Kennia Santos | @LendoDePijamas 04/10/2018"Ser solitária era muito egoísta e, se você nunca se doa, nunca recebe nada em troca." Título: True
Autora: Erin McCarthy
Classificação: 3,75/5
Rory tem 20 anos e cursa faculdade de medicina. Sempre foi bem na dela, sai eventualmente e se diverte com moderação, diferente das suas colegas de quarto, Jessica e Kylie, duas beldades estonteantes que todos os caras dos campus não conseguem desviar o olhar e sempre estão nas noitadas aproveitando até o último.
"Mas o mistério das palavras e das pessoas era fascinante para mim. Eu queria entender, mas nunca parecia capaz de juntar as peças do quebra-cabeça do comportamento na ordem certa." (p.28)
Em uma noite que ela precisa espairecer, acaba bebendo demais revelando a elas que ainda é virgem. E então, as duas amigas resolvem ajudá-la de forma bastante inusitada, pagando Tyler, o típico bad-boy tatuado e desencanado para fazer com que Rory se "divirta" um pouco..
Tyler sabe que Rory é diferente. Sempre foi tranquila e dedicada nos estudos, e mesmo saindo eventualmente não quer chamar atenção à todo custo. Ele também sabe que jamais seria bom o bastante pra ela, afinal ele está estudando para ser paramédico e ganhar um salário decente para tirar seus irmãos mais novos da sua mãe desnaturada.
Ele aceita a proposta de Jessica e Kylie, e acaba descobrindo que estar com Rory é exatamente o que ele precisava, uma necessidade desconhecida por ele mesmo.
Numa bagunça envolvendo amizade, atração sexual e segredos, eles se vêem mais envolvidos do que sequer imaginavam. Mas quando a família desajustada de Tyler começa a trazer problemas à tona que podem afetar não somente ele mas como Rory também, a garota precisa decidir entre seguir com seu futuro e cortar laços com ele ou dar a cara a tapa e enfrentar os obstáculos que apareceram.
Em "True", Erin McCarthy apresenta um New Adult extreeeeeemamente clichê, mas bem escrito e fluido. Os personagens até que foram adequadamente desenvolvidos e trabalhados, assim como alguns adjacentes também.
Rory é a típica mocinha de NA: CHATA PRA CACETE. Meu Deus gente, porque essas meninas quando levam um "NÃO" acham que gritar com todo mundo, bater a porta do quarto e chorar vai resolver? Sério, é CANSATIVO. Revirei MUITO meus olhos. Ela também é daquelas personagens que são inflexíveis no começo, mas quando engatam na relação, parece que toda noção SOME. EVAPORA. BUM!
Tyler é um mocinho bem ok. Nada de possessividade ou imaturidade, companheiro, protetor e racional. Coisa rara, porque geralmente esses NA mais antigos só tem os embustes de primeira linha, né? hahahaha
Ambos os personagens tem suas problematizações, nenhuma delas muito aprofundadas, mas nada inconclusivo também. O final foi fofinho, mas nada demais. Recomendo sim, pra passar o tempo é uma leitura bacaninha : )
"(...) pensei, maravilhada, que podemos encontrar consolo em pessoas e lugares mais inesperados, quando a gente nem sabia que precisava disso." (p.111)