Resenhas - Uma Vida Pequena

Maria12405 07/05/2024

Lindo.
Eu não sei nem o que dizer com esse final, me sinto despedaçada, quebrada e fascinada com esse livro? Os sentimentos que ele me trouxe são impossíveis de serem reproduzidos por qualquer outra obra, simplesmente em estado de choque do quão magnífica foi a experiência de se ler isso e quanta dor é possível de ser transmitida.

Simplesmente maravilhoso.

Hanya Yanagihara escreveu maravilhosamente bem, capaz de te imergir em cada cena e te fazer sentir cada sentimento, e a complexidade desse livro só me faz admirar ainda mais ela como autora e como cada elogio a esse livro não seja o suficiente.

Eu tenho certeza que uma parte de cada personagem e cada vida desse livro vai me acompanhar pro resto da vida.
Incrível.

Hevelyn 06/05/2024

Uma vida pequena
Começo falando que esse livro deveria ser julgado pela experiência não pela história, que obviamente é sobre traumas, mas também é uma história sobre amizade, arte e a vida.

A cada página que eu passava eu me sentia uma pessoa pequena, porque tem tanta gente com um sofrimento enorme, com traumas, pensamentos que ninguém entender, e eu ficava pensando, "como pode?".

Sobre o fato do sexo no relacionamento que ele teve com o Willem, acho que é muita questão de maturidade, pq um relacionamento não se resume só nisso.E sim no amor que eles sentiram um pelo outro, no que eles fizeram neste relacionamento, e isso é tão bonito.

Sinto que o livro poderia ser resumido em 200 páginas, mas aí que tá, essas 700, a cada página, você ia vendo a vida dos personagens, como se você fosse uma pessoa íntima, se apegasse, como se realmente conhece ela, e isso faz com que a morte dos personagens dêem uma certa angustia, um sentimento maior de tristeza, o que aconteceu comigo. Aliás, que final, você começa achando que tal pessoa ia morrer (e morreu) mas antes disso, tá lá, a surpresa que fez todos chorarem. O pior plot do livro.

Achei tudo muito bom, todo o desenvolvimento, a escrita, não acho que seja um exagero o que o Jude passou, e não achei a morte broxante, achei broxante o fato da autora meio que afirmar que a única opção pra alguém que "não tem saída" é o suicidio.

dentre outros tópicos pra mim esses foram os mais importantes. Não recomendo pra ninguém, mas se quiserem chorar e se sentirem mal por uma vida que você não vai conseguir ajudar a melhorar (que era o que eu mais queria), e queiram passar pela experiência por curiosidade, desejo uma boa leitura!!

(06.05.24)

ichmariel 06/05/2024

é uma experiência. sem palavras. me marcou pra sempre. só uma coisa que me deixou meio incomodada foi a falta de personagem mulher? não sei explicar, mas eu tava me sentindo muito sufocada de energia masculina dos personagens KKSSKS

Duda 06/05/2024

Acho que este livro é o mais sério e sombrio que já li. Eu adorei o livro, mas ao mesmo tempo odiei os personagens; todos eles são muito cativantes e eu tenho uma relação de amor e ódio com todos eles, principalmente com o JB, que fala merda a cada duas páginas mas é interessante ver a evolução dele, o Malcolm é um personagem legal, mas meio sem sal na minha opinião. William é um personagem que eu amo muito e que adorei desde o início; também adoro a relação dele com o Jude, mas às vezes acho ele super protetor, como se fosse um pai cuidando de um filho. De vez em quando chega a encher o saco. E o Jude, o que falar deste homem que sofreu desde o momento que nasceu. Sinceramente, esse é o mair pecado do livro chega a dar raiva o sofrimento extremamente exagerada que a autora faz ele passar. A vida dele se resume em tragédia, pois para um ano de felicidade, são 10 anos de uma vida ruim. E o final, eu já esperava que ele matasse mas confesso que fiquei surpresa quando o barco e o William morreram também.
Resumindo é um livro bom mas muito desnecessário em algumas partes e para quem quiser ler tem ver a lista de gatilhos e ter consciência que é um livro bastante pesado e para quem já leu você é um verdadeiro guerreiro porque não é fácil terminar esse tipo leitura meus sinceros parabéns para você que leu tudo e não enlouqueceu.

Mônicat 05/05/2024

A vida deles foi tudo, menos pequena
Primeiro acho que precisamos sempre reforçar que este livro tem muitos gatilhos, e vale a pena dar um Google antes de começar.

Mas uma vida pequena conta a história de 4 amigos que se conhecem na faculdade e que a partir daí nunca mais saem das vidas um do outro.

Um advogado, um pintor, um arquiteto, um ator.

O livro se desenrola mostrando como eles sobrevivem a vida adulta, como, mesmo com cada uma de suas particularidades e problemas de vida, conseguem aos poucos descobrir o que é sucesso.

Só que, apesar de suas realizações, tem o Judy (o advogado) que tem um passado extremamente doloroso e que não o consegue superar mesmo que depois de sua vida adulta tenha sido tão amado e até mesmo respeitado.

Ele acredita fielmente em tudo o que disseram sobre ele, e ele não consegue enxergar que tudo aquilo não passavam de abusos e mais abusos.

Não quero dar spoiler e no geral eu achei a escrita extremamente envolvente. Mas não gostei do tanto que demorou para que Judy pudesse de fato revelar a sua história.

Acredito que todos os personagens são de extrema importância para a história apesar de alguns nomes acabarem se perdendo em meio a tantos amigos.

É um livro sobre amizade, superação, amor e também muita dor, tristeza, traumas?

Recomendo para os fortes. É longo, é denso, mas é lindo e mostra a vida como ela é. Cheia de nuances, de altos e baixos, de sonhos e fracassos.

mardou 04/05/2024

Uma vida pequena.
Eu estava quase que inerentemente presa em uma rotina onde se tornava cada vez mais difícil dedicar minhas horas para ler. dentro desse tipo de desafio, eu acabei tendo a ideia de começar a ler ?uma vida pequena?, demorei mais do que eu imaginava porque além de ser - agora - o maior livro que já li, contendo cerca de 784 páginas, este também é um livro brutal, ele pode te consumir de uma maneira quase inimaginável. a autoria Hanya Yanagihara possui um repertório insigne, ela trás o ser humano da maneira mais humana que conhecemos. Seus personagens são cruéis, são cruelmente miseráveis, sensíveis, sozinhos, cansados. não me recordo da última vez em que me apeguei tanto a um personagem. este livro guarda uma história que não esperamos, quando iniciamos em base na sinopse, onde resumidamente diz que o livro trará a história de quatro amigos de faculdade, o leitor não compreende a magnitude, inclusive chegamos a rir de curiosidade devido a desproporção do tamanho do livro para o suposto conteúdo.
JB é um artista plástico que trabalha na recepção de uma revista de artes que almeja um dia aparecer. Malcolm é um arquiteto perdido que ainda mora com os pais. Willem é o filho mais velho de um casal de imigrantes e trabalha como garçom enquanto tenta alcançar mais visibilidade como ator. Jude é formado em advocacia, e o menos ambicioso entre os demais, ele é orfão, fechado e muito bom em matemática. Quando iniciamos a leitura podemos imaginar que a trama será um romance sobre a vida dos quatro universitários, mas conforme as páginas vão passando, tudo vai se voltando pra Jude, não de maneira narcisista ou estrelista, mas temos a perspectiva dos personagens sobre suas vidas e no final de qualquer questionamento o próprio personagem cai na real e percebe que nunca notou Jude fazer o mesmo, como ter um par romântico ou falar sobre a infância.
O passado do mesmo vai se desvendando ao decorrer do livro, o leitor sabe mais que os próprios personagens, pois Jude St Francis é extremamente retraído, principalmente quando se trata dele mesmo. Acredito que esse é o máximo de descrição que tenho a oferecer, qualquer coisa além disso pode acabar revelando alguma supresa do livro, e acredite, são quase 800 páginas de muitas surpresas, algumas mais ruins do que você pode imaginar. Sentirei falta de me sentir tão ligada à personagens como Willem e Jude, são personagens muito bem concretizados, a autora faz com que o leitor se apaixone a ponto de querer ao máximo fazer de tudo para que esse personagens se de bem. Este livro entrou para a lista dos meus livros favoritos, por toda a vulnerabilidades, por toda a ideia central de trazer de maneira clara a vida de alguém depois de um trauma, sobre como as vezes algo pode sim tornar tudo mais difícil, mas além disso, sobre amor, amizade, sobre amar alguém que você não tem a obrigação de amar, sobre família e rede de apoio, porque mesmo uma vida de tamanha pequenez merece ser amada. Por fim, termino com minhas citações favoritas: ?mas o que era a felicidade se não uma extravagância, um estado impossível de se manter, em parte por ser tão difícil de ser articulada?; ?por isso tento ser amável com tudo o que vejo, e em tudo que vejo, eu vejo ele?.

Rafa 04/05/2024

Não foi pra mim
Infelizmente não deu

Não consegui engolir a história.

Pesquisando um pouco,vi que a autora não acredita em terapia,aí resolve escrever um li assim, sei lá acho até meio irresponsável

yaamartins 04/05/2024

Este livro realmente não é pra qualquer um, antes de pensar em ler, pense se terá estômago pra tamanho sofrimento, pois muito do que tem aqui pode sim gerar gatilho.

Confesso que ainda não tenho uma opinião concreta sobre ele, sobre o que senti com ele, confesso que tive momentos de raiva, tristeza e frustração por aspectos da história que não concordo.

Porém não posso deixar de admitir o quanto o livro é bem escrito em uma profundidade que te faz realmente sentir um misto de emoções, esta é a justificativa da minha nota.

As passagens de tempo dos personagens é algo reflexivo e nos faz realmente perceber o quanto a vida é pequena, como o tempo passa tão rápido e o aproveitar a vida, os momentos, as pessoas é algo muito valioso.

Recomendar o livro não sei se é algo que faria, porém leia se tiver coragem, mas não espere uma história bonita, tem muito sofrimento e gatilhos, mas claro também tem muitas reflexões que mudam a vida da gente.

Thais 03/05/2024

Tem que ter estômago forte
O livro tem muitos gatilhos e nenhum aviso sobre eles. Quase vomitei muitas vezes. A história mais triste que já li.

Well 03/05/2024

Pra entrar pra lista dos favoritos
Hoje eu agradeço por ter ignorado todos os alertas de gatilhos, todos os avisos que as pessoas me davam "tome muito cuidado ao ler..." "precisa estar bem psicologicamente para ler..." e etc.
Não porque os gatilhos não eram reais, mas porque apesar deles, o livro é muito mais do que isso e eu com certeza vou querer reler no futuro.

Jude o nosso protagonista é uma pessoa que sofreu muito ao longo da vida. Os 15 primeiros anos foram os mais difíceis talvez para ele mas com certeza foram para o leitor e para mim obviamente. É muito difícil ter que lidar e ouvir relatos de abusos, sejam eles quais forem. Mais difícil ainda é saber que esses abusos se passam com uma criança. E o que (acredito eu) torna tudo isso cem vezes pior é que os abusos eram constantes e por muitas vezes diários. A autora escreve e nos fala (a meu ver) somente aquilo que é necessário para a história, coisas que eu nem conseguia imaginar que existiam até então. E que ainda assim são muito difíceis de se ler.
Durante esses anos Jude escuta todo tipo de absurdo e todo tipo de ofensa contra a sua pessoa. E infelizmente são essas afirmações que ele leva como sendo verdades para o resto de sua vida. Uma frase que eu destaquei do livro dizia assim "... aqueles quinze anos cuja meia vida foi tão longa e ressonante que determinou tudo o que ele se tornou e fez." e é exatamente isso que acontece, infelizmente.

Apesar disso há os momentos do livro que são marcados pelo amor, pela amizade e pelo companheirismo. A primeira pessoa acredito à fazer diferença de fato na vida de Jude foi a sua assistente social, a Ana. Infelizmente ela morre muito cedo porém devido à ela Jude se candidata à universidade e é aceito. Lá, é onde ele faz amizades verdadeiras e que ele carrega por toda a vida durante a história. Então conhecemos Willem, JB e Malcolm.

Após a entrada dele para a universidade a maior dificuldade de Jude é física devido à sua perna que possuía uma deficiência e os monstros do passado que ele carregava consigo e que o atormentavam constantemente. ("Sente que seu passado é um câncer, que deveria ter sido tratado muito tempo atrás, mas foi ignorado.")

Essa parte da vida de Jude talvez seja uma das partes onde a maioria das pessoas possam de alguma forma se identificar com ele, inclusive eu. Jude é uma pessoa muito real, tão real que chego a pensar até que essa história foi baseada em fatos reais rs. Devido à sua deficiência ele passa por diversos problemas, dores constantes, feridas que não cicatrizavam e devido à isso teve de passar por diversos tratamentos como curativos à vácuo e câmera hiperbárica, e por fim Jude descobre uma osteomielite (que é uma infecção no osso) que acaba complicando ainda mais seu quadro clínico.

Aparece para nós na história também Harold que foi professor de Jude e Júlia sua esposa. Harold é uma das pessoas mais encantadoras do livro, sobre Júlia fala-se pouco acredito que pelo fato de Jude sempre ter tido dificuldades em suas relações com homens o livro foca em Harold que traz um novo significado para a palavra homem na vida de Jude. Um dos pontos mais emocionantes do livro certamente é quando Harold e Júlia decidem adotar Jude e o mostram que não haveria nada que ele pudesse fazer ou ser que o afastasse do amor deles por Jude.

Andy é um outro personagem muito importante e quem primeiro teve conhecimento de muitas coisas que Jude escondia de todos à sua volta. Andy era seu médico e seu amigo e cuidava de Jude em todos os aspectos. A relação era muito maior que médico-paciente. E essa é uma coisa legal de se notar, todas as pessoas que se aproximaram de Jude, que ele permitiu fazerem parte do seu círculo social mais próximo eventualmente se tornavam como uma família extensiva dele. Jude encantava todas as pessoas ao seu redor não da maneira clássica como vemos normalmente, mas mesmo em meio à todos os seus problemas e questões pessoais as pessoas simplesmente não passavam pela vida dele sem serem marcadas de alguma forma.

Uma das minhas grandes dificuldades com Jude na fase adulta, foi a sua teimosia em cuidar tanto da sua saúde física quanto emocional. Acredito que muitos problemas que passamos na vida, muitas questões que temos, poderiam ser tratadas com terapia. É óbvio que nem tudo pode ser solucionado e curado com terapia, mas acredito que seja um privilégio poder ter acesso à um cuidado emocional. E Jude teve recursos durante a sua vida adulta e também pessoas para o orientá-lo à procurar ajuda profissional. Mas ele sempre se recusou à isso e de certa forma isso me irritava muito durante a leitura. Porém uma frase dele no decorrer do livro fez com que eu entendesse (pelo menos em partes) a relutância dele em se cuidar emocionalmente. "Nunca soubera em quem confiar: seguira qualquer um que lhe houvesse mostrado qualquer tipo de generosidade. Depois daquilo, porém, decidiu que mudaria isso. Não confiaria mais nas pessoas com tanta rapidez. Não faria mais sexo. Não esperaria ser salvo."
E isso me ensinou muitas coisas mas principalmente que cada pessoa é um mundo à parte. E que por mais que algo seja muito óbvio para nós, não necessariamente vá ser para outra pessoa. Que por mais que algo seja muito fácil para nós, não necessariamente vá ser fácil para o outro. Parece algo simples, mas não acho que seja.

Então pude entender um pouco mais de Jude e aceitar que apesar dele ter a responsabilidade sobre sua saúde como um todo e ter os recursos necessários, nem sempre estaremos prontos (ou aptos) à fazê-lo.

E por último (até porque já me estendi demais na resenha) temos o relacionamento dele com o Willem. Que foi algo que realmente marcou a vida de ambos. Por alguns anos conseguimos ver de fato Jude conseguindo lidar com os seus monstros, com as suas maiores dores e dificuldades e se propondo à de fato buscar ajuda e mudança em prol do seu relacionamento. Podemos ver de forma clara nessa parte do livro o quanto o amor genuíno pode de fato transformar as pessoas. Então apesar de ser um livro muito difícil sob muitos aspectos, é também um livro lindo, é também sobre uma história de superação, de luta e transformação.

Não poderia recomendar mais.

Talvez num futuro, eu acrescente algumas frases que eu destaquei e que me marcaram de alguma forma durante a leitura. Mas por ora, termino com essa:

"Jude - diz o dr. Loehmann - você voltou. Ele respira fundo. Sim - responde ele - Decidi ficar."

Raio de Sol 03/05/2024

Viver é difícil.
Esse livro me destruiu, pisou em mim, me fez chorar feito criancinha.

Devo dizer que esse foi o livro mais triste que eu li na minha vida, abordando assuntos pesados e várias coisas que acabei me identificando.

A história se aprofunda bastante na vida do Jude, e eu acabei me identificando muito com certas coisas que aconteceram na vida dele.

Do meio pro final só oq eu consegui era ficar com uma angústia e chorar horrores, realmente é um livro pesado, principalmente para quem já passou oq o Jude passa. Fazendo com que vc relembre e sofra junto com ele.

Esse é um livro para ler com calma e ler e reler cada acontecimento do livro com bastante cuidados.

Única coisa que senti falta nesse livro, foi o alerta de gatilhos no começo.

Enfim, eu super leria ele novamente (com certeza com um certo prazo maior de tempo).
E é um livro que eu recomendo muito, e caso vc queira ler recomendo também pesquisar os alertas de gatilhos deste livro.

?

Lindsey 02/05/2024

Leia por sua conta e risco
Às vezes me pergunto porque as pessoas gostam tanto de histórias tristes (esse livro está na lista dos mais vendidos há anos em vários países, com nota 4,7 de 5 nas avaliações). Deve ser pelo mesmo motivo que gostam de filmes de terror (enfrentar os medos mais profundos, ou mesmo liberar emoções reprimidas, de maneira controlada). Se bem que chamar esse livro de triste é ser muito limitado no sentimento que ele causa. Aqui acompanhamos mais de cinco décadas da vida de quatro amigos; Jude (centro gravitacional do grupo - advogado com passado misterioso), Willem (ator), JB (pintor) e Malcolm (arquiteto), que se conheceram na faculdade, onde formaram um grupo heterogêneo e improvável. Misturando passado, presente e futuro de forma notável, a autora criou uma narrativa extremamente profunda e extremamente pesada, já que lida com assuntos que raramente vemos juntos em uma mesma história: automutilação, abandono, violência infantil, pedofila, homofobia, uso de drogas e suicídio. Tudo isso enquanto fala também de sucesso profissional, adoção na vida adulta, relações familiares, amizade, rede de apoio e amor. Não acho que seja aquilo de "ver beleza em meio a tragédia", mas pode ser essa ambiguidade que prenda o leitor (e também dê uma ligeira traumatizada). Definitivamente não é uma leitura para relaxar. Inclusive, acho que deveria vir na capa um enorme aviso de "Cuidado: livro com excesso de gatilhos mentais. Leia por sua conta e risco".

* Leia mais resenhas na minha página do Instagram @livro100spoiler

site: www.instagram.com/livro100spoiler

claywereads 02/05/2024

Triste
Uma vida pequena e sofrida.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que esse livro é inteiramente feito de sofrimento e tristeza. Por diversos momentos pensei em abandonar essa leitura pela grande enxurrada de acontecimentos ruins e pesados nesse livro.
Jude, Willem, Harold e Andy não vou esquecer vocês tão cedo.
Apesar de não entender o real motivo pra autora escrever tanto sofrimento, acredito que o titulo ?Uma Vida Pequena? se refira ao pequeno lapso temporal em que Jude foi feliz? afinal, nao se pode chamar de vida o que Jude vinha passando desde que nasceu.
Eu gostaria de ressaltar que eu não chorei em nenhum momento desse livro, apenas fiquei aflito, desesperado e agoniado.
É um livro pesado demais, a autora romantizou muita coisa que jamais se deve ser romantizada.
O jeito em que ela criava algo ?bonitinho e feliz? e depois destruía tudo de uma maneira completamente inescrupulosa?
Eu não indicaria pra ninguém, nem pro meu pior inimigo.
Uma Vida Pequena deixa uma marca em mim, bem grande, e bem dolorida.
Vou atribuir quatro estrelas apenas pelos meus personagens favoritos já citados, pelo pequeno universo, vida, e momentos felizes.

Marcelo1428 02/05/2024

Primeira resenha, alguém vai ler?
Que choque por esse final e a sensibilidade da Hanya em descrever os personagens é muito tocante. Esperava gostar menos do que gostei, aconselho a quem for iniciar a leitura que esteja com o psicológico preparado para os acontecimentos traumáticos (que não são poucos) O final é um pouco previsível se vc for atencioso no personagem, esperava q ele fosse fazer aquilo no final mas ainda assim me deixou surpreso. Um ótimo livro no geral. É a minha primeira resenha, pretendo melhorar os detalhes futuramente. Alguém vai ler?

Cristina.Amaral 01/05/2024

Meu maior e melhor trauma literário
Nem mesmo os livros de tristeza encapsuladas dos best sellers conseguiriam me deixar tão devastada quanto este livro. A forma como a autora nos aproxima dos 4 amigos, mudando o narrador, as perspectivas e experiências, nos torna parte daquele grupo de amigos, impotentes vendo a vida se mostrar imperiosa. Não adianta ficar triste, chorar, não aceitar. O que tem de acontecer, acontecerá. E vamos nos entristecendo a cada ?dia? que passa. Iludidos pela esperança, mas logo tragados pela realidade da história. Fiquei sem ler por semanas, iniciei outros dois livros, mas não pude deixar de ler, pois precisava saber como estavam meus amigos? queria que eles estivessem bem, torcia muito para que isso acontecesse. Era pura alegria quando podia me deliciar com muitas páginas em que as coisas davam certo e sonhava que pudesse ser assim até o final, mas não. Enfim, é uma leitura extremamente difícil (não pela escrita), há inúmeros gatilhos, nos deixa perplexos, mas é estranhamente incrível. Não há sentimentalismos sensacionalistas que tentam te fazer chorar, mas é, ainda assim, impossível não terminar com os olhos ardendo de tantas lágrimas que derramamos no decorrer da leitura. Vale a pena ler, mas entre sabendo que não será fácil.