Fernando Lima 06/09/2009
Gilgamesh
O que pode ter mais apelo prum humanista?
Podemos ver que o dramalhão em que vivemos é milenar.
A narrativa até que é boa, com definição dos personagens e tudo mais. Mas peca nas mudanças de situações com um piscar de olhos. Não dava pra pedir muito.
Gilgamesh é o rei de Uruk, das grandes muralhas.
Logo no começo, conhece seu grande amigo, Enkidu, que é como um semelhante mais jovem dele, e que foi criado com os animais, perdendo sua inocência numa trapaça de uma rameira, pois, ao conhecer o prazer que uma mulher pode dar, os animais passam a recusar sua presença. Forte, a força era uma coisa muito cultuada na época (3000 A.C., diga-se de passagem).
Ele e seu amigo numa jornada para matar Humbaba, guardião da floresta e querido de Enlil (deus do pavimento), com o objetivo de qualquer herói antigo: deixar seu nome na história. Com a morte de Humbaba, enlil fica furioso, e numa reunião com os outros deuses, decide que um dos dois teria que morrer. O escolhido foi Enkidu.
Com a morte de Enkidu, Gilgamesh fica extremamente abalado e vai atrás de Utnapishtim, único humano imortalizado pelos deuses, para também conseguir imortalidade.
O ponto alto dessa história é que as coisas não dão certo pro herói.
Utnapishtim, conta pra Gilgamesh sobre o dilúvio, do qual ele foi escolhido como único sobrevivente, depois dos deuses se reunirem e decidirem que a humanidade estava em tal nível de maldade, que não mereciam mais viver. Enlil, num ataque de fúria, enviou o dilúvio. (Note que Noé é um grande impostor).
Ao final, Gilgamesh volta pra sua terra sem conseguir o que queria e morre.
O pulo do gato está na proposta de que todas as histórias sobre heróis já criadas, tanto por Homero ou de Alexandre, o Grande possam ser baseadas nesse conto. inclusive os deuses gregos podem ter se originado desta história.
Muita coisa do que falei aqui está no próprio livro, que vem com uma ótima explicação de toda a situação.