Analu.Ramos 16/07/2022
?Seja o amor da sua vida?
Confesso que comprei o livro pelo título, mas me decepcionei.
Apesar de existirem textos profundos, o livro conta histórias de amor do escritor Guilherme Pinto. São lindas, emocionantes, mas a minha frustração veio porque não era o que eu esperava. Quando comprei e comecei a ler, esperava que fosse encontrar algo que me ensinasse sobre amor próprio, mas não foi isso que entendi do livro quando li. Foram poucos textos que me motivaram e me chamaram a atenção, mas a maior parte do tempo achei o livro cansativo. Infelizmente, não me prendeu!
Deixarei registrado partes do texto que mais mexeu comigo.
Título: ?Será que caso ou compro uma bicicleta.?
?Casar é propósito de crescimento, compromisso com a lealdade, uma proposta de envelhecer ao lado de alguém, de ser o subsídio nas horas turvas e de doar os olhos quando as circunstâncias cegam o companheiro. Unir-se a alguém é muito mais que uma aliança dourada no dedo, a mudança de status nas redes sociais ou contar com uma pessoa a mais para pagar as contas. O casamento vai além do ?sim? no altar e do juramento ?na saúde e na doença? ou ?até que o divórcio os separe.? Pra mim, quem casa é porque já não consegue mais morar em si e precisa do outro pra ter uma segunda acolhida. É como uma compra a prazo, com parcelas de convivência com os defeitos, com as manias e trejeitos. Um bambolê de personalidades distintas.?
?O amor é nutrido com carinho a qualquer momento e sexo sem hora marcada por arquitetos que constroem a continuidade do encantamento.?
?Ter uma bicicleta é ótimo, mas eu sugiro que você também se case. O dia em que o casamento estiver tenso e pesado, pegue sua companheira e saia por aí a fim de refrescar a mente. Desgaste os pneus da bike, e não o relacionamento. Traia apenas o caminho que você costumava fazer antes. Mude a rota. Explore novos horizontes. Grite de raiva e chute o quadro quando ela inventar de deixar a correia escapar bem no meio de cruzamento. Grite! Xingue! Ame e odeie a sua magrela. Deixe-a num canto quando ela estiver muito enjoada, esqueça-se dela por um tempo e depois pegue-a de novo. Porque com a bicicleta dá! Dá e pode. Agora, no casamento, na primeira esquecida um dos pneus já vai furar. No segundo grito o da frente já esvaziou. Na terceira esquecida, na quarta briga, na quinta confusão, no sexto xingamento os pneus já estão murchos, os freios frouxos e a lataria enferrujada por falta de cuidado. Aí, minha amiga, não adianta tapar o furo com a tachinha. Nem implorar para o moço da manutenção trazê-lo de volta.
Cuidar do que é seu é uma tarefa para qual você foi ensinada desde pequena, e a regra se aplica em todas as situações. Cuide e se dedique ao afeto de quem está ao seu lado. Então, case! Case e também compre uma bicicleta.