A glória e seu cortejo de horrores

A glória e seu cortejo de horrores Fernanda Torres




Resenhas - A Glória e Seu Cortejo De Horrores


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Fabricio282 20/01/2018

Fernanda fez Mario fez tantos
desprentiosa leitura segue fluxo quase contínuo pois as quebras não lineares faz com que voltamos aos fatos para conhecer e detalhar uns fatos da trajetória (pode-se ler sem tanto foco, não irá perder a essência) mundo interno de Mario atual com suas redondezas passadas.
O desenrolar do tempo presente/atual do conto foi o que mais me prendeu na sua fracassada cênica, os problemas com a mãe, a crise pessoal.
O desfecho é o ápice da transgressão com a evolução do que podemos aplaudir.
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Betinha 23/01/2018

Surpreendente
Hoje vou escrever um pouco sobre o livro “A glória e seu cortejo de horrores”, da autora Fernanda Torres.

Fernanda iniciou sua carreira pública como atriz e, depois de receber diversos prêmios por seus papéis no cinema, teatro e televisão, publicou “Fim”, seu primeiro livro, em 2013. Foi por meio dele que tive o primeiro contato com sua obra literária, há dois anos. “Fim” não me surpreendeu, mas “A glória e seu cortejo de horrores” é uma obra excelente, cativante e profunda.

Nesse livro, acompanhamos Mário Cardoso de 60 e poucos anos vivendo uma crise em sua carreira, iniciada pelo fiasco de da peça Rei Lear. Mário escolheu essa peça para marcar seu retorno ao teatro depois de anos atuando em novelas. Financiada pela Lei Rouanet, a apresentação era um show de bizarrices conduzido pelo diretor Stein.

"A velha crítica do principal jornal carioca consumou a tragédia. Estudiosa de Shakespeare, a dama de ferro ganhava a vida assistindo aos Tem bububu no bobobó dos palcos brasileiros. Capaz de perdoar comédias rasas, era acometida de uma agressividade cruel quando escrevia sobre aqueles que, como eu, se dispunham a enfrentar o cânone. Ela abria com meu epitáfio, e terminava a resenha culpando as leis de incentivo à cultura, por permitirem que uma infelicidade daquela chegasse às vias de fato."

Quando decide encerrar as apresentações, o ator tem que pagar as contas, cobrir o prejuízo da peça, enfrentar o ódio de alguns membros do elenco e lidar com seu contador, desaparecido desde que as prestações de contas de Rei Lear não foram aprovadas pelo Ministério da Cultura. A cereja do bolo é o conhecimento dos recentes problemas de saúde de sua mãe.

"Na altura do Jardim Botânico, minha mãe se aprumou no assento, olhou para a rua apreensiva e virou-se para mim. Perguntou quem pegaria o filho na escola. Que filho?, respondi. Como, que filho? ela disse, o nosso. Um frio gelou-me o coração, uma sensação de abandono ameaçadora. (...) Mãe, argumentei, o seu filho sou eu."

A partir de então, são apresentados fatos do passado que mostram Mário desde os primeiros trabalhos no teatro, com viés político, os primeiros elogios ao encenar Tchékhov, a parceria com a atriz Raquel, seu projeto de interpretar Riobaldo, de Grande Sertão: Veredas e, finalmente, a transição para as novelas.

"Quando comecei no teatro, éramos todos de esquerda, adoradores de Brecht, Górki e Arrabal. Dinheiro era sinônimo de desvio de caráter. Mas o mundo mudou e meus amigos duros se transformaram em párias de trattoria, vestidos de bermuda e chinelo, sem plano de saúde, carro ou perspectivas futuras. Enfrentei a frieza deles, mas tive uma colheita farta."

Mário questiona suas escolhas e caminhos percorridos como ator, as consequências de sua ida para a televisão e os desvios que o conduziram para o momento atual.

"Enquanto esperava minha mãe sair do banheiro, duvidei se, em algum momento, eu havia alcançado, de fato, a essência da minha profissão."

Terminei o livro com a impressão de que deveria conhecer melhor os escritos de Shaskepeare, para ter uma experiência mais profunda com esse livro, por isso quero a opinião de leitores que conheçam Rei Lear e Macbeth. Há relação entre as trajetórias dos personagens principais dessas obras?

site: http://pacoteliterario.blogspot.com.br/2018/01/resenha-gloria-e-seu-cortejo-de-horrores.html?m=1
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lucsoa 10/02/2018

?Muitas vezes, invejei a falta de ambição, a realidade simplória dos meus familiares, a capacidade de vibrar pelas razões mais corriqueiras (...). Seguiam à risca o
calendário oficial, emocionados com os reclames de Natal, as estreias das novelas, as mensagens de fim de ano e os desfiles de Carnaval. (...) A alegria de todos era a deles, já que, na prática, não tinham motivos para se vangloriar.
Deve ser bom ser assim, eu pensava, alternando a repugnância pelo estado vegetativo deles com o sofrimento por ter perdido a inocência de outrora."
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dimitriluz 24/02/2018

A derrocada
Como alguém pode expressar tão bem a derrocada e miséria humana. Excelente livro!
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PorEssasPáginas 14/03/2018

(...)

O livro já começa bem, trazendo o início da derrocada de Mario Cardoso de forma hilária. O que deveria ser uma superprodução de Rei Lear e que ele achava que lhe renderia prêmios se tornou O fracasso!

Acompanhamos seus altos e baixos profissionais e pessoais, seu início no teatro em plena ditadura, sua participação no cinema novo e sua ascensão na TV. Num vai e vem entre passado e presente acompanhamos as decisões que o levaram até o presente e o tornaram quem ele é.

(...)

A escrita de Fernanda Torres é sucinta, vai direto ao ponto, mas sem dever nada ao leitor. Com poucas palavras e o recurso de intercalar passado e presente ela nos apresenta um personagem masculino, por vezes vigarista e malandro e você nem se lembra que o autor é uma mulher. Não sou escritora nem crítica de literatura, só uma leitora compulsiva, mas acho esse dom incrível. É quase como ser um camaleão, essa capacidade de fazer um protagonista do sexo oposto narrar uma história de forma totalmente crível!

Mario Cardoso poderia ser qualquer um de vários atores da vida real que vemos na TV, que um dia estão no auge, depois somem, depois aparecem em outra emissora, que fazem trabalhos que deixam óbvio o desespero por um trabalho (tipo, um comercial tosco, como é o caso de nosso protagonista), depois tentam renascer das cinzas.

Este foi o primeiro livro que li de Fernanda Torres e agora, certamente, vou atrás de Fim, seu primeiro romance. Gostei muito das pitadas de humor em meio a desgraça, da visão realista e da falta de pudores ao falar sobre relações familiares, momento político, devaneios de diretores de cinema e dos altos e baixos da vida de um ator. E o título também se encaixa perfeitamente com a história.

Eu diria que este é um livro de ficção realista!
***Resenha completa no blog***

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-gloria-e-seu-cortejo-de-horrores
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Pedro Bonavita 18/04/2018

O humor mal humorado (e negro) de Fernanda Torres
Fernanda Torres demonstra todo seu conhecimento do humor aliado ao mundo que vive pra escrever a história da derrocada de um famoso ator que não soube lidar com o preço da fama (ou da glória).
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Mirelli 23/04/2018

A glória
Como é bom ler quem tem tanta cultura, conhecimento e habilidade para escrever. Um romance fluido e com um protagonista inusitado. Mas o que mais gostei no texto foi a quantidade de informações que obtive do Rio em uma época onde as artes fervilhavam! Adorável Fernanda!
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Leituras do Sam 01/05/2018

Entre aplausos e vaias
De início, já digo que o livro é bom, divertido, bem escrito e superior ao primeiro livro da autora. Gostei e recomendo a leitura.
Mário Cardoso o ex-galã das novelas das 21h, conta suas histórias de glória e horrores, do auge do sucesso até a sua derrocada e enquanto acompanhamos o cortejo de horrores da vida do ator, vamos também conhecendo os bastidores do teatro e televisão durante a ditadura até a atualidade.
Teatro de arena, cinema e novelas, mocinha e vilões, preparadores de atores e diretores, figurinos, novelas bíblicas, propagandas constrangedoras, leis de incentivo à cultura, corrupção, assédio, relação do artista com o público e família, nada escapa da narrativa de Fernanda Torres que encontrou sua maneira de contar histórias, de criar personagens cativantes e nos fazer rir do que é triste.
O livro termiana deixando a "mensagem" de que na vida não existe só glamour e nem só derrotas, mas ambas se cruzam o tempo todo, o título do livro é uma ótima síntese do conteúdo/mensagem: a glória vem seguida de muitos horrores.

@leiturasdosamm
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@eu_rafaprado 19/05/2018

***
7 de 2018
A Glória e seu cortejo de horrores !!! ..... Sempre admirei o trabalho da #fernandatorres , gostei muito do livro #Fim , as crônicas de #Seteanos (Destaco a relacionada a morte de seu pai ?Despedida?, que me tocou muito), agora em #aglóriaeseucortejodehorrores Fernanda se dirige a um clã, atores, quem ama Teatro vai gostar do livro. A história conta a vida de um #ator , galanteador, que desfruta de seus dias de glória sempre acompanhando de horrores... Um retrato potente do Brasil, a partir das errâncias de um ator, dos anos 60 até os dias de hoje...
Sandro Bier 24/05/2018minha estante
Li Fim, gostei muito, já coloquei este na lista!




Michelle.Bonde 14/07/2018

Ser de teatro
Sou atriz e professora de teatro, conhecer as glórias e tragédias no decorrer da vida artística do Mario foi fascinante, a cada momento eu me via torcendo por ele, mesmo que na maioria das vezes ele não merecesse.
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Thiago Barbosa Santos 07/11/2018

Por trás de um grande sucesso, sempre há uma grande tragédia
Fernanda Torres, além de excelente atriz, se revelou uma ótima escritora. O primeiro romance dela, intitulado ‘Fim’, foi altamente elogiado. Por isso, o segundo livro, ‘A Glória e o seu Cortejo de Horrores’, chegou cercado de bastante expectativa. Pode-se dizer que plenamente correspondida.

O enredo é dentro de um terreno que Fernanda Torres conhece como poucos, que é o mundo da dramaturgia, profissão exercida pela escritora quando não está escrevendo. A protagonista é Mario Cardoso, um ator de meia-idade que viveu seus dias de fama e sucesso absoluto interpretando vários papéis marcantes na televisão. Em dado momento da carreira, resolveu sair um pouco da zona de conforto a apostou todas as suas fichas encenando Rei Lear no teatro. Ele abandonou a TV, o contrato que lhe dava estabilidade, enfim, jogou tudo para o alto para viver de forma intensa esta experiência. Porém, a peça foi um fracasso retumbante e lhe deu um tremendo prejuízo.

O malfadado espetáculo queimou de vez a carreira de Mario Cardoso, representou a derrocada dele. O ator passa por sérias dificuldades financeiras e também enfrenta um drama familiar. A mãe, depressiva, tenta o suicídio e passa a precisar de cuidados especiais. Com o restante do prestígio que tinha, consegue apenas emprego em uma novela bíblica em emissora evangélica (qualquer semelhança não é mera coincidência) e vira garoto propaganda de uma marca que o expõe ao ridículo.

É um texto leve, trágico e engraçado ao mesmo tempo, que confirma o imenso talento de Fernanda Torres como escritora. O tema do livro foi inspirado em uma fala constante da mãe dela, a brilhante atriz Fernanda Montenegro, que diz que toda a glória vem acompanhada de um cortejo de horrores. No livro acompanhamos justamente isso com a história de Mario Cardoso, os dias de glória como ator famoso, galã de novela, e posteriormente a derrocada dele no campo profissional e pessoal. Todos os dramas que vive. O ator, em um momento de desespero, acaba sendo responsável pela morte do agente dele e finda vivendo um pesadelo ainda maior.
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Meu perfil literário @reclivros 18/11/2018

Oh, Glória!
Fernanda Torres já tinha arrebatado o meu coração com o romance Fim. Agora, com este último livro, ela ganhou de vez. Ainda acho Fim um pouco melhor. A construção do roteiro, a costura dos personagens me chamou mais a atenção. Masmcomo não gostar deste novo livro?
Ele.cpnta a.historia de um ator, meio falodao, e das consequências que isso vai trazendo para a sua vida pessoal.
Um livro curto, pequeno, mas intenso. Desses que se pega pra ler num fim de sanar e é muito fácil. Super recomendo, mesmo pra que nunca leu Fim ou sequer passou o olho nas crônicas dela. A dica quebrou é pegar esse livro, esquecer todos aspwrsonagensnque ela já interpretou, esquecer de quem ela é filha e mergulhar nessa história.
Boa leitura!
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Wagner 16/12/2018

A NOVELA...

(...) De que vale Shakespeare diante de uma novela das sete? (...)

In: TORRES, Fernanda. A Gloria e seu Cortejo de horrores. São Paulo : Companhia das Letras, 2017. Pg 15.
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Rodrigo.Junta 29/10/2019

Fernanda encarnou um personagem, ator de teatro e com uma certa proximidade do universo afetivo feminino. Ela denuncia isso por exemplo quando o personagem faz um comentário assim: "A alegria era tanta como a de uma mãe casando a filha.". Que homem faria um comentário sensível desses? Foi a primeira vez que "ouvi" essa expressão e me senti feliz por assim ter derrubado um estereótipo machista.
Bem, o livro. É a evolução e o auge. É o ego, absoluto egoísmo e a decadência. O despencar igualzinho ao elevador do hopi hari. O fundo do poço. E lá no fundo do poço, numa cela de cadeia especialmente dividida com pessoas de naturezas diversas, conquista a amizade de uma travesti e sob a curiosa proteção de evangélicos, encontra e descobre a si mesmo. Dantes, o cara rodou pelos melhores palcos e também pelo horário nobre da novela mas só no palco improvisado da cadeia, dirigindo e interpretando Shakespeare é que sentiu-se verdadeiramente realizado.
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