ressalta-se que toda a obra de Dickens também está recheada de críticas sociais à Inglaterra da segunda metade do século XIX.

Como nem tudo são flores, “A Casa Assombrada” padece como um romance de horror ao ser analisado exclusivamente por esta faceta. Ainda que o autor tenha se esforçado em algumas passagens, não há de fato situações que façam gelar a espinha ou caracterização de ambiente ou atmosfera que faça o leitor imaginar o quando desejaria evitar a Mansão Gaudlin Hall. O enredo, a partir de certo ponto, também se torna bastante previsível. No entanto, as qualidades do livro fazem com que a leitura seja recomendada, principalmente pelas referências à literatura inglesa clássica. Mas não espere muitos sustos.
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Andressa 17/02/2015

John Boyne saindo da zona de conforto
Eliza Caine é uma jovem professora que acaba de perder o pai. Sem seu protetor e melhor amigo, Eliza fica desnorteada, abandona o emprego e responde a um anúncio de jornal para ser governanta em Norfolk, uma pequena cidade do interior, deixando Londres e seu passado para trás.

Eliza é um personagem amável, delicado e de bom coração, porém sua auto-estima é muito baixa. Ela se acha feia e pensa estar fadada a ser uma solteirona, apostando tudo em sua profissão como professora e cuidadora de crianças, com máxima dedicação.

Ao chegar a Norfolk Eliza percebe que há algo de estranho na propriedade onde moram as crianças, Gaudlin Hall. Lá não há presença de adultos. A jovem parte, então, em busca de respostas para seus inúmeros questionamentos, mas ninguém na cidade quer conversar a respeito disso. Insistente, Eliza vai até o fim para saber no que ela se meteu.

Em contrapartida a várias opiniões que li por aí, dizendo que o livro é enfadonho, lento, enrolado, eu não achei nada disso. Realmente adorei essa estória! Senti-me como se estivesse num antigo clube do terror que fazíamos na minha escola, na qual a professora contava uma estória sobrenatural uma vez por semana e ficávamos pensando nisso durante os dias seguintes. A leitura é gostosa, fluida e viciante.

A Casa Mal Assombrada não tem pretensão de te deixar sem dormir, tampouco é realmente assustador. Ele apenas conta uma estória de teor sobrenatural que te intriga e te emociona, remetendo um cenário incrível de Londres em 1867, o uso de velas para obter claridade, o auge de Charles Dickens, as vestimentas, o papel da mulher na época, mansões enormes, ausência de tecnologia, superstições… Tudo isso é o que faz do livro memorável, uma vez que ele te transporta completamente para aquela realidade. Quando digo que emociona, é porque realmente tocou meu coração o fato do autor não utilizar o sobrenatural apenas como maligno. Ele deixa uma linda mensagem, lembrando-nos que aqueles que nos amam sempre permanecerão conosco e nos protegerão onde quer que estejam.

Ao final do livro, tive pequenas decepções e por isso tirei uma estrelinha. Gostaria de uma vida mais positiva para Eliza Caine, afinal gostei muito da protagonista. No entanto, isso não tirou o encanto da narrativa, o autor realmente conseguiu me cativar.

Gosto muito do John Boyne e adorei que ele se atreveu a escrever um gênero diferente do que está acostumado. Gostei mais ainda dele ter escolhido que seu livro não fosse contemporâneo, acho que Boyne tem muito talento para escrever ficção histórica, parece que o próprio esteve lá!

É claro que recomendo, mas, se você estiver procurando uma estória verdadeiramente assustadora, com muito suspense ou algo tipo Stephen King (o qual gosto muito também), este livro não é para você!
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PorEssasPáginas 19/02/2015

Resenha: A Casa Assombrada - Por Essas Páginas
John Boyne escrevendo um livro de terror? Mas é claro que eu tinha que ser a primeira da fila a ler! E, assim que o livro chegou, iniciei a leitura. E, o que mais me assombrou nesse livro (além dos fantasmas!), foi a capacidade de John Boyne de se reinventar. Mesmo sendo um escritor contemporâneo, ele conseguiu transportar tanto seus personagens, quanto sua linguagem e estilo, para a época dos clássicos, em um romance assustador e reflexivo.

Comecei a ler A Casa Assombrada cheia de expectativa; estamos falando de John Boyne, afinal, um dos meus escritores favoritos. Além disso, é a primeira obra adulta que leio dele desde O Ladrão do Tempo, primeiro livro que li do autor e que ainda considero meu favorito. Por isso, me espantei quando percebi que a leitura não estava avançando rápido como sempre acontece; de início, torci o nariz, desconfiada, mas à medida que o livro avançou, compreendi o porquê desse início arrastado. Sabem a sensação de ler um livro clássico? Um Machado de Assis, um Charles Dickens? Pois é, John Boyne, com maestria, conseguiu resgatar essa sensação, tal qual fosse um autor clássico. Totalmente impressionante a capacidade desse escritor de se reinventar.

“É um dos aspectos decepcionantes de ficar mais velho. Temos mais medo e, por isso, fazemos menos coisas.” Página 182

Passado o baque inicial de estar lendo não apenas Boyne, mas um Boyne “clássico”, me acostumei ao estilo e segui em frente. E o livro só evoluiu e ficou ainda melhor. Surpreendentemente, o autor conseguiu pegar um tema batido, um lugar comum em histórias clássicas de terror (uma governanta com um casal de crianças solitárias, em uma casa mal assombrada), e transformar o clichê em uma história interessante e, muitas vezes, apavorante. Nem adianta ficar me desdobrando aqui ao explicar a história: a sinopse já diz tudo e, se você parar para pensar, é uma história muito simples. Mas nada é simples nas mãos competentes de John Boyne.

Está certo que já sabemos, pelos livros anteriores dele, especialmente pelo premiado e famosíssimo O Menino do Pijama Listrado, que a especialidade de John Boyne é emocionar. Mas essa é uma história de terror e eu esperava os arrepios (que vieram!), mas acabei, novamente, derramando lágrimas e sendo tocada pela sensibilidade inegável do autor. Em um final brilhante e cheio de emoção, Boyne provou que, sim, é possível fazer um terror arrepiante, mas também é possível tocar o coração do leitor com esse gênero. Terror não é apenas sustos e sangue, mas sim tocar em certos assuntos, certas coisas que acontecem em nossa vida, que podem não ser aquilo que se vê nos filmes, mas contra as quais é necessária muita coragem para enfrentar e superar o medo que carregam consigo.

Outro fato muito bem-vindo no livro são os personagens, todos extremamente bem construídos, em especial a protagonista Eliza Caine. Em uma época em que as mulheres valiam quase nada e seu intelecto era rebaixado, Eliza prova que é uma mulher de muita fibra, caráter e extrema inteligência. Há pensamentos seus, frases que diz e atitudes que demonstra que vão orgulhar as leitoras (e, espero, os leitores também). Em um livro que se passa em um século passado e com um tom clássico, Boyne nos brinda com uma protagonista muito mais forte e bem construída do que muitas personagens femininas de livros contemporâneos.

“- Se existe uma condição com a qual estou acostumado é a tendência do sexo frágil a sofrer de ansiedade nervosa.
Ele fez uma reverência educada e cogitei pegar o grande peso de papel sobre a mesa – que tinha o formato da Irlanda – e golpear seu crânio. Algum tribunal nesse mundo me condenaria?” Página 128/129.

A edição da Companhia das Letras está impecável, como sempre. A capa é aveludada, as páginas são confortáveis e não encontrei um erro sequer em todo o livro. E, claro, o cheiro desse livro… Não há nada como cheirar um exemplar da Companhia das Letras.

Com uma narrativa clássica, mas ainda fluida e instigante, e uma trama arrepiante, mas sensível, A Casa Assombrada é certamente mais uma obra brilhante de John Boyne. Quero mais!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-casa-assombrada
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Nicole Wijtenko 26/04/2015

Envolvente
O livro é narrado em primeira pessoa, por Eliza Caine, uma moça de 21 anos que perde o pai para uma doença rápida e que evolui rapidamente para o óbito.
Se vendo nessa situação de luto não quer mais ficar em Londres, cidade onde sempre viveu, não tem familiares e amigos, era somente ela e o pai. Sua mãe morreu ao dar a luz a sua irmã, que também morreu antes mesmo de ser conhecida por Eliza.
Ao ver um anúncio em um jornal pela manhã publicado por um tal H. Bennet anunciando a necessidade de contratar uma governanta para trabalhar em uma mansão cuidando de crianças no condado de Norfolk, sente-se motivada a se candidatar-se ao cargo como pretexto para sair de sua cidade e buscar uma nova vida, nova história, novos ares...
E é então nessa nova jornada que tudo começa a acontecer... As páginas são recheadas de suspense e mistério. Confesso que alguns fatos achei previsíveis, mas nada que fizesse o livro perder a graça!
Um tipo de leitura que te prende ao personagem, Srta. Caine me conquistou com sua personalidade e ousadia.
Sentirei saudades de acompanhá-la em sua trajetória em busca de respostas para acontecimentos aparentemente sobrenaturais... ;)
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Raffafust 06/03/2015

A história desse livro se passa em 1867, a jovem Eliza Caine mora com seu pai e leva um vida sem muitos luxos mas cercada de amor. Tem uma convivência maravilhosa com ele, aprecia sua paixão por insetos e por Charles Dickens . Sua mãe morreu anos atrás, e seu dia a dia basicamente é lecionar na escola e acompanhar seu pai , como por exemplo quando ele quer ir em uma noite de leitura de Dickens. Vai tudo muito bem na vida da moça de 21 anos até que seu pai morre, com ele também se vai o único bem que tinham, e ela não entende como por tanto tempo seu pai nunca mencionou que a casa em que moravam não era dele mas sim alugada. Sem grana para se manter no local ela atende uma chamada de emprego para ser governanta em uma cidade um pouco distante de Londres que é onde residiu a vida toda.
Larga o trabalho na escola, arruma suas coisas evai rumo ao desconhecido para trabalhar de governanta de uma mansão. Logo no caminho ela já sente coisas estranhas, uma mulher esbarra nela com as mesma iniciais da pessoa que assinou o anúncio, ela também se sente empurrada na estação e não sabe da onde veio essa força que a pressionou...mas o mais bizarro estaria por vir, assim que ela entrasse na casa e somente uma menina chamada Isabella aparentando uns 10 anos lhe abriria a porta. Faltam adultos, onde estão os pais? Muitas perguntas, poucas respostas. Até que com o tempo as verdades vão aparecendo e para o leitor fica aquela vontade de alertar a moça para dar o fora dali. Eliza será governanta de uma casa imensa onde circula uma senhora que some assim que ela se levanta, duas crianças ( Isabella e Eustace, de 8 anos) que nem frequentam a escola e um senhor que fica em um vilarejo próximo e é responsável pelo salário dela.
Na busca por respostas muitas outras dúvidas surgirão, a sensação de que um fantasma a persegue, mãos no seu pescoço, empurrões, tudo isso começa a surgir como se avisasse que coisas piores estariam por vir. A verdade vem a galope, existe realmente uma senhora na casa que é enfermeira e que cuida dos pais das crianças, a mulher é amarga e diria até que insuportável . O pai das crianças não está nada bem de saúde e ela se assusta ao conhecê-lo, o que aconteceu com ele deixo para vocês descobrirem . Assim como estragaria toda a graça das história informar o que aconteceu com a mãe delas.
Ah sim, posso informar que as governantas anteriores, exceto a penúltima que Eliza conheceu e que colocou o anúncio não se encontram mais aqui para contarem história.
A Casa Assombrada é livro para se deliciar lendo de uma vez só , é como um maravilhoso e bem feito filme de terror, tem como pausar sem saber quem sobreviverá? Impossível , John Boyne nos remete a histórias tenebrosas, e que amamos.
Lembrei muito de filmes como Mama e A Mulher de Preto e amei cada página lida.
O autor que capricha na arte de nos contar histórias não permite furos, a história vai fluindo que não nos permite nem imaginar toda a verdade e o final que ele nos deu. Não imaginei aquele final, e amei não ter imaginado. Somente a mente privilegiada de Boyne poderia nos dar de presente um livro de terror tão perfeito. Palmas para ele.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2015/03/resenha-casa-assombrada-cialetras.html
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