Da poesia

Da poesia Hilda Hilst




Resenhas - Da Poesia


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Etiene ~ @antologiapessoal 19/02/2020

Adquiri a antologia da Hilda e decidi lê-la em doses homeopáticas: sempre que sentia vontade, lia alguns páginas. Senti que curti muito mais a leitura e consegui inserir a poesia no meu dia a dia ao longo do ano. Essa é uma dica super bacana, eu acho. Hilda Hilst é poetisa brasileira, nascida na década de 30. De todos os adjetivos que eu poderia dar a ela, acredito que "INDOMESTICÁVEL" seria o que mais se encaixa. Amei lê-la e conhecê-la, a coragem de expor suas dores e questionamentos, próprios da natureza humana, geram um identificação real com suas obras. E além de poemas, ela escreveu prosa e algumas peças. Seu legado pra literatura nacional é imenso!
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Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.


E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.


Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra.
Há tanto tempo espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
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thaw 28/03/2021

?Só não morro de amargura
Porque nem mais morrer eu sei.?
Uma das minhas mais novas coletâneas de poemas favorita
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julie 04/09/2021

hilda hilst como eu poderia descrever essa mulher... a produção literária de sua obra comove, fazendo assim a cabeça dar várias voltas para você também ter seu próprio significado. é
como andar descalço sob pedras, não para doe-los mas para senti-los. é usada uma linguagem que extasia. não tem como falar de seus muitos poemas eróticos e sobre a solidão que também era sua companhia sem aplaudir e agradecer a existência desta grande mulher.
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Tiago 25/04/2021

O unicórnio da literatura brasileira
Temos muitos autores que habitam o Olimpo do cânone brasileiro. De muitos deles carregamos alguns versos conosco - na mente, no coração. São grandes porque únicos e o que escreveram nunca se encerra em uma única leitura. Hilda, entre eles, é o unicórnio - como chamava Caio F. Abreu -, o ser estranho, místico (Hilda gravava às vozes dos mortos), encantado. Do gozo, passando pelo amor, atravessando o riso, chegando ao nada, a “literatura pornográfica, a morte: eis o percurso de Hilda.

No volume “Da Poesia”, que traz toda a obra poética da autora, há para além dos poemas que por si só apresentam às faces do unicórnio da brasileira literatura - que sabor ler às suas palavras! -, temos o maravilhoso posfácio de Victor Heringer, o anjo que suspendeu as asas cedo demais.

Hilda, essa autora reclusa, hermética, estranha, magnífica, desde suas primeiras obras “sérias”, penava para ser reconhecida, para ser lida. Não aconteceu até o dia que decidiu dar uma banana para os editores. Não uma banana prata, mas uma banana ouro, visto a qualidade. Os volumes que unem a obra poética e em prosa de Hilda são publicados pela Cia Das Letras, nos dando a oportunidade de nos afogarmos em suas palavras; Passei dois meses na companhia de sua poesia. Lê-la é um exercício mesmo de linguagem - como o é para toda poesia. Mas há em seus versos imagens que - como poderia eu dizer? - imagens que adornam de intimidade esses buracos profundos da existência, a saber, a morte, o nada, o amor e o gozo.
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Maia 29/03/2021

Excelente edição, curioso observar a evolução da poeta nesta reunião cronológica dos poemas, ótimos textos no posfácio.
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Jessica 21/09/2021

Um Ode à Voracidade de Hilda
Enquanto lia essa obra, desde as primeiras páginas, senti a rudeza com que a poesia de Hilda fora feita.
Poesia para somente não ser sentida ou apreciada, como também suportada: trágica e mórbida. A poesia de Hilda é um ode ao fim. De encontro ao peito, ela construiu um infinito formidável de sensações. Me desfiz em várias e me refiz em outras.
Deixarei aqui um trecho do Posfácio de Da Poesia, escrito por Victor Hering em referência a Hilda, específicamente. É possível ver o quanto criadora e cria estavam intimamente entrelaçadas. Hilda possuía mãos vivas e um coração vivo.

"Ela queria ser lida, lida mesmo, por leitores atentos. Suas entrevistas revelam como a própria autora se dedicou a construir sua imagem pública e a reivindicar espaço no meio literário. Essa autoconstrução, que dançou ao sabor dos capricci da imprensa, apesar da constante tensão com eles, desaguou na imagem que hoje se tem de Hilda Hilst. Hilda, a reclusa da Casa do Sol, com dezenas de cães. Hilda, que apareceu no Fantástico nos anos 1970 dizendo que gravava as vozes dos mortos. Hilda provocadora, desbocada, obscena, meio louca, eremita, arredia, indomesticável? Os adjetivos são muitos, e quase todos indicam certo descontrole. Essa aura parece dizer mais sobre aqueles que a tentam rotular do que sobre a própria Hilda ou seu trabalho, ao qual, como o leitor pôde atestar, não falta rigor."

Antes soubesse eu
o que fazer com estrelas na mão.
Se dilacerar-lhes a ponta
ou simplesmente não tocá-las.
Se estão perto cegam meus olhos.
Se estão longe as desejo.
Antes soubesse eu
o que fazer com estrelas na mão.

Um livro construído sob o peso de emoções incontidas.
Alê | @alexandrejjr 27/09/2021minha estante
Um texto poético para uma livro de poesias. Fantástico!


Jessica 28/09/2021minha estante
Fui completamente conquistada pela autora, depois desse livro. É maravilhoso ??




Charliemalfx 22/03/2023

Espetacular
"Estou morta.
Mas a morte é amor."

Definitivamente é uma das melhores leituras que já fiz. Apesar de ser o primeiro contato que tenho com a obra de Hilst, me senti íntimo dela durante a leitura. Uma pena que ela não tenha tido reconhecimento em sua época, apenas no começo dos anos 2000.
Pretendo ler mais obras dela futuramente.
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Lethycia Dias 13/02/2020

Enlevo e Encantamento
"da poesia" reúne toda a obra poética de Hilda Hilst, que até sua morte produziu muito e foi muito pouco lida. O livro compreende desde sua primeira publicação, em 1950, até poemas inéditos, recolhidos do acervo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Eu tinha curiosidade sobre Hilda Hilst, mas não esperava amar tanto.
Sou uma apaixonada por poesia, e desde 2018 venho tentando aumentar a minha quantidade de leituras desse gênero. Acho que a poesia tem uma capacidade de nos tocar em nível até mais profundo do que a prosa, e por isso se torna difícil explicar o que sinto lendo bons livros de poesia. É um tipo enlevo, de encantamento. E foi isso o que senti com esse livro, desde as primeiras páginas.
Hilda Hilst tem 3 assuntos principais em sua obra, que são o amor, a morte e o sagrado, muito bem esmiuçados por Victor Heringer no posfácio deste livro. Os três temas muitas vezes de cruzam e se misturam nas diferentes fases da escrita de Hilda. Em todos, ela conseguiu me tocar.
Há uma fase que destoa de tudo: no livro "Bufólicas", Hilst satiriza os contos de fadas em sete poemas pornográficos, desbocados, sujos. "Bufólicas" faz parte de uma fase em que Hilda, em protesto à pouca atenção recebida pelo público, "tocou o foda-se", como diríamos hoje, e escreveu sobre sexo sem papas na língua. Admito que não gostei, mas tenho vontade de ler também os escritos em prosa que fizeram parte dessa época.
O livro, além de muito bonito, conta com um índice remissivo, no qual podemos encontrar cada poema mesmo quando não há título; um texto de Lygia Fagundes Telles sobre sua amizade com Hilda; uma linda carta escrita por Caio Fernando Abreu; além de uma entrevista de Hilda para o Jornal do Brasil, de 1989. É uma edição maravilhosa que, enfim, valoriza a produção de Hilda. Não vejo a hora de ler a prosa e as correspondências dela!

site: https://amzn.to/31QKVGt
Juliete Marçal 13/02/2020minha estante
Amo a escrita Hilda Hilst! ? Me sinto tocada pela poesia dela da mesma forma quando eu leio Fernando Pessoa. Pode parecer improvável, mas a poesia deles tem muito em comum! ?


Juliete Marçal 13/02/2020minha estante
Amo a escrita da Hilda Hilst! ? Me sinto tocada pela poesia dela da mesma forma quando eu leio Fernando Pessoa. Pode parecer improvável, mas a poesia deles tem muito em comum! ?


Lethycia Dias 13/02/2020minha estante
Agora to curiosa pra ler Pessoa!




eupoetizo 20/03/2021

Rascunho 04
Uma das maiores poetas brasileira sem a menor dúvida, estou completamente apaixonada pela sua escrita. Virei fã depois dessa coletânea.
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Paulo 25/05/2023

Da poesia
Eu gostei muito desse daqui. Eu não consigo lembrar versos de cabeça, mas lembro da sensação que eles me deram. São todos muito vivos e o final é perfeito. Fora o material extra da edição que também é ótimo.
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MelQuezado 18/05/2020

Não vou ser cult e dizer que é um livro maravilhoso. Adoro a Hilda Hilst e já tinho lido obras dela, mas achei o livro um pouco cansativo...
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Wesley.Andriel 07/09/2020

Depois da leitura, volto pra Terra com a cabeça, como disse Caio Fernando, feito sonrisal, toda borbulhante.

Tenho um certo tesão em ler morte, isso não é de hoje. E a morte de Hilda é misteriosa, bonita, parece um jardim. Não é como a de Gullar que me coloca na pele ausência e arrependimento, como se já tivesse a enfrentada. A morte de Hilda é uma curiosidade, quase sagrada, muito, muito mais obsessiva. Tem o deguste da curiosidade, enquanto a de Gullar já foi descoberta. Hilda Hilst é absurda!
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voandocomlivros 08/05/2022

"Bombas limpas, disseram? E tu sorris

E eu também. E já nos vemos mortos

Um verniz sobre o corpo, limpos, estáticos,

Mais mortos do que limpos, exato

Nosso corpo de vidro, rígido

À mercê dos teus atos, homem político.

Bombas limpas sobre a carne antiga.

Vitral espledente e agudo sobre a tarde.

E nós na tarde repensamos mudos

A limpeza fatal sobre nossas cabeças

E tua sábia eloquência, homens-hienas


Dirigentes do mundo."


Bela, potente e atual. Assim é a poesia de Hilda Hilst.


"Da poesia" reúne toda a obra poética da autora. Foram mais de 20 livros de poesia publicados entre 1950 e 1995.


Passei 4 meses degustando as poesias desse livro. Esse gênero clama por calmaria, pela tranquilidade e pelo clima que desperta toda a sinestesia que só as palavras são capazes de perfazer.


"Quem és? Perguntei ao desejo.

Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada."


Hilda Hilst não tem como explicar, só sentir.


"[...]


Não saber se se ausenta ou se te espera.

Aflição de te amar... se te comove.

E sendo água, amor, querer ser terra."

site: https://www.voandocomlivros.com/post/hilda-hilst-da-poesia
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juuuwidy 07/05/2023

Um espiar entre as frestas da alma de Hilda. Essa mulher sim viveu, mas viveu intensamente! Temi ser engolida por toda essa paixão, é tal como ela diz: morte e amor ao mesmo tempo, um tipo de força de espírito que não se vê em todo lugar, chega dá uma vertigem de tanto pulsar.
Stone Shelley 19/08/2023minha estante
Amo dms




Cinara... 16/07/2020

"... Por que, pergunto, estando viva
Devo morrer?
Por que, se és morte,
Deves me perseguir?

Aquieta-te, afunda-te
Morre, pequenina
Escuramente
Dentro do meu sofrer."

Da morte, odes mínimas
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