As memórias do livro

As memórias do livro Geraldine Brooks




Resenhas - As Memórias do Livro


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W Nascimento 09/12/2012

Para além da voz, para além dos tempos
Geraldine Brooks consegue mesclar diversos estilos neste trabalho, tornando assim “As memórias do livro” um romance que dificilmente desagradará completamente um leitor. A estrutura do livro se divide basicamente em duas partes, que se intercalam ao longo da narrativa. A primeira, volta-se para conservadora Hanna, convocada pela ONU para ir a Sarajevo em 1996, a fim de restaurar e escrever um ensaio acerca de um antigo Hagadá encontrado na região, ela passa por novas descobertas que vão além daquelas que são encontradas no manuscrito judaico: um amor, um poderoso segredo de família e as marcas da guerra Estes elementos básicos tornam a leitura agradável para aquelas pessoas à procura de um romance leve. Todavia, Brooks não para por aí.
Cada capítulo de Hanna, onde esta encontra no manuscrito marcas que servem de vestígios das andanças do Hagadá ao longo da história, é seguido por um que conta a história do próprio documento. Cada sinal torna-se assim um rastro, que diz respeito a um momento da “vida” do próprio documento e das pessoas que por ele passaram. Uma asa de inseto, um pelo branco, marcas de vinho e sangue, cada um destes conta uma história, dá pistas sobre sua trajetória, serve de monumento para aqueles que o tocaram. Como historiador, confesso que fiquei fascinado com estes momentos, onde o diálogo presente e passado se estabelece de forma tão suave. Hanna, no presente, tenta buscar explicações para estas marcas deixadas no livro que as vezes remete, as vezes não, a realidade pela qual ele passou. Este é sem dúvidas um trabalho de história.
Para fins de conclusão, o romance de Brooks tem uma temática chave que perpassa todos os momentos das estórias: a questão do antissemitismo e da intolerância étnico/religiosa. Seja falando da inquisição, ou narrando experiências das personagens dentro do holocausto nazista, as memórias do livro nos apresentam um mundo onde a vontade de sobreviver na vida e na memória contra os desejos de obliteração travam batalhas colossais. O Hagadá, neste sentido, mais do que um objeto com a função de transmitir um tipo de conhecimento religioso, é o arauto da memória, aquele responsável por contar uma parte das histórias de pessoas cuja a voz não se houve mais, um vestígio de tempos e de homens que passaram pela Terra e deixaram sua marca, seja na escrita, no desenho, ou simplesmente por suas ações mais cotidianas.

Willian Nascimento.
Autor dos livros "O Véu" e "De Corpo e Alma"
Esta e outras resenhas você encontra em:
http://pordetrasdoveu.blogspot.com.br/

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Adriana 05/10/2012

Amei
Amei o jeito como ela escreveu esse livro, que delicadeza, que construçao de uma estória tão triste, ser contada de uma maneira tão bonita.
Me emocionei com cada pedacinho do livro que a mocinha estava restaurando.
Me faz pensar que uma historia pode ser contada de varias maneiras é só uma questão de foco! Que foco voce vai dar para uma estoria construída sobre sangue, perdas e derrotas?
Super recomendo.
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Potterish 19/06/2012

Os escritos de Sarajevo
Resenhado por Gabriela Alkmin

Com “As Memórias do Livro”, Geraldine Brooks, vencedora do prêmio Pulitzer de ficção (com a obra “O Senhor March”), ganhou dois prêmios na Austrália (como melhor livro australiano e como melhor livro de ficção literária australiano). Brooks escreve os capítulos dos livros alternando o presente e o passado, todos conectados pela Hagadá de Sarajevo. Essa escolha da autora traz a sensação de que estamos lendo vários contos. A linguagem é fácil e flui tranquilamente.

Os acontecimentos passados fogem da perspectiva da protagonista Hanna. A partir dos vestígios encontrados por ela no presente, Brooks apresenta teorias de como eles puderam ser encerrados no livro. São apresentados diferentes pontos de vistas, em diferentes lugares, tendo grande espaço a abordagem do antissemitismo ao longo da história. A primeira teoria apresentada é ambientada em Saravejo, durante a segunda guerra mundial. Passando por Viena, em 1894, e por Veneza, em 1609, a jornada termina na península ibérica, com duas passagens: em Tarragona (1492) e em Sevilha (1480). A última passagem é muito interessante, pois apresenta ao leitor uma hipótese para a criação de um livro judaico com ilustrações, algo inaceitável para a maioria dos judeus na época. As teorias criadas por Brooks são muito criativas, prendendo a atenção do leitor.


PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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Tattoo 09/06/2012

A origem de um livro judaico com detalhes inusitados, e a incrível história de sua conservação longo dos séculos. O livro que não apenas conta uma história em suas páginas, mas carrega em cada detalhe histórias de pessoas de épocas diferentes...
Amantes da leitura, esse Vale a pena!
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Chris 23/05/2012

Uma memória sobre O livro
O que poderia ser dito aqui sobre essa magnífica obra de Brooks é simplesmente um convite: ´´Leia o quanto antes!´´. Essa foi uma das minhas leituras favoritas, mais envolventes e informativas. Me envolvi em cada memória destacada, a cada volta ao passado que revelava toda a história do objeto central da história contada. Me armei de curiosidade e apreensão a cada visita especial que traria uma pista sobre como ´´isso ou aquilo´´ viera parar ali. Em suma, esse é um livro sobre um livro, magníficamente escrito, convidativo, ousado, secreto e sagrado ao mesmo tempo e em tempo algum, já que o leitor não pertence a nenhuma época ao ir e voltar dentro da máquina do tempo oferecida pela autora.Leia e esteja pronto a se lamentar por muito tempo caso não consiga repetir a leitura o quanto antes!
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Ladyce 11/05/2012

Decepção
Eu tinha tudo para gostar desse livro, que só agora me lembrei de colocar na minha estante como abandonado. Isso porque: tenho em casa uma facsímile da Hagadá de Saraievo, que trouxe da antiga Iugoslávia quando lá morei. Mais ainda, já havia lido outro livro de Geraldine Brooks -- como jornalista -- sobre mulheres do mundo islâmico e havia adorado. Mas me decepcionei e não consegui chegar ao final. Muito comercial, muito forçado... Pena...
Lucy 24/07/2012minha estante
Tão dificil abandonar um livro.. Também tentei por muito tempo terminar este livro, fui e voltei várias vezes, sempre na esperança de que ele me cativasse ou algo me prendesse a atenção. Lendo sua resenha, tomei coragem de assumir o óbvio. Eu não aguento mais este livro, vou abandona-lo.
Uma pena, a história, e os personagens, tão reais, espero que me perdoem.




Isabela 10/02/2012

.
Embora a proposta de contar a história de um livro seja muito interessante e a princípio tenha me encantado, em algum ponto o encanto se perde e o livro se torna tedioso. Para ser franca, quase não me lembro da história, porque não me cativou.
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Nara 15/01/2012

Fascinante!
Este livro foi muito além das minhas expectativas. Eu já estava de olho nele a alguns anos, mas adiei a leitura pensando que fosse chato, do tipo documentário. Mas me enganei totalmente. Ganhei o livro como presente de Natal e devorei! É um romance instigante, fruto de uma ótima pesquisa histórica e cultural e da habilidade literária da autora. Narra em estilo feedback, indo e voltando no tempo, nas desventuras de um livro judeu de 500 anos que sobreviveu à censura religiosa, à fogueira, à guerra e chegou ao nosso tempo intacta. Este romance representa a paixão pela história dos livros e pela sua arte. Para os leitores curiosos, podem-se encontrar diversas referências à verdadeira Haggadah, na internet (http://www.haggadah.ba/?x=1). Recomendo a leitura!
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Jéssica R. 04/01/2012


Da Espanha de 1480 até a enfraquecida Sarajevo de 1996, um livro sagrado de valor incalculável é caçado por fanáticos políticos e religiosos. Seu destino está nas mãos de uma talentosa conservadora de livros – a charmosa protagonista Hanna, e sua recuperação resulta em um mistério histórico arrebatador.

Hanna Heat é uma conservadora e restauradora de livros australiana que é chamada para estudar um famoso manuscrito datado do século XV que havia desaparecido durante a guerra da Bósnia, ela não pode acreditar que um documento tão maravilhoso estava preservado depois de tantas guerras e tanto preconceito.A Hagadá de Saravejo, um livro religioso dos judeus que possui esplêndidas iluminuras, coisa proibida na religião daquela época. O trabalho da phD de Sydnei é restaurar a misteriosa Hagadá que fora conservada (e salva) por um bibliotecário muçulmano. . A partir de pistas encontradas no próprio manuscrito – uma asa de inseto, manchas de vinho e um pêlo branco – Hanna desvenda uma série de enigmas fascinantes e reconstrói as memórias do livro.


A partir das pistas, começam-se a intercalar capítuos que oscilam entre o presente — com os diversos conflitos e Hanna; e o passado — em ordem decrescente de data, é contada a história de cada um daqueles traços encontrados na Hagadá. Isso transforma o As Memórias do livro praticamente numa obra de contos, no qual várias pequenas histórias ajudam a elucidar a trama principal para o leitor e, de certa forma, para a própria Hanna, que passa por conflitos secundários com sua mãe, uma médica famosa que nunca perdoara o fato da filha ter seguido a carreira da arte, ao invés da medicina; com o bibliotecário muçulmano, com o qual ela se envolve; com seus amigos pesquisadores, que auxiliam com as análises das pistas; e, por fim, com a revelação de que seu pai fora um grande pintor australiano, cuja morte sua mãe estivera envolvida.

O enredo, como um todo, é interessante. Porém, no decorrer da narrativa, há indícios de que ela se apaixona pelo bibliotecário muçulmano — que é casado, e que ela dormira enquanto estava em Saravejo — , mas as relações com sua mãe pioram. Por outro lado, seus sentimentos afloram em relação ao pai (já morto), mas suas manifestações de amor continuam frias como no início.

E o resultado é um verdadeiro épico, uma corrida contra o tempo para revelar o passado e dar espaço à crônica da história do livro, enquanto Hanna procura a cura para uma criança vítima da intolerância da guerra, um amor impossível, sua própria identidade e proteção: do Hagadá e de sua própria vida.Inspirado na história verídica do Haggadah de Sarajevo, As Memórias do Livro é ao mesmo tempo um romance com importantes e envolventes fatos históricos e profunda intensidade emocional, num ambicioso e eletrizante trabalho realizado por uma premiada e aclamada escritora.


O livro é um romance histórico e dá pra aprender muito sobre conflitos religiosos, um pouco de nazismo, Segunda Guerra, Inquisição, e outros. Além de, é claro, sobre essa profissão diferente que é a conservação/restauração de livros.
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Robson Souza 23/10/2011

Uma obra maravilhosa!
Além de uma boa história, vários livros partem de uma sacada original ou uma abordagem inusitada. Este é o caso do romance "As Memórias Do Livro", da autora australiana Geraldine Brooks.
Ao recriar a história da Hagadá de Sarajevo, a escritora criou várias tramas que se encaixam como um quebra-cabeças, todas com o manuscrito como coadjuvante ou catalisador de mudanças.
A Hagadá é um texto que descreve a libertação do povo de Israel do Egito, conforme o Livro do Êxodo, da Bíblia. Nele, contém também orações, cânticos e provérbios, que são lidos na noite do Pessach, em que os judeus celebram o fim da escravidão. Por muitos anos, foi proibido usar imagens e ilustrações junto às escrituras judaicas. O curioso na Hagadá de Sarajevo, é que ela é ricamente ilustrada.
O enredo principal tem o foco sobre a restauradora Hanna Heath, que é contratada para recuperar o Manuscrito na Sarajevo de 1996. Ao analisá-lo, ele descobre minúsculas pistas como: um pêlo branco, cristais de sal, um fragmento de asa de uma borboleta, e a leva a investigar o que teria acontecido para o antigo livro sobreviver de 1480 até os dias de hoje.
Paralelamente à investigação de Hanna, a autora conta em capítulos alternados a história por trás de cada pista. Isto torna a leitura fascinante, principalmente pelo destaque que Geraldine dá às pessoas envolvidas na história. A paixão pela arte e pela cultura transborda do livro, com personagens fascinantes e extremamente humanos. Não é à toa que esta obra ganhou o prêmio Pulitzer, é uma leitura apaixonante!

Mais em robsonbatt.blogspot.com
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Ioná 09/10/2011

Gostei demais!
O livro me ganhou desde as primeiras linhas.
A historia de Brooks me arrebatou. Viajei com a Hagada durante toda a obra. Estive em cada esconderijo, passei por cada um dos perigos, corri os mesmos riscos, visitei os mesmos poroes e vivi cada emocao.
Eh impressionante como um livro pode revelar tanto sobre quem o possuiu.

A mistura de ficcao e fatos reais, dosados de modo adequado, com a sensibilidade exata, tornou a obra encantadora.
Gostei muito e recomendo a leitura.
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Alvaro 07/09/2011

O livro me surpreendeu
Devo admitir que relutei em ler o livro. Por duas vezes cheguei a pegar nele e o troquei por outro (que achava mais interessante).

O fato que fiquei encantando com a escrita de Brooks. O modo como ela consegue descrever as personagens, o cotidiano deles fica vívido. Eles saltam do livro e ganham corpo pra quem lê. A beleza, a profundidade, a sutileza do ser humano desfilam no romance que ganha sempre novos adornos.

No fim fica a mensagem da esperança, da reconciliação, da tolerância, do respeito e do amor. E do amor ao livro.

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SophiaCosta 01/07/2011

Favorito
Esse é um dos meus livros favoritos. Não tanto pelo enredo, mas pela paixão que despertou em mim pela conservação de livros. Ainda penso em fazer uma pós-granduação relacionada ao Design Editorial, e esse livro foi quem despertou todo esse interesse.
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Rose 18/06/2011

M A R A V I L H O S O
Sabe o liro que voce tem que ler??? Entao.... esse livro e maravilhoso.
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Lucy Nazaro 15/06/2011

As Memórias do Livro
Trata-se de uma obra que relata toda a trajetória de um manuscrito fabuloso que passa pelas mãos de Hanna, uma restauradora australiana, que vivbe às turras com sua mãe, uma médica reconhecida que queria vê-la seguindo os passos da mãe. O mistério envolve a trajetória feita pelo manuscrito judeu medieval, ou seja, a lendária Hagadá de Sarajevo. Como poderia existir uma Hagadá iluminada, ricamente ilustrada, contrariando as restrições judaicas? Como ele foi feito? Quem o fez o por quê? Como ele foi parar em Sarajevo? Como se salvou entre tantas perseguições e queimas de livros, pela Inquisição e pelos nazistas? Sobreviveu quinhentos anos de que forma?
A autora destaca ricamente essa história,permeada pela própria história de Hanna que acaba descobrindo quem é seu pai e desvendando os intrincados mistérios do livro.
É uma leitura gostosa e instigante, cada página nos chama à outra e mais outra. Você busca incansavelmente uma luz para a compreensão do todo que vai sendo desvendado, aos poucos, ao longo do romance. Gostei da leitura e recomendo.
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