Francisco 28/07/2015
FOFO DEMAIS
VOCÊ!! Você mesmo que é adolescente, ou já passou por essa fase, qual a sua intenção ao procurar a resenha desse livro, claro ler o livro obviamente, dã? Mas digo, qual a sua intenção de verdade ao ler esse livro? Buscar histórias que remetam a sua adolescência? lhe divirta como um filme de sessão da tarde? Ou ensinamentos, sobre relacionamentos e vivência de vida? Se for uma dessas opções, sim, você está procurando o livro certo.
One Man Guy é um livro de Michael Barakiva, primeiro livro dele por sinal, onde conta a história de Alek um filho de uma família descendentes de Armênios que vivem nos Estados Unidos, que possuem todo um rigor da cultura desse povo, então foi criado sob os olhos dos exigentes pais e de um irmão que segue à risca a cultura armênia, apesar de um dos traços desse irmão, coisa de irmão mais velho, é empentelhar a vida de Alek.
O nosso protagonista, vai se descobrindo gay ao longo da história, ao conhecer Ethan, o qual começar a desenvolver uma paixão, a qual ele ainda não entende muito, interessante esse processo de descoberta que o autor descreve, que poderia ser qualquer uma das muitas ocorridas na adolescência, do quão natural que ele descreve esse processo. Ethan, é um personagem que já se descobriu Gay e leva Alek a viver grandes (pequenas dependendo do ponto de vista da descoberta) emoções na Big Apple. Os dois vão descobrindo o Amor nesse relacionamento, do qual Alek teme que seus pais descobrem.
As coisas acontecem tão rápido que torna a leitura leve, que quando você percebe já finalizou o Livro. Aliás, uma das coisas mais interessantes do livro é o Universo da cultura Armênia, o qual o autor descreve, devido ser descendente de tal, e ficamos imersos a esse mundo, o que é muito legal. Meio que entramos em novelas da Gloria Perez que tem sempre uma história e uma cultura que se relacionam entre si o que torna esse bem livro interessante.
No final a um conflito, que não envolve somente Alek e Ethan, mas toda família, provando que nem tudo parece ser o que é de verdade, e que aquela monstruosidade que imaginamos, pode se transformar numa formiguinha, dependendo do referencial. É uma reflexão interessante, principalmente aqueles que sofrem por antecipação como eu, enfim a leitura finaliza tão leve como começou. E se der, vou ler de novo, e de novo e de novo, como os filmes de sessão da tarde, da qual a gente não procura, assiste quando ta passando e nunca enjoa.
Só uma coisa, que na verdade não foi exatamente uma crítica, mas uma reflexão. Se o processo de descoberta da homoafetividade fosse como a descrição no livro, não teríamos tantas distorções acerca do tema em nossa sociedade, pois vemos o quanto muitos jovens sofrem com isso, seja em casa, na rua, na escola, enfim, sofrem porque não tem um amparo, sofrem preconceito de uma sociedade que não tolera as adversidades, as diferenças. Esse não é sobre Bullying, é sobre amor, e não digo só sobre amor homo afetivo, mas o amor da sua forma mais natural possível, e se o mundo fosse assim. Todos seríamos mais felizes.