Nathalie
21/11/2022Revolucionário para sua época...mas mais uma vez um pouco diferente do que eu esperava.
Eu tinha me decepcionado um pouquinho com "o papel de parede amarelo" dessa autora também, mas não achei um livro ruim. É a mesma situação com esse, até cheguei a dar 3,5 estrelas e depois corrigi para 4 ao reler minhas marcações e entender que houve discussões muito importantes para a época. Entender esse contexto histórico é importante tb.
A princípio, eu achei que os homens, no caso, O homem que narra a história, falava de um jeito esquisito sobre as muheres, como se elas fossem robóticas sei lá. Inclusive eu já imaginava que os homens iriam dar raiva, mas acredito que seja proposital da autora também. O final é mais revoltante ainda. Homem é um bicho podre mesmo. Pelo menos o que narra é mais compreensível.
Eu também não imaginei que a tal terra das mulheres fosse 100% perfeita e tal, mas criei na minha cabeça antes de ler o livro uma imagem que não se projetou exatamente como a da minha imaginação, e foi aí que comecei a entender porque ele não tinha uma nota tão alta, bom pelo menos eu acho que foi por isso. Sem contar que ele começa a ficar repetitivo também.
Apesar de ser curto, não da pra ler ele em um dia como imaginei que daria.
Aumentei minha nota de 3.5 para 4 depois de realmente pensar sobre as coisas ditas naquela época, e acho que vale a pena sim a nota. Principalmente quando se diz respeito à maternidade. Eu acho que indiretamente, Charlotte já iniciava discussões que hoje em dia servem para defender a legaização do aborto por exemplo. Acho que falar num livro (Atenção, pode ser spoiler) que nem todas as mulheres nasceram pra ser mães em 1915, é uma afronta em tanto não?
E eu, como uma mulher que não quer ser mãe, e é julgada por isso, adorei