O arroz de palma

O arroz de palma Francisco Azevedo




Resenhas - O Arroz de Palma


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Stella F.. 05/11/2019

Família e Arroz
O livro nos emociona, nos faz comparar a história da família apresentada no livro, com a nossa própria família, além de nos prender com sua escrita delicada, seu relato simples e gostoso de ler, e com frases marcantes que nos fazem pensar nas muitas famílias que conhecemos e muitas vezes julgamos errada. Certa é a nossa!
Família é prato difícil de preparar. Assim começa a apresentação da família de Antonio, agora com 88 anos, muitas experiências, decepções, erros e acertos e a vontade de reunir o que restou de sua família, com toda a sua diversidade e igual a tantas existentes no mundo.
“São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema – principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência. Não é para qualquer um. [..] Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano – que diria? –solou, endureceu, murchou antes do tempo. [..] E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for,não fique aí reclamando do gênero ou grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte de sua vida. Não há pressa. [...] Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza”.
Cada família tem suas mazelas, qualidades, e cada uma tem uma fórmula de funcionamento que foi se estabelecendo ao longo do tempo. Queremos sempre ter a certeza de tudo, e como já sabemos, nada na vida é garantido, mesmo na família mais perfeita! O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. [...] Família é afinidade, é “Moda da Casa”. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Nosso narrador, filho mais velho de José Custódio e Maria Romana, pais portugueses que casaram em Viana do Castelo em 11 de julho de 1908, com uma chuva de arroz abençoada por Tia Palma e dada aos noivos de presente de casamento. Este arroz – plantado na terra, caído do céu como o maná do deserto e colhido da pedra – é símbolo de fertilidade e eterno amor. Esse arroz veio junto com o casal e a Tia Palma para o Brasil, no ano de 1909. Fez história na família, deu fertilidade, mas também muita dor de cabeça, muitas brigas e discussões. E Antonio se interessava pelas histórias familiares, e se considerava antônimo, diferente de seus irmãos que eram sinônimos. Ele preferia ficar em casa com sua Tia Palma, ouvindo as histórias e participando de seu teatro na tão querida quarta cadeira.
Antonio está sempre tentando fazer com que os irmãos, depois os filhos se interessem pela história do arroz, de como seus pais o tiveram por causa do arroz, como ele e sua esposa Isabel começaram um amor e tantas outras histórias.
Chega o dia do tão esperado almoço em família, para comemorar os 100 anos de casamento dos pais, e Antonio resolve que já é hora de todos terem um pouquinho do arroz, que ficou guardado por tantos anos, e que só uns poucos privilegiados provaram ou usufruíram de seus benefícios. Faz um panelão de arroz com o qual todos se regalam e adoram! Seu irmão então faz um discurso que o surpreende, e o emociona ao mesmo tempo. Não esperava essas palavras, de uma pessoa que parecia não se interessar nem um pouco pela história familiar.
Nicolau conta histórias. Umas, me encantam, porque desconheço. Outras, me surpreender porque o enfoque é diferente. Nicolau valoriza o que me passou despercebido, não dá importância ao que me foi essencial. Bonito ver nossa família assim por outro ângulo. Nossos Portugais também pouco se parecem. O dele, pasmo!, não está em sonhos de latas de azeite, é menos épico, é mais caseiro. Nicolau lembra emocionado a viagem que fez com Amália a Viana do Castelo. Sabe casos engraçadíssimos de primos e tios que lá ficaram. Reproduz lindas conversas que teve com dom Plácido, já bem velhinho, o tio-avô que casou nossos pais. [...] Como pode saber tanto a nosso respeito, o danadinho?! Ciúmes, Antonio? Cuida de ficar feliz aqui no seu canto. A fala é de Nicolau, a luz está toda sobre ele e não há meios de você lhe roubar a cena.
Viver em sociedade é difícil, em família também porque como nos diz Antonio, pode existir amor e amizade, mas afinidade não. Nada disso quer dizer que não sejamos parte dessa nossa família sagrada, destrambelhada família.
E assim como o autor, me despeço de Antonio e de sua família querida. Deu-me um prazer enorme conhecê-la e conviver um pouco com cada um.
Ao se despedir dos personagens o autor nos brinda no posfácio com a explicação para tanta afinidade: É que na essência, somos todos parecidos. Em nossas individualidades – mesmo movidos por vaidades e egoísmos – ansiamos por chegar ao outro, nos identificar com o outro, nos alegrar com o outro. Amar o outro, enfim. É por isso que nos interessamos por histórias caseiras, conversas de cozinha como as de Antonio – lembranças que se repetem sem fim, casos em comum do dia a dia de gente comum. Família somos todos. Em casa, na escola, no trabalho. Em terra nossa ou em terra estrangeira, é o elo familiar, seja ele qual for, que nos dá força, vida e sentido.
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Lucas.Mello 03/04/2020

Leitura deliciosa
Livro com uma historia maravilhosa e que faz refletir bastante sobre a vida e principalmente sobre familia.
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Nayana.Colquhoun 24/02/2023

O arroz de Palma
Uma história sobre família, narrada por Antônio, já octogenário. Me apaixonei pela Tia Palma, que personagem maravilhosa! O arroz de Palma permeia toda a vida do narrador e é um elemento mágico do livro. A história é tão boa, tão gostosa, que foi difícil largar.. A escrita é poética. Recomendo demais!

"Velho é criança de fôlego diferente. Já não lhe interessam as correrias nos jardins, os sobe e desce das gangorras, o vaivém dos balanços. É tudo muito pouco. O que ele quer agora é desembestar no céu, soltar os bichos que colecionou a vida inteira. Os bichos todos - domésticos, selvagens, úteis e nocivos. Os pesados répteis que ainda guarda no coração e as borboletas, peixes e passarinhos, tudo solto lá em cima!"
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VirginiaViana 13/05/2024

Familia e Prato difícil de preparar
Assim o autor Francisco Azevedo começa essa bela obra.
Nesta história o autor explora os causos familiares, ele revela que por trás dos afastamentos, distâncias, podem haver inúmeras emoções envolvidas, nem sempre são as mais bonitas, tais como raiva, inveja, disputa rancor.

O autor também fala da difícil arte de criar os filhos, como é difícil educá-los para eles permanecerem unidos e felizes, parece que essa talvez seja a tarefa mais árdua.

Por isso ele diz frequentemente: Família é prato difícil de preparar.
São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema.?

Além disso, o autor fala dos filhos depois que crescem, que fazem suas escolhas, que muitas vezes tornam incompatíveis administra-las e ao mesmo tempo estarem
Próximos da família? o que se percebe é que a família vai se desfazendo com o tempo e todos, no fim das contas, vão se afastando.

Em algumas ocasiões as famílias se reúnem, nos enterros, quase sempre estão lá? datas festivas também, nunca sabemos quando será o último encontro.
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Debora.Henrique 01/04/2021

Um presente incrível
Um dos melhores romances que já li! Uma história completa, que trás a família toda para o palco. Abrangendo 4 gerações, conta uma história de família, e acerta bem na frase mais compartilhada da obra ?família e prato difícil de preparar?!

Objeto de presentes e/ou indicações entre os amigos todos que o leram após mim, igualmente se apaixonaram no livro!
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Diocely 22/04/2021

Família é prato difícil
Família somos todos!
Família é prato que quando se acaba, nunca mais se repete
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Maria Rolim 18/03/2023

Entre o Céu e a Terra
O livro foi uma supresa extremamente gostosa.
O autor traz poesia em forma de história, delicioso como um almoço de domingo. Acompanhar essa família com seus os ?acertos? e ?erros? fazemos a receita da vida acontecer; existem momentos que parece que o ?prato? vai desandar mas ? entre o Céu e a Terra há fatos que não se explicam? e no final família pode até ser um prato difícil de preparar mas com amor não se estraga.

Obs: não me conformei com a traição de Antônio;
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Shirley 31/08/2021

Arroz de Palma
A história é bem escrita, poética, romântica, descreve uma família com tantas semelhanças as nossas! Há de tudo inveja, predileção, traição, são gente como a gente, só que numa poesia e contemplação que Antônio nós traz, ele é "teatral".
Temos tanto a aprender, somos todos família!
Me ganhou no primeiro capítulo, já nele chorei, família é prato difícil mesmo de preparar.
Recomendo sim!
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Gabi 07/09/2021

Um romance familiar para todas as idades
Antônio, dos altos dos seus 88 anos, nos convida a mergulhar numa história sobre família, daquelas que vai num embalo só.
Uma delícia de leitura.
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Carolina.Buno 07/05/2023

"FAMILIA É PRATO DIFICIL DE SE PREPARAR"
Lindo, sensível e poético ! Gostei muito, mas não amei.
Me lembra bastante a escrita de "Carla Madeira" em alguns momentos.
Apesar de muito bem desenvolvido, com personagens e passagens bem construídas, achei o ritmo do livro um pouco lento.
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Lucas.Macedo 01/12/2021

Ótimo romance de formação!
O livro te transporta para a atmosfera dos personagens de uma forma que dá até para acreditar que eles realmente existiram.

Essa história da construção de uma família cativa logo nas primeiras páginas e não se torna cansativa em momento nenhum, mesmo nos devaneios do narrador.

Gostei muito mesmo! Dificilmente esquecerei a magia do arroz da tia Palma. Queria eu poder ter um punhado... Rs
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Marta 13/01/2022

O melhor livro que já li...
Família é um prato difícil de se preparar...
Antônio é o protagonista dessa história. Enquanto prepara o almoço de comemoração de 100 anos de casamento dos seus pais, Antônio nos convida a conhecer sua história. Uma narrativa belíssima, divertida, emocionante...
Marcos Aurélio 19/06/2023minha estante
Ah você gostou é?




Clarissa 27/01/2022

Esta é a história familiar de Antônio, onde tudo começa a partir da preparação do almoço, que comemorá o centenário da união de seus pais, além da história do arroz.
O protagonista compara o núcleo família ao preparo de um prato de arroz... Que pode ser de várias maneiras, como unidos, solto, sem gosto, saboroso...
Enquanto prepara a comida, Antônio relembra sua vida , seus pais, sua tia Palma, seus irmãos...
É uma ótima leitura, um tema muito comum a todos!
Uma história encantadora e envolvende.
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Fernanda.Malagutti 29/07/2023

Um livro que fala de família
O livro é bom, mas nada que te prenda na história e queira devorar para saber o decorrer e o final. Ele começa bom mas se mantém sem mtas histórias relatando acontecimento de família sem mta profundidade. O fim é previsível e nada mto empolgante. Enfim um livro de histórias familiares.
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Marina 26/03/2022

Acho que quis tanto ler e me decepcionei! Saga familiar e realismo fantástico são dois elementos que muito me atraem. Mas esse livro eu apenas achei enfadonho. Não consegui saborear
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