O muro

O muro Céline Fraipont




Resenhas - O Muro


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@retratodaleitora 08/10/2015

"Alguns momentos de nossas vidas passam espalhando nuvens de cinzas no céu."
"Alguns momentos de nossas vidas passam espalhando nuvens de cinzas no céu."



O Muro conta a história de Rosie, uma garota de 13 anos que é abandonada pela mãe, que foge com outro homem; e pelo pai, que não lhe dá atenção e mal vê a menina.
Apesar da tristeza, Rosie lida bem com a situação, pois tem o apoio da melhor amiga Nath com quem passa a maior parte do tempo e divide toda a sua frustração. Ambas com problemas na família. Ambas procurando alívio na bebida e no cigarro.

Quando a mãe de Nath proíbe a filha de falar com ela, depois da menina ter prometido a Rosie que nunca a abandonaria, tudo parece desabar. Logo a tristeza dela se converte em um vazio; e uma vontade louca de preenchê-lo.

Sem ajuda nem com quem conversar, Rosie se afasta cada vez mais dos olhares gerais. Ela passa seu tempo sentada em um muro, bebendo e olhando as estrelas, até conhecer Joiakim, ou simplesmente Jô; que apresenta a ela grupos musicais de punk rock e parece gostar de verdade de sua companhia.
Desorientada e sem destino, começa a seguir os paços errados dele, já que ela mesma não sabe para onde ir...



"Sei que estou fazendo coisas erradas, mas, pensando bem, será que realmente tenho escolha?
Me permitir a sensação de estar viva, para esquecer, um pouquinho que seja, esse vazio insuportável dentro de mim."



Essa Graphic Novel tem como cenário uma pequena cidade do interior belga, em 1988. Acompanhamos então a forte e desoladora trajetória de uma criança abandonada à própria sorte, da qual quase tudo foi tirado.
O peso da existência, a falta de diálogo, as drogas, laços quebrados... Tudo retratado em um traço escuro, repleto de sombras e dolorosos contornos.

Somos apresentados a uma protagonista melancólica, desanimada e depressiva. Uma hora tudo para de fazer sentido para ela, que começa a mentir e omitir apenas para sentir alguma emoção, sentir alguma coisa. Depois vêm as drogas e as más influências, chegando de repente, trazendo primeiro alívio, depois estragos... E ela tem apenas 13 anos.

Uma leitura rápida, mas extremamente verdadeira e crua; sensível e questionadora. Que faz o leitor se imaginar no lugar da menina e torcer por ela, para que tudo dê certo no fim e ela possa encontrar alguma felicidade em meio a tantos tormentos...

Esse foi meu primeiro contato com os quadrinhos mais "adultos" e posso dizer que não poderia ter começado por um melhor.
Quando solicitei para a editora eu sabia que iria gostar, mas não imaginava o quanto. E confesso: fiquei apaixonada! Que história incrível...
O final foi bem intenso e emocionante, eu adorei a forma como tudo terminou. Quando acabei fiquei pensando: seria tão legal um filme dessa graphic... Ou um livro, talvez.

Agora comentando um pouco sobre a edição: não tenho muito o que dizer. Revisão e diagramação incríveis. E sobre o desenho uma palavra basta: marcante.

"Morro de angústia...
Quero ficar na minha bolha, quero que me deixem em paz."


site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2015/09/o-muro-fraipont-bailly.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 15/01/2016

Uma história tristemente bonita
A história se passa numa cidadezinha da Bélgica, em 1988. Rosie é uma garota de 13 anos que se vê sozinha no mundo. A mãe saiu de casa para viver um novo romance em outro país, o pai vive trabalhando e deixa a garota sozinha em casa por dias. Rosie só tem a escola e Nath, sua amiga de infância.

Depois da aula, as duas costumam ficar sentadas em um muro, onde fazem coisas típicas de adolescentes. A amizade que parecia sólida sofre um baque e Rosie se sente ainda mais solitária. No muro, ela conhece um outro personagem com quem viverá coisas importantes e que amenizarão um pouco da sua solidão, mas que também lhe causarão alguns problemas.

Na época da adolescência eu lia algumas HQs, mas fiquei um bom tempo longe desse universo. Atualmente, por ver várias resenhas de HQs e graphic novels em blogs que visito, a vontade de lê-los foi ressurgindo em mim. Por isso, quando tive a oportunidade de ler "O muro", fui correndo aproveitar, e não poderia ter tomado decisão melhor.

Ler a graphic novel foi uma experiência nova de certa forma, foi muito interessante poder ver os personagens e as cenas, procurar nos desenhos as emoções que nos livros são passadas através das palavras, ver frases e imagens se complementando.

Gostei bastante da história, quando terminou eu fiquei com aquela vontade de ter mais páginas para ler. Fiquei triste ao ver a solidão da Rosie, me identifiquei com ela em alguns pontos, tive vontade de entrar na história e impedir que ela fizesse algumas coisas erradas em algumas páginas. "O muro" é uma história tristemente bonita, que valeu a pena ler e que eu recomendo. Foi uma leitura rápida e muito tocante.

"Me sinto como um soldadinho numa trincheira. E acho que estou completamente sozinha neste combate." (páginas 12 e 13)

As páginas são brancas e as ilustrações são em preto e branco, com um estilo mais sombrio. Achei a capa super bonita, gostei da combinação de cores. As letras tem um tamanho bom para leitura.

Para mim, foi uma ótima porta de entrada para o mundo das graphic novels, pretendo ler outras futuramente. Em menos de 200 páginas eu ri, fiquei tensa, revoltada, triste, emocionada e torci muito pela protagonista. Enfim, "O muro" é uma leitura que recomendo, especialmente para quem já passou da faixa etária da protagonista (a história pode ser um pouco pesada para pré-adolescentes).


site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/01/resenha-o-muro-fraipont-e-baily.html
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Lima Neto 14/11/2016

"apanhador no campo de centeio"
muito sensível e tocante história, com pitadas fortes de solidão e da sensação de se estar deslocado no mundo.
ler esta HQ me fez lembrar muito, em muitos momentos, na célebre história de Salinger, "o apanhador no campo de centeio".
quem nunca se sentiu como Rosie, deslocado, sem saber o seu lugar no mundo, sozinho, desejoso por um abraço, por um momento de compreensão?
"o muro" é uma história que vale muito a pena ser lido não de supetão, mas aos poucos, entrando na psicologia da personagem, entendendo-a, abraçando-a, sentindo sua solidão e deslocamento no mundo.
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Tha_Reis 04/01/2023

"Acho que ainda sinto vontade de ser uma garotinha..."
"Alguns momentos de nossas vidas passam espalhando nuvens de cinzas no céu. Suas partículas escuras envolvem nossas almas com um frio glacial. Então, pouco a pouco, a lembrança nos invade com uma força imprevisível e rara." (p.186)

Confesso que fiquei bem decepcionada com essa graphic. O enredo é o velho clichê da adolescente que vive uma fase de rebeldia após um drama familiar e desenvolve um comportamento autodestrutivo com vícios em álcool e drogas. Ela se envolve com outros jovens problemáticos e um deles vira interesse amoroso. Milagrosamente esse namoro regado a irresponsabilidade é o que faz a adolescente tomar os rumos na vida.

Sendo assim, o enredo toca em vários pontos sérios como depressão, vícios, negligência, auto sabotagem, amizades tóxicas e crise de amadurecimento, porém, tudo isso é apenas pincelado, sem maiores inclinações num ponto específico. É como se a autora tivesse evocado vários elementos só pra deixar tudo mais apelativamente dramático, mas, por não aprofundar em nada, ao final a metáfora do "muro" acaba se enfraquecendo.
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Saay! 05/02/2023

eita
No livro todo eu me senti representada, cm pode ser tao engual meus pensamentos, ??. O namo dela eh meio exótico mas quesou eu p julgar mulher alheia
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Caike 27/09/2017

Lindamente Triste
Se colocar no lugar de Rosie é difícil, mas a mensagem que ela passa mesmo sendo uma personagem jovem e um tanto quanto calada, nos faz questionar nosso lugar no mundo e o lugar das pessoas amamos.
Completamente jogada ao mundo, Rosie se vê sem mãe que fugiu em uma aventura amorosa e com um pai que esta sempre trabalhando para tentar não pensar na ex-esposa, Rosie apesar de nova, aparenta ter indícios depressivos, talvez por tudo em relação aos seus pais ter acontecido de repente, além de sua melhor amiga ter se afastado, Rosie vive um dia atrás do outro em uma rotina mais do que "parada", ela fica extremamente desorientada em relação ao mundo. Com a melancolia que entra sua vida, ela se vê mudar, ora impotente, ora determinada.

PS: recomendo que leiam com celular próximo de si, para que quando Rosie estiver em um ambiente com música, parem e procurem a mesma para entrar no clima do local (música na página estará marcada com um *).
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Leonardo1436 19/10/2017

Solidão!
A premissa é direta e sensível. Uma jovem de apenas 13 anos, que não atingiu a puberdade ainda, é forçada pelo destino a enfrentar duros dias de solidão. Envolta em um mundo frio e sem amor, ela imagina que está constantemente sozinha, mesmo sabendo que é a ordem natural das coisas, decorrente dos últimos acontecimentos em sua vida. Ela não consegue enfrentar seus demônios e se entrega de corpo e alma a novas experiências e sensações. Sem atenção suficiente de seus pais, ela se torna vitima de si mesma. Seu mundo já não é mais o mesmo, o novo é convidativo, sedutor, perigoso e mesmo assim na atual situação não há nada que a impeça. Uma história sobre amor e solidão.

Além de toda profundidade que a autora consegue chegar, a abordagem aos temas que estão camuflados a trama é um grande diferencial. Os leitores são convidados a sentir a mesma solidão da pequena Rosie. Quantas pessoas não passaram em algum momento na vida por uma solidão incomoda e involuntária?

A solidão pode se apresentar de várias formas, seja pela ausência física de companhia, seja pelo abandono sentimental ou pelo simples fato de se sentir deslocada no contexto em que se encontra. No caso da pequena Rosie parece que ela fisgada por todos os tipos de solidão. Uma jovem de 13 não deveria de forma alguma ter questões e responsabilidades tão importantes para resolver por si só. Ainda não há maturidade suficiente, não há discernimento e muito menos malícia para tratar de alguns assuntos. Além de todas as ausências que a edição apresenta, a recorrente fortíssima da história são as relações amorosas. Mas não somente relações de amor apaixonado, mas sim de amor fraterno. Claro que para aumentar o tom dramático, essas abordagens são sutis e serve como pano de fundo para o principal plot. Como os sentimentos encontram refúgio em determinados pontos como as drogas, álcool e cigarro, é apresentado o quão se fica vulnerável e dependente dessa fabricada e artificial condição de felicidade passageira.

Por fim, você leitor lerá uma edição digna de reflexão e com uma arte excepcional. Uma narrativa gráfica fora de série, com um jogo de sombra e luz capaz de nos transcender para dentro da cabeça da personagem. Uma história curta com um final incrível. Um verdadeiro muro que divide a inocência da perigosa vida adulta.

site: https://mundohype.com.br/review-o-muro-de-celine-fraipont-pierre-bailly/
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Anny Karol 06/02/2021

Deixa a desejar
Nem sei o que dizer dessa história, rasa, não consegui me conectar com a personagem mas se salvou com o final e com o que conseguir extrair de lição do livro.
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Carol Nery 27/01/2018

Devastada!
A melhor leitura de aniversário ever. Muito feliz em feito essa aquisição no fim do último ano, e mais feliz ainda por tê-la selecionada para uma data como hoje, meu aniversário.
Lendo O Muro me deparei com toda a melancolia e desespero que uma adolescente de 13 anos vive (ou acha que vive), revivi algumas sensações e fui tocada lá na Alma! Amei!!!
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Claudio.Simonetti 26/02/2018

O muro
Clima pesado, o livro nos faz entrar na aflição do personagem de uma forma inexplicável. Adorei está HQ.
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Rafiza 02/07/2020

sobre uma garota perdida, uma criança que nao sabe como olhar pro mundo ou pra si ainda.

gostei, o traço é lindo. só nao acho que os autores conheçam muitas meninas de 13 anos.
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Maíra Marques | @literamai 09/12/2020

Siga: @literamai
📝 ❝Agora tenho que me forçar a fazer as coisas... Tudo me aborrece... E estou sempre angustiada... (...) Quero ficar na minha bolha, quero que me deixem em paz.❞

⊰⊹ "O Muro" é uma graphic novel da @editoranemo , roteirizado por Céline Fraipont e ilustrado por Pierre Bailly. A história se passa em 1988 pela visão de Rosie, uma menina de 13 anos.

Sinceramente nem sei por onde começar a falar dessa GN, pois mais uma vez fui impactada com uma história incrível. Rosie acabou de ser abandonada pela mãe, ela foi embora da Bélgica com um cara para Dubai. O pai da menina passa a trabalhar mais do que antes para esquecer a situação e manter a família, chegando a passar dias em outro país. Rosie fica sozinha em casa.

Quanta responsabilidade para uma criança né? Por mais que o pai confie nela, ele não é o único que se feriu. Claramente Rosie está depressiva e busca nas pessoas ao seu redor a falta da mãe. Entre faltas frequentes na escola e envolvimento com bebidas alcoolicas, ela conhece Jô.

Jô dividiu minha opinião sobre ele diversas vezes durante a leitura, me levando a uma reflexão muito profunda do mundo. Ele é judeu, tem 16 anos e mora sozinho. Usa a estrela de Davi em suas roupas, orgulhoso de mostrar ao que pertence. Fã de rock, vende drogas com mais quatro amigos para possuir alguma renda. Apesar do seu histórico não tão agradável, em nenhum momento ele foi maldoso ou desrespeitoso com Rosie. Ao contrário, é belíssimo a forma como ele a instruiu a consertar sua vida.

Essa GN aborda tantos assuntos importantes que não acredito que listá-los seria o suficiente para te convencer a lê-la! Abandono materno, depressão, imigração, descoberta do próprio corpo, vícios... E assim segue! Não me canso de ressaltar o quanto as edições da Editora Nemo são sensacionais! É uma verdadeira aula em quadrinhos, quanta reflexão!

site: https://www.instagram.com/literamai
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