Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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KiraLunna 27/02/2024

Essa foi uma leitura aparentemente bem maluca.
Não vou mentir, durante boa parte do livro fiquei criando teorias e esperando o momento em que o autor iria explicar onde ele queria chegar e como ele chegou, mas depois de algum tempo, eu percebi que não era sobre isso (e me contaram que eu não deveria esperar isso do Murakami).
No final da minha leitura, fiquei surpresa por não me importar com as pontas soltas, com a falta de explicações concretas ou com os acontecimentos fantásticos, porque no final das contas, achei o livro uma retratação muito real da vida.
Ele fala sobre mudança, luto, destino, liberdade amadurecimento, lembranças, solidão, vazio e diversos outros temas cotidianos com que temos que lidar sem manual. E não contente em trazer reflexões dentro de si, o autor ainda inclui diversos pensamentos de outras obras, o que torna as ideias mais complexas e profundas.
Acabei aceitando o convite do livro de refletir sobre como lidar com a vida e os sofrimentos que a rodeiam, sobre como lidar com nossos demônios, e como muitas vezes nós mesmos os criamos.
Acredito que para um livro, à primeira vista, tão maluco e fantástico, a sensação que fica no final é de equilíbrio (um equilíbrio entre capítulos pares e ímpares, entre passado, presente e futuro, entre bem e mal, luz e escuridão, complexidade e simplicidade) e isso mais do que tudo, tornou minha leitura muito prazerosa
Por fim, acho interessante dizer que em algumas camadas, o livro me incomodou. Aquele incômodo necessário ao qual é importante se expor. Agora eu convido vocês a se incomodarem e se abrirem às reflexões que o livro propõe!
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Juliana 22/02/2024

O realismo mágico japonês
Descrever esse livro é inefável. Personagens cativantes e um realismo mágico em sua mais pura faceta. Mais uma vez surpreendida positivamente no meu terceiro livro de Murakami. É um redemoinho doido e não é um livro para leitores iniciantes, é um livro pra quem entende um pouco de literatura, suas correntes etc. No mais, um leitor desavisado vai achar o livro chato e maluco, mas é uma preciosidade única.
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moonflow.er 20/02/2024

Bem bizarrinho, um complexo de édipo ali no meio que me deixou meio perturbada. A escrita é interessante, drama misturado com fantasia que prende, em algumas partes me deixou confusa, várias reflexões viajadas.
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anselmo.pessoal 14/02/2024

Juro que tentei ???
Se você como eu gosta de ler pelo prazer da leitura, este livro não é pra você.
Tirando os aspectos sobrenaturais, típicos desse autor, a narrativa é arrastada com muitas passagens desnecessárias que, a meu ver, só tornaram o livro mais ?grosso? e a leitura mais arrastada.
Além disso o enredo, a meu ver, confuso que tirava o eventual prazer da leitura.
Chegar ao fim, decepcionante por sinal, foi um ato de resistência.
Sei que sou exceção. Entretanto, por mais que tenha tentado, o prazer na leitura desse livro foi praticamente nulo.
Espero que isto não desestimule outros leitores.
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yokiitos 13/02/2024

O livro mais gostosinho que já li
Não é segredo pra ninguém que me conheça que eu sou fanático pelo Franz Kafka, e eu só descobri esse livro por estar procurando livros que fizessem referências diretas às obras dele. Uma outra característica da minha personalidade literária é que eu não gosto de saber muito sobre o livro que eu vou começar a ler. Uma ideia geral sobre o que se trata já é o suficiente para despertar, ou não, o meu interesse. Juntando essas duas questões sobre mim, já dá pra entender o porque eu baixei esse livro no meu Kindle para começar a ler, né? Só fui descobrir depois de começar a ler que o nome Kafka, que intitula o livro e nomeia a nova identidade do protagonista, não foi escolhido apenas tendo o Franz Kafka em mente. Um outro motivo é o Corvo, que é a tradução de Kafka, em tchecoslováquio, e o nome da entidade que guia o garoto de 15 anos, sócio dessa odisseia surreal. A falta da presença direta no enredo do famoso escritor com nome de ave ceifadora não faz com que a influência de seu distinto estilo literário não esteja presente nessa obra japonesa.

Nunca tinha lido nada do Haruki Murakami, apesar de já ter visto cópias de 1Q84 espalhados em praticamente toda livraria que já visitei. Mais gostoso do que a surpresa de conhecer um novo escritor, é a surpresa de conhecer uma história tão única quanto essa. Murakami criou uma obra que coabita o realismo mágico de Borges, o drama das tragédias gregas e o pessimismo folclórico do estilo kafkiano, criado pelo meu grande ídolo. Essa obra ainda funciona como um grande aforismo quimérico, utilizando de elementos surrealistas e fantásticos para falar sobre morais sociais e familiares.

Esse livro me acompanhou durante um ano; mas não qualquer ano. Foi um ano em que eu precisei de orientação mais do que nunca. Foi um ano em que tudo pareceu estar totalmente fora do meu alcance, dificultando muito minha capacidade de lidar com toda a degradação da minha vida pessoal. Apesar de tudo eu ainda tive esse livro presente comigo e me guiando pela minha própria odisseia particular. Essa leitura não demorou um ano para ser finalizada por ser chata nem nada do tipo. É que esse livro te incapacita de ter pressa, tornando cada nuance desse enredo a mais vivida possível. Tê-lo durante um ano foi muito importante pra mim, pois agora posso dizer que esse livro fez parte da minha vida, bem como um bom amigo que está lá sempre que você precisa de um ombro pra chorar.

Sei que não falei nada sobre o que se trata essa obra, mas se servir de compensação, deixo aqui minha recomendação a você, criança (depende), adolescente, adulto, idoso, homem, mulher, não-binário (Oshima mandou beijos), ou seja lá quem você for. Esse livro é uma das coisas mais surpreendentes que já li, narrado de uma forma a dar inveja ao Stephen King (até porque qualquer um escreve melhor do que esse querido). Mas na boa mesmo, virei fã do Murakami, e ele com certeza se tornou uma grande inspiração pra mim.
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Mtressoldi 12/02/2024

A felicidade é uma alegoria, a infelicidade é uma história.
Tudo o que eu mais gosto do Murakami aparece nesse livro: o surrealismo, o modo de escrita, os paralelos com mundos e realidades diversas, limbo, morte e filosofia. Os capítulos intercalados também me agradam.

Ao mesmo tempo, depois de ler alguns livros do autor, algumas repetições ficam claras e a que mais me incomoda, de longe, é como as personagens femininas tem um papel unicamente sexual na trama, dando um peso em certos pontos bastante misógino à história.

Gosto de livros "incômodos" mas esse, em algumas passagens, se tornou incômodo não no bom sentido. Teria potencial pra ser um 5/5 se não fossem essas partes que, honestamente, acho que sequer agregam em nada à narrativa.
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Maria 11/02/2024

"Uma coisa porém é certa: ao emergir do outro lado da tempestade, você já não será o mesmo de quando nela entrou. Exatamente, esse é o sentido da tempestade de areia."

Um dos melhores livros que já li.

O livro conta em paralelo a história de Kafka e do querido senhor Nakata, enquanto o garoto de 15 anos está fugindo do seu destino, de uma profecia maldita, o homem segue um destino sem ter escolha. Os personagens dessa história são cativantes a sua maneira. Hoshino inclusive tem um dos melhores arcos na minha opinião.

Murakami trata das maiores angústia do ser humano, amor, medo, solidão e família, pra isso usa metaforas e realismo mágico com maestria. A linguagem é fluida, bem humorada e cheia de referências, clássicas e pop.

Comecei Kafka a beira-mar sem nenhuma informação prévia, além do que vem na capa do livro, o que foi uma escolha sábia. E conforme fui conhecendo esse universo me vi fascinada com todos os elementos da linguagem que o autor adota, também saí do lugar em várias situações que em outro momento eu nem tentaria entender, e com cenas incômodas. Não obstante, quando terminei a leitura quis apagar da memória e ler tudo novamente.

Refletindo a experiência me sinto uma leitora mais madura. Acho que só Grande sertão:veredas me deu um insigt parecido.

Agora consigo ver como as obras do Murakami tem influência no Namjoon. Esse que me fez conhecer essa obra que agora tenho no meu coração, que por sinal veio no momento certo da minha vida, assim como Kim Namjoon.

"Você passa sozinho por experiências sublimes, de perder o fôlego, mas em contrapartida se debate também sozinho em plena escuridão. E tem de suportar essa carga tanto física como emocional."

Ps.: Nos momentos que parei pra ler e degustar essa obra a gatinha Morgana que a pouco tempo adotei esteve ao meu lado, mais precisamente em cima do livro e hoje também tem apego a essa história.
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Tichaa1 10/02/2024

O seu vestido azul-celeste
Não sei o que comentar acerca deste livro, surpreendi-me, não estava a espera deste tipo de história talvez por ter começado a ler sem nenhuma informação acerca da narrativa em si e da forma como as histórias deste escritor são. A verdade é que gostei bastante, mesmo que para mim pareça uma história muito estranha.
Adorei as personagens e as relações entre elas. Gosto muito da maneira que este escritor as representa. Não vou fazer um pequeno resumo da história como costumo fazer, porque tem tanta informação importante que eu poderia acabar por esquecer de escrever, talvez um dia quando eu reler este livro, porque sim eu tenho que o reler futuramente.
Como eu já referi a ligação entre as personagens é incrível. Principalmente a relação entre Nakata e Hoshino, uma amizade verdadeira e necessária. Hoshino precisava de conhecer Nakata para evoluir na forma de pensar e sentir. E sem Hoshino, Nakata não iria conseguir concluir o seu dever. E além disso o que mais se destacou foi como ele sempre acreditou no ?seu avozinho?, nunca desistiu dele nem o achou maluco.
Não posso esquecer de falar também da relação entre Kafka e Oshima, Oshima foi um personagem incrível e ajudou tanto Kafka.
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carol.haupczz 03/02/2024

Haruki Murakami
Já conheci as obras dele, em 2017, ano do qual eu estava no ensino médio ainda e tinha um conhecimento raso sobre literatura com cultura popular inserido, digo isso porquê li Herman Hesse pra caramba nesse período, agora partindo pra Kafka à beira mar, tem uma obsessão intrínseca do Haruki Murakami em inserir menor de idade em contextos sexuais QUE NINGUÉM PEDIU, ainda que isso faça parte da narrativa dele, tive que pesquisar a fundo porque o desconforto disso vem muito quando eu consumo obras asiáticas, inclusive japonesas. Numa entrevista que está toda em inglês, ele disse que gosta de explorar a liberdade sexual dos personagens e embora isso seja válido, ainda recai sobre uma cultura muito antiquada sexual japonesa, da qual eu detesto. Tirando isso, a leitura é imersiva e cativante, eu gosto de coisa excêntrica e existe isso o tempo todo nas obras dele, já li outras coisas do Haruki Murakami e sinceramente ele tem uma essência quase que inócua de conquista ao leitor, eu me sinto verdadeiramente feliz lendo cada pedaço do que ele escreve que exala e transpira poesia. A leitura vale a pena.
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snoopyievski 02/02/2024

O mais esquisito que já li
Eu não sei se é porque eu li esse sem ter nenhuma informação sobre o que se tratava, nem que gênero era e nem mesmo sabia o gênero do autor, mas confirmo aqui que esse foi o livro mais esquisito que eu já li.
A trajetória do menino Kafka de 15 anos é muito bem escrita, com a quantidade perfeita de detalhes. Senti muita afeição por Nakata desde o início. De todos, o meu preferido é Oshima! Quando me cansei de Kafka, persisti na leitura pela presença de Oshima e Nakata. Gostaria que Nakata tivesse tido um fim melhor, mas considerando os anos que já haviam passado, ele não teria muito o que recuperar por ter perdido tudo muito cedo. Apesar disso, da falta de tanto, ele acrescentou muito mesmo desacreditado disso ele mesmo. Sabia muito mais do que sabia que sabia, dá pra perceber isso ao longo da relação dele com Hoshino.
No geral, gostei do livro. Fui gostando cada vez mais a medida que ele foi me surpreendendo com os seus acontecimentos aleatórios. Mas sinto que, mesmo depois do fim, tem muita coisa que não teve explicação, conclusão. Não teve aquela perfeita amarração final de tudo fazendo sentido que esse tipo de livro esquisito precisa. As coisas só aconteceram, foram esquisitas e ponto final. Algumas coisas se encontravam, histórias se interligavam, mas no fim das contas, a maioria não se explicou.
Não sei o que pensar. Murakami diz que para entender, é preciso lê-lo várias vezes. Acredito que isso explique muito do que eu estou sentindo agora.
Mas, acima de tudo, a parte artística do livro, a música, literatura, a pintura em específico, a forma como ela conversa com a obra e com o desenvolvimento da história, principalmente de Kafka e Hoshino, é maravilhosa. A súbita paixão de Hoshino pelo Trio Arquiduque ao longo das aventuras com Nakata é sensacional.
Não sei o que pensar, muito recente tudo isso.
Bom mas talvez não meu tipo?
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Sayuri 26/01/2024

Etéreo
Então, acho que no fim os dois mundos se conectaram, mas não exatamente do jeito que eu achava que iria acontecer. É bom mas não sei se finalizou do jeito que eu queria, é difícil explicar. É uma leitura bonita, difícil e densa de acompanhar mas que depois flui melhor. Acho que é um livro mais pra se refletir do que realmente se ater à história contada.
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Lídia Mel 25/01/2024

Escrita genial e instigante, a leitura corre fácil e solta, com um ótimo desenvolvimento e final, recomendo muito a leitura
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Lívia 25/01/2024

À beira do mundo ou da insanidade?
Definitivamente não sei como descrever esse livro, é algo que você só sente lendo e é uma história que você não entenderia por completo, se fossem ditas por outra pessoa, se não Murakami.
Completo vazio, desespero e imaturidade são os sentimentos que rodeiam Kafka Tamura em minha visão. Já Nakada, é retratado com infantilidade, pureza e educação. O que une ambos, além da predestinação de seus destinos, é a solidão.
Não gostei de muitas passagens, fiquei totalmente incomodada com a narrativa de Sra Saeki e Kafka. Porém acredito que o autor delimitou essas relações para incomodar de verdade, não só a deles em específico, mas todas, de forma a questionar os valores da sociedade.
É um livro instigante, você sempre se surpreende com o rumo que a história vai levando, porém sinto que não absorvi por completo tudo que essa obra representa.
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