O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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Heitor 09/11/2012

O Primo Basílio: bastante ousadia, pouco atrativo ...
Grande nome da prosa realista, Eça de Queirós usou de muita ousadia em "O Primo Basílio" (1878), para evidenciar e criticar hábitos da sociedade burguesa lusitana, já que esta classe havia acabado de chegar ao poder. Esses hábitos criticados compreendem a vida política, familiar, moral e religiosa de toda a sociedade.
Para Eça, Portugal se encontrava em uma situação de "atraso" em relação à outros países Europeus de sua época. Ele, assim como outros tantos jovens intelectuais críticos, tinha o Romantismo como o motivo deste atraso intelectual. Pretendia então, transplantar "métodos científicos" próprios (racionais) na Literatura de sua época, com o objetivo de mudar essa situação.
Em o "O Primo Basílio", o autor escreve um romance que gira em torno de um adultério praticado por Luísa, a "burguesinha da baixa". Uma 'senhora' que possui duas empregadas muito mal tratadas por sua impaciência. Uma delas tem importância fundamental para a dinâmica da trama, e se chama Juliana, uma revoltada que não suporta a servir. Juliana simplesmente tem ódio de suas senhoras, que durante vinte anos, somente a escravizaram.
Em meio a este ambiente, Luísa, casada com o engenheiro Jorge, volta a sentir um amor que estava escondido quando seu marido viaja à trabalho. Acontece que logo que Jorge viaja, desembarca em Portugal Basílio de Brito, primo de Luísa.
Graças à sua vida ociosa e focada apenas na leitura de romances de folhetins, Luísa aos poucos volta a se encantar com o charme de seu primo, com quem iria se casar no passado. Durante vários dias, Basílio é um dos poucos que a visita e este possui um caráter bastante malicioso que a princípio é imperceptível. Basílio no início transmite um aspecto até mesmo inocente quando diz que o amor que sente por Luísa é "um amor puro"...
Enquanto Jorge permanece em viagem, Basílio tenta usar de vários meios para convencer a amante a se entregar aos seus desejos. O primo chega até a dizer que a fidelidade de Luísa a Jorge demonstra o atraso das mulheres Lisboetas, comparadas às da França, onde o adultério já ia se tornando mais comum.
As investidas de Basílio continuam e não demora muito para Luísa se entregar. Vários dias se passam, e nesse meio tempo, o "Paraíso" se torna o ninho de amor dos amantes. Luísa está realizada com essa nova aventura, porém um descuido infantil a levaria a pagar por toda a traição e por toda arrogância com as criadas.
Numa manhã qualquer de Lisboa, Luísa decide escrever a Basílio como geralmente fazia. E é claro que nessas cartas, Luísa sempre esboçava seus sentimentos íntimos ao amante. Enquanto escrevia no escritório de Jorge, inesperadamente, algo faz com que tenha de sair às pressas, deixando a carta pela metade jogada na lixeira do escritório.
Ao voltar o que estava fazendo, Luísa verifica a lixeira em busca da carta. Não a encontra e fica pasma. Juliana havia sido mais rápida. Iniciava-se então, o pesadelo de Luísa.
Juliana, louca para se vingar de todos os males que a senhora lhe tinha feito, vê na chantagem a Luísa o alicerce de sua diversão. Luísa desesperada corre a Basílio. Conta-lhe que Juliana quer duzentos mil cruzeiros pelas cartas (quantia alta para a época), e suplica que os dois fujam para Paris. Neste momento, vê-se em Basílio o sentimento de insignificância à Luísa. Percebe-se que estava apenas à procura de uma aventura amorosa... Mesmo ela implorando, Basílio a enrola e, tempos depois, deixa-a em Portugal na agonia.
Já Juliana não queria apenas o "dinheiro de sua aposentadoria". Estava decidida a retribuir as humilhações à "piorrinha" (chamava assim sua senhora às escondidas). Em instantes Luísa já se vê completamente submetida às vontades de Juliana. A senhora agora tem de cozinhar, lavar, passar e não demonstrar insatisfação, pois onde arrumaria dinheiro ?
Jorge volta de viagem e aos poucos vai percebendo que existe algo de errado na casa. Para saber se Jorge descobrirá a traição, se Luísa irá conseguir a quantia de Juliana, você terá que ler esse romance inovador de Eça de Queirós.
Assim como esses personagens principais cheios de defeitos, existem outros que têm características específicas de outras classes da sociedade portuguesa. O Conselheiro Acácio, por exemplo, se considera o mais sábio e intelectual dentre os homens; Dona Felicidade, talvez a inspiração de Luísa para o mal caminho, é outra moça sem pudor...
O livro como um todo deve ser elogiado por sua ousadia. Porém, seu principal problema, e talvez um grande problema, é a falta de atratividade. Já considerando que o começo do livro não é bom, - o que te deixa com um pouco de tédio - os conflitos estão isolados, isto é, demora-se muito para os fatos ocorrerem e prenderem sua atenção... Até o momento onde há o início da empolgante vingança de Juliana, o livro infelizmente ainda é cansativo ...
Enfim, trata-se de um clássico que tem por objetivo principal criticar as relações da burguesia portuguesa. É bom, mas poderia ser melhor...
Vinícius 04/10/2016minha estante
Se considerar outraSe considerar outras obras do realismo como Madame Bovary Do Gustave Flaubert, Eugènie grandet Do Balzac, e o próprio Dom Casmurro do Machado, ele deixa a desejar. Outro fato a considerar é que ele tem um certo tom de moralismo ainda que sobressai a pretensão de transmitir uma pungente realidade, que está no fim trágico da Luiza. Eça usa do mesmo recurso para o personagem feminino pecador dele no Crime do Padre Amaro, livro que eu considero com um melhor tema, já que até o meio do livro Primo Básilio tudo parece meio óbvio de acontecer, o livro demonstra todos seus predicados mesmo depois da traição. Entre a traição e o ápice final o livro consegue ser um obra prima.s




Raio de sol 12/12/2021

O Primo Basílio
Em primeiro lugar deveria ter lido O Primo Basílio nessa edição desde o começo e, não na versão da Editora Principis.

Esse livro me fez passar muita raiva (de verdade), é de extrema triste e indignação saber que existe muitos homens no mundo como Basílio, egoístas e sem escrúpulos. Fiquei com nojo muitas das vezes.

E o que falar de Juliana ? Invejosa, falsa, pobre e, cansada. Eu entendo o lado de Juliana querer um descanso e a revolta de ver que nunca poderia ter nada daquilo com seu trabalho. MAS, não justifica as coisas feitas por ela.

Luísa muitas das vezes se mostrou fútil e vazia dentro daquela sociedade, e foi iludida e manipulada pelo primo. E ela deveria ter dado
mais valor ao marido que tinha.

E o que falar do pobre do Jorge? Nada, Jorge era apenas um homem que trabalhava muito e amava sua esposa e, sofreu no final como ninguém.
Eduardo 20/12/2021minha estante
Nossa, como você consegue se sentir triste pela família e os amigos do Jorge e achar errado a atitude da Juliana? Juliana, essa mesma, era tratada como escrava, enclausurada naquela masmorra que a Luísa chamava de quarto. Sobre o Basílio, é o homem tradicional, homem de família, homem de bem igual ao rotulado pela (grande parte) população brasileira. A Luísa só foi uma gananciosa que achou que teria uma vida melhor com o seu primo. Uma pena a Juliana ter morrido antes dela.




OgaiT 08/04/2020

Segundo romance do Eça de Queirós, O Primo Basílio, é parte da tríade das obras que fazem críticas corrosivas à burguesia lisboeta. Tendo como modelo o "Madame Bovary" do Flaubert, Eça utiliza o adultério feminino para destruir os ideais românticos.
Em um dos trechos iniciais do romance, podemos perceber o equívoco que foi o casamento entre Jorge e Luísa:
"Quando a sua mãe morreu, porém, começou a achar-se só: era no inverno, e o seu quarto nas traseiras da casa, ao sul, um pouco desamparado, recebia as rajadas de vento na sua prolongação uivada e triste; sobretudo à noite, quando estava debruçado sobre o compêndio, os pés no capacho, vinham-lhe melancolias lânguidas; estirava os braços, com o peito cheio de um desejo; quereria enlaçar uma cinta fina e doce, ouvir na casa o fru-fru de um vestido! Decidiu casar. Conheceu Luísa, no verão, à noite, no Passeio. Apaixonou-se pelos seus cabelos louros, pela sua maneira de andar, pelos seus olhos castanhos muito grandes. No inverno seguinte foi despachado, e casou. " (p. 11).

No decorrer da narrativa, acompanhamos as aventuras extraconjugais de Luísa, uma mulher super idealizada, aos moldes românticos, que se vê abandonada após a viagem do marido, Jorge, à trabalho e que se vê surpreendida com a volta do seu primo, Basílio.
Além desse triângulo amoroso, temos outras personagens interessantes, como a Leopoldina, mal vista pela sociedade lisboeta, justamente por fugir aos padrões sociais da época. Desapegada das idealizações românticas, Leopoldina trai o marido de uma forma nada velada. O narrador em certo momento afirma com a sua típica ironia:
"Onde estava o defeito? No amor talvez! Porque enfim, ela e Basílio estavam nas condições melhores para obterem uma felicidade excepcional: eram novo, cercavam o mistério, excitava-os a dificuldade... Por que era então que quase bocejavam? E que o amor é essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer.Só os começos são bons. Há então um delírio, um entusiasmo, um bocadinho do céu. mas depois!... Seria necessário estar sempre a começar, para poder sempre sentir? ... Era o que fazia Leopoldina. [...] tomando um amante, conservando-o uma semana, abandonando-o como um limão espremido, e renovando assim constantemente a flor da sensação!" (p. 207-208).
Além da Leopoldina, uma outra personagem interessante é a de Sebastião, amigo do casal Jorge e Luísa, procurando sempre manter as aparências, que pode ser interpretado como a própria sociedade burguesa, sempre a esconder os casos extraconjugais entre si. Por fim, quanto a estrutura narrativa, Eça geralmente provoca o cômico, para logo em seguida, despertar a tragédia que há na realidade.
Anna Sens 24/02/2022minha estante
Só discordo que o casamento dos dois foi um equívoco. Antes do Basílio aparecer, é mencionado várias vezes que a Luísa estava feliz e amava o Jorge. O que a atraiu no outro foi a aventura, a emoção, não a falta der amor com Jorge, mas que durou pouco e logo virou sua ruína.




Rafael Nazar 28/11/2021

Excelente!
Superou muito minhas expectativas, não perde em nada para Madame Bovary. Excelente leitura!
Com relação ao autor, Eça de Queirós sabe descrever como ninguém os sentimentos humanos. É incrível como ele consegue fazer o leitor não só ter noção, mas sentir o que o personagem está sentindo. É um autor genial, verdadeiramente um mestre em usar as palavras.
Jaina 06/10/2022minha estante
Não li Madame Bovary, embora conheça a sinopse (quem não conhece?). Mas concordo com você: o Primo Basílio é realmente fantástico!




Ley 27/08/2010

Sociedade burguesa de Lisboa na mira de Eça de Queirós
Em síntese “O Primo Basílio”, ambientado no final do século XIX, possui uma narrativa densa e envolvente.

Longe de mim querer demonstrar cega admiração pelo autor de outros grandes clássicos (redundância?), mas devo admitir, seguramente, que o remate do livro arrebatou-me, para minha própria surpresa.

A riqueza de detalhes, das cenas às personagens, do ambiente ao clima, cansa. Cansam bastante. Mas prende a atenção do leitor dedicado de tal forma que se torna impossível não vislumbrar a sala de Jorge, o semblante de Luiza, o olhar fulminante de Luciana ou a indiferença de Basílio.

De início, devo confessar que me apaixonei pela composição da vilã. Foi, sem dúvida, a presença da empregada Luciana que deixou a trama mais emocionante, principalmente, no tocante à análise psicológica da personagem.
Luciana é complexa, é viva, é real. Ela transmite um mix de sentimentos que somente a literatura e a vida real poderiam nos proporcionar: piedade, contrariedade, aflição e por fim, ódio e alívio.

Assim como no cotidiano nos surpreendemos com os comportamentos alheios, também no romance somos levados a esse mesmo fim.
Por vezes (a maioria, no meu caso) odiamos Luiza. Uma tola burguesa, infantil e imprudente, que tudo lhe fora dado, põe em risco a sua tranqüilidade para viver uma paixão ignóbil e lasciva com o ex-namorado de infância (também seu primo), enquanto seu marido viaja a trabalho. Primeiro, tonta, depois arrependida. É o tipo de personagem maçante e cansativa.

Jorge, o marido traído, por sua vez, é uma personagem encantadora no sentido moral e simples. Sem grandes surpresas, porém o seu dilema final é realmente revelador e muito bem trabalhado por Eça. A agonia da vítima quando descobre o adultério é descritível, bem provou o autor. Oscilando entre o ódio da mulher, o amor pela mulher, o ódio de si por ainda amar a mulher... É tudo enlouquecedor.

Como supra citei, considerei Luciana a vilã. Basílio não é o vilão, pelo menos sob o meu ponto de vista. Ele cumpriu o seu papel de “bon vivant”, seguindo seus instintos: é-lhe indiferente as conseqüências que seus atos possam causar. Apenas um boêmio que aproveitou a oportunidade que lhe foi concedida.

Eu poderia dizer que Luiza foi seu próprio algoz. Foi sua escolha pueril e impensada que lhe destruiu.

No mais, me surpreendi bastante com o rumo da história. Não com os fatos (já esperados, uma vez que o autor fez o favor de nos informar em diversas partes do texto o caráter das personagens), mas pela narrativa em si, o jogo de idéias, de palavras, a ironia implícita à sociedade burguesa lisboeta na descrição dos lugares, dos cômodos, das personagens.

Sem duvidas, é um clássico da literatura universal uma vez que inaugura um estilo romântico singular onde o autor, onisciente, está muito próximo às personagens; além da descrição pormenorizada das cenas, transportando o leitor a um mundo paralelo e envolvente.

Possivelmente, essa é a opinião de alguém que leu “O Primo Basílio” apenas uma vez.
Porém, vale a pena ler, reler e ter.
Naiara 21/09/2016minha estante
Abandonei,não gostei muito. Comecei a ler há alguns anos atrás,quando era adolescente,mas não apreciei tanto,e parei. Mas depois que assistiu o filme,e amei,vou tentar ler o livro de novo.




Ayu~chan 11/04/2010

Li este no colegial, achando que seria apenas mais um livro chato que a professora Jasmin faria eu engolir. Puro engano: sem dúvida um dos melhores livros brasileiros. Ele não se resume apenas ao amor lindo e limpo, pelo contrário; mostra que todos nós temos as nossas fraquezas e que é possível sim morrer de amor. E o papel da empregada, sem dúvidas é de encher os olhos.
Aline 20/10/2010minha estante
livros brasileiros??
Que eu saiba, o Eça de Queirós era português. Além disso, a história se passa em Lisboa.

Hã?




LEANDRO 30/10/2017

Muita Semelhanca com obra MADAME BOVARY de Gustave Flambert.
Achei muito parecido com o classico MADAME BOVARY de Gustave Flambert. A história, o desfecho, os personagens, o momento literario do Realismo. O que muda é o local da trama. Apesar dessa crítica, recomendo fortemente assim como todas as obras de Eça de Queiroz.
Carol 15/08/2018minha estante
O Eça se inspirou no Flaubert e em madame Bovary pra escrever o livro. E sim, a trama é incrível pois alem do tema central a gente é mergulhado na crítica social que o autor aponta. Muito bom.




Catarina Lopes 03/01/2009

O livro é muuuito melhor que o filme, sem comparações.
Ashtoffen 15/01/2009minha estante
Me diga um filme melhor do que um livro.



Ninguém gosta desse livro geralmente, eu adorei!




Hildeberto 10/07/2020

Madame Bovary portuguesa
Eça de Queirós era assumidamente espirado no realismo francês, sobretudo em Balzac e Flaubert, admitindo isso em várias ocasiões; e "O Primo Basílio" tem paralelismos evidentes com "Madame Bovary"; mas, se a trama do livro não é original, a execução é. O autor utiliza a prosa portuguesa com maestria (embora possa ser excessivamente descritivo em alguns pontos). E o enrendo do livro adapta-se ao contexto português, o que torna a estória um bocadinho diferente, ressaltando indiretamente o caráter nacional lusitano. E, sem dúvidas, não há uma personagem tão interessante como Juliana no livro de Flaubert!

É um livro muito bom, mas o vocabulário pode apresentar desafios. Como uma das grandes obras escritas por um dos melhores autores em língua portuguesa, merece ser lido.
Patie 29/09/2020minha estante
ahahaha sim! madame bovary, dom casmurro, primo basílio e até um pouco scarlet letter, se comunicam muito, e ao mesmo tempo são completamente originais na abordagem




melbernardoo 01/02/2024

Febre de amor se apanha no ar!
?O amor é uma doença
Que costuma andar no ar;
Só de ir à janela, às vezes
Se apanha a febre de amar!?

O primo Basílio é um romance realista do escritor português Eça de Queirós, publicado pela primeira vez em 1878. O enredo tem como temática principal o adultério de Luísa com seu primo Basílio, este que esteve anos ausente retorna à Lisboa e reacende a chama de um romance proibido entre os dois.

Luísa é casada com o engenheiro Jorge, que viaja a trabalho e acaba por deixar sua amada livre sob os encantos e investidas de Basílio.
Como nem tudo são flores, algumas cartas trocadas entre os primos e amantes são pegas pela empregada Juliana, que usa desse segredo para chantagear a madame.

A escrita de Queirós é marcada pelos detalhes, o que torna a leitura bem demorada. Confesso só li por necessidade acadêmica, apesar disso um clássico sempre vale a leitura.
O autor é detalhista inclusive ao explicitar toda a hipocrisia e preconceito da sociedade lisboeta do século XIX.
Isabely129 04/02/2024minha estante
Livrãooo




Andreia 29/05/2012

Adorei! Comprova que a infidelidade não vale a pena!
Jerome 13/06/2012minha estante
Não é beem essa a proposta de Queirós, mas enfim... interpretação sua.




Bella292 31/03/2023

Podia ser escrito em 2023 e ainda ser preciso
O retrato da sociedade Lisboeta feito por Eça de Queirós poderia ser da sociedade brasileira atual. E de muitas sociedades mundo afora.

Em alguns momentos, bem pontuais, a leitura fica um pouco maçante, com descrições detalhadas de ambientes em meio a partes em que a estória não se move muito. Provavelmente algo típico da época. Mas, quando a estória vai para a frente é uma leitura muito, muito interessante. Não há heróis, há somente pessoas com suas virtudes e suas falhas de caráter. E é isso que tornou o livro interessante para mim, todas as personagens são humanos.

O português europeu do século 19 foi um pequeno obstáculo no início, mas eu me acostumei sem dificuldades.
Ju Ragni 31/03/2023minha estante
Que crônica de costumes excelente, não é? O autor relata a vida daquelas pessoas, o dia-a-dia, de uma forma tão precisa que parece que a gente está compartilhando aquilo. E a como era dura a vida dos empregados, me lembro daquela cena em que a Juliana tinha de carregar água em baldes, subindo e descendo escadas, para encher a banheira para o casal tomar banho todos os dias, dá pra imaginar uma coisa dessas? E a Joana, a cozinheira, sempre de plantão para atender aos patrões, e o lugar onde elas dormiam, enquanto os baús do Jorge ficavam em um quarto muito melhor que o delas... Livro excelente, um clássico.




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Lua 02/09/2017minha estante
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Manços 29/08/2020

Clássico é clássico
Comecei com um pé atrás, achando as palavras difíceis e que o final era óbvio demais. Me enganei. E a personagem Juliana, a empregada, rouba a cena!
giuliatcs 24/01/2023minha estante
Estou lendo agora, quase na metade do livro. Fico só esperando as partes da Juliana! hahaha. Tem um capítulo, IV ou V, em que o autor a descreve, nos contando sobre seu passado e seus sentimentos: foi a parte que mais me prendeu até agora.




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