Clarice,

Clarice, Benjamin Moser




Resenhas - Clarice,


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Claudia 07/08/2010

de corpo inteiro

A última página do livro esgotou sua última linha no roçar do meu olho direito que ainda ficou um bom tempo fixo e ao mesmo tempo inquieto no espaço em branco logo após o último ponto. Por algum motivo senti que mesmo chegando ao final, muitas outras linhas brotariam das páginas, como uma história que não consegue encontrar o seu fim específico.
Engraçado pensar que certos livros não são lidos apenas com os olhos, mas sim com o corpo inteiro. Notei, e não havia modo de negar - cada frase já estava perfeitamente ajustada aos meus joelhos, entre os dentes e pendurada em cada fio de cabelo. Os meus olhos eram apenas o início, pude compreender ao final do livro. Tudo em mim emanava aquela história. Nas minhas pernas, no estalar de dedos, no movimento da minha boca - agora era ela quem me contava, e não acabaria tão cedo...

Maurino 16/03/2011minha estante
Maravilha! Resenha excelente. Meus parabéns,
bj


Leo Barbosa 24/08/2011minha estante
Perto do coração Clarice

Isso não é um ensaio. Uma vida não se ensaia. Quem sabe, talvez, um relato de uma epifania. Ela tinha olhos oblíquos, visão periférica como toda mulher tem. Uma língua ?presa? que se libertava quando tocava na máquina de escrever. Maçãs no rosto que mesmo no escuro era de se notar. Clarice Lispector...
- ?Procuro viver rapidamente os fatos, porque a meditação profunda me espera!? disse Clarice. E vivia e viveu. Provavelmente, para não dar espaço para a culpa que carregou a vida inteira ? não ter salvado a mãe. Culpava-se, porque era a esperança de que a sua mãe se livrasse de Sífilis, doença a qual pegou de um soldado que a estuprou. Clarice nasceu de uma crença. Limpar o ventre da sua matriz. ?Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque nele vivemos?.
Clarice escreveu até o último ?Sopro de vida? até a ?Hora da estrela? pôr-se na cadência inconstante. Como batimentos que se despedem do peito. Era escritora vinte e quatro horas por dia. As idéias lhe assaltavam e levavam os sentimentos aos papéis, guardanapos, maços de cigarro. Através dos fragmentos tornou-se inteira. Inteira no amor aos filhos, animais, entre eles o seu inseparável cachorro, o Ulisses, o qual uma vez a mordeu nos lábios e ela sem remorsos passou a amá-lo ainda mais, até dedicou o livro infantil: ?Quase de verdade?.
Clarice era tão mística que foi convidada para representar o Brasil no congresso mundial de Bruxaria, em Bogotá, Colômbia. E por que não? Afinal era ela tanto intuitiva quanto supersticiosa, aspecto que fica nítido na figura de Macabéia (protagonista da ?Hora da estrela?). Drummond sabia disso: ?Clarice, veio de um mistério, partiu para outro/Ficamos sem saber a essência do mistério/ Ou o mistério não era essencial,/ Era Clarice viajando nele/ Era Clarice bulindo no fundo mais fundo,/ onde a palavra parece encontrar/ sua razão de ser, e retratar o homem.?
A sua literatura para ser bem apreciada é necessário que nós esqueçamos o sentido, abdicar das nossas ?vestes?, como ela mesma uma vez disse: ?Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento?. Vivam a arte Clariciana, que ao mesmo tempo em que nos preenche; esvazia-nos o peito. Nos seus romances vai organizando a narrativa como quem põe ordem à vida.
Depois que a Lis brotou no meu peito, eu fiquei sem saber se eu estou perto do coração Clarice,ou se Clarice está perto do coração Leo...












Hallef 05/02/2019minha estante
Que resenha mais incrível! Um resumo poético dessa Biografia estupenda.




Vitor Y. 16/12/2021

Biografia do "Monstro Sagrado"
Clarice sempre me causou admiração e medo. Típica reação de quem a encarava como "monstro sagrado", denominação que ela não gostava já que afastava mais do aproximava (inclusive fãs) - há um capítulo sobre isto.

Depois de ler essa biografia, cuja pesquisa é tão grandiosa quanto o objeto, sinto me privilegiado de falar português e tê-la como escritora brasileira. É tão primorosa e bela que tive que ler "Perto do Coração Selvagem" antes de terminá-la. Minha admiração só aumentou.

E sobre o desfecho de sua vida, a biografia demonstra que ela tinha tanto controle sobre sua escrita e sobre si, que acabo citando Paulo Francis (apud da biografia):

"Converteu-se na sua própria ficção. É o melhor epitáfio possível para Clarice".
ClAudia.Fernandes 16/12/2021minha estante
Muito fã. ??




Aninha 02/03/2013

Alguém que viveu intensamente...
"Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando..." (página 240)

Grande escritora do século passado, brasileira naturalizada (nasceu na Rússia), Clarice ou Chaya, seu nome real que em hebraico significa "vida", foi uma mulher intensa, que transbordava de si nas palavras e nas ações.
"Tudo me atinge - vejo demais, ouço demais, tudo exige demais de mim."

Veio para o Brasil com cerca de 1 ano de idade, fugindo da guerra e da perseguição aos judeus. Sua mãe sofreu abuso sexual, seu avô foi assassinado.

Cresceu com suas irmãs mais velhas, Tânia e Elisa, e seu pai aqui no Brasil (Recife e Rio). Aos 13 anos, decidiu ser escritora ("tomei posse da vontade de escrever") e só parou ao morrer, aos 56 anos.

Casou com um diplomata (Maury Gurgel Valente), morou no exterior (mas sentia saudades do seu país, o Brasil: "Tudo é terra dos outros, onde os outros estão contentes..."), teve 2 filhos, um deles com esquizofrenia. Conviveu com grandes nomes da literatura brasileira e sul-americana (como Érico Veríssimo, Rubem Braga, Fernando Sabino, Nélida Piñon), desafiou paradigmas (era mulher e judia numa sociedade machista). Sofria de insônia, tomava calmantes, escrevia para viver (apesar de ter recebido pouco pelo seu trabalho).

Foi tachada de mística (consultava cartomantes) e bruxa (participou de um congresso mundial de bruxaria na Colômbia). Questionou Deus: afinal, porque os judeus tinham que sofrer tanto? Não tinha paz.

"...estou desiludida. É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, paz." (pág. 444)

"sou um descrente que profundamente quer se entregar." (pág. 546)

"Estou escrevendo porque não sei o que fazer de mim. Quer dizer, não sei o que fazer com meu espírito." (página 600)

Pouco antes de morrer mandou um exemplar de A hora da estrela com a inscrição "Eu sei que Deus existe" para Tristão de Athayde.
Só então ela teve paz e dormiu.

Leitura obrigatória!

Visite meu blog: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/02/clarice.html
Renata CCS 07/11/2013minha estante
Que resenha sedutora!




Cris.Aguiar 21/12/2020

Maravilhosa
Nunca li nada de Clarice, salvo textos soltos recebidos ou encontrados na internet.
E (nesse momento), me sinto feliz, por depois de ler essa biografia, com certeza meu olhar será outro para suas obras.

Benjamim Moser nos leva à um passeio não só pelas obras de Clarice, mas relaciona com seus momentos de vida, comportamento, expectativas, dúvidas, insights e entrega mais.
Entrega uma aula de história do Brasil... referências a área política, social, artística e diplomática. Nos entrega empatia, carinho e dedicação de pesquisa.

RECOMENDADÍSSIMO!

site: https://sociedadedosleitoresvivos.wordpress.com/
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Allyne 08/10/2021

Que obra!!!
O trabalho que Moser fez ao retratar a vida de Clarice Lispector é incrível. Rico em detalhes e bibliografia. Aprendi muito com esse livro e me apaixonei ainda mais por Clarice. Terminei o livro aos soluços.
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Fabricya 23/03/2022

Vírgula, é Clarice
Por uma identificação de desespero, vi-me em Clarice, clara tanto quanto nunca antes tinha visto-me. Se é que antes tinha visto-me, lembro-me apenas de vislumbrar borrões de mim.

Deparei-me com um texto de Clarice no primeiro ano do ensino médio. Li, achei curioso, pensei que ela fosse doida, mas amei. Afinal, o cego mascava um chiclete. Nunca mais busquei nada, nem encontrei por acidente o que não buscava.

Dei-me de cara com ela de novo, assombrando-me a sanidade, anos e anos depois. Aprendi que eu não precisa ficar sempre esperando que ela me buscasse, aprendi o caminho das pedras, Clarice mora além delas.

Primeiro foi a hora angustiante da estrela, depois a barata de G.H., depois vários outros depois; até chegar em vírgula, aqui. Eis que eu tinha em mãos aquilo, aquele pedaço de uma existência estranha e confusa, tanto quanto estranha e confusa era a minha própria existência.

Eu li a vida dela, até onde ela se deixou mostrar, até onde ela não soube estar sendo vista. Foi sim, foi uma vida que valeu a pena, que hoje vale a pena, e vírgula, sempre valerá.
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Thom 17/08/2010

Esfinge desvendada
As páginas dos livros vão passando, passando, passando e você nem sequer percebe. Quando vê, seu corpo todo estremece e Clarice está ao seu lado, como uma esfinge, enquanto você tenta desvendá-la. Você morde seu lábio inferior ao sentir seu corpo contro o livro, sente a força que ele excerce sobre você. Você grita: "Clarice, Clarice!" - ou talvez nada disso aconteça, você simplesmente está lendo aquele livro magnífico, que Benjamin Moser nos dá para compartilharmos o nosso amor por Clarice Lispector. FLIP e autógrafo a parte, minhas mãos tremem ao pegar no livro e me sinto mais perto do meu "coração selvagem" do que nunca. É a esfinge sendo desvendada. "Vamos ver quem devora quem".
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Martony.Demes 27/03/2023

A vida dessa incrível mulher vai além da sua profissão de escritora. A força que emanava dela, pelo que atinei, é tão intensa que afetava a ela mesmo!

Sua inteligência, sua sensatez, a psique e a habilidade de transformar um punhado de palavras em sentimentos profundos que provocam reflexões caleidoscópicas bem variadas.

Por meio dessa biografia, podemos conhecer como ela chegou ao Brasil, a história no nordeste, sua ida ao Rio de Janeiro, sua viagens por alguns países. E o biógrafo fez um paralelo com alguns acontecimentos importantes do Brasil. E isso enriqueceu bastante o livro.

Por fim, no livro podemos conhecer alguns de seus livros, como ela construiu, o seu significado e importância para nossa literatura!

Simplesmente singre por essa vida intensa e interessantíssima!
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Inácio 19/03/2019

Excelente pesquisa, texto nem tanto
Nunca fui um grande leitor de Clarice Lispector. 'Felicidade Clandestina' e mais alguns outros contos não me sugaram para dentro de suas paixões. Fazer o quê, sou mais das tramas, dos enredos, um leitor quase do século XIX. Por preferir histórias bem contadas, fui atrás da biografia 'Clarice,', do americano Benjamim Moser, muito elogiada e paparicada à época do lançamento, em 2011.

O melhor do livro é o seu início, quando Moser narra as origens da família Lispector na Ucrânia, onde fez visitas e pesquisas. Não fosse por ele, essas raízes ucranianas continuariam acompanhadas do adjetivo "obscuras" quando escrevessem sobre elas. Também é muito boa a reconstituição do Recife dos anos 1920/30, principalmente da Boa Vista, então o bairro judaico do Recife, para quem não sabia - eu, por exemplo.

A narrativa se torna morosa quando Moser relaciona o que Clarice publicava às fases da sua vida e ao que se passava na alma da escritora. Como sou um leitor chato (e experiente) identifiquei um cacoete irritante do autor: as repetições. Muitas delas, dezenas delas. São frases e situações que ele cita uma vez para, mais adiante usá-las novamente ou lembrá-las sem necessidade.
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Claudia 23/03/2020

Muito mais Clarice!
Este livro morou anos na minha estante, não por falta de interesse, mais pelo peso físico,,, que dificulta a leitura. Agora, com a crise do Coronavírus, resolvi enfrentá-lo de frete e foi ótimo! Já havia lido alguns livros da autora há décadas, e a biografia me fez entender um pouco mais de Clarice e ter vontade de reler e sair em busca de outras obras.
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 11/08/2015

Saber sobre Clarice nunca e é demais.
"Clarice," é a biografia de Clarice Lispector escrita por Benjamin Moser. Uma biografia completíssima, que vale muito a leitura. Tão completa que até Carolina Maria de Jesus é citada.
O livro é dividido em 45 capítulos não muito curtos mas também não muito longos e em cada um descobrimos uma Clarice frágil, misteriosa, determinada. Uma Clarice que carregou por toda vida a culpa pelo que aconteceu com sua mãe, uma Clarice com uma grande dependência psilógica.

Achei bacana que o livro não aborda só a vida da autora, mas também o contexto histórico da época de seu nascimento, tudo que sua família teve que passar até conseguir chegar ao Brasil e tudo o que ainda tiveram que aguentar mesmo estando no Brasil. É quase uma aula de História em alguns momentos, especialmente quando Moser relata a situação dos judeus e é revoltante e doloroso ter consciência do quanto o ser humano é desprezível por ser achar superior a uma raça quando na verdade somos todos humanos e só isso deveria bastar: "De 1921 a 1922, 1 milhão de pessoas morreram de fome na Ucrânia. Em 1922 Quisbuing estimava que, dos 3 milhões de judeus do país, o número de judeus que sofrem fome e doença é menor do que 2 milhões".

"Um áspero cacto" é o título do trigésimo primeiro capítulo. É um dos mais curtos do livro e foi um dos que mexeu muito comigo. Nele, Moser fala sobre o dia em que Clarice, após tomar um monte de remédios para dormir, pega no sono com um cigarro acesso e provoca um incêndio em que fica gravemente ferida com queimaduras de terceiro grau.

É um livro que vale muito a pena ser lido. Foi a primeira biografia que li, me despertou o interesse no gênero.


site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2015/08/clarice-uma-biografia-benjamin-moser.html?m=0
@livreirofabio 14/08/2015minha estante
Demais, não Maria? Parece que o Moser tá trabalhando agora na biografia da Susan Sontag, espero que seja tão grande quanto essa.


Maria Ferreira / @impressoesdemaria 17/08/2015minha estante
Sim! Com certeza vai ser.




jota 25/06/2011

Clarice, o livro de Moser
Mesmo que você tenha apenas ouvido falar de Clarice Lispector, nunca tenha lido nenhum de seus livros - eu mesmo li apenas dois -, mas se interessa por literatura além daquilo que lê, este é um daqueles que você deveria conhecer.

É uma das melhores biografias sobre uma artista brasileira (embora Clarice tenha nascido na Ucrânia) em todos os tempos, sem dúvida. Como diz Orhan Pamuk na contracapa: "Uma biografia digna de seu grande tema. Uma das escritoras mais misteriosas do século XX é finalmente revelada em todas as suas cores vibrantes."

É isso. E é ler.
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Wallace17 30/07/2021

Clarice, um monumento
"Sou uma pessoa insegura, indecisa, sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo, sou uma pessoa muito medrosa. Tenho problemas reais... Não tenho qualidades, só tenho fragilidades"

Considerada por muitos críticos literários como a maior escritora brasileira do século XX, Clarice Lispector era mulher repleta de dilemas místicos e sofria terrivelmente por isso!

Sobre a biografia... Trabalho finíssimo de Benjamin Moser. Primoroso! Um relato amparado em estudos minuciosos da vida de Clarice. Viva, Clarice disse certa vez: "será muito difícil alguém escrever minha biografia, se escreverem". Particularmente acho que Moser conseguiu Clarice! 😅 Até hoje a melhor biografia que li na vida! Conta a tragédia da família dela na Ucrânia (perseguidos por serem judeus); a fuga dramática da miséria e da morte; a imigração para o Brasil; a infância no nordeste (Alagoas e Pernambuco); os primeiros passos criativos de Clarice ainda menininha; a dor da morte da mãe, a adolescência no Rio de Janeiro; o relacionamento com as irmãs; a morte do pai; seu ingresso na faculdade de direito; suas primeiras publicações nos jornais e revistas; o casamento com o diplomata Maury Valente; sua vida no exterior; os filhos; a depressão; amigos; as cartas; e o principal! Moser faz um paralelo maravilhoso de toda a produção literária de Clarice Lispector o modo como ele faz as análises das personagens é extraordinário. As crises de Clarice, uma mulher que vivia intensamente "o sentir" e ela sentia demais. Um batalha descomunal consigo mesma. Importante ressaltar também que Moser traçou um panorama artístico/ histórico/sociólogico interessantíssimo! A tradução deste trabalho incrível é de José Geraldo Couto.

"Eu antes tinha querido ser os outros para conhecer o que não era eu. Entendi então que eu já tinha sido os outros e isso era fácil. Minha experiência seria ser o outro dos outros, e o outros dos outros era eu" Clarice Lispector

site: https://www.instagram.com/p/BsRmlI3nxnX/
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Jéssica 25/01/2011

O meu querer estudar literatura vem da vontade de entender o livro de fora para dentro.
No primeiro contato, ele me toca e assim deve continuar sendo. Mas, por vezes, isso não basta, existe o desejo de prolongar a experiência, saber do contexto histórico, correntes literárias e etc... É um jeito de ficar um pouco mais perto, é um outro jeito de ser tocada. Então iniciei minha leitura em biografias com a escritora que mais me toca e, ao tentar entender o seus livros de fora para dentro, qual não foi a minha surpresa ao perceber...
É impossível, Clarice só tem "dentro".
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rroncato 31/01/2010

fascinante
uma vida fascinante, como seus livros.
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