Canção de Ninar

Canção de Ninar Leïla Slimani




Resenhas - Canção de Ninar


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Mari Pereira 06/05/2022

Tenso!
O livro é muito mais tenso do que eu esperava.
Nas primeiras páginas já sabemos o quê aconteceu e quem cometeu o crime. Mas não pense que isso acaba com o suspense. O principal mistério é entender a motivação.
Mas a motivação nessa história não é algo simples de entender. Exatamente porque as pessoas e as relações sociais que elas desenvolvem não são simples. Não é fácil apontar culpados.
Pra mim, o grande trunfo do livro é ter trabalhado com tamanha profundidade um tema que é tão interditado na França: o racismo. Pois na França esse debate não é colocado oficialmente. O máximo que fazem é uma discussão sobre migração. E achei o trabalho da autora em descortinar o racismo por trás de toda essa xenofobia sensacional.
Um livro que certamente vale a pena ser lido. Mas que exige um estômago forte para conseguir chegar até o final.
Janaina 07/05/2022minha estante
Interessou ?




Marina 13/04/2022

Achei uma leitura interessante. Ela começa o livro com um fato chocante e usa o restante das páginas para mostrar como a situação chegou aquele ponto. Nesse processo, ela mostra também um pouco da dinâmica da sociedade francesa contemporânea.
Ludmila 13/04/2022minha estante
Bom saber. Estava na minha lista mas vi umas opiniões não muito boas. Que o livro é lento, enrolando


Marina 13/04/2022minha estante
O livro é curtinho e eu li bem rápido, não achei enrolado. Mas como o livro começa com uma cena chocante, talvez as pessoas esperem que a história seja cheia de suspense e reviravoltas, por isso se frustram




Felipe 30/08/2020

Resenha crítica do livro
Durante o século XV, um conjunto de práticas econômicas e políticas denominado Mercantilismo entrou em vigor. Foi nessa época que o fenômeno da Globalização foi instaurado, marcado por um aprofundamento das relações sociais, econômicas e culturais entre os países, e tendo os seus primeiros passos no momento em que as nações europeias mercantilistas empreenderam grandes navegações em busca de novas terras e riquezas em outros países. O fenômeno da Globalização ainda se faz presente nos dias de hoje, e uma de suas manifestações reside nos movimentos migratórios.

Movimentos migratórios constituem um tema bastante polêmico, o qual suscita várias discussões. No caso da França, ocorre a explosão de intensos e violentos conflitos envolvendo imigrantes e seus descendentes na periferia. Durante um bom tempo, a imigração foi vista como uma solução para a carência de mão-de-obra e para o déficit demográfico no país. Contudo, após a ascensão de determinados grupos na país, há uma visão que é partilhada por uma parcela considerável da população: a de que o país não pode abrigar todos os imigrantes.

É nesse contexto que a franco-marroquina Leïla Slimani, franco-marroquina, concebe “Canção de Ninar”, uma obra atual que venceu diversos prêmios. Além da temática dos movimentos, Leïla problematiza as exigências dos deveres maternos em meio ao crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, as complexidades inerentes ao ser humano e a influência que todas as circunstâncias em que um crime é cometido exerce sobre o seu acontecimento. A história tem o seu início a partir do seguinte trecho:

“ O bebê está morto. Bastaram alguns segundos. O médico assegurou que ele não tinha sofrido. Estenderam-no em uma capa cinza e fecharam o zíper sobre o corpo articulado que boiava em meio aos brinquedos. A menina, por sua vez, ainda estava viva quando o socorro chegou. Resistiu como uma fera. Encontraram marcas de luta, pedaços de pele sobre as unhas molinhas. Na ambulância que a transportava ao hospital ela estava agitada,tomada por convulsões. Com os olhos esbugalhados, parecia procurar o ar. Sua garganta estava cheia de sangue. Os pulmões estavam perfurados e a cabeça tinham batido com violência contra a cômoda azul. “ (SLIMANI, 2016, p.9)

Quem seriam o bebê morto e a menina que resiste a falecer? Quem foi o responsável pelo ocorrido? Diante de que circunstâncias esse incidente veio a tona? Como as pessoas envolvidas se conheceram?

Essas e outras questões têm as suas respostas desenvolvidas no decurso da narrativa.

Confira a opinião e a análise da história no blog

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2020/08/resenha-critica-de-cancao-e-ninar-de.html
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 26/03/2024

Tinha tudo para ser perfeito ?
Olá queridos amigos leitores! Essa semana ando no clima de thrillers psicológicos, então não é surpresa nenhuma que minha última leitura finalizada tenha gatilhos e m0rt3s capazes de abalar os leitores.

Canção de Ninar conta a história de uma família , cujo a mãe Myriam cedeu ao relógio biológico e pensou poder encontrar satisfação plena sendo mãe, mas após dar a luz a um segundo anjinho essa ilusão se desfaz e ela percebe que jamais vai voltar a sorrir se não voltar a trabalhar.
Ela contrata uma babá. Louise, parece ser a pessoa perfeita, se diverte com as crianças, ri e brinca, limpa a casa e começa a a se tornar indispensável para a família.
Até que as crianças são brut4lm3nte assa4ssinadas por ela.
( NÃO É SPOILER ACONTECE NA PRIMEIRA CENA E DEPOIS VAI EXPLICANDO O PORQUÊ)

??????????????

Um livro sensacional com um final que não gostei muito ??

A narrativa é muito bem construída, e os aspectos psicológicos da maternidade e suas contradições foram explorados de maneira ímpar, com um olhar que poucas pessoas reservam a função materna.

Do lado de Louise temos uma babá obcecada por agradar, abdicando de tudo e fazendo diversos trabalhos não atribuídos a sua função sem maior remuneração.
Seus problemas com a filha e alguns acontecimentos de sua vida são trabalhados, mas é aí que entra o meu desgosto com o final da trama ?.

O leitor passa o tempo todo tentando imaginar o que faria uma babá tão perfeita m4t4r essas crianças as quais ela sempre tratou com tanta paciência e devoção, e quando entra uma investigadora para a trama o livro acaba sem nos dar essa resposta.
E nem ao menos temos uma resposta interpretativa como em Verity , por exemplo, em que escolhemos no que acreditar.
Apenas terminamos o livro com um grande ponto de interrogação na mente.

Apesar disso eu indico a leitura, pois os assuntos que a autora desenvolveu são de suma importância, e a forma com que esse livro é escrito vale a leitura.

Canção de Ninar é uma publicação da @tusquetseditores e está disponível em formato digital pela amazon e kindle unlimited.
Katlyn3 03/04/2024minha estante
Simmmm, eu também achei exatamente a mesma coisa, foi bom, mas poderia ser melhor




WJAY 13/10/2020

A literatura está viva
O livro começa com a frase "O bebê está morto" e se desenrola na perspectiva de uma babá. Apesar de ser um tema amplamente discutido entre os leitores mais atentos hoje em dia, a obra mostra como a sociedade pode ser cruel com a maternidade, tanto para a mãe trabalhadora impossibilitada de criar o filho, quanto para a cuidadora da criança, impossibilitada de criar o próprio filho. A autora franco-marroquina aborda o papel dos imigrantes nessa sociedade europeia em um aparente equilíbrio. O enredo se desdobra de forma nada óbvia em um cativante suspense, daqueles que você não desgruda do livro para saber o que vai acontecer.
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Sr. Quadros 06/04/2023

Mediano? e somente isso
A obra traz um tema que tem um potencial extremo para o desenvolvimento de um thriller de tirar o fôlego, entretanto a execução não se mostra tão grande assim. Em diversas partes o livro se torna enfadonho, e apesar de curto me flagrei pensando em desistir da leitura. Traz algumas relações humanas, mas de forma rasa. Um livro para se ler numa sentada, entretanto não vá esperando um thriller envolvente de roer as unhas.
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David 25/07/2018

O silêncio que tudo diz
Assim como um músico trabalha com a mistura dos sons com o silêncio, Leïla Slimani escreve como música.
Em “Canção de Ninar” ela tem uma história que pode, aparentemente, ser resumida em poucas linhas. Mas, para conta-la, a autora não recorre a malabarismos estéticos grandiosos ou mesmo a um tom exageradamente sombrio. Nem é o suspense o que prende o leitor, dado que o fim da história é o começo da narrativa. O que move o livro é o que o texto não diz. Tudo que importa está no silêncio, no que foi deixado por dizer, no subentendido do que nos foi apresentado.
E a escolha por esse artifício é ideal, já que algo parecido acontece com os temas que permeiam a obra: a xenofobia, o machismo, o preconceito de classe. São comportamentos muitas vezes velados, implícitos. Estão tão enraizados na estrutura social que “meia palavra basta”.
Com uma terceira pessoa onisciente, a autora descreve apenas o suficiente para que consigamos entender que sua crítica (e questionamento) vai muito além do casal Massé ou da babá Louise. Ou melhor: nem os atinge, visto que são apenas espelhos da nossa realidade.
“Canção de Ninar” é o silêncio que precisa nos incomodar.
GilbertoOrtegaJr 25/07/2018minha estante
Bela resenha. Gostei muito dele também


David 26/07/2018minha estante
Valeu, Gilberto. Muito bom mesmo o livro


Rosana 07/08/2018minha estante
Gostei da resenha e do livro. Tive essa mesma impressão, da força do não-dito, das sensações que Louise provocava nos patrões e nas crianças. Sensações que eram deixadas de lado em nome da comodidade...


David 07/08/2018minha estante
exatamente, Rosana!


Cris Corradi 05/09/2018minha estante
Adorei sua resenha! Exatamente isso..."o silêncio que precisa nos incomodar".???


Bárbara 13/01/2019minha estante
Adorei sua resenha, parabéns!!
Também dei 5 estrelas para este livro, é uma estória que nos faz refletir muito sobre as coisas e momentos que priorizamos e valorizamos, sobre a posição da mulher como mãe e profissional...
A vida que a babá teve e todos os conflitos internos que a levaram a ter a atitude de matar crianças é algo que nos faz pensar neste livro por dias...
Simplesmente incrível, adorei este livro e a mensagem que ele passa.




Caroline Vital 28/11/2022

Excelente
O mais importante não é o plot, e sim como ele aconteceu.

Desde o início sabemos que a babá matou as crianças. Como era a vida dela, das crianças e dos pais?

Excelente narrativa, tensão crescente e proporciona muita empatia.
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@jana450 04/09/2020

Com quem você deixará seus filhos para ir trabalhar?
Eu particularmente sempre deixei na escola, mas conheço quem prefira deixar com as babás maravilhosas.
O livro mexeu tanto comigo, acredito principalmente por ter uma opinião contrária sobre o assunto, cheguei a sonhar um pesadelo horrível.
Se recomendo!? Você tem babá? Ela é maravilhosa?
Lindinhasue 05/09/2020minha estante
Esse livro é surreal.


@jana450 05/09/2020minha estante
Amei




Ray 21/09/2021

Esperava mais. A leitura é fluida, é rápida e instigante. O tempo todo você pensa na Louise babá e em qual poderia ser o motivo dela assassinar as crianças. Acredito que tenhamos acompanhado a família e a vida da babá em outros aspectos, durante um ano ou dois, e foi legal, mas tudo isso ficou à sombra do crime. Eu estava lendo a convivência deles ESPERANDO chegar, finalmente, no que aconteceu. E isso me frustrou bastante, porque, aparentemente, o suspense não era o foco do livro. Pouco se falou dos assassinatos, do julgamento. Da sentença, então, não foi dito nada. A motivação foi fraca, e não foi esclarecido se ela tinha algum traço que explicasse o ato, como psicopatia, ou se ela realmente APENAS perdeu a paciência e queria se manter necessária para a casa. Esse é o problema do suspense daqui: não conhecemos direito o que levou Louise a fazer isso. A gente pode ter uma ideia, por causa dos pensamentos recentes, e é com isso que vamos ter que nos contentar. Enfim, a leitura foi legal mas não tanto.
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Dheyvison Jr. 26/01/2022

Fiquei perdido.
Achei o clima do livro bom, mas certos termos usados no livro me deixou meio perdido, não fazia ideia do que era Arrondissement, mas a autora deixou bem claro o que ela queria mostrar. Como os imigrantes são tratados, as dificuldades que eles enfrentam.
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Cris 20/05/2021

Maternidade, solidão e preconceitos
"A solidão agia como uma droga da qual ela não sabia se queria abdicar. (...) Na solidão, ela começou a olhar para as pessoas. A vê-las de verdade. A existência dos outros se tornou palpável, vibrante, mais real que nunca. (...) Nas praças, na saída de uma estação de metrô, reconhecia o estranho desfile dos que estão perdendo a paciência. Esperava com eles a chegada de alguém. A cada dia ela reencontrava os companheiros de loucura, falantes solitários, malucos, mendigos." Pág. 86

Um livro que já começa pelo fim. Logo no início, temos a narrativa de uma tragédia que aconteceu na família de Myriam e Paul, um jovem casal francês com dois filhos pequenos - Adam e Mila.

A partir daí, a autora volta no tempo nos contando a vida destes personagens e como as coisas aconteceram para chegar neste ponto do início do livro.

A personagem central da história é Louise, a babá das crianças. Louise foi contratada pela família quando Myriam resolve trabalhar e eles precisam de alguém para cuidar das crianças. Porém, Louise é muito mais do que uma babá. Ela passa a fazer parte da rotina da família de uma forma que eles passam a depender dela para tudo.

Mas quem será esta mulher tão organizada e impecável, que é capaz de transformar completamente a vida desta família?

Aos poucos, vamos conhecendo a história de Louise. Onde ela mora, como é a vida dela. E a cada página, ficamos mais curiosos e surpresos.

Eu adorei esta leitura, sem dúvida, uma das melhores deste ano. A autora foi muito além de analisar um crime, ela nos mostra personagens reais, com seus muitos defeitos e qualidades, além de abordar muitos assuntos importantes ao longo do livro, como imigração, xenofobia, solidão, maternidade e o papel da mulher na sociedade.

Vi muita gente decepcionada com esta história, pois o final é bastante inesperado. Portanto, minha indicação é ler e aproveitar a narrativa, sem se prender à resolução do crime. Eu fui surpreendida positivamente, pra mim, o livro foi melhor do que eu esperava.

"É no meio da tarde que percebemos o tempo desperdiçado, que nos preocupamos com a noite que vai chegar. Nessa hora, temos vergonha de não servir para nada." Pág. 94


site: http://instagram.com/li_numlivro
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babisenberg 16/12/2021

Achei confuso
Não sei muito bem como classificar esse livro... No começo a gente que é mãe se identifica com a mulher que quer voltar a trabalhar e pra isso decide contratar uma ajuda. Mas a estória vai se desenrolando e eu acabei ficando mais perdida do que qualquer outra coisa...
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letíciavmf_ 27/02/2020

decepção
o livro tem uma escrita muito fluida e da pra ler super rápido, ainda mais pq nós já começamos a leitura sabendo que um crime aconteceu, e ficamos instigados a entender o pq disso tudo; porém, eu não consegui entender. juro que quando o livro terminou eu fiquei: "ué, já acabou? como assim?" pq eu realmente não consegui entender a motivação que a babá teve pra cometer os assassinatos. foi um final muito confuso e corrido que me deixou totalmente perdida. parece que a autora simplesmente escreveu aquilo ali sem se preocupar em ligar as coisas. fiquei até com medo de eu mesma ter esquecido algum detalhe, de não ter prestado atenção suficiente...
ainda bem que paguei bem barato nesse livro, pq eu esperava muito mais.
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Ádria Loiola 28/02/2023

No começo eu não entendi nada e no final parecia que eu tava no começo. a escrita da autora é totalmente diferente do que estou acostumada, mas até que fluiu?

desde o começo ficou meio óbvio como se desenrolaria tudo, tinha tantos obstáculos desnecessários, que tudo o que eu queria fazer é pular para o final, porque todo o resto é um pouco desnecessário. entendo a importância da construção dos personagens e da própria cultura que eles estão inseridos, mas tudo é um pouco maçante. o final foi muito confuso, não esclareceu nada e deixou aberto o como e o porquê? mas no todo é um bom livro, pra quem quer sair da zona de conforto é uma boa leitura.
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