Rafittha 06/01/2024
Cujo
Eu ainda me surpreendo em como o King, descreve, de forma assertiva, as complexas sensações e sentimentos de alguém em situações de extremo estresse emocional.
Cujo, é um São Bernardo, imenso, carinhoso, obediente e companheiro? Até mudar completamente.
Durante uma perseguição a um coelho, cujo fica preso em um buraco onde é mordido por um morcego raivoso. A partir disso, podemos observar as mudanças graduais em seu comportamento.
Anterior a história um homem chamado Frank Dodd, foi acusado de uma série de assassinatos em série. Porém, sua memória fica registrada na cidade, chegando a se tornar uma lenda urbana, contada pelos pais à seus filhos. Porém, para Tad Trenton - que acredita que Frank não é apenas uma lenda, o espírito do assassino vive em seu armário.
Ao contrário do que pensei, a ligação entre Cujo e Frank Dodd é mínima. Talvez de propósito ou sem pretenção King, deixa algumas ideias a deriva durante o desenrolar da história que nos leva a acreditar que exista uma ligação entre a presença do armário de Tad, e os acontecimentos na cidade.
O final é de tirar o fôlego. Como sempre, King, consegue entregar muito mais do que sempre esperamos. Nunca imaginei que à história chegaria a esse ponto.
Comecei a leitura com grandes expectativas, porém acredito que o autor deixou muitas pontas soltas. Apesar da escrita envolvente e de todo o mistério, as relações humanas e conturbadas muito bem escritas pelo mestre do horror, não consegui me conectar com os personagens até chegar nas últimas páginas.
Recomendo a leitura para aqueles que gostam do puro suco do horror e tenham estômago forte para aguentar um final que te faz repensar se o que você comeu vai ou não continuar no seu estômago.