Cacau

Cacau Jorge Amado




Resenhas - Cacau


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Caio.Costa 09/04/2021

Ainda verde
Jorge Amado ainda verde e iniciando na escrita, mas se mostrando bastante talentoso.
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Fabio Shiva 04/07/2017

Coisa de gênio...
Segundo livro de Jorge Amado e o primeiro do chamado “ciclo do cacau”, escrito em 1933, esta obra foi escrita, segundo nos conta o próprio autor, “com um mínimo de literatura para um máximo de honestidade”. Narrado na primeira pessoa, fala sobre as agruras dos pobres nas mãos dos ricos, drama universal que aqui é representado pelos roceiros do cacau e sua exploração pelos coronéis.

A leitura flui com a facilidade de sempre, embora a prosa de Jorge Amado ainda vá alcançar alturas bem mais elevadas. E a história é tocante e comovente, tanto no seu relato do sofrimento humano, quanto em certa ingenuidade, que leva Jorge a ser um tanto maniqueísta ao criar seus personagens. O que há de tocante é a linda crença na evolução humana, que faz o autor retratar o que vê de errado no mundo, mas sempre com a esperança de ver esses problemas solucionados.

Na época, em 1933, a solução parecia ser o socialismo. Jorge não tinha como saber que a luta de classes que ele preconizava acabaria dando na “Revolução dos Bichos”, feroz crítica de George Orwell ao comunismo, escrita mais de dez anos depois de “Cacau”. No alvorecer da primeira fase literária de Jorge Amado, ainda não havia como saber que o comunismo resultaria em um erro tão feio e desumano quanto o capitalismo. Resta a nós, no presente e no futuro, buscar e criar novas soluções que nos permitam continuar acreditando na humanidade.

E aí é que entra a sincronicidade. No mesmo dia em que termino de ler “Cacau”, eis que assisto ao lindo filme “Okja”, recentemente lançado. E sou tomado por uma epifania, ao perceber insuspeitáveis semelhanças entre o livro do baiano Jorge Amado e o filme do sul-coreano Joon-Ho Bong: as duas obras são marcadas pela esperança de que somos capazes de fazer melhor, enquanto espécie humana. E da mesma forma, por estarem ambas comprometidas em transmitir uma bela mensagem, acabam sacrificando um pouco a perícia na arte de contar histórias. Contudo mais importante que perceber essas semelhanças é descobrir mais um indício da transformação de consciência que resultará (assim espero) na tão sonhada Nova Era! Ouso profetizar que novos filmes, desenhos, livros, web-séries etc. seguirão essa nova e perfumada tendência assinalada por “Okja”, conciliando a importante missão de conscientização com uma progressiva habilidade narrativa. Que assim seja!

Por último, mas não menos importante, uma descoberta interessante sobre a literatura de Jorge. Ao ler “ABC de Castro Alves” há alguns meses fiquei muito intrigado com a violência e raiva com que Jorge Amado atacou Machado de Assis, uma intensidade emocional que ao meu ver não ficou justificada pela explicação de Jorge, de que Machado, sendo mestiço como era, não lutou de forma mais ativa contra a escravidão e o racismo. Achei esse ataque de uma insensibilidade gritante e muito pouco condizente com a largueza de alma do gênio Jorge Amado. Daí que fiquei encafifado com isso, e fui ler Machado: “Esaú e Jacó”, que me deleitou pelo domínio de mestre do recurso da ironia, que não deixa de ser uma forma eficaz de contestar o que está errado no mundo: ridendo castigat mores.

Mas ainda não atinava com o motivo dessa birra de Jorge, e por isso essa leitura de “Cacau”. E então nova epifania: a partir de “Gabriela, Cravo e Canela”, de 1958, Jorge Amado inicia uma nova fase literária, de crônica de costumes (sendo a primeira, de “Cacau”, de crítica social libertária). Ora, nessa segunda fase Jorge está mais genial do que nunca, sobretudo por um elemento quase inexistente na primeira fase: a ironia. Acontece que a ironia é irmã do cinismo, e só pode surgir em um coração já cansado de lutar por um mundo novo, um coração que não é mais ingênuo para acreditar em dias melhores para uma humanidade melhor. A ironia é o recurso do coração que foi ferido, de “rir para não chorar”.

Daí, então, essa mágoa de Jorge Amado com Machado de Assis (em minha louca opinião): Jorge não aceitou se ver tão envelhecido no espelho da ironia de Machado, pois preferia ter continuado sempre com o coração de menino, como Castro Alves! Coisa de gênio...

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2017/07/cacau-jorge-amado.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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isa 23/05/2021

não curti muito a análise do posfácio desvalorizando o potencial revolucionário da obra, mas a edição é perfeita e a história também. te amo jorge amado te amo!
Luiza 02/06/2021minha estante
Também amo! É o escritor brasileiro de que mais gosto. ??




V_______ 24/01/2024

Cacau
O segundo livro escrito por Jorge Amado, Cacau inaugurou a fase militante e trouxe o cenário que seria recorrente em seus futuros livros, as regiões cacaueiras no sul da Bahia.
O livro é narrado por João Cordeiro, um sergipano que ao perder o emprego fabril decide ir a Bahia em busca de melhores condições trabalhando nas plantações de cacau, o que acaba não encontrando, já que vê as condições degradantes as quais os trabalhadores são submetidos, usam o termo alugados para designar os trabalhadores, referência aos escravos de ganho de uma época não distante já que o livro se passa em torno da década de 20. Por ser letrado João Cordeiro, acaba tendo acesso aos senhores da "casa grande" e começa a ver as injustiças e desigualdades praticadas e começa adquirir, sem saber, consciência de classe.
Aqui vemos um Jorge Amado mais "cru", ainda longe do autor que veremos em Capitães da Areia e Gabriela, Cravo e Canela, mas gostei da leitura como um todo, as questões que traz para serem pensadas, nesses seus primeiros livros fica mais evidente a militância nas questões sociais, e é interessante a leitura para poder vê o quanto o autor evoluiu em sua escrita com o passar dos anos. Que venha mais Jorge Amado !
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Crixtina 02/11/2023

Cacau
Cacau é o segundo romance de Jorge Amado, publicado em 1933, considerado pela crítica um romance-reportagem que traz à tona a situação das pessoas que dependiam do cacau, uns para manter a riqueza, outros para garantir o sustento diário.
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D. João Gabriel 15/04/2021

Militância do jovem J. Amado
Há um discurso de esquerda no livro. Contudo, a forma como foi escrito lembra um diário de memórias, com poucas datas, mas com diálogos. Escrito por um trabalhador duma fazenda de cacau na Bahia.

Apesar do conteúdo, é uma leitura bem fluída e interessantíssima.
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Steffani5 04/11/2023

Uma boa leitura
Gostei da história, do desenvolvimento, da narrativa, da escrita.

Em algumas passagens, foi difícil de ler, mas retrata a realidade que inconscientemente ignoramos.

Mais um livro lido do autor.
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Nayarinha 29/08/2021

Nossa!
Esse livro me surpreendeu muito, nunca tinha lido um livro de literatura brasileira na minha vida e esse se tornou o meu livro favorito, a história me encantou de uma forma, senti muita dor com alguns capítulos e ri muito em outros, esse livro se tornou o meu favorito do Jorge Amado!
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Chozas 26/07/2020

Simples e magnifico
Estou impressionado como li a história trazendo ela ao presente, acho que um bom livro faz isso, não te leva apenas ao passado, mas faz você ver as coisas no presente com coisas do passado, ou isso é ser transportado ao passado?!
Um conto rápido,numa denúncia de condições de emprego, uma luta sem teoria, uma história de amor e fidelidade, para com a classe.
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Maycon.Felipe 17/06/2020

Primeiro e único livro que li até agora de Jorge Amado. Pretendo ler outras obras desse autor que, na minha opinião, merecia um ou dois prêmios nobéis da Literatura. Gosto como o protagonista (José Cordeiro) retrata a vida dos trabalhadores dos cacaueiros.
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Mariana Cunha 12/06/2020

Amado
Sempre nos presenteando com ótimas leituras... Cacau é o segundo livro que leio do autor, e só o que tenho a dizer: perfeito
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Fabio 03/11/2022

Esse livro é brilhante!
Recebi críticas negativas deste livro. Para economizar, comprei uma versão caindo aos pedaços para não gastar em um livro potencialmente fraco. Que arrependimento! Queria uma versão linda na minha estante.

Esse livro é MUITO mais simples, direto e menor do que os demais livros da obra de Jorge Amado costumam ser. Um livro sucinto, seco, objetivo. Ainda assim, é um livro com um conteúdo denso, com a forte crítica social (mais exposta e clara do que em outras obras do Jorge) feita por meio da análise de um povo que apenas sobrevive, em que é difícil ter sonhos quando cada dia é uma batalha pela sobrevivência. Muito político, como o próprio Jorge Amado era.

A narrativa é pouco descritiva, o que acho coerente já que estamos em latifúndios em que tudo é safra de cacau. O livro tem muitas falas e foca mais no aspecto emocional dos trabalhadores. Ele desenvolve os sentimentos e as relações dos trabalhadores entre si e com seus patrões. É um livro majoritariamente dramático e triste, mas o Jorge não deixa de mostrar o amor, a amizade, a diversão e outros aspectos positivos dessas pessoas (que existem, apesar dos esforços para apagá-los).

Resumindo: Um romance lindo. E importante demais. Entrou na lista dos meus favoritos.
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Natty 17/12/2023

Do Cacau pra o Rio de Janeiro
José Cordeiro que era rico quando criança, fica pobre anos depois e vai trabalhar na roça numa fazenda de cacau.Lá encontra outros trabalhadores,onde conversando percebe que os ricos cada vez enriquecem mais à custa da exploração dos pobres mais necessitados.
Bom,Jorge Amado é gênio pra escrever sobre a alma do povo nordestino:lutas,fraquezas,anseios...

Nota:????
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Junior Melo 18/12/2020

O Cacau é o ouro
Primeira obra de Jorge Amado que escolho pra ler, decidi ir por ordem de publicação dele, e foi um começo muito bom. Como conterrâneo de Jorge, nascido na mesma cidade, sou suspeito a falar a obra retrata a realidade da região muito bem, e infelizmente ainda é bastante atual. A obra tem alguns problemas de narrativa que acho que se devem pelo fato de ser uma de suas primeiras, mas nada muito negativo, mas o final foi bem anticlimático.
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Aurea31 07/04/2019

"Ah, o comunismo é sanguinário" "Ah, o comunismo é inaceitável". Eu sou adepta de uma conduta na qual você lê de tudo pra poder dar sua opinião sobre o determinado assunto. Cacau é o segundo livro que eu leio de Jorge Amado e td vez que leio compreendo um pouco mais as motivações que levaram e levam às pessoas a se revoltarem contra o sistema que rege nossas vidas. Assim como em Seara Vermelha, em Cacau encontramos os traços da miséria ocasionada pela exploração da classe operária e agricultora pelos grandes fazendeiros ou administradores. Primeiro a exploração escravocrata negra e indígena. Depois a pseudoescravocrata de pessoas brancas que são caluniadas, negros por herança infeliz. "Ah, não é correto resolver os problemas com revoluções sanguinárias." Tá. Mas quando que se vai estabelecer um discurso de abominação à exploração? Quando se vai haver consciência de classe? "Ah, mas é só trabalhar que junta dinheiro e melhora de vida!" "Só é pobre quem não se esforça um pouco mais". Porque tantas desculpas egoístas? Pq parece tão difícil admitir a corrupção do sistema que gera as desigualdades? É preciso abrir os olhos da sociedade brasileira. Desromantizar as histórias de superação. Claro, validá-las sim. Mas não usá-las como regras pq é doentio e está errado. Se você é alguém aberto a sair da sua bolha social confortável e despertar para os problemas que existem ao nosso redor recomendo a leitura das obras de Jorge Amado, que assim como eu não vivendo a realidade mais desumana do sistema tentou (eu tento) abrir os olhos de quem tem privilégios e se recusa a tomar qualquer atitude para beneficiar quem mais sofre com esse ciclo vicioso. Derramamento de sangue é sim condenável, assim como a exploração e a contribuição para a vida miserável de outros seres humanos por atos desonestos também o é. Saiba-se enxergar os contextos e não a necessidade de criar pretextos infundados ou fundados na ignorância escolhida.
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