Resenhas - O Livro dos Abraços

Klelber 20/06/2021

Maravilhoso
"Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em minha cara."

Um dos mais lindos que li esse ano!

Ni 24/06/2021

O mundo

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu
subir aos céus.
Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do
alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
? O mundo é isso ? revelou ?. Um montão de gente, um mar de
fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não
existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras
pequenas e fogueiras de todas as cores.
Existe gente de fogo sereno, que nem
percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas.
Alguns
fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a
vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar,
e quem chegar perto pega fogo.

*Galeano foi uma surpresa deliciosa.

Carol.Dantas 25/06/2021

abraçada
As crônicas de Galeano são uma mistura de acalento e reflexões. Algumas críticas são bem pertinentes, de uma sutileza como se não precisasse de muito para falarmos sobre certas causas e problemas sociais, elas apenas estão ali, em nossa história e nosso dia a dia. Noutras, o lado emocional fala mais alto e tem uns trechos bem bonitos. Adorei a leitura e li rápido, talvez por serem estórias curtas e diversas.

Nicole 30/06/2021

um livro que ensina tanto sobre tanta coisa

Luis Felipe S. Correa 26/07/2021

Abraçado!
O livro é um passeio sobre vários temas transmite ao leitor vários abraços de encontros, reencontros e despedidas, inevitável não sentir cada abraço à medida que a leitura progride. A mistura de sentimentos e temáticas permite algumas percepções sobre o exílio do autor, sociedade e governos.

Clarissa 04/08/2021

Um abraço na alma
Eu achei que só tinha um uruguaio preferido, mas acabo de descobrir que tenho dois. Galeano nos brinda com histórias simples, cotidianas, que parecem transmitir pouco, mas na verdade são de uma profundeza impactante. Como homem, jornalista, escritor e exilado político, o autor retrata com maestria as questões mais caras de nossa América Latina, como a causa indígena, as ditaduras militares, o capitalismo, o exílio, a arte, a cultura e inúmeras outras situações aparentemente prosaicas, mas que te levam a refletir sobre toda a sua vida. Eu degustei esse livro aos poucos, visto que, embora com capítulos muito curtos, eles te levam a questionar tudo que está aí posto nesse mundo. Talvez a palavra que eu procure seja impactante. Não sei. Tem livros que te deixam sem palavras, que levam tempo para serem completamente digeridos. Vale uma segunda leitura no futuro. Ou muitas. Mas uma coisa eu garanto: você não vai terminar do mesmo jeito que começou.

anita 26/08/2021

Galeano é sensacional. em um livro só, ele é capaz de reunir muitas emoções, muitas ideias, escritas que reverberam na mente, inspiram, abraçam e cutucam a quem lê. não é um livro qualquer, é rico de contexto, poesia e inquietação.

paola-layber 02/09/2021

eduardo galeano faz surgir um misto de sentimentos a cada poesia lida. o livro dos abraços te acolhe e te abraça ao mesmo tempo em que te acorda e te traz pra realidade mais pura (e mais dura).

May 08/09/2021

Um abraço e um beliscão
A leitura é rápida, fluida e intensa.
Galeano é muito sensível e captura memórias e sensações ao passear entre a ficção e a realidade. Sua prosa te abraça.
Porém, há o desconforto e o beliscão, pois é denunciada a dor enfrentada pelos latino-americanos, que vivem suas guerras, são exilados e são baleados pela desventura.
Amei.

Helena Gáti 15/09/2021

Galeano aqui transforma memórias em poesia, histórias, vida e luta em arte! Eternizados nas palavras, os momentos narrados por ele entretém o leitor de uma forma linda e marcante, deixando aquela vontade de ler e reler várias vezes! Uma linda obra, uma das minhas novas favoritas!

Ana 20/09/2021

Todos somos mortais até o primeiro beijo e o segundo copo.
Eu não sabia que precisava ler esse livro até ganhá-lo de presente de aniversário de um amigo muito querido e descobrir que essa é a obra mais linda que já li, é como se eu lesse a alma do autor, sentisse o que ele sentiu...

Gabriel 29/09/2021

As veias fechadas de Galeano
Um livro simples e com uma leitura agradável, mas complexo e reflexivo. Nos faz enxergar o contexto histórico em que foi escrito. Muito bom! Merece ser sempre relido com atenção e entusiasmo. Não é à toa que é uma clássico latino americano.

rosa 04/10/2021

"Não me deixe chegar à morte, ainda não. Falta muito o que andar. Existem luas para as quais eu ainda não lati e sóis nos quais eu ainda não me incendiei."
Como eu amo tudo que esse homem escreve! Cada palavra dele eu consigo sentir o amor, o ódio e a alegria que ele sentiu enquanto escreveu. Um livro que transborda sensações, tenho que ter ele para sempre na minha estante para ler e reler.
Uma pena que nunca poderei conhecer Eduardo Galeano, mas seu legado na Terra é sem igual.

sandim_steh 10/10/2021

SIGA O IG: @PAPEANDOSTEH
?Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras.?

Neste livro vamos conhecer histórias diversas pelos olhos de nosso autor, que com suas andanças Galeano vai escutando tudo e caçando diversas histórias que ao longo do livro vão virando crônicas incríveis; sobre o cotidiano, sobre a vida, sentimentos, passado, presente e futuro, Galeano nos prende com sua escrita única e direta.

CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG: PORÃO LITERÁRIO (@PORAOLITERARIO)

Lara 13/10/2021

O livro dos abraços
No começo achei o livro leve, até meio divertido, mas ao longo das narrativas fui sendo tomada por um sentimento de agonia, angustia e até revolta. Galeano parece conversar com a gente, como um professor contando historias aos quais ele pretende com isso, nos fazer pensar no outro lado da historia que nunca foi dada a oportunidade de ser vista. E por esta razão gostei tanto da leitura, ele nos faz olhar pra nós mesmos, a vida que temos repetido por séculos e séculos como nossos antecessores sul-americanos. Podemos ver que não mudou quem continua sendo explorado e desprezado, e quem é explorador e valorizado, isso que ele nos mostra nessa leitura, quase um pedido de acordem, nada disso é novo, a história ainda se perpetua. Conhecendo essas existências, essas tragédias, podemos abraçar o que somos e quem sabe nos libertar de quem nos mantem preso nesse Dejavu.