Ensaio sobre a lucidez

Ensaio sobre a lucidez José Saramago




Resenhas - Ensaio sobre a Lucidez


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Eliezer 31/08/2023

Uma obra fascinante do renomado autor português José Saramago. Neste livro, Saramago mais uma vez mergulha em questões sociais e políticas, explorando a natureza da democracia, a influência do poder e a resiliência do indivíduo diante das adversidades.

A trama se passa na mesma cidade não especificada que foi cenário para outro romance do autor, "Ensaio Sobre a Cegueira". Nesse contexto, o governo local realiza eleições municipais, mas algo extraordinário acontece: a maior parte dos votos é em branco. Isso desencadeia uma reação inesperada por parte do governo, que começa a questionar a ordem democrática e se volta contra seus próprios cidadãos.

A partir desse ponto, o livro explora o poder do Estado em reprimir as vozes dissidentes e como as instituições podem ser corrompidas em nome da manutenção do poder. Saramago lança um olhar crítico sobre a manipulação da informação, a falta de transparência e a luta pela liberdade de expressão. A obra questiona o que acontece quando a lucidez e a consciência cívica se tornam ameaças ao status quo.

A escrita de Saramago, marcada por sua prosa única e falta de convencionalismos, cria uma experiência de leitura distinta. Diálogos longos e falta de pontuação tradicional podem ser um desafio inicial, mas também são características que definem o estilo literário singular do autor.

"Ensaio Sobre a Lucidez" é mais do que uma história; é uma meditação sobre a sociedade, a política e a ética. Saramago utiliza a ficção para examinar o mundo real e para levantar questões profundas sobre a natureza humana e o funcionamento das instituições. O livro também aborda temas como a coragem individual, a solidariedade e a capacidade de resistência em face da opressão.

Em resumo, "Ensaio Sobre a Lucidez" é uma obra provocante que desafia o leitor a refletir sobre os limites da democracia, o papel dos cidadãos na formação da sociedade e o poder corruptor que muitas vezes acompanha o exercício do poder político. A narrativa engajante e as questões levantadas por Saramago fazem deste livro uma leitura estimulante e relevante para os que desejam explorar as complexidades do poder, da cidadania e da consciência em um mundo em constante mudança.
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Apz 17/08/2023

Gostei muito da reflexão que traz né, alguns acontecimentos me deixaram mais ansiosa para continuar a leitura ao mesmo tempo que os parágrafos longuíssimos, juntamente com capítulos geralmente longos, deixavam a impressão de uma leitura infinita. Outro ponto negativo foi a linguagem complexa, palavras bem diferentes e os diálogos, mas ainda assim considero uma leitura extremamente edificante, que mesmo com pouca ação ainda é emocionante quando vamos nos questionando qual será o próximo passo do governo. Fiquei muito curiosa para ler Ensaio Sobre a Cegueira!
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Gio 30/07/2023

Li em pequenas doses, como se já soubesse que seria difícil de digerir. Por mais que eu desejasse que a história terminasse com um final agridoce, eu sabia que era errado, pois a realidade nem sempre é agridoce.
Mas, como o Saramago mesmo disse nesse livro: "A esperança é como sal, não alimenta, mas dá sabor ao pão".
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Virginia.Laurindo 28/07/2023

Todo o enredo é envolvente. O fato de os personagens de "Ensaio sobre a cegueira" também fazerem parte desse ensaio é maravilhoso. O fim é surpreendente.
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Vê Lemes 15/07/2023

Repetitivo
A ideia da história é ótima. Porém, poderia ser um conto que já estaria de bom tamanho. Muitas cenas repetidas. Muitas falas iguais.
Socorro que ele não separa narrador de personagens. Tudo junto e embolado.
Agora sobre a história em si, é um livro divertido. Como a gente se deixa levar por qualquer coisa que saia da normalidade. Faz disso um problema gigantesco.
As soluções mais absurdas para coisas simples. Pré-conceitos que vamos carregando pelo incomum.
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Fernanda631 05/07/2023

Ensaio sobre a lucidez
Ensaio sobre a lucidez foi escrito por José Saramago e publicado em 2004.
Ensaio sobre a Lucidez é uma continuação de Ensaio Sobre a Cegueira, porém um livro com dois pontos de vista e/ou olhares diferentes um que fica logo de cara é a democracia que é regida no país em que se passa na história fictícia e o outro é a cegueira que é contada de uma forma ampla no Ensaio sobre a cegueira, nesse mostra-se um outro ponto de vista, mas reflexivo e crítico em relação a democracia em que todos os cidadãos devem votar para eleger um novo candidato, entretanto neste livro Saramago amplia suas alusões a metáforas para contar de uma forma mais clara como a democracia atual é/pode ser burlada, antiética e afins.
Após quatro anos desde a última eleição, que foi descrita no livro “Um ensaio sobre a cegueira” acontece um novo grande manifesto. No dia da eleição, as pessoas tardam a sair de suas casas para cumprir a obrigação eleitoral e, quando finalmente o fazem, algo incomum acontece. Ao serem contabilizados os votos é declarado que oitenta e três por cento da população votou em branco, uma calamidade! Esse foi o início de um protesto silencioso contra um governo opressor.
Em um primeiro momento conta-se que no dia da votação está uma chuva forte e que só mais tarde os cidadãos vão votar e a maioria vota em branco e não dão nenhuma explicação a isso. Os dois partidos que competiam ficaram com apenas 8 por cento dos votos, igualmente e dessa forma não poderia ser eleito um vencedor. Dadas as circunstâncias, eles decidem refazer a eleição, mas são surpreendidos quando, novamente, o resultado traz uma quantidade muito superior de votos em branco.
Faz-se novamente uma votação 7 ou 8 dias depois da primeira e novamente a maioria dos votos são brancos. Uma ação como essa não parecia ter sido despropositada, então os líderes políticos decidem começar a investigar. Começaram de leve, perguntando as pessoas em quem votaram. Elas, conhecedoras de seus direitos, sempre diziam que tinham direito de manter seu voto em privacidade. Não importava quantas pessoas eram interrogadas, todas sempre tinham a mesma resposta na ponta da língua.
Um caos foi instaurado. A população era resistente em manter o silêncio e o governo era persistente em encontrar o autor desse “crime”. Para eles, havia um responsável por essa ação contra a política e eles estavam dispostos à uma guerra para descobrir o que estava acontecendo e dar um jeito no culpado.
Começaram punindo as pessoas, cortaram o serviço de coleta de lixo. Mas foram surpreendidos quando na manhã seguinte, no mesmo horário, todas as donas de casa saíram em direção à suas ruas, varrendo e recolhendo todo o lixo. Essa era uma resposta silenciosa, retrucando o castigo.
Mas uma pessoa, a ovelha negra do grupo, achou que estavam errados em agir assim e decidiu mandar uma carta para os líderes políticos onde relatava coisas importantes. Foram as palavras dessa carta que conseguiram dar um novo rumo as investigações. Por mais resistência que tinham, o governo não cederia tão fácil.
As pessoas pensando que não poderia piorar o governo vai fazendo coisas revoltosas como prender as pessoas e usar detectores de mentiras para ver o que está acontecendo entre outras coisas para descobrir o porquê a grande maioria votaram em branco.
Até que boa parte da população faz uma passeata em que a população assume ter votado em branco, assim como, toda história pode piorar essa piora e muito, não só ficam sem policiamento como também sem condições de abastecimento e entre outras coisas.
Aqui Saramago nos mostra, por meio da literatura como uma democracia pode tornar-se algo pior do que qualquer coisa que imaginávamos por simplesmente a maioria votar em branco e expressar o que eles queriam. As consequências não são nadas boas nem para os habitantes, nem para os governantes.
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Clio0 02/07/2023

Ensaio sobre a Lúcidez é um tratado de conscientização política.

Todo governo tem apenas o poder que o povo lhe dá. Assim, logo no prólogo, a população de um certo país vota em branco... em massa.

Saramago descreve a confusão dos políticos, a repressão do que alguns considerariam como um ato terrorista contra a democracia e a possibilidade de uma influência internacional (um vago aceno a Revolução Francesa e outros levantes que ainda assombram a Europa).

O que mais chama a atenção no texto são os atos da população que, obviamente, não reage como o proletariado em vias de revolução, mas apenas como um grupo que finalmente entendeu que a inutilização de orgãos públicos é algo possível e passível. É a anarquia de Trotski.

É uma leitura dinâmica, recheada de diálogos paradoxais numa tentativa de imitar o linguajar político. Pode ser difícil acompanhar para quem não estão acostumado com o estilo do autor que quase não utiliza parágrafos e pontuação.

Recomendo.
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Sabrina 16/06/2023

Mais uma vez Saramago expôs o melhor e o pior do ser humano com uma ironia e irreverência que só ele foi capaz de descrever. É incrível começar uma frase com uma reflexão profunda e terminar com uma gargalhada, quanta inteligência, quanta perspicácia. Ideal pra ser lido depois de ensaio sobre a cegueira, pq faz uma interface importante entre as duas histórias, assim não se perde nenhuma referência. Quanta genialidade! A cada livro dele me apaixono mais ??

?É absurdo, é completamente absurdo, Aprendi neste ofício que os que mandam não só não se detém diante do que nós chamamos absurdos, como se servem deles para entorpecer as consciências e aniquilar a razão?
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Ricardo.Silvestre 31/05/2023

Não será o último?
?Num país indeterminado decorre, com toda a normalidade, um processo eleitoral. No final do dia, contados os votos, verifica-se que na capital cerca de 70% dos eleitores votaram branco. Repetidas as eleições no domingo seguinte, o número de votos brancos ultrapassa os 80%?.

?Ensaio Sobre a Lucidez? é um romance que aborda a questão das democracias mundiais na actualidade. O leitor mergulha numa história bastante realista e dramática onde os questionamentos surgem a cada virar de página: até que ponto as democracias são aquilo que pregam? Que papel representam os cidadãos e eleitores? Teremos nós algum poder de decisão ou tudo não passa de uma ilusão?

Eu gosto muito da escrita de José Saramago e aqui, mais uma vez, não desilude. Apesar de se tratar da sequela do também seu livro ?Ensaio Sobre a Cegueira?, são duas histórias diferentes que podem ser lidas sem que seja obrigatória uma continuidade, e está tudo bem.

Uma das coisas que eu também aprecio na escrita do autor neste livro é o facto de não existirem nomes de personagens. Para alguém que como eu tem muita dificuldade em memorizar nomes de pessoas, o facto das personagens serem identificadas através das suas profissões (o inspector ou o primeiro-ministro) ou das suas características físicas (o rapaz estrábico) permite um melhor acompanhamento da trama, principalmente quando existe um grande número de personagens. Para mim funciona.

Escrita inteligente, sarcástica, cheia de observações importantes sobre assuntos do dia a dia fazem com que este seja o meu quarto livro deste autor.
E duvido que seja o último!
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Bruna.Toledo 08/04/2023

Demorei a engatar a leitura nesse livro. O início me pareceu meio devagar e, como Saramago insere os diálogos dentro dos parágrafos, com pouca ou nenhuma pontuação, fica difícil acompanhar o raciocínio. Mas depois que você se acostuma a história flui mais facilmente.

Eu gostei bastante de Ensaio sobre a lucidez. É um livro que permanece muito atual, com interesses políticos guiando toda a agenda dos governantes em detrimento do bem-estar da população. Não é um livro tão emocionante e cheio de reviravoltas como Ensaio sobre a cegueira, mas é uma leitura que vale a pena.
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Karine 05/04/2023

Ensaio sobre a cegueira parte 2
Ensaio sobre a lucidez também um livro sobre a essência humana, assim como o anterior (ensaio sobre a cegueira).
Antes a cegueira branca que despertou o pior que havia nas pessoas, agora a nova epidemia branca que divide a sociedade e cria inimigos fantasmas.
Até onde alguem pode ir quando tem seu orgulho ferido? Até que ponto estará disposto a sacrificar princípios éticos e morais?
Não é uma caricatura de sociedade distópica, é um retrato fiel e crível do melhor e do pior que se pode esperar dos individuos e instituições.
Daqueles livros que se termina a leitura, mas continua a reflexão.
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Dalila 15/03/2023

Meias palavras existem para dizer o que as interas não podem
O Saramago pra mim é uma experiência ambígua pq é difícil de ler e as vezes é difícil de entender, toda a leitura é subjetiva, todo dialogo é indefinido, não tem aspa, não tem travessão, as vezes não tem nem a palavra, ta so lá, a ideia, o conceito, a intenção, mas é tão maravilhosamente envolvente que fica impossível não de deixar levar pelo desenrolar confuso dos pequenos absurdos da imoralidade humana.
A vdd é que eu peguei esse sem muitas expectativas pq não esperava tantas ligações com o ensaio sobre a cegueira, mas as ligações aconteceram e as resoluções foram surpreendentes, a leitura inteira vai levando vc pra esse desfecho e msm assim as palavras te pegam desprevenida quando elas chegam.
Aqui ele se volta pras dinâmicas de poder e como o sistema se reinventa pra se manter em meio à mudanças e revoltas. É mais um mergulho na capacidade humana de descer aos extremos da corrupção moral com tão pouco estímulo. E em como é fácil deturpar a verdade e manipular as escolhas coletivas, msm que o coletivo esteja efetivamente lutando contra essa corrupção.
Não vou mentir demorei pra pegar o ritmo e achei a leitura cansada em alguns pontos, mas depois que a Mulher do Médico entrou em cena a história melhorou muito. Como pode uma mulher sem descrição e sem nome ser tão diva? E o comissário que prometeu nada e entregou tudo (literalmente). Aqui o Saramago macetou muito desenvolvendo personagens com tão pouco. Realmente um clássico literário necessário na vida de um leitor. Recomendo!
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Milena 27/02/2023

?Nascemos, e nesse momento é como se tivéssemos firmado um pacto para toda a vida, mas o dia pode chegar em que nos perguntemos Quem assinou isto por mim.?
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Paulo 19/02/2023

Saramago em momento menos inspirado
Trata-se talvez da obra menos inspirada do Saramago, mas que não deixa de ter o seu valor, principalmente pelo fato de ?conversar? com o excelente Ensaio sobre a Cegueira quando recupera alguns de seus personagens.
Ou seja, vale a pena, ainda que não seja o autor na sua melhor fase, quando trata de uma capital em que a rebeldia se manifesta através do voto em branco.
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