Cleo 22/12/2022
Entre clichê e original, juventude e maturidade
Um livro que de início parece ser uma ficção científica mais raiz em que há toda uma construção de mundo confusa, e também uma aventura infanto-juvenil da protagonista com um grande destino, mas que não é tudo isso. Particularmente, acho boa essa fuga de clichês, por outro lado, não acho que a autora alcançou muito um "outro lado", seja lá qual for.
Não é uma grande aventura juvenil, mas também não é uma literatura adulta potente, que se debruça sobre os temas pesados que o texto propõe.
O tema do futuro após desastre ecológico já é super comum na ficção, e aqui não está na sua forma mais potente. A prosa atinge em alguns momentos um estilo mais poético, mas poucos (talvez coisa da tradução?).
Mas dizer que achei um livro médio não é ruim. Gosto que seja uma narrativa com pouca ação, gostei muito do dilema central "o que fazer se eu tenho um recurso que me basta, mas que se fosse dividido não bastaria a ninguém, mas ajudaria muitos durante um tempo?". É uma edição quase de bolso com menos de 300 páginas, não faço ideia de quantos livros a Emmi Itaranta escreveu antes, se bobear fez bastante até. Tá tudo bem.