Miguel Leite 03/10/2021
Tão profundo quanto uma poça de chuva
O primeiro livro é fantástico e faz o leitor pensar sobre os limites da realidade e sobre como a fantasia é um refúgio para os problemas da vida e o Reino se torna um ponto curioso pois não sabemos se é ou não real até o final do livro onde vemos o crescimento da Sophie tomando decisões e rumos para mudar a sua vida... Mas esse livro joga tudo isso no lixo
TUDO que acontece é muito fácil, rápido e simples, não existem problemas complexos e nem personagens profundos aos quais o leitor possa se apegar, apenas existe a protagonista e um bando de NPCs que só existem quando ela está na cena. Existem algumas cenas simplesmente ridículas e que dão muita vergonha alheia, como o fato dos 2 interesses amorosos da Sophie entrarem em competições pra ver quem tem o maios pinto sempre que estão juntos na mesma cena, ou as cenas que a Sophie encontra qualquer uma das amigas e a conversa só tem 1 único tópico: Homem.
Outra coisa problemática no livro é a forma que ele trata a dependência química da Sophie, imagine o seguinte, uma pessoa no meio de uma turnê na Europa, a milhares de quilômetros de algum familiar, com historio de abuso de medicamentos, tomando antidepressivos sem supervisão... Que mensagem bonita isso passa não?
Além do problema com medicamentos tem outra mensagem muito bonita aqui, sabe os stalkers? aquelas pessoas que perseguem outras, ficam na porta vigiando, e coisas assim? Tá tudo bem se for uma pessoa legal como o Léo... Stalk é CRIME.
Agora parando de falar das incríveis e belas mensagens dessa história, vamos falar da parte técnica, bom pelo menos nisso ele tem que ser bom né? Bom... Não é... É tudo muito ridiculamente fácil de resolver, existem diálogos do nível (você tem que fazer isso! Mas eu não quero! Mas você precisa! Tá bom então).