vitor f. avila 10/07/2020
Ser calvinista é ser católico!
James K. A. Smith me surpreendeu com esse opúsculo. Primeiro, pelo fato de ele ter sido pentecostal (como eu fui!) e perceber na Fé Reformada uma re-forma da Igreja, sem negar descontinuidade e sem abraçar todas as coisas sem critério bíblico e tradicional. Segundo, porque - graças à soberana dádiva divina da graça de Deus - tive plena confirmação de que não foi mera oportunidade mas desígnio do Pai, em Cristo, em caminhar como calvinista (no caso, como agostiniano, como ele mesmo se afirma) de forma mais radical e íntegra possível, que é essa atitude constante de manutenção do que é cristocêntrico e reforma daquilo que precisa ser visto em Cristo. E terceiro, porque, antes das "Cartas..." fui salvo em algumas das situações que ele cita por homens que ele mesmo mencionou: Agostinho, John Piper, Jonathan Edwards. Mas ainda assim foi bom ser lembrado desse escopo maior do Calvinista como alguém mais do que da TULIP e de ter confissões subscritas: é uma maneira de viver, de fato. Diante de Deus com toda a convicção no coração da soberana graça cosmológica de Cristo.
Se ele livro não inflamar seu coração à catolicidade da Igreja e em perceber que ser calvinista é ser amado por Cristo e amar ao próximo com todo o vigor possível, releia. Algo está errado!
Como eu sempre digo: ser calvinista é ser católico. E talvez só um luterano considere essa frase em maneira equivalente. Tudo isso implica não somente pensar mas viver dessa maneira e considerar, em Cristo, um zelo amoroso pela verdade em nossas vidas e nas pessoas, não de maneira unilateralmente intelectual mas, também, de prática, de dever, de ética.
Maravilhoso livro que deveria ser ensinado nas classes de EBD e em grupos de jovens e jovens adultos. É cirúrgico, desafiador, provocador... e gracioso! Recomendo com entusiasmo, principalmente porque ele te convida a fazer parte desse grupo maravilhoso que busca a pureza máxima da Igreja: a glória de Deus e o deleite nele na vida, no mundo e no corpo de Cristo.