Sabrina758 09/01/2021
Que leitura prazerosa e rapidinha de se fazer! Tenho adorado ler infantojuvenil, coisa que fiz pouco quando era criança. Tiveram duas frases que me marcaram muito no livro, a primeira foi: "Talvez sua raiva tenha aumentado por ver a filha desfrutando de alguma coisa que ele não alcançava." É uma cena, ainda no início do livro, onde o Sr. Losna, pai de Matilda, está brigando com a mesma por estar lendo ao invés de fazer outras coisas, como assistir televisão...e eu fiquei pensando em como muitos pais colocam expectativas nos filhos antes mesmo que o bebê nasça, tendo uma vida toda planejada para essa criança, esperando que eles sejam como um extensão de si, que tenham os mesmos sonhos e vontades, acabando por descontar as frustrações nos filhos quando isso não acontece, ou por estarem insatisfeitos com suas próprias vidas. Pais, façam terapia, e entendam que os filhos são suas próprias pessoas, com gostos, sonhos, personalidades e vontades. A segunda frase foi da srta. Mel, professora de Matilda e um dos poucos adultos na história que realmente se interessam e gostam da criança, e ela pensa: "Essa criança parece interessar-se por tudo. É impossível ficar entediado perto dela. E eu adoro isso.", e eu fiquei refletindo comigo mesma que, isso é 99% das crianças, ou seria, se nós, adultos, não subestimássemos tanto as crianças, e as castrássemos o tempo todo, atrapalhando na autonomia, aprendizado e crivo criativo, tudo a troco do "silêncio". Acho que é uma leitura preciosa, que faz a gente lembrar da nossa infância e refletir nosso comportamento perante as crianças.