JehRelogi 04/09/2016
Poderia ter sido melhor.
Olá leitores!
Um dos livros que eu mais queria ler era One Man Guy, não sei bem dizer o porquê, mas algo nele me atraia muito, acredito que tenha sido a curiosidade por ser uma obra LGBT. Eu já li muita coisa nesse gênero, mas não passavam de fanfics e afins, um livro mesmo, seria a primeira vez.
Vamos lá!
One Man Guy conta a história de um adolescente, Alek que é obrigado pela família a ficar em casa nas férias escolares fazendo aulas extras, para que no próximo ano letivo ele esteja adiantado na turma, mas essas aulas são ministradas para aqueles alunos que não tiveram bom desempenho durante o ano e podem vir a reprovar.
Muito indignado, Alek começa a as aulas e encontra um garoto que o salvara de uma possível briga uns dias antes e logo o interesse por ele desperta, mas não amoroso, mais por curiosidade, já que este mesmo garoto é o tipo bagunceiro popular que toda escola tem.
Aos poucos os dois começam a interagir, Ethan o leva para um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York onde Alek pela primeira vez se diverte, sem ser com seus pais e irmão.
Aliás, a família do Alek é super tradicionalista, em todos os sentidos, ao ponto de enlouquecer uma garçonete! E eles ainda tem a tiracolo o passado da família, que foi dizimado pelo Genocídio armênio e que, a desaforo de todos, não consta nos livros de história e tampouco é lembrado pelas pessoas. Daí seu pavor em manter relações com os turcos, pois foram eles os culpados dessa mancha negra no povo armênio.
Mas voltando ao casal, com o passar do tempo Ethan conta ao Alek sobre suas predileções e então rola o tão esperado beijo.
Eu gostaria de ressaltar três pontos da leitura:
Primeiro: a amiga de Alek, Becky, que é aquela típica amiga para todas as horas e momentos. Ela não deixa passar nada despercebido, inclusive é ela que chama a atenção do Alek sobre os sentimentos dele em relação ao Ethan. Também é uma das melhores personagens da história, estando sempre empolgada em seus patins e pronta para assistir a mais um filme da famosa Audrey Hepburn.
Segundo: a narração é rápida demais! Sério mesmo, o livro é curto e em um dia, no máximo dois, dá pra ler ele. Apesar dos acontecimentos da história terem quase três meses de duração, não há profundidade neles. O autor não explorou as dúvidas do Alek ao se descobrir gay, nem da família quanto ao relacionamento de ambos, na verdade, foi tudo bem aceito desde o começo como se fosse a coisa mais natural e não existissem conflitos internos e externos.
Terceiro: faltou e muito um desenvolvimento maior da relação dos dois garotos, pois ficou parecendo bem superficial e só uma paixãozinha entre adolescentes. Não que isso não possa ser, mas o autor podia ter nos dado um pouco mais deles juntos, até porque o casal era bem agradável.
Minha conclusão:
Apesar de eu ter estado quase maluca para ler o livro, ele não sanou todas as minhas expectativas, pois me deixou ao final com um gostinho de quero mais. Apesar disso, é um livro bem fofo, com um romance pra lá de clichê.
Uma curiosidade: o título do livro é o nome de uma música de Rufus Wainwright e esse músico tem um importante papel no desenvolvimento da relação dos dois garotos.
site: http://garimpeiradelivros.blogspot.com.br/2016/05/one-man-guy-michael-barakiva.html