Fome

Fome Roxane Gay




Resenhas - FOME


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Ailauany 05/07/2021

"Quando você está acima do peso, seu corpo se transforma num registro público, em muitos sentidos. Seu corpo está constantemente em exposição. As pessoas projetam narrativas presumidas em seu corpo e não estão nem um pouco interessadas na verdade dele, qualquer que seja essa verdade"
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Lí­lian 30/06/2021

Um livro mto corajoso, pq falar desses assuntos com tanta franqueza deve ter doído muito, nem consigo imaginar o tamanho dessa dor e desafios.
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Pâmela Sampaio 21/06/2021

MEU CORPO É UMA JAULA.
Como também sou uma mulher gorda (de acordo com o meu IMC, obesa mórbida) e alta, ler esse livro foi difícil tanto quanto foi necessário.

Foi difícil ver em palavras coisas que eu sinto, mas nunca falei a ninguém. A raiva, a vergonha, a tristeza de ser, ter, um corpo indisciplinado. Querer se esconder, mas ser impossível passar despercebida. Se preocupar constantemente se estou invadindo o espaço dos outros. As humilhações a cada compra de roupa, viagem, saída.

Como foi perfeitamente descrito pela autora: "Até mesmo os momentos mais felizes da minha vida são enevoados pelo meu corpo e o fato de que ele não cabe em lugar nenhum" (p. 179)


Mesmo que ela tenha destruído minha estrutura emocional, eu nunca irei me arrepender de ter comprado e lido este livro. Talvez eu o leia de novo daqui há um tempo. Espero me sentir diferente sobre mim mesma até lá.
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Karine.Campos 24/04/2021

Fome é um relato duro, cruel e real da vida e do corpo da autora.

Uma história difícil que talvez traga muitos gatilhos sobre gordofobia, estupro, dores... Mas como a maioria das histórias reais, importante!

E o que o torna ainda mais importante é por causa dessa "imposição" de um padrão perfeito que a sociedade de hoje nos exige.
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Brunatf 16/04/2021

Intenso
?Mas também estou dizendo que aqui está meu coração, o que sobrou dele. Aqui estou eu, lhe mostrando a feracidade da minha fome. Aqui estou eu, finalmente me libertando para ser vulnerável e terrivelmente humana. Aqui estou eu, me deleitando com essa liberdade. Aqui. Veja do que tenho fome, e o que minha verdade me permitiu criar?

Um livro corajoso e cheio de gatilhos. Roxanne fala sobre várias dores que marcaram sua história, algumas das quais você se identifica e outras que te ajudam a ter mais empatia. Difícil de ler e, deixo o alerta de novo, cheio de gatilhos.
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Tati.Barsan 13/04/2021

Roxane descreve sua história de uma forma forte e impactante. Saber as dores que um corpo pode carregar ao longo da vida e ser invisível mesmo sendo claramente notório, nos traz a indignação e a consciência que muitas vezes teimamos em não enxergar.
Para mim, FOME foi importantíssimo para o meu processo de desconstrução e conscientização.
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@wesleisalgado 03/04/2021

Independentemente do que eu realize, serei sempre gorda, em primeiro lugar. [Roxane Gay]
A história de uma mulher que após sofre um estupro aos 12 anos de idade, evento que molda toda sua vida a partir de então, se refugia em engordar para se proteger.
O livro literalmente é um espelho para o leitor de todo o preconceito intrínseco, enraizado e não visto que temos, enquanto sociedade, com pessoas obesas. As colocações da autora ao nos contar sua história são muito assertivas e um tapa na cara com luva de pelica, sobre invisibilidade. Não tanto como mulher, que sofreu abuso, mas sim enquanto uma pessoa com obesidade mórbida. Ela nos relata o quanto pessoas assim não são levadas a sério, sendo somente tomadas como piadas. Duvido que qualquer um que leia, e não seja obeso, não praticou, presenciou, ou no mínimo, mesmo involuntariamente, não pensou igual à alguma situação elencada no livro pela autora.
Um relato corajoso e necessário, recomendo!
OBS: Resenha nº 34 do desafio Skoob 2021.
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Iara.Borges 31/01/2021

O livro é mt viceral e um amontoado de gatilhos. Mas é absolutamente importante e traz muitas reflexões necssarias pra nossa sociedade.
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Carla 25/01/2021

Difícil e necessário
Confesso que esse livro é totalmente diferente do que eu esperava, mas a autora é bem sincera e clara sobre como será sua obra logo de cara.
Não é uma leitura fácil (ainda que fluida), mas a sinceridade da autora sobre vários temas polêmicos e tabus é extremamente necessária e realista.
É dividido em vários capítulos curtos, com uma narrativa impecável e uma cruesa e sinceridade de tirar o fôlego.
Recomendo a leitura.
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Wallace17 18/01/2021

Uma leitura impactante
Filha de haitianos de classe média, ótima educação, pais amorosos e atenciosos, irmãos pra compartilhar a infância, Roxane Gay era menina amparada. É uma menina negra de pais imigrantes, mas sabia dos privilégios que tinha. Isso tudo podia ser a garantia vida "normal", feliz e tranquila. Porém, um episódio muda para sempre o seu destino. Aos 12 anos ela é estuprada pelo o namorado e outros meninos monstruosos. Desde esse dia, a menina mergulha numa profunda depressão secreta. Estilhaçada e sem coragem de contar aos pais a violência que sofreu, ela passa quase 30 anos se culpando pelo episódio. Uma das formas de autoflagelação, foi descontar na comida toda dor que sentia. Roxane encontra nisso, um escudo para se tornar invisível a perversão odiosa de muitos homens. Quanto mais gorda ela ficava, mais segura ela se sentia. A família desesperada, tentava entender o que acontecia. Roxane por sua vez, mantinha o silêncio e continuava engordando. E neste processo que Roxane se percebe obesa e começa a sofrer muitos preconceitos gordofóbicos, somados aos raciais que está inerente à pele. Isso a esfarela por completo, autoestima em ruínas, ela acreditava que tudo era punição por conta do estrupo coletivo que sofrera.

Porém, mesmo convivendo com todas estas sombras, ela consegue construir uma carreira acadêmica e torna-se uma escritora reconhecida nos Estados Unidos. A palavra escrita a salvou de martírio maior. Admiro a coragem e a força de expor tantas vulnerabilidades. É uma leitura angustiante, mas é sobretudo uma história de luta e por isso merece ser compartilhada. Afinal, todos os dias o patriarcado destrói centenas de milhares de mulheres no mundo e a história de Roxane Gay é um exemplo de como pode ser a vida de mulher após brutal violência
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fev 13/01/2021

#BingoLitNegra #LeiaNegros #MulheresParaLer #LeiaMulheres

Fome é um livro super forte. Roxane Gay foi extremamente corajosa em expor a sua história e falar sobre o seu corpo de forma tão explícita. Compartilhar-se dessa forma requer muito desprendimento. Se mostrar sem máscaras e segredos atinge um patamar muito grande de vulnerabilidade, eu mesmo não sei se conseguiria.

Roxane Gay compartilha a história de como tornou-se uma mulher gorda. Quais os caminhos que fizeram com que ela chegasse até ali. Primeiro a destruíram quando ela sofreu um estupro coletivo e depois começou se autodestruir por acreditar que dessa forma estaria se protegendo. Criando uma redoma que afastaria todos aqueles que poderiam lhe maltratar.

Não tem como sentir empatia por tudo que Gay passou. É muito sofrimento. Durante a leitura alternei entre tristeza, choque, raiva e me perguntava o motivo dela não ter tido um momento de coragem antes e ter contato tudo o que aconteceu para os pais. Mas é bem aí que está o X da questão. Eu não sei, por mais empatia que tenha, como uma pessoa (no caso uma criança) estuprada se sente. Como esse ato perverso, machista e representação do poder do patriarcado pode afetar a cabeça e o corpo de qualquer pessoa que seja. É simplesmente horrível.

Ler e visualizar como isso tudo afetou Gay é chocante demais. Ela começa a comer e comer e comer e comer pensando isso iria protegê-la, mas também porque lhe dava conforto. Mas isso não foi bem o que aconteceu. E por ela ser retraída e introspectiva só fez que as coisas piorarem. Se tornar uma mulher obesa afetou todas as áreas da vida dela. A relação com a família, as relações amorosas, o trabalho e tudo mais. E isso só aumentar o sofrimento dela.

Gay diz que não quer só ser reconhecida pela o corpo grande que ela possui, mas nós, a sociedade em geral, não lidamos bem com pessoas iguais a ela. Parte do sofrimento dela é porque nós impomos um padrão e acreditamos que pessoas gordas não devem ser quem elas são. A compulsão, a tristeza, a revolta não é culpa só que ela sofreu, mas também do que o mundo impõe.

Fome é um livro sobre tristeza, maldade, gordofobia, estupro, compulsão alimentar. É uma obra humana, corajosa e sobre ser vulnerável. Recomendadíssimo.

O único incomodo foram os capítulos muitos curtos. Fiquem cientes aos gatilhos de estupro e compulsão alimentar.
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Bia 11/01/2021

"O corpo não é uma fortaleza, não importa o que façamos para torná-lo uma. Essa pode ser uma das maiores frustrações da vida, ou seria uma das maiores humilhações? Passo muito tempo pensando sobre corpos e limites, e como as pessoas são obstinadas em ignorar esses limites a todo custo."

Um livro denso, difícil, que traz a vivência de uma mulher atravessada por diversas violências que aconteceram pelo simples fato de existir. Por ser mulher, por ser negra, por ser gorda. E também traz um pouco da dimensão da fala, da elaboração psíquica que foi possível de fazer a partir de sua própria história e de como foi possível viver, por causa de tudo isso ou apesar de tudo isso.
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Bárbara 12/11/2020

Muito bom!
Um livro um tanto quanto pesado, mas necessário ser lido por todos! A autora foi muito corajosa ao expor suas dores, seus traumas por conta de uma violência sexual sofrida, a sua autoimagem, os preconceitos sofridos ao longo dos anos, especialmente após ter sido estuprada e ter decidido engordar bastante, pois assim, ela acreditava estar construindo uma fortaleza e que estava segura atrás da gordura, onde ninguém mais iria tocá-la, machucá-la, e com isso ainda soma-se as cobranças de uma sociedade dura, ditadora que impõe padrões de corpos aos quais "devemos nos encaixar". Mas será mesmo que devemos nos diminuir tanto, nos maltratar, esquecer nossa história de vida, o que nos levou até alí, simplesmente para caber num padrão imposto, por quem nem nos conhece?
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