llRods 31/05/2024
Meu primeiro comentário sobre este livro foi: peculiar. E esse sentimento se levou pelo livro inteiro.
A historia é simples. Ele perdeu o nariz e procura por ele, mas a situação é muito cômica, ainda que pareça tentar te convencer de levá-la a serio.
A principio achei que fosse uma critica à importância que damos às aparências, tanto a física quanto a social, já que a grande preocupação do protagonista é como a falta do nariz irá afetar seu status e seu relacionamento com pessoas importantes.
Lendo os textos complementares (que tanto amo em todos os livros da antofágica) entendemos mais sobre o autor, o local, o fator riso e como ele é importante nas obras de Gógol, mais especificamente o riso tragicômico. Situações dramáticas, mas tão absurdas que levam ao riso.
Também gostei do termo ?carnavalização?, que é aplicado à esta obra e, basicamente, é a inversão de papeis. Colocar alguém importante, de alto cargo ou da alta sociedade, no papel do ridículo, e o ridículo ou absurdo em seu lugar. Neste caso, o protagonista com seu cargo no governo, ridiculamente perseguindo seu nariz pela cidade, enquanto seu nariz recebe um outro cargo politico, e pela sua importância, mal da atenção ao homem sem nariz.