Clarice,

Clarice, Benjamin Moser




Resenhas - Clarice,


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Juliana 11/12/2013

Perfeito
Não tenho palavras pra descrever o quão maravilhoso é esse livro. É completíssima. Fiquei sabendo de coisas que nem imaginava. Me senti perto de Clarice, a conheci melhor em todos os sentidos. Amei.
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Portal JuLund 17/05/2017

Clarice, @cialetras
Quem nunca utilizou uma citação de Clarice Lispector que atire a primeira pedra! Com certeza eu sou uma das pessoas apaixonadas pela escrita dessa mulher que fascinou e encantou legiões de fãs e que até hoje ainda os ganha com a suas palavras.
Ler sua biografia é uma necessidade fundamental para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais da história que rodeia essa escritora, que durante muitos anos foi considerada cheia de mistérios e graças a Benjamin Moser, podemos ter uma biografia completíssima, que vale muito a leitura.
A nossa parceira Companhia das letras relançou está biografia, que possui um caderno inédito de fotos de Michael Wood, o livro é dividido em 45 capítulos que não são muito curtos, mas também não são longos, a cada capitulo lido vamos desvendando e descobrindo uma Clarice frágil, misteriosa, determinada.
O melhor de tudo foi descobrir que a história não foca apenas na vida da autora, mas que engloba todo o contexto histórico desde o seu nascimento, até todas as penúrias que sua família teve que enfrentar para conseguir chegar ao Brasil e principalmente tudo que tiveram que aguentar mesmo depois de chegar aqui.
Os relatos históricos nos transportam para aquela época de tanto sofrimento e quando Moser relata a situação que os judeus viveram e quantos milhares foram perseguidos e aniquilados, compreendemos a razão de nosso país ser tão diverso de raças e povos.

“De 1921 a 1922, 1 milhão de pessoas morreram de fome na Ucrânia. Em 1922 Quisbuing estimava que, dos 3 milhões de judeus do país, o número de judeus que sofrem fome e doença é menor do que 2 milhões”.

Foi uma leitura maravilhosa e muito prazerosa, pude conhecer um pouco mais dessa escritora que tanto admiro e da qual apenas conhecia seus trabalhos, Clarice era uma mulher fora dos padrões e ao descobrir que ela carregou por toda sua vida a culpa pelo que aconteceu com sua mãe, compreendemos muito mais a sua personalidade tão contraditória.
O melhor de tudo era que apesar de Clarice não ter nascido no Brasil, ela considerou que a ele pertencia, pois chegou muito pequena e adotou nosso país como sendo também seu, e deixou isso bem claro ao relatar isso quando falou de sua terra natal:

“Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo. Mas lembro-me de uma noite, na Polônia, na casa de um dos secretários da Embaixada, em que fui sozinha ao terraço: uma grande floresta negra apontava-me emocionalmente o caminho da Ucrânia. Senti o apelo. A Rússia me tinha também. Mas eu pertenço ao Brasil”.

Resenha completa

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-clarice-cialetras
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Glétsia 04/10/2017

Clarice

Diante da dificuldade de entender uma linguagem pra lá de singular ao tentar ler dois livros seus (pois compreendi, como psicóloga que sou, que sua escrita dizia muito da própria autora) resolvi ir atrás de alguma biografia sua e me deparei com essa de Benjamin Monser. O que consegui enxergar é que Clarice conseguiu tirar de uma vida atribulada por grandes agruras os insights necessários para fazer de suas obras algo impactante e de inconfundível autoria.
Teria milhões de adjetivos para tentar definir Clarice, mas fico apenas com um... enigmática.

Sua idiossincrasia chamou bastante atenção do mundo e eu não fui aversa a tal impacto ao me deparar com suas obras e ler sua biografia.
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Rai 07/11/2017

Uma história de uma vida contada através da produção literária da autora. Apenas os fatos primordiais da vida íntima de Clarice e muito da sua construção literária.
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Su 28/01/2016

Benjamin Moser é o historiador estadunidense que escreveu essa biografia sobre a enigmática escritora Clarice Lispector.
Moser inicia o livro nos contando sobre a viagem de Clarice do Rio de Janeiro para a Itália onde ela era esperada por seu marido, um diplomata brasileiro. Só que em razão da guerra (o ano era 1946) ela teve que passar pelo Cairo, entre outros lugares, onde teve a oportunidade de ver a Esfinge. Essa viagem serviu como base para a seguinte frase: “Não a decifrei. Mas ela também não me decifrou”.
Ela nasceu em Tchechelnik, Ucrânia. Mas, se irritava profundamente quando diziam que ela era estrangeira, se considerava totalmente brasileira. Mania e Pinkhas chegaram ao Brasil em 1925 com suas três filhas, fugindo da guerra que assolou a Rússia após a Revolução de 1905.
Clarice foi criada no Recife, Pernambuco. Perdeu sua mãe na infância. Durante a sua adolescência veio para o Rio com sua família. Depois, perdeu também o seu pai. Entrou na prestigiosa faculdade de Direito. Ao mesmo tempo, se tornou jornalista, começou a namorar Maury Gurgel (que viria a ser seu marido) e a escrever seu primeiro livro. A escrita a acompanharia pelo resto de sua vida.
Esse livro é maravilhosamente bem escrito. Revelador. Nos mostra que Clarice era suas personagens, o que nos mostra que ao ler seus livros estamos tendo acesso a seus pensamentos mais íntimos. Ela teve sua cota de problemas. Conseguiu manter uma aparência de normalidade até sua separação. Depois dela, essa aparência foi ruindo aos poucos.
“De um modo geral eu tenho feito ‘sucesso social’”, ela escreveu a Lúcio. “Só que depois deles eu e Maury ficamos pálidos, exaustos, olhando um para o outro, detestando as populações e com programas de ódio e pureza […]. Todo o mundo é inteligente, é bonito, é educado, dá esmolas e lê livros; mas por que não vão para um inferno qualquer? Eu mesma irei de bom grado se souber que o lugar da ‘humanidade sofredora’ é no céu. Meu Deus, eu afinal não sou missionária.”
“Uma das coisas que me deixam infeliz é essa história de monstro sagrado: os outros me temem à toa, e a gente termina se temendo a si própria. A verdade é que algumas pessoas criaram um mito em torno de mim, o que me atrapalha muito: afasta as pessoas e eu fico sozinha. Mas você sabe que sou de trato muito simples, mesmo que a alma seja complexa. O sucesso quase me faz mal: encarei o sucesso como uma invasão. Mesmo o sucesso quando pequeno, como o que tenho às vezes, me perturba o ouvido interno.”
“Em outubro, apenas alguns dias depois da publicação de A hora da estrela, Clarice Lispector foi subitamente hospitalizada. No táxi a caminho do hospital, ela disse: “Faz de conta que a gente não está indo para o hospital, que eu não estou doente e que nós estamos indo para Paris”, lembrava-se Olga Borelli. Então, começamos a fazer planos e a falar dos passeios que faríamos em Paris.”

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
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Fco EC Arruda 13/12/2018

Inspirador
Apesar da grande quantidade de notas de rodapé, é um livro fantástico. Nos leva a querer ler mais sobre ela e as obras dela. Então, é um ótimo modo de se inserir no universo que é Clarice Lispector.
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isa.dantas 10/04/2016

Incrivelmente bem escrita, incluindo de forma muito precisa todos os aspectos da vida da escritora. Por incluir tantos dados (e também por ser magnífica), pede por várias releituras.
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Kamila 19/11/2011

Em seu livro, Benjamin Moser explora todas as diversas facetas de Clarice – as mais públicas, as mais míticas e aquelas que ficaram na privacidade. Mas, o autor vai muito mais além e consegue a proeza de nos deixar mais próximos de alguém que era, sem sombra de dúvidas, totalmente inatingível – porque a verdade é que Clarice se abriu por completo para muitos poucos. A biografia “Clarice,” é extensa (apesar de que senti falta de ver fotos dos muitos momentos de vida da escritora e de ver os locais descritos por Moser) e é uma consequência de um belo trabalho de pesquisa feito pelo norte-americano (sugiro ler os capítulos acompanhados de suas notas de rodapé, as quais se encontram ao final do livro). E imagino que ele tenha ficado, de certa maneira, orgulhoso, porque, contra todos os obstáculos, até mesmo aqueles que foram vislumbrados pela sua homenageada (Clarice sempre disse que seria muito difícil para alguém escrever uma biografia sobre ela), ele conseguiu! Se éramos decifrados e devorados pela Esfinge Clarice Lispector, agora teremos a chance de fazer o contrário.
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criscat 01/03/2012

A esfinge
Comentários no meu blog: http://www.ctellier.net/2012/02/esfinge.html
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Monique 02/01/2019

Eu pensei em dizer que deve ser a melhor biografia que já entrei em contato, mas não li muitas (li pouquíssimas na verdade). Mas não se deixe enganar, eu conhecia a obra de Clarice de forma bem essa é superficial. É necessário ter lido boa parte de sua obra para não se incomodar com os benditos spoilers.
Bem, a melhor parte é ter conhecimento dessa escritora e forma tão profunda e íntima. Conhecer a vida da escritora e a história que ocorria naquele momento, e fazer com que esses acontecimentos fossem transcendidos de uma forma artística e seus livros corresponde a arte. E qual foi o preço de escrever com tanta simbologia, metáforas, de forma hermética e mística lhe custou. Como ultrapassar o auge de algo esplêndido que fez deslanchar a sua carreira. Como sua família e seu país tinham tanta importância em sua vida. Me senti muito grata por ler e sentir um pouco das suas aflições, da sua criatividade, do seu misticismo, do seu cinismo, e me senti de portas abertas a conhecer de outra forma sua obra. Com certeza, esse livro é encantador de varias formas, como historiador dos eventos no Brasil e no mundo , como crítico e resenha das obras de Clarice e como biografico.
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Janaína Calmet 14/02/2012

IMPRESSÕES DO LIVRO EM MEU BLOG PESSOAL
*Não é uma resenha formal.

Post com minhas impressões sobre o livro, um texto de CL sobre Brasília, e o vídeo de sua ÚLTIMA ENTREVISTA, em 1977, ano de sua morte: http://misturebadajana.blogspot.com/2012/02/clarice.html
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Keylla 14/07/2019

Biografia de Clarice contextualizada historicamente
Sou uma amante da obra de Clarice Lispector e, naturalmente, me interessei por ler sua biografia. Por quê gosto dessa ucraniana? Sinto que a escrita de Clarice é autêntica... ela não a faz para agradar. Ela escreve para ser sentida, não entendida. Toca ou não toca. Envolvente, misteriosa, introspectiva...

A biografia escrita por Benjamin Moser é densa, e muito bem embasada. Narra desde a vinda da família Lispector ao Brasil até a morte da escritora. A parte da imigração judia é a mais charmosa do livro e daria um ótimo romance. Adorei saber e acompanhar a viagem feita para chegar ao Brasil com todas as suas dificuldades. O livro é narrado a partir das obras da escritora, contextualizando o momento que o Brasil vivia às experiências na vida pessoal de Clarice.

Foi interessante descobrir as angústias que Clarice sentia. Embora hoje uma escritora renomada ela nem sempre conseguiu viver financeiramente de sua literatura. Considerada geniosa e de temperamento difícil as editoras a evitavam, fazendo com que suas obras não fossem publicadas.

Na vida pessoal Clarice foi um furacão. Considerada uma mulher exuberante e misteriosa conquistou paixões e arrebatou corações. O livro deixa claro o fascínio que ela exercia sobre os homens.

Esta biografia é uma epopéia na vida de Clarice. Um trabalho completo, bem fundamentado que apresenta pontos de vista de pessoas que conviveram com Clarice, revelando os traços de personalidade da escritora. Leitura recomendada para aqueles leitores que desejam desvendar essa nobre escritora que mesmo revelada, ainda continua sendo um mistério.
Marcelo 16/07/2019minha estante
Ótima resenha, Keywitt! Meus parabéns a você!


Keylla 21/07/2019minha estante
Muito obrigada! Clariceando novamente :)




Isabela.Linhares. 30/08/2019

Perfeito
Sempre fui fascinada pelos livros da Clarice e ultimamente comecei a lê-la ferocidade. Na minha ânsia de procurar algum tipo de resposta, vi nessa biografia uma oportunidade de entendê-la e por conseguinte me entender. Alguém que escrevia daquela forma não poderia ser uma pessoa “normal”, era evidente que ela tinha algo que a deixava amplamente desamparada. Sei lá, acho que esperava algum tipo de final feliz ou algo parecido, algum tipo de aceitação dessa permanente sensação de inadequação quanto a vida e que Clarice no final se entenderia e seria feliz e plena e que, se ela com as suas diversas questões fosse capaz de viver e aceitar a complexidade do mundo, todos seriam capazes, eu também seria capaz de vencer minhas angustias. Em muitos dos livros dela ela celebra a vida e as relações humanas com tamanha vivacidade que até podemos imaginar uma pessoa muito feliz apesar de intensa, escrevendo aquelas linhas. Não foi bem assim, não que ela não fosse feliz, mas ela era uma pessoa com diversas questões emocionais, acredito que a principal era o fato dela ser simplesmente e essencialmente, humana (não consigo achar outro termo), e não essa humanidade difundida por aí como um ideal a ser alcançado, como a própria Clarice já havia criticado em seus livros, mas algo intrínseco, orgânico, puro. Ela era. Apenas isso. Nela não haviam máscaras, como ela própria disse, ela nunca fez concessões. Ela era simplesmente ela. Não era uma escritora, não era uma jornalista, não era nada. Nem sei se posso dizer que era Clarice, pois é um nome pelo qual as pessoas se referem às outras e um nome é muito mais dos outros do que da própria pessoa e ela não era um nome, ainda mais no caso de Clarice, o "monstro sagrado". Ela apenas existia e isso doía, pois dentro dela havia uma consciência aguda, como se a todo momento ela se lembrasse que vivia em vez de apenas viver e tinha uma liberdade da qual uma vez adquirida não era mais possível abrir mão. E antes de tudo isso, ela era uma pessoa como qualquer outra que “apesar da alma ser complexa, era de trato muito simples”. Acho que no fim das contas ela só queria amor e carinho, até por que o que mais ela poderia querer e fazer. Como disse G. H. “o mundo independia de mim”, e, de fato, por maior que fosse sua sensibilidade e amor pelas pessoas ela não podia salvar o mundo e provavelmente ela se sentia falhada por isso, por não conseguir salvar algo ou alguém e nem ela própria. Ela não exigia nada de muito elaborado das pessoas, mas toda a imagem construída sobre ela, a enigmática, belíssima e excêntrica Clarice Lispector, fazia com que as pessoas achassem que ela esperava algo além do que elas poderiam oferecer.

O que pude concluir desse livro (que para falar a verdade li muito mais por mim do que por Clarice apesar de amá-la com todo meu coração) é que não existe um jeito certo de viver, não se aprende a viver, a vida de fato não tem um sentido. O que a gente pode fazer é tentar ser feliz apesar de tudo, podemos continuar a procurar por respostas em livros, pessoas, filmes, mas com a consciência de que nunca acharemos a resposta, podemos melhorar as perguntas, apenas isso e, apesar disso viver, não há um ideal a ser alcançado e no fim seremos todos ossos.

Acabei nem falando do livro de fato (ou falei?). Foi a primeira biografia que li e imaginava algo um pouco exaustivo, como uma narração de sucessivos fatos, mas fiquei encantada com a sensibilidade do Benjamin Moser e com a tradução delicada do José Geraldo Couto. O autor faz uma dosagem muito inteligente entre o lirismo e a narração, todas as obras e momentos da vida de Clarice são descritos de forma muito interessante de serem lidas, sempre nos situando no contexto histórico de forma nada cansativa.
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