Vacas

Vacas Dawn O'Porter




Resenhas - Vacas


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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

VACAS - Dawn O'Porter
Eu fiquei muito intrigada quando vi essa capa e li sobre a história, porém, confesso, estava bem desanimada com essa leitura. Mas, assim que eu andei algumas páginas dentro da trama já estava vidrada no que acontecia.

Vacas é um livro contemporâneo que vai apresentar a vida de três mulheres bem diferentes e que aparentemente não teriam nenhuma conexão, porém, conforme as coisas se desenrolam, é possível ver que há sim algo que as move que é compartilhado: o desejo de pertencimento e direitos. Com o subtítulo de: Nem toda mulher quer ser princesa, logo fica claro que este deve ser um livro para trabalhar o feminismo ou alguma vertente dele. Entretanto, diferente de querer levantar uma bandeira e converter, Vacas é um daqueles livro que vai mudar um pouco nossa visão de ver o mundo.

Eu sou mulher, levanto algumas bandeiras e luto pra buscar meu espaço. E, mesmo com o pertencimento ao grupo, vi o quanto é, por vezes, solitário. Acho que meu maior choque foi o perceber o quanto é forte o julgamento que exercemos uma às outras. Me parece irracional buscar certas mudanças de fora, seja dos homens ou da sociedade, quando entre nós não há compreensão e sororidade o suficiente para evitar tais coisas.

“Acho que nunca me sentiria solitária. Porque quando você domina a arte de desfrutar da própria companhia, a felicidade vem.”

A mãe solteira e trabalhadora julga aquelas que não trabalham para cuidar dos filhos, a que quer ser mãe julga a que opta por não ter filhos, a magra julga a gorda, a liberal julga a conservadora, a rica julga a pobre. Há tantos exemplos e situações onde isso também se inverte, que é estranho demais pensar sobre isso e constatar o quanto ainda há um longo caminho pela frente, sendo o primeiro passo, acertar o tom entre nós, antes de exigir dos outros algo que não conseguimos conceber.

Mudar a forma de pensar é algo que vem com o tempo, com insistência e desconstrução. Não há uma fórmula secreta onde tudo se resolve de uma hora para a outra e acho que isso é a primeira coisa a se ter em mente. Não é porque você pensa certas coisas, que não pode ir levemente moldando isso a se tornar diferente. E sim, nossa cabeça é um lugar estranho habitado por pensamentos, muitas vezes, perversos. Porém, o controle ao não externalizar o ódio ou o julgamento já é um passo importante a ser dado.

A forma como O’Porter trabalha essas questões é apresentando essas mulheres comuns e dando a elas histórias que se aproximem de nós. Histórias reais, que já vimos acontecer com alguém perto da gente ou de alguém que conhecemos. E enquanto vemos nossos conceitos serem repensados pela seriedade do que é retratado no livro, vamos percebendo o quanto há erros em nosso próprio comportamento.

“Existem vários tipos de mulheres, e todo o esforço é necessário para que elas não sejam vistas como novilhas ou vacas. Mulheres não precisam se encaixar em esteriótipos. Vacas não precisam seguir o rebanho.”

Esse é o meu tipo favorito de contemporâneo, onde não há uma lição pronta entregue em uma bandeja, mas algo sujeito a interpretação, algo mais orgânico, que não é jogado na minha cara, mas que a história aos poucos faça com que eu compreenda situações e tenha minhas epifanias mentais ao pensar sobre aquilo.

E as reações a trama vão ser diferentes de acordo com quem você é e no que você acredita, porque as personagens trazem histórias diferentes e problemas diferentes exatamente para que independente de quem estiver lendo, consiga achar ali algum elo de ligação a que vá se ancorar durante a narrativa.

Portanto, independente de qual seja a sua ideologia de vida, essa é uma leitura recomendada à todas as mulheres, para uma maior compreensão primeiro de nós mesmas, depois do próximo e, claro, da forma como o enxergamos. Não há problema encontrar aqui suas falhas, há problema em prosseguir no erro, sabendo de sua existência. E, pra ter mais propriedade para exigir direitos aos outros, primeiro me parece necessário que haja respeito entre nós, mesmo que não se siga o mesmo estilo de vida ou não concorde com a tomada de decisões. Respeito é o mais importante.

Sobre as personagens, é impossível não sentir um mix de emoções. Tara se vê super julgada pelo mundo por algo que era para ser nada. Ela já se sentia de certa forma oprimida por ser mãe solteira e a nova situação agrava sua realidade de uma maneira invasiva e que não pode ser apagada. Cam levanta suas bandeiras o mais alto que pode e sofre o julgamento que vem disso, de expor suas opiniões em voz alta, de ter opiniões. Mas mesmo aqueles que têm certezas na vida sofrem imprevistos que podem mudar tudo. Já Stella, a personagem que me incomodou mais durante a leitura, é um exemplo de como algo que a gente sofre, se não levado a sério, pode desencadear situações de extremos onde intervenções são necessárias. Cada uma delas é tão diferente e tão parecida em certos aspectos que, como já disse, é impossível não achar algo para se relacionar.

Vacas foi uma leitura incrível e que me rendeu inúmeros pensamentos sobre o assunto. Então, fica aqui a dica de leitura e também de presente para aquela sua amiga feminista ou julgadora, que a gente sempre tem ;)

site: http://resenhandosonhos.com/vacas-dawn-oporter/
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@livrodores 26/08/2018

Vacas ou princesas
Ao concluir essa leitura a única coisa que eu queria fazer era sentar ao lado da autora, dar um abraço apertado e agradecer por essa história incrivelmente arrebatadora, agradecer por criar uma obra tão rica e profunda de sentimentos e empatia, que sorte a minha poder vivenciar junto com essas personagens o quanto a vida real é difícil, que em um mundo repleto de mulheres dentro dos padrões aceitáveis existem as mulheres únicas, que não precisam se enquadrar nessas caixinhas e sim ser feliz com suas escolhas e do seu jeito.
Tara é mãe solteira e com seus 42 anos trabalha fazendo documentários sobre assedio, ótima no que faz e confiante de suas conquistas ela ainda precisa lidar com as gracinhas machistas dos colegas de trabalho e os olhares tortos das mães das amigas de sua filha Annie.
Camille é mais conhecida por Cam e por ser uma blogueira famosa e que luta contra os padrões impostos pela sociedade, fala tudo que lhe da na telha, sempre se importando verdadeiramente com o seu publico. Desde nova era isolada e com isso a relação com a mãe e as três irmãs é conturbada, o único que a compreende e respeita é seu pai.
Stella aparenta ter uma vida simples e feliz, mas por baixo da carcaça alegre se esconde uma tristeza profunda pela perda da mãe e irmã para o câncer, tudo piora quando ela descobre que também pode ter a doença.
Tara e Cam me conquistaram logo no inicio, daquelas mulheres fortes que conseguem se impor sem se importar com a opinião alheia, mas isso acaba mudando para Tara que vê sua vida mudar completamente ao ter um vídeo intimo vazado na internet, que acaba aproximando as duas em solidariedade, empatia e dor mutua.
Stella acaba se perdendo um pouco, a fixação pela irmã gêmea Alice a deixa cega de tanta tristeza e ressentimentos, ela faz tantas comparações entre as duas e essa imensa dor acaba a levando a realizar coisas inimagináveis.
A ligação entre as três acontece de forma natural e foi o que me deixou tão profundamente feliz e agradecida, apesar do mundo te limitar e de deixar para baixo sempre haverá alguém ao seu lado, é só você criar coragem e lutar por você e suas escolhas.
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Jenn 15/10/2018

Inspirador.
Comecei a ler Vacas com altas expectativas. Esse livro superou todas elas.
Sempre me considerei feminista. Porquê me considero no direito de fazer o que quero com a minha vida. Pesquisando na internet vi que não me identificava com muitos grupos de feministas porque até em um grupo que achei que poderia me sentir livre , me sentia rotulada. Não queria ter que fazer determinadas coisas para ser considerada feminista . Queria ser eu mesma.
Ler esse livro fez eu me sentir representada. Ter orgulho de quem eu sou.
Foda-se se você é estranha. Não gosta de assuntos convencionais e prefere passar a vida com a cara nos livros do que socializando. Sim essa sou eu. E mesmo o livro não se tratando disso. Ele se trata de se aceitar do jeito que é.
Não seja uma Maria vai com as outras.
Faça ouvirem a voz que existe em você.
Siga seu próprio caminho sem se importar com as opiniões alheias.
Defina seu futuro. Tenha coragem e personalidade.
É disso que vacas se trata.
Se você não gosta de livros... Leia esse e se veja mudar de ideia.
E se você gosta.. desconsidere os erros de edição que são grotescos e mergulhe de cabeça. É uma história incrível. (Procure a sinopse no Google. Eu só falo sobre o que o livro despertou em mim).
Quero mais e mais ler coisas sobre empoderamento depois desse livro.
Porque somos mais poderosas do que imaginamos..
Favoritado!
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Victória Silva 19/02/2023

Um conflito de sentimentos
O livro nos apresenta a história de três mulheres: Tara, Cam e Stella. Cada uma delas com seus conflitos pessoais e questões a serem resolvidas.

É uma narrativa pautada no feminismo (branco) e em entender como mulheres são julgadas.

É interessante aguardar as histórias se cruzarem. MAS, de certo modo a resolução dos problemas das personagens é meio óbvia e o livro vai ficando menos interessante do meio para o final.
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Tayana.Benevides 24/10/2017

Adorei
O livro toca em assuntos que incomodam...assuntos que são tabus para a sociedade. Acho que seria quase impossível não gostar de um livro assim e eu adorei! Um livro que deveria ser lido por todos, principalmente, pelas mulheres que precisam entender cada um desses tabus.

O livro conta a estória de Tara, Cam e Stella. Três mulher completamente diferentes, mas que tem em comum o fato de todas estarem sendo terrivelmente julgada pela sociedade.
Tara é bem sucedida e mãe solteira, assim, aguenta todos aqueles comentários: “quem é o pai?” “Foi um cara só de uma noite?” “Essa criança precisa de um pai!” Além disso, sofre com o machismo em seu trabalho, nunca sendo levada à sério e sendo constrangida com aqueles velhos comentários e atitudes masculinas.
Cam é uma blogueira feminista. Seu blog é um dos mais conhecidos da internet e faz sucesso com seus posts polêmicos. Porém, no momento em que diz que não pretende ter filhos, ela nota uma caída nos comentários positivos e se pergunta: “porque todo mundo acha que a mulher só é feliz se tiver filhos?”
Stella viu sua mãe e sua irmã morrerem de câncer e, por questões de saúde, precisa retirar os seios e o ovário. Porém, essa é uma questão ainda muito delicada para seu marido que não está conseguindo digerir muito bem tudo o que está acontecendo e resolve abandoná-la. Todas essas mudanças causam um turbilhão na mente de Stella, trazendo à tona o pior de seu ser.

Um livro esclarecedor e arrebatador! Não tem como você não estar na pele dessas mulheres e não mudar sua cabeça. Você reflete sobre quantas vezes na sua vida você julgou e foi julgada, e pensa “daqui pra frente mudarei isso!”

Outro ponto crucial nesse livro, pra mim, foi o fato de perceber que “Gente feliz não inferniza a vida dos outros”, ou seja, aquelas pessoas que só tem palavras ásperas, comentários negativos, julgamentos e, até mesmo, xingamentos pra você, na verdade ela é MUITO infeliz.

A única coisa que me incomodou um pouco foi que o livro continha alguns erros. Como se estivessem com pressa pra lançar no Brasil e a correção da tradução deixou a desejar em alguns momentos, porém nada que impeça a compreensão da história.
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Nath Correia @bibliotecadanath 26/10/2017

Vacas l #dawnoporter l @harpercollinsbrasil l 347 páginas l 4’
Tara é produtora de documentários on-line e mãe solteira. Dividindo seu tempo entre o trabalho e a maternidade, ela precisa lidar com o machismo no trabalho e o preconceito das mães em tempo integral. Stella trabalha como assistente de um fotógrafo e vive assombrada pelas perdas que sofreu e pela ameaça de uma terrível doença. Sem propósito na vida, passa seu tempo vivendo das lembranças do passado e se afogando em tristezas. Cam é uma blogueira famosa e dona do site howitis. Independente e segura de si e de sua sexualidade, ela precisa lidar com a pressão da família e da sociedade por não se encaixar nos moldes da mulher ideal – mãe e dona de casa. Quando Tara vê sua vida virar de ponta cabeça ao cometer um ato em público, as histórias das três mulheres colidirão de uma forma totalmente inesperada...

Vacas tem uma história que precisa e deveria ser lida por todas as pessoas. É um livro que aborda de forma questionadora e, muitas vezes, perturbadora temas como o machismo, o papel da mulher na sociedade e o que essa mesma sociedade espera dela, a luta da mulher para se impor e se fazer respeitar, o poder avassalador e incontrolável da internet e o preconceito em suas diversas formas. A narrativa é fluida e funciona bem ao alternar entre o ponto de vista das três protagonistas – o que faz com que o leitor tenha um olhar mais amplo sobre os acontecimentos - e ao construir suas personalidades, seus medos e seus anseios.

Um tema recorrente no livro é o ato de julgar as outras pessoas, pois ao fazer isso, muitas vezes, não procuramos conhecer toda a verdade, sendo mais fácil apontar o dedo e criticar. Esquecemos que ao mesmo tempo em que julgamos também somos julgados e que nossos atos – por menores que sejam – podem ter repercussões catastróficas nas vidas das outras pessoas. É um livro que fala sobre a necessidade de união entre as mulheres em um mundo dominado por homens e pela cultura do machismo e onde a mulher é considerada o “sexo frágil". É, sobretudo, sobre a pluralidade que é ser mulher, sobre não seguir rótulos e modelos, sobre ser autêntica e singular, sobre ter orgulho de ser mulher e sobre defender e lutar pelo que você acredita.
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@blogleiturasdiarias 04/11/2017

Recomendo para todas as mulheres!
Tem livros que quando você para e pensar em analisá-los, vê a importância que uma ficção pode fazer na vida de alguma pessoa. Será assim com Vacas, nem Toda Mulher Quer Ser uma Princesa. Com um choque de realidade para o empoderamento feminino, vemos no meio de uma história o quão libertador é você ser você, fugir dos esteriótipos e de se importar somente com a sua felicidade e de quem ama.

Stella, Cam e Tara. Tara é mãe solteira e trabalha em ambiente totalmente machista; Stella perdeu sua mãe e irmã para o câncer e não sabe lidar ainda com esse vazio; Cam é uma blogueira que levanta a bandeira feminista, fala que a mulher pode ser o que quiser. Três mulheres que terão suas rotinas conectadas e se verão confrontadas na vida particular quando a sociedade impõe que só existe um tipo de mulher. Como elas se encontrarão? O que irá acontecer para que esses mundos distintos se entrelacem?

É definitivamente uma avalanche de informações importantíssimas uma atrás da outra. Quando li a sinopse somado ao título e subtítulo polêmico, imaginava uma quebra de esteriótipo da mulher matriarcal. E é o que vamos encontrar. Surreal é a palavra certa para descrever em como a autora abusou e usou das quebras de tabus na sociedade de uma forma clara, limpa e de fácil entendimento. Difícil nós mulheres não identificarmo-nos com os questionamentos levantados ou pelo menos entender quem se comporta ou quer viver de modo próprio.

Três protagonistas diferentes que no final acabam passando pelo mesmo problema. De personalidades opostas, mostrando como todas podem ser afetadas por um opinião julgadora, em uma parte achei bem angustiante o julgamento massante nelas, especificamente na Tara que passará por uma vergonha nacional em ter algo seu privado divulgado e que é uma coisa "banal" entre quatro paredes — amplificado por ser mãe solteira. Mostra o quanto podemos ser hipócritas, ou o quanto a sociedade é hipócrita.

"— Não tem "mas", Philippa. As mulheres não podem continuar reclamando sobre como são tratadas pela sociedade se não reagem quando dizem que elas estão erradas. Você pode me dizer que Janis é uma escrota, mas não sou eu que a vejo todo dia e deixo ela se safar com isso. Faça alguma coisa, diga como se sente. Nada vai mudar se você não se mexer." pág. 133

Misturar ficção com a realidade — apesar de sinceramente achar que toda a situação pode acontecer na vida real — foi um excelente trabalho. Mesmo "pressionando" e fazendo pensarmos nos assuntos descritos, ela traz a quebra desse ar denso quando introduz o lado cômico. Rir da própria desgraça com piadas irônicas terão seu espaço, e pode acreditar, terão momentos que damos gargalhadas altas.

Sinto que mesmo nas entrelinhas, o que não ocorre muito pois ele é bem claro, Vacas funciona como um libertador para algo que ganha seu espaço mas ainda é julgado: a mulher ter voz. Sempre se é esperado ou da família, ou dos parentes, ou dos amigos um comportamento tal da mulher. No momento que você aprende a dizer não à aquilo, aprende a ter sua própria voz, a fazer suas escolhas diferentes, as pessoas te veem com outros olhos, e às vezes esse olhar pode ser acusador. O desenvolvimento mostra que não devemos ligar e seguir com o nosso coração. Com certeza poderá ser o incentivo que faltava para muitas mulheres que não sabem ainda agir, como fazer funcionar algo que quer no seu íntimo. Vacas, mesmo com situações complicadíssimas dá esse apoio. Existe a volta por cima, existe decisões diferentes, existe o "eu escolho o que quero para minha vida".

Talvez o que tenha me chateado um pouco é o final que uma das personagens levou. Não achava necessário que o acontecimento específico acontecesse, confesso, porém funcionou para aproximação das outras duas. Uma frase que me deixou contente em ver e que consegue resumir quase tudo é "Gente feliz não inferniza a vida dos outros". Esse enredo traz lições valiosas que nos leva a pensar em como está a vida que levamos. Importamos com o que os outros pensam e julgam a ponto de modificar nossa vida? De uma forma geral, a obra faz querer levantar o braço e com orgulho defender nosso direito universal: liberdade de escolha.

Na parte física, o powerfull feminino começa na capa com tons contrastante de amarelo e preto, e a imagem representada. Somado ao título em destaque, a palavra escolhida e o prefácio primoroso, temos altas expectativas do que poderá vir — sendo todas atendidas. Na parte interna, temos uma diagramação limpa facilitando a leitura, além de trazer na narrativa três pontos vistas que são os das protagonistas. É feito em primeira pessoa.

"Com quem eu deveria me desculpar? Estou sentada na frente de Damien, um babaca famosinho na TV que se julga superior a mim por acreditar que a aceitação de estranhos é mais importante do que aceitar a mim mesma. Mas ele não é superior e por isso não vou fazer o que ele quer." pág. 253

Não leu ainda Vacas? Então está esperando o que? Recomendo para aquelas que se identificam talvez com algo que tenha no conteúdo, ou para quem gosta de assuntos polêmicos. Tem espaço também para aquelas que gostar de analisar o que o volume diz, e para aqueles que querem ler algo para distrair. Vacas é para todas!

site: http://diariasleituras.blogspot.com.br/2017/11/resenha-vacas-dawn-o-porter-harpercollins-brasil.html
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Ingrid.Carvalho 27/08/2020

Razoável
A premissa é boa, porém o desenrolar deixa a desejar. Em alguns momentos você fica incomodado com as situações, poderia ter um desfecho bom mas foi bem razoável.
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Faces EM Livros 18/11/2017

Vacas
Este é um livro feito para mulheres com personagens femininas.Calma... Não é por ai. Não há porque fazer essa distinção, pois a proposta do livro é justamente tratar sobre o emponderamento de em três perspectivas diferentes. Vacas foi lançado pela Harper Collins Brasil assumindo um proposta ousada, já que este foi o ANO para elencar diversos assuntos polêmicos. Sendo um deles: machismo X feminismo. Há décadas as mulheres quebram barreias para assumir um lugar de respeito. Houveram épocas em que o patriarcalismo era muito forte e não cabia a mulher decidir o seu futuro. As rupturas trouxeram novas formas de enxergar o gênero e a classe social. E, é exatamente essa a proposta inicial do livro: mulheres que não precisam ser vistas como frágeis ou princesas, mas donas de si.

Três mulheres que tem muito a dizer, mas não sabem por onde começar. Fica por conta do leitor extrair a melhor interpretação do livro.





Tara é solteira, e segundo a descrição do livro, passa a ideia de que ela permanecerá assim até o final. Ela passa pelo dilema de dividir o seu tempo entre a filha e o emprego. O seu sucesso? Depende disso. O problema é que após quarenta páginas, a vida dela vira ao avesso. Seus problemas só pioram quando fica em maus lençóis após um escândalo, que a coloca como pervertida da internet. Uma mulher que antes era corajosa, independente e fria agora tem que conviver com a perca, má fama, e o pior de tudo: voltar a morar com o seus pais, com 42 anos.

Stella é uma personagem complicada. Não tem o que descrever muito sobre ela, pois a solução para suas dificuldades é a aceitação e busca por um profissional de psicologia. Ela quase não tem visibilidade no enredo, pois é previsível as suas ações. Por outro lado, a personagem que merece destaque na trama é a Cam, porque sua vida foi construída sob suas escolhas e não sob o que a família queria para ela. O ponto chave da narrativa está ai e que se aproxima com a proposta do livro para falar sobre emponderamento, questões acerca do machismo. Cam dedica grande parte do seu tempo para fazer o que gosta e foi por isso mesmo que conquistou o apartamento e emprego dos sonhos. Sua grande dificuldade é deixar seus medos e anseios para trás. Mesmo com a imagem que construiu ela ainda sim tem problemas em para se relacionar com as pessoas.

“Acho que nunca me sentiria solitária. Porque quando você domina a arte de desfrutar da própria companhia, a felicidade vem.”

O livro como um todo tem uma proposta interessante, que nos faz medir e refletir sobre paradigmas sociais. Mas nos enganamos quando colocamos altas expectativas na sinopse, pois a mulher que de fato mais se aproxima com a descrição da obra é a Cam. Só que ela é regrada pelo medo, mas diferente das outras segue em frente.

Ainda sim, temos um enredo cujas personagem desejam viver em um conto de fadas de forma que a princesa sempre tenha o seu final feliz. E ser empoderada não é exatamente isso. Uma leitura mais critica da palavra nos diria que obra tentou cumprir ou ao menos falar sobre um tema muito presente na sociedade de hoje, mas que em determinados pontos deixam a desejar.


O livro tem vários pontos positivos como unir a vida dessas personagens em determinado ponto. A tentativa de falar sobre mulheres que sofrem em um sociedade machista. Sobre uma família que não apoia a decisão de querer seguir por um caminho. São dilemas sociais tão reais que me vi na pele de uma delas. Como por exemplo, o fato de Cam ser bem sucedida mas não desejar o casamento. Me parece que a forma mais atrativa para se ter o "aval" ou a "certidão" de aprovação para alguma coisa é com o casamento. E não é bem assim. Algumas pessoas simplesmente escolheram ser feliz sem precisar se relacionar com outra, sob um mesmo teto. o mesmo acontece com as mulheres que não desejam ter filhos. É óbvio que essas escolhas não a tornam menos mulheres.

“Acabei descobrindo que muitas vezes a melhor terapia é ver outras pessoas sofrendo.”
Deu para perceber a riqueza temática que o livro possui, mesmo com algumas tentativas falhas, ele, ainda sim, tem muito a nos dizer. Seja homem ou mulher, a leitura é válida para adultos que desejam conhecer um pouco mais sobre o assunto. A capa e o título falam por si só quanto irá te causar de impacto emocional. Vacas? Somos todos nós que decidimos desviar dos padrões sociais.

Deixo claro que a nossa intenção não é defender, apoiar ou abrir um debate sobre o feminismo, mas sim, expandir o nosso conhecimento sobre determinados preceitos sociais que de fato chegam a ser ridículos. Se temos a liberdade de escolha, devemos nos ver felizes com elas!

site: http://www.facesemlivros.com/2017/11/resenha-vacas.html
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Raquel.Euphrasio 28/11/2017

Antes: A forma como uma das protagonistas lida com o ato de escrever é tão lindo e inspirador, fiquei encantada com essa parte da história tb!

Que livro! A história conta a vida de três mulheres, mas poderia ser de 10,100,1000 ou infinitas mulheres. Ao longo de toda a caminhada dessas personagens, vamos sendo bombardeada por situações que passamos e/ou conhecemos alguém que passou, muitas delas tão comuns, que se tornaram "banais", mas a autora faz questão de mostrar todo o sofrimento, trauma que isso pode causar e nos estapeia a cada reflexão. É angustiante ler os que essas personagens sofrem, mas reconhecer o problema é o primeiro passo, o que traz esperança de podemos e vamos mudar isso... um dia!

site: https://pipocaazul.wordpress.com/2018/01/21/1297/
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Paula 22/02/2021

Romance daqueles que não tem como parar de ler!
Fui abduzida por Vacas de um jeito que nem esperava. Trama belíssimamente amarrada que deixa tanta curiosidade que só acaba quando termina! ?
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Malucas Por Romances 19/01/2018

Livrão!
QUE LIVRÃO DA PORRA! Tentei encontrar várias frases pra descrever esse livro agora no início da resenha, mas não consegui encontrar nenhuma melhor que essa. Sem dúvidas VACAS é um livro que vou levar pra vida. Nesse livro vamos conhecer Tara, Cam e Stella.

Tara é mãe solo de 42 anos que trabalha como produtora de documentários onde ela tenta nesses documentários desmascarar o assédios em algumas empresas. Tara trabalha em uma empresa onde o machismo impera e luta diariamente com isso. Tara é mãe solo por opção e nunca se arrependeu de sua escolha. Ela além de trabalhar, cuida da casa e é uma ótima mãe, incentivando sempre sua filha a lutar pelo que quer. Tara também sofre preconceitos por ser mãe solo e nesse momento eu senti uma conexão instantânea com ela.
"Ser mãe solteira é estranho. Não só porque todo mundo que você conhece te julga ou se compadece de você, mas porque é preciso pensar em muito mais coisas quando se começa a gostar de alguém."
Cam é uma mulher com mais de 30 anos, blogueira, que não quer casar, nem ter filhos. Bem resolvida em todos os âmbitos de sua vida ela luta sempre pra mostrar que nós mulheres podemos sim ser aquilo que queremos. No seu blog ela faz posts diários sobre tudo aquilo que ela vive e como ela é feliz com suas escolhas. Cam é minha Crush, é a personagem que amei nesse livro, a forma que ela demonstra que precisamos lutar por uma sociedade menos machista é tão lindo (suspiros).
"Na internet, a maioria das pessoas só fala merda. Parte da sobrevivência na era digital exige internalizar totalmente esse fato e Cam está disposta a isso. Mas direitos das mulheres é um assunto delicado. Há uma luta – o feminismo-, mas há vários tipos de mulheres, e agradar a todas é impossível."
Stella está passando por uma fase totalmente difícil, ela acabou de perder a mãe e a irmã gêmea para o câncer e luta diariamente com esse luto que a consome. Stella guarda uma raiva muito grande, e mesmo em um relacionamento fracassado ela sente que não pode ficar sozinha. Além disso, ela sabe que tem o gene que pode desenvolver o câncer, então isso afeta ainda mais a vida dela, em todos os âmbitos. Stella é aquela personagem que você não ama, mas sente que precisa amar. As partes dela são as mais difíceis de ler, até pensei em pular elas, mas a Sabrina do Stalker Literária falou pra não pular, e eu segui direitinho e não me arrependo kkkkk.

Nenhuma delas se conhecem, mas em um ponto da história a história delas se interligam. Tara se envolve em uma confusão e a partir daí o livro me arrebatou. Já estava amando esse livro, mas depois desse episódio eu me apaixonei, principalmente a forma que o assunto foi abordado.

"Como sociedade, precisamos parar de valorizar mulheres por serem mães ou não. Minha decisão de não começar uma família significa que algumas pessoas sempre vão achar que fracasse, que vivo uma tragédia. Mas não há nada de trágico nisso, porque amo a minha vida e estou muito empolgada com o futuro."
A forma como Tara diversas vezes é julgada por ser mãe solo (estou falando mãe solo, mas no livro está escrito solteira o que não concordei, já que seu estado civil não tem nada a ver com a maternidade). Cam é aquela mulher que fala o que pensa e não tem medo de expor suas opiniões, ela realmente está bem e gosta da vida que tem, então pra que mudar? Mas muitas vezes ela é julgada por ser solteira ou não ter filhos, ela sabe lidar bem com a situação, eu já teria mandado se f.... em várias oportunidades kkkkk. Não vou mentir que a forma que a Stella é rancorosa e as coisas que ela faz me desagradou, mas isso foi a forma da autora mostrar um outro lado da vida, e muitas vezes o desespero de muitas mulheres que inclusive estão só e sem o apoio necessário.

RESENHA COMPLETA NO BLOG

site: https://malucaspor-romances.blogspot.com.br/2018/01/resenha-vacas-nem-toda-mulher-quer-ser.html
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Rutinha100czs 04/04/2022

O livro possui um tom feminista, com ideias e preceitos defendidos por nomes desse movimento. No entanto, levanta questões fortes e pessoais que fazem parte da realidade de muitas mulheres atualmente.
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Julys 29/03/2022

Vc não precisa seguir o rebanho
Recebi esse livro como brinde do Clube Skoob e logo fiquei interessada em lê -lo.
Gostei muito das 3 mulheres e suas vidas se cruzando no meio das situações.
Cada uma com seus anseios, sonhos e dificuldades.
Assim ainda é o mundo.. evoluiu mas está a passos lentos...
Mulheres que só serão felizes com a maternidade.
Mulheres e mães que nunca sonharam ser mãe. Mas aceitaram.
Outras não aceitaram a maternidade.
Outras só querem o sucesso profissional e não serem condenadas por serem e pensarem assim.
Mulheres que não querem casar e as que sonham com o príncipe encantado...
Enfim

Todo ser nesse planeta deveria ser livre para ser e fazer o que bem entender com sua felicidade.
Se não é crime pq condenamos uns aos outros?
Não viemos ao mundo com manual de instruções.
Não há pq rotular uma mulher só porque ela é mulher.
Somos tudo o que nossa mente imaginar.

Se ao menos tivéssemos os nossos próprios apoios.
Mas... Mulheres julgam mulheres.

Não queria esse final pra Cam ?
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