Li 04/01/2011DESAFIO LITERÁRIO 2011 - JANEIRO - LITERATURA INFANTO-JUVENIL
Sinopse: “Matilda adorava ler. Passava horas na biblioteca, lendo um livro atrás do outro. Mas, quanto mais ela lia e aprendia, mais aumentava seus problemas. Os pais viam televisão o tempo todo e achavam muito estranho uma menina gostar tanto de ler. A diretora da escola achava Matilda uma fingida, pois ela não acreditava que uma criança tão nova pudesse saber tantas coisas. Depois de mil peripécias, em que tentou se livrar da tirania dos pais e da diretora, Matilda acabou encontrando a compreensão de uma professora, srta. Mel, com quem foi morar.”
O livro é muito convidativo! Gostei da sinopse, achei a temática interessante e a capa é muito fofa: Simples, traços infantis, poucas cores... Para mim, perfeita para um livro infantil! Sempre olhava para ele na estante daqui de casa e pensava em dar uma folheada. Quando vi o tema de janeiro do desafio, não pensei duas vezes: Seria minha primeira opção!
Matilda, a protagonista, é uma criança especial que nasceu dentro de uma família de pessoas estúpidas e sem escrúpulos. Ela não acha espaço dentro de casa para se desenvolver, então procura fora dela. Quanto mais Matilda adquire conhecimento, mais é menosprezada, principalmente pelo pai, em quem tenta “dar lições”, mas sem muito sucesso. A mãe é meio indiferente a ela. A criança acha compreensão e apoio em sua professora, quando começa a frenquentar a escola, mas encontra outro obstáculo: a diretora do local.
Achei a história meio brutal, cruel. Passei metade do livro lendo ligeiramente angustiada, rs, não gosto de ver criaturas indefesas sofrendo, nem sendo injustiçadas, por mais absurdo e irreal que pareça o fato, no livro é uma realidade! Bem que geralmente os livros para crianças são brutais... Os autores, suponho, querem que elas saibam como reconhecer abusos e que possam lutar contra eles, se espelhando nos personagens que os encaram e vencem, e assim se sentirem fortes, inteligentes, corajosos como eles. Os fatos são exagerados, muito mesmo, mas acredito que isto é proposital: Geralmente tudo que acontece com uma criança, na cabecinha dela, acaba sendo exagerado.
O livro é uma boa analogia de que quem não se deixa abater pelo meio em que vive tem chance de crescer, que acreditando em si mesmo e sendo corajoso se pode vencer qualquer obstáculo! Para mim, a passagem da luta passiva de Bruce Campônio, colega de escola de Matilda, com a diretora tirânica, Sra. Taurino, é uma das melhores do livro:
“(...) Bruce Campônio já havia consumido três quartos do bolo e continuava bem. Sentia-se que ele estava até começando a se divertir com a história. Tinha uma montanha para escalar e estava decidido a atingir o topo ou morrer tentando. Além do mais, parecia ter tomado consciência de seu público e de que todos ali, silenciosamente, torciam por ele. Na verdade, era uma batalha entre ele e a poderosa sra. Taurino.”
É um ótimo livro, mas daqueles que os pais, ou os professores, precisam estudar com as crianças e mostrar a elas as lições que existem dentro da história.
(http://desafioliterariobyrg.blogspot.com/)