Chamado selvagem

Chamado selvagem Jack London




Resenhas - Chamado Selvagem


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Kleber 21/05/2022

A Natureza Nua e Crua!
Com certeza todos já ouviram a expressão "tapa de luvas", bom aqui seguramente não se encaixa este bordão. As mãos nesta obra estão sem luvas e provavelmente foram mergulhadas em cerol e pregos antes de lhe socarem a face, Jack London não tem a menor sutileza na hora de retratar a crueldade e quase normalidade da natureza em cada uma das páginas em que vamos conhecendo o nosso personagem Buck.
Um cão domesticado, dócil, que sempre viveu em mordomia, um dia tem sua vida roubada, a partir do momento que o mesmo fora sequestrado e se vê obrigado a ser um cão puxador de trenós, Buck entende que ou muda e se adapta ao novo ambiente, ou terminará com suas vísceras expostas, devorado por algum outro animal selvagem.
Vamos nos familiarizando com a nova rotina, o perigo está sempre em cada curva, após cada árvore da gélida floresta, em muitos momentos senti raiva absoluta dos diversos "donos" que a vida lhe impõe, e eu não recomendo este livro se você não sabe lidar com "violência animal", sentirás uma certa impotência de não poder invadir as folhas e esmurrar alguns personagens.
Talvez a nota devesse ser um pouco menor do que avaliei, principalmente pelo sentimento ruim que as vezes o livro me causou e até por algumas passagens que de tão descritivas chegam a durar duas ou três páginas (o que prolonga o livro seguramente).Entretanto não ousei fazer isso. Depois de lê-lo, acho que compreendo a riqueza da narrativa e o quanto ela na verdade edifica este livro como um dos mais realistas que vi sobre a retratação da natureza em seu molde mais cru. Quanto ao sentimento amargo que alguns capítulos vão lhe impor, acho que não saborear o fel deles em algum instante, te tornaria até um pouco robô. Pena, raiva, angústia, tristeza é o que nos torna humanos né verdade?!
Então esteja em paz na hora de adentrar nesta obra maravilhosamente dolorida, e se adapte assim como Buck precisará.
Jucorujinha 12/06/2022minha estante
Fiquei com vontade de chorar só lendo seu texto.


Kleber 12/06/2022minha estante
Julia é um livro de emoções intensas. Não recomendo se você não souber lidar com violência animal. Mas sem dúvida é um ótimo livro!


Jucorujinha 14/06/2022minha estante
Então acho melhor eu evitar essa leitura. Obrigada pela dica.


Kleber 14/06/2022minha estante
Ele em muitos momentos me deu sentimentos ruins, mas não pela qualidade da história (que é incrível), e sim pela própria história que é pesada, triste, porém linda!


Lisa 17/01/2023minha estante
Acho que foi a violência animal que me impactou tanto.? Duro é saber que é mesmo atitude comum.




Michela Wakami 21/10/2023

Pesado
Tanto a escrita como a história foram conflitantes para mim.
Ao mesmo tempo que as vezes eu estava gostando em outros momentos tive vontade de abandonar o livro.

Um livro que contém crueldade de homens para com os cachorros e de cachorros para com os homens e de homens para com homens e cachorro para com cachorros.
É crueldade para todos os lados, mas principalmente de homens para com os cachorros.
Jordana Borges 22/10/2023minha estante
??


Fabricio268 22/10/2023minha estante
Também passei por isso no livro. Tinha momentos que gostava e outros que não.


Michela Wakami 22/10/2023minha estante
Então você me entende, Fabrício.


Rogéria Martins 22/10/2023minha estante
Vou passar longe desse, amiga. Não gosto dessa temática cheia de crueldade ?


Michela Wakami 22/10/2023minha estante
Faz bem, amiga.




annacsfraccaro 07/08/2022

Cruel!
Eu achei o livro muito bom, mas bem maçante também porque não há tantos diálogos, então é narrativa atrás de narrativa, e migalhas de conversação.
Gostei que o ponto de vista é de um cachorro, achei bem interessante.
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Queria Estar Lendo 14/07/2022

Resenha: O Chamado Selvagem
Recebido em cortesia da Editora Arqueiro, O Chamado Selvagem foi uma surpresa. É considerada a obra-prima de Jack London, e foi relançado nessa edição Pop Chic recentemente. A resenha de hoje é sobre ele. Um livro sobre o mundo selvagem e a luta por sobrevivência.

Aviso de conteúdo: durante a leitura, tem muitas cenas de crueldade animal, violência e morte.

Buck é um cachorro, e é através dele que seguiremos essa história. Ele vive uma realidade pacata em um rancho na Califórnia. Sem grandes expectativas. Porém, durante a corrida pelo ouro em 1890, Buck acaba sequestrado e vendido para trabalhar puxando trenós no norte da América.

A partir daí, acompanhamos a transformação do doce e afável cão doméstico em um animal buscando sobrevivência a todos os custos. Aprendendo sobre o mundo ao seu redor e, principalmente, se adaptando a ele.

O Chamado Selvagem é uma história visceral. Essa é a melhor maneira de definir. É uma leitura rápida, que atormenta por ser tão brutal e simples. É a história de um cachorro se adaptando ao meio selvagem. Arrancado de sua família e da sua vida calma, Buck precisa se adaptar se quiser sobreviver.

"Era de partir o coração, só que o coração de Buck não se partia."

Eu gostei demais da leitura. O modo fluído com que a trama acontece. A narração mantém o foco sobre o Buck. O desenvolvimento da história acontece através do cão se tornando menos cão, e mais fera selvagem. Mostra, de maneira direta, a domesticação deixando Buck aos poucos, com o chamado da floresta se tornando mais e mais audível com o passar do tempo.

O Chamado Selvagem faz um exercício interessante em relação à mudança. É uma história intensa por falar justamente sobre essa quebra de "civilidade". Quando confrontado com a natureza selvagem, a natureza original da criação, a adaptação acontece. Aos poucos, em meio a sofrimento e provações terríveis, mas acontece.

E apesar de se tratar de um cachorro, há paralelos com o homem em sua jornada. No modo com que Buck eventualmente abraça a violência para se manter vivo em um meio que está constantemente tentando derrubá-lo. Como ele ainda sente e se permite sentir. Como a natureza o recebe de braços abertos, contanto que ele esteja disposto a abraçá-la de volta. A se soltar por completo.

"E quando, nas noites frias e silenciosas, ele apontava o focinho para uma estrela e soltava um uivo longo, semelhante ao de um lobo, eram seus ancestrais, agora apenas poeira, que apontavam o focinho para uma estrela e uivavam através dos séculos e através dele."

Em determinado momento, Buck se agarra a um último fio de humanidade. Uma última coisa que o conecta à civilização e ao homem. É lindo, e é triste, porque o chamado selvagem está correndo em suas veias. Mas ele ainda tem o apego. Ainda tem a fidelidade a quem o protege. Ainda se mantém domesticado e civilizado por lealdade a um humano.

O Chamado Selvagem me surpreendeu em todos os momentos, até o seu fim. Que é agridoce. Mas real. Eu me peguei chorando com alguns trechos, porque história com cachorro sempre vai me fazer chorar.

A edição Pop Chic da Arqueiro é uma graça. Realmente, pequena e bonita. Tem uma ótima tradução da Maria Carmelita Dias. Assim como revisão e diagramação excelentes para leitura.

O Chamado Selvagem é, de fato, uma obra prima de Jack London. É um livro interessante por falar da natureza através da ficção. Dando voz a um cachorro se transformando no meio selvagem.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/07/resenha-o-chamado-selvagem-jack-london.html
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Max 06/04/2024

Buck...
Sempre fui tutor de animais. Vinculo que me impede de amá-los menos que amaria a um humano, a minha própria filha. Ao viver uma saga pelo corrida do ouro na perspectiva de um cão, no caso o Buck, sofrendo toda a brutalidade daqueles tempos em que valia tudo pelo ouro, foi uma experiência dolorosa. Tive que avançar pouco a pouco, dado que o autor consegue nos envolver com muita maestria por essas idas e vindas de perspectiva entre o ser humano e o cão. A redenção se encontra no fim, claro, não sem antes de nos emocionar profundamente.
Recomendo!
Jeff Ettore 06/04/2024minha estante
Adorei a resenha! ???


Max 06/04/2024minha estante
Obrigado, Jeff!


Débora 06/04/2024minha estante
Que lindo!??


Max 06/04/2024minha estante
Obrigado, Débora querida! ?


Fabio.Nunes 07/04/2024minha estante
Excelente dica Max! Adicionado aqui


Regis 07/04/2024minha estante
Resenha perfeita, Max! ? É realmente impossível não se emocionar profundamente com a história do Buck. Torço para que leia Caninos Brancos, sei que vai gostar tanto quanto de O Chamado Selvagem. ?


Max 07/04/2024minha estante
Obrigado, querida Regis!?
Já adicionei a dica!




Lucas 08/08/2020

A nossa natureza é so uma.
Todos nós estamos sucetíveis às transformações da vida. Mudanças são inevitáveis, tomamos caminhos inesperados e passamos pelas dificuldades para nos fazer crescer.

Pois bem, Buck é apenas um cachorro que vivia tranquilo em sua casa na Califórnia, com todo o conforto e certeza que não havia mais nada na vida além disso.
Depois de ter sido sequestrado, ele passa por diversos lugares, conhece vários outros cachorros, passa por muitos sofrimentos e se transformou.

Talvez o Buck do início teria a ideia que ter saído da Califórnia para a viver uma vida nômade no Canadá fosse a pior coisa que tenha lhe acontecido, mas eu não tenho a menor dúvida que o Buck do final agradeceu até o final dos seus dias a oportunidade de viver tudo que ele passou longe de ?casa? ao se lançar no desconhecido.

As mudanças que Buck sofre ao longo do livro são impressionantes, e no meio de todas as novidades ele se descobre. Acredito que ai mora a grande lição do livro. Uma vez descoberta a sua natureza, tudo fica em segundo plano. O foco muda, porque a consciência tem uma visão clara do que se quer e nada nem ninguém vai conseguir impedir Buck de chegar lá (ou você).

Acredito que Jack London diz pra nós, no final das contas, pra se jogar no mundo. Ninguém nasce sabendo qual é sua natureza, ninguém sabe porque está no mundo (e tudo bem!) mas saiba que depende apenas de você descobrir.

Para fazer um paralelo com esse ponto, em Alice no País da Maravilhas, em determinado ponto da história Alice está perdida e acaba encontrando o Gato e pede sua ajuda pra o melhor caminho, apesar de ela não saber para onde quer ir. Sabiamente o Gato responde: Ora Alice, se você não sabe pra onde quer ir, qualquer caminho serve!

Buck em determinado momento descobre qual é seu caminho. E apesar de ele não conseguir segui-lo imediatamente, ele nunca desviou seu foco, passou por diversas outras vivências, teve alguns outros donos, vários outros cachorros companheiros e mudou em diversos aspectos, mas no fundo de seu coração ele sabia qual caminho ele ia ter que tomar, cedo ou tarde.

Saber pra onde se vai é meio caminho andado, e quando você sabe que está indo para o lugar que sua natureza clama, todo o resto vira segundo plano.

A jornada de Buck é linda, ver todas as transformações que ele passou e concluir com a realização de todos seus anseios ?naturais? ou ?espirituais? é algo que eu tenho certeza que inspira a todos nós!

Eu acho que ainda não sei qual é minha natureza, porém, sigo como Buck ao longo da narrativa, sem medo de experimentar e viver, tirando de cada coisinha algo que vá me tornar maior e melhor, me preparando para quando for minha vez de escutar o chamado!
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AndrAa58 06/12/2023

Uma exploração das complexidades da natureza humana em meio às forças impessoais da natureza e da sociedade.
Jack London foi um escritor inegavelmente naturalista e profundamente influenciado pelas ideias emergentes de sua época, como o determinismo e o darwinismo. Essas influências permeiam toda a sua obra, e devo confessar que sua narrativa teve um impacto em mim.

Em "O Chamado Selvagem", não encontramos romantismo em relação à natureza, nem mesmo em sua expressão humana. A história retrata a luta pela sobrevivência, a brutalidade da lei do mais forte e a conexão primitiva entre homem e animal. Além disso, London tece uma crítica à sociedade e à busca desenfreada por riquezas a qualquer preço.

A trama nos transporta para as vastidões geladas do Alasca durante a corrida do ouro, onde seguimos a jornada de Buck, um cachorro inicialmente dócil e doméstico, considerado "civilizado". Roubado de sua vida confortável, Buck se vê imerso em uma luta constante pela sobrevivência, enfrentando a brutalidade tanto humana quanto da natureza. Ao longo da narrativa, ele aprende a se conectar e aceitar sua própria natureza selvagem.

É interessante observar que Buck é antropomorfo, possuindo pensamentos humanos. Essa característica nos permite identificar e sentir, de maneira mais profunda, as desventuras do protagonista. Nossa essência animal é tocada, e, ao final da história, nos vemos uivando para a lua na matilha de Buck.

Além do impacto emocional, a obra me fez refletir sobre nossa natureza primitiva, que muitas vezes permanece oculta abaixo da superfície civilizada. A luta entre a civilização e nosso instinto animal é explorada por London, levando-nos a questionar o papel da sociedade na contenção desse lado mais selvagem de nossa natureza.

Para compreender completamente a obra de Jack London, é importante considerar o contexto histórico do final do século XIX e início do século XX, uma época em que as ideias de determinismo e darwinismo estavam moldando as perspectivas da sociedade. O quanto continuam presentes e nos influenciando?
Pri.Kerche 06/12/2023minha estante
Otima resenha


AndrAa58 06/12/2023minha estante
Obrigada Priscila ??


Emerson Meira 06/12/2023minha estante
Mas que bela resenha! Então favoritou mesmo ?


AndrAa58 06/12/2023minha estante
Obrigada, Emerson. O que dizer, mexeu comigo. Com uma linguagem e narrativa simples, London conseguiu me envolver em um nível "primitivo". Engraçado, não é? Consegui me identificar com um cão, sofri, viajei e senti o chamado na natureza. Será que vou uivar na próxima lua cheia? ?
Sabe, às vezes sou meio Poliana e necessito um choque de realidade para voltar a prumo. As 5 estrelas são por isso. O livro chegou na hora certa e me deu o que estava precisando.


Michela Wakami 07/12/2023minha estante
Ótima resenha, Andréa.?


Emerson Meira 07/12/2023minha estante
Comentário gostoso de se ver ? É uma delícia quando se tem uma experiência transformadora e imersiva assim. Vou me lembrar disso quando for ler ?


AndrAa58 07/12/2023minha estante
Obrigada, Michela


AndrAa58 07/12/2023minha estante
Acho que você vai gostar, Emerson.




Nilsonln 04/07/2023

Emocionante!
O chamado selvagem conta a história de Buck, um cão acostumado a um ambiente doméstico e tranquilo que vê sua vida mudar por completo devido à ganância das pessoas.

A história é triste, por muitas vezes chocante, mas ao mesmo tempo é bela e interessante.

Buck se defronta com os piores exemplos humanos, mas não perde a garra. Aos poucos seus instintos passam a comandar suas ações e esta mudança é crucial para sua sobrevivência.

London mostra-nos a inteligência e a garra de Buck, uma verdadeira força da natureza em superar as dificuldades e achar seu próprio caminho.

Amei cada capítulo deste livro, que mostra todo potencial da narrativa de London. O final me fez suspirar de alívio e me emocionou muito.

Recomendo a leitura e quero ler mais do autor. ?
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Cris Marques 27/07/2022

O instinto é incrível!!!
O mais legal desta história é a evolução dos sentimentos de Buck, o quão a vida animal se adapta e o instinto que o acompanha. A forma de trazer a crescente dos sentimentos e pensamentos do animal é incrível, por isso sempre me surpreendo com os livros de Jack London.
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Gigio 09/09/2023

Depois de mais de um ano na fila de leitura, sempre sendo relegado, iniciei a leitura. É que supresa agradável! O texto é muito fluido e nos conduz, juntamente com Buck, pelos desafios de ser arrancado de uma vida tranquila e confortável e ser lançado em um ambiente selvagem e inóspito. Apesar dos desafios, nosso herói se adapta aà nova realidade e passa a ouvir o chamado selvagem. Com cenas fortes e desafiadores, em contraste com outras tocantes e emotivas, acompanhamos a transformação de um cachorro de estimação em um lobo valente e invencível.
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13marcioricardo 26/01/2022

Bom
O Chamado Selvagem é uma novela sobre um cachorro. O livro nos apresenta Buck, que vive uma vida tranquila e luxuosa enquanto está sob alçada de um juiz. No entanto, tudo muda quando é vendido e passa a puxar trenó. Nessa parte o cão é maltratado e passa a viver o pior do ser humano. Então, há beira da morte um homem o salva e torna-se uma relação de amor entre um canino e um ser humano.
Buck é um cachorro especial, demasiado forte e demasiado inteligente e por isso terá uma vida especial também.
O livro, escrito mais ou menos há 100 anos atrás nos faz refletir sobre os maus tratos a animais e sobre o amor que eles nos podem ter. Não é por acaso que o cachorro é o melhor amigo do homem. Mas a estória nos faz refletir sobre algo mais também.
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Steph.Mostav 22/03/2021

A jornada de Buck
[TW: maus tratos contra animais]

Jack London é um autor exímio quando se trata de explorar a fundo a influência da natureza sobre os seres que vivem entre ela. Na narrativa do cão Buck, acompanhamos a transição gradual do cachorro domesticado até o animal selvagem em meio aos seus na floresta. E em nenhuma dessas etapas ele usou da saída fácil de contrastar o lar doméstico como uma prisão e a natureza como uma liberdade idealizada. Na verdade, Buck vivia de maneira muito confortável entre seus antigos donos e passa por muito sofrimento quando é roubado desse lar. Com os trabalhos forçados e exaustivos a que é submetido, assim como os castigos que recebe, Buck se adapta a essa nova realidade de dor e exploração, mudando seu comportamento antes honrado e protetor. Entre outros cães passando pelas mesmas condições, também aprende com eles a lutar por si mesmo e subjugar seus inimigos antes que eles o derrotem. Nesse ambiente de clima muito mais hostil e entre feras preparadas para devorar os mais fracos, London nos descreve como aos poucos Buck assimila os instintos selvagens de seus ancestrais e deles retira incentivo para continuar forte em um mundo no limite da sobrevivência. As cenas em que esse lado primitivo desperta em Buck são algumas das mais bem escritas no livro e London conduz o cão muito bem durante essa transformação que faz dele mais forte, não através da banalização da violência, mas pelo contato com o mundo de instintos.

"Há um êxtase que marca o apogeu da vida, um ponto além do qual a vida não pode mais se erguer. E a vida é tão paradoxal que este êxtase chega quando a sentimos em sua maior plenitude, e ao mesmo tempo ele se torna em um esquecimento total de que estamos vivendo. Este êxtase, este esquecimento da existência, derrama-se com frequência sobre o artista, que é capturado e arrastado para fora de si mesmo em um lençol de chamas; recai sobre o soldado, enlouquecido pela guerra em uma batalha acirrada, que não dá nem pede quartel."
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