Cacau

Cacau Jorge Amado




Resenhas - Cacau


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mari 17/06/2021

mutcho bom
a princípio fiquei com medo da leitura não fluir, mas achei a linguagem bem fácil e simples.
a história em si não tem muita movimentação, não que isso tenha afetado muito o entendimento.
em geral eu gostei bastante, terminei tudo em uma sentada :>
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Luiza.Rufino 16/04/2022

Demorei um pouco de ler mesmo sendo curtinho por causa da correria. Eu gostei desse livro pois ele mostra bem a realidade daqueles trabalhadores, tem frases que vc tem que ler umas duas vezes para entender oq queria dizer. Porém vale muito a pena!
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guibre 24/02/2013

Primeiramente, o óbvio: Jorge Amado escreve de forma simples, fato que é um dos fundamentos do sucesso de seus livros. Cacau não é diferente. Ao retratar a precária situação dos trabalhadores nas lavouras de cacau, o ênfase principal são as dificuldades enfrentadas por eles, como os miseráveis salários e o autoritarismo patronal, na maioria das vezes efetivada através de prepostos. Algumas situações, na atualidade, seriam caracterizáveis como condições análogas a escravidão.

O principal recurso utilizado pelo autor para demonstrar a injustiça de tal situação é o contraste entre o proprietário rural e sua família e os trabalhadores. As relações de poder também são retratadas, destacando-se a subserviência destes últimos perante aqueles, símbolo de dominação. O narrador, que é um trabalhador, desenvolve paulatinamente uma tênue consciência de classe, diante do seu sofrimento e dos demais, negando a hipótese de enriquecer com a exploração de outros. No mais, revela-se o ponto de vista dos marginalizados, como as prostitutas, outro traço marcante da obra de Jorge Amado.

Pessoalmente, considero Cacau um bom livro, mas limitado. Pode ser injusto compará-lo com uma obra "As Vinhas da Ira", mas, pessoalmente penso o livro do escritor baiano é muito inferior ao descrever as agruras dos trabalhadores rurais. Ambos suscitam importantes reflexões quanto a posição da referida classe, bem como em relação as relações de poder, mas Cacau me parece um tanto quanto superficial nesses aspectos.
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Nadine Hoffmann 26/11/2022

Interessante
Não é meu livro preferido do Jorge, mas o cenário é interessante, novas coisas aprendidas com essa leitura.
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Ale 20/04/2018

Lendo Jorge Amado em Ordem Cronológica
Vamos para o nosso segundo livro do Projeto Lendo Jorge Amado em ordem cronológica, já explicamos o projeto aqui.
E Jorge Amado foi bem direto na sua escrita, vamos mergulhar no dia a dia dos trabalhadores das fazendas de cacau...Vamos nos alegrar, nos entristecer... Indignados mas, mais uma vez de mãos atadas... Jorge Amado vai relatar a vida de pessoas simples e humildes esquecidos por todos...Lógico que mais uma vez a critica ao seu País fica evidente...
Aqui vamos conhecer José Cordeiro, rapaz de família rica, mas, que com a morte do pai e um golpe do tio (ou seja, não confiem em ninguém) irá ficar pobre, pobre... Honesto e esforçado, irá tentar a sorte em Ilhéus "terra do cacau e do dinheiro " ( pág.15).
Quanta inocência!!!

Irá cair nas mãos do fazendeiro Manoel Misael de Souza Telles, conhecido como Mané Frajelo... Nesse ponto da história José Cordeiro, perde a identidade, e vira o Sergipano.

"- Está alugado do Coronel.
Estranhei o termo:
- A gente aluga máquina, burro, tudo mas gente, não.
- Pois nessas terras do Sul, gente também se aluga.
O termo me humilhava. Alugado...Eu estava reduzido a muito menos que homem..." Pág. 23

Jorge Amado não tenta romancear absolutamente nada, vamos conhecer de perto o sofrimento de gente humilde, sem estudos e que embora recebam um "salário" trabalham como escravos, sendo obrigados a comprar na própria lojinha da fazenda, com preços anormais, e geralmente acabam ficando sem "saldo", salário...
Mesmo retratando um povo humilde, usando uma linguagem coloquial, Jorge Amado consegue discutir assuntos como repressão social, luta de classes...
Não temos personagens passivos, temos personagens questionadores, insatisfeito, com vontade de mudar, de correr atrás dos seus sonhos, mas, ao mesmo tempo, conseguimos enxergar o medo, as chantagens e dessa forma tornam-se cada vez mais escravizados.
A figura do coronel é ao mesmo tempo amada e odiada. Afinal o coronel, faz "favores", dá casa e comida..
Em plena década de 30 temos talvez (pelo menos aqui retratado) o começo, ou melhor uma tentativa de abrir a boca, de brigar, de exigir o que é seu por direito, quando o preço do cacau cai, o coronel diminui o sálario, (se isso era possível), Sergipano propõe uma "greve"... Mas... E o medo de todos serem demitidos e outros serem contratados...

"- Estamos vencidos antes de começar a lutar.
- Nós já nasce vencido... - sentenciou Valentim.
Baixamos as cabeças. E no outro dia voltamos a trabalhar..." Pág. 125

Engraçado!!! Continua tudo igual, continuamos trabalhando com salários baixos, mas, nos tornamos escravos do medo...
Ah!!! E o trabalho infantil também é retratado nessa obra do Jorge Amado, as crianças iam desde cedo trabalhar na lavouras...

Nossa primeira leitura foi País do Carnaval, falamos dele aqui. Cacau foi escrito depois de dois anos! Medo da nossa próxima leitura, o que será que Jorge Amado nos reserva...

E você Tá Lendo?


site: https://blogtalendo.blogspot.com.br/
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custodiovitoria 29/07/2021

Jorge Amado nos apresenta às roças de cacau no sul da Bahia e a luta dos trabalhadores para sobreviver.

Segunda obra do autor, embora sejam feitas algumas críticas aos seus primeiros livros, Cacau me impressionou bastante.

Com uma narrativa fluída e personagens bem desenvolvidos, Jorge Amado transporta o leitor ao cotidiano difícil dos trabalhadores nas roças de Cacau, que descobrem a luta de classes.

A história me lembra, de certa forma, as histórias de meu avô. É uma boa leitura.
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Locimar 04/09/2020

Não foi o primeiro do Jorge Amado que eu li mas gostei imensamente.
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Thiago Barbosa Santos 17/09/2018

Luta de classes
Jorge Amado tinha uma literatura de engajamento. 'Cacau', segundo romance do autor baiano, é uma das grande provas disso. Um livro que fala sobre as relações sociais, trabalhador x patrão. A personagem principal é um sergipano de São Cristóvão, que em busca de melhores condições, de um trabalho, vai parar na região cacaueira do sul da Bahia. Chega por lá miserável, passando fome, e ganhou emprego em uma fazenda.

No começo ele aparece bastante satisfeito, pois lá tinha moradia e comida. Porém, com o tempo e a convivência com os companheiros de trabalho, começa a observar que lá todos também vive em uma condição miserável e são explorados pelos patrões. É interessante observar a mudança de perspectiva do sergipano ao longo do livro.

O Sergipano tem uma condição intelectual melhor que a dos companheiros de trabalho. Teve a oportunidade de estudar. Era bonito, chamou a atenção de Mária, filha do patrão. Teve a chance de casar com ela e mudar de vida, virar patrão. No entanto, ele se mantém firme ao lados dos amigos e diz que não queria aquela vida para ele, explorar os outros. Se ela quisesse, que se tornasse esposa de um 'alugado'.

'Cacau' é um livro que expõe muitas realidades dessa luta de classes, como o Exército industrial de reserva, conceito desenvolvido por Karl Marx que fala sobre a necessidade capitalista da alta taxa de desemprego permanente para inibir as reivindicações trabalhistas. "Um dia, por fim, diminuíram os salários para três mil réis. Eu chefiei a revolta. Não voltaríamos às roças. Combinamos tudo à noite...João Grilo chegou por última. Vinha de Pirangi e quando soube do nosso plano nos desanimou.

- Nem pense, chegou trezentos e tantos flagelados que trabalha por qualquer dinheiro...e a gente morre de fome...

Baixamos as cabeças. E no outro dia voltamos ao trabalho com 10 mil réis a menos".

No fim do livro, a personagem principal se muda para o Rio de Janeiro e por lá conhece a verdadeira luta de classes.

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Mari 20/11/2023

José Cordeiro expõe as faces das lavouras de cacau no sul da Bahia, mostra a dura realidade dos trabalhadores braçais e a falta de perspectiva na vida dessas pessoas. Estas, muitas vezes analfabetas, são ludibriadas pelos coronéis da região e se veem presas a um destino de exploração. A história se passa no início do século XX, mas acredito que pouca coisa deve ter mudado. Como um fruto tão doce e saboroso pode compartilhar de tanta desigualdade social...
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Aurea31 07/04/2019

"Ah, o comunismo é sanguinário" "Ah, o comunismo é inaceitável". Eu sou adepta de uma conduta na qual você lê de tudo pra poder dar sua opinião sobre o determinado assunto. Cacau é o segundo livro que eu leio de Jorge Amado e td vez que leio compreendo um pouco mais as motivações que levaram e levam às pessoas a se revoltarem contra o sistema que rege nossas vidas. Assim como em Seara Vermelha, em Cacau encontramos os traços da miséria ocasionada pela exploração da classe operária e agricultora pelos grandes fazendeiros ou administradores. Primeiro a exploração escravocrata negra e indígena. Depois a pseudoescravocrata de pessoas brancas que são caluniadas, negros por herança infeliz. "Ah, não é correto resolver os problemas com revoluções sanguinárias." Tá. Mas quando que se vai estabelecer um discurso de abominação à exploração? Quando se vai haver consciência de classe? "Ah, mas é só trabalhar que junta dinheiro e melhora de vida!" "Só é pobre quem não se esforça um pouco mais". Porque tantas desculpas egoístas? Pq parece tão difícil admitir a corrupção do sistema que gera as desigualdades? É preciso abrir os olhos da sociedade brasileira. Desromantizar as histórias de superação. Claro, validá-las sim. Mas não usá-las como regras pq é doentio e está errado. Se você é alguém aberto a sair da sua bolha social confortável e despertar para os problemas que existem ao nosso redor recomendo a leitura das obras de Jorge Amado, que assim como eu não vivendo a realidade mais desumana do sistema tentou (eu tento) abrir os olhos de quem tem privilégios e se recusa a tomar qualquer atitude para beneficiar quem mais sofre com esse ciclo vicioso. Derramamento de sangue é sim condenável, assim como a exploração e a contribuição para a vida miserável de outros seres humanos por atos desonestos também o é. Saiba-se enxergar os contextos e não a necessidade de criar pretextos infundados ou fundados na ignorância escolhida.
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TalesVR 02/06/2019

Romance proletário
O próprio Jorge Amado, em analise posterior, classificou ''Cacau'' como um romance proletário. Quem sou eu pra discordar? A estória é sobre um sergipano f#dido que prefere a luta de classes do que o amor pela sinházinha da fazenda do patrão. O livro retrata bem o cotidiano horroroso do trabalhador do cacau nos anos 20/30 e a sua luta pela sobrevivência. Seria chover no molhado dizer que é bom, Jorge Amado desde o início sempre é bom, e no seu segundo romance ele já ta matando a pau. O HOMEM É BOM MESMO!
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Tiago343 09/02/2023

"Um dia..."
As primeiras páginas do livro introduzem O Sergipano, o protagonista da história, acho que esses termos não caem bem para retratar personagens tão reais e que já foram cotidianos, expostos e apresentados em "Cacau". O livro é simplesmente uma obra-prima da literatura Brasileira, digna do ocupante da vigésima terceira cadeira da ABL.

Nesse livro, percebe-se naturalmente o florecimento do que já foi broto, as ideias sociais de Jorginho, aqui elas aparecem de forma muitíssimo mais abertas, imagino como foi a recetividade do livro na época.

Por falar em flora, é na página 63 que vemos o defloramente de Zilda, aos DEZ ANOS!!! por Osório, filho de Mané Miserável Saqueia Tudo (ou coronel Merda Mexida Sem Tempêro, para os menos intimos), ela esperara o letrado voltar para ter a chance de dormir com ele mais uma vez, quando enfim este estava de volta à cidade, se arrumou toda mas ele disse que estava feia, e foi dormir com Antonieta, Zilda, rameira aos 13 anos, suicidou-se com veneno vestida no seu melhor vestido que comprara a fim de impressionar.

Essa é so uma das várias perversidades do livro, e pensar que tudo é embasado na verdade que permeou a minha Bahia, triste, muito triste ler um livro onde meninos conhecem antes o sexo e são indiferentes a escola, veem o dia e não o diferenciam da noite.
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Junior Melo 18/12/2020

O Cacau é o ouro
Primeira obra de Jorge Amado que escolho pra ler, decidi ir por ordem de publicação dele, e foi um começo muito bom. Como conterrâneo de Jorge, nascido na mesma cidade, sou suspeito a falar a obra retrata a realidade da região muito bem, e infelizmente ainda é bastante atual. A obra tem alguns problemas de narrativa que acho que se devem pelo fato de ser uma de suas primeiras, mas nada muito negativo, mas o final foi bem anticlimático.
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