Cris
18/11/2021True crime, investigação e incertezas“Eu preciso ver o rosto dele. Ele perde seu poder quando conhecemos seu rosto.”
Este livro é para leitores que gostam de ler histórias de “true crime”.
Em meados das décadas de 1970 e 1980 uma série de crimes assustou várias cidades na região da Califórnia, nos Estados Unidos.
O criminoso estuprou cerca de 50 mulheres e matou mais de 10 pessoas, sumindo sem deixar vestígios.
A autora deste livro, Michelle McNamara era uma jornalista que se interessava por investigar casos policiais sem conclusão, e este caso brutal despertou seu interesse.
Por vários anos, ela se dedicou a investigar amadoramente este caso, com a ajuda de vários outros detetives da internet. E o resultado de sua investigação, nós vemos neste livro.
A autora trouxe suas perspectivas sobre o caso, contou a histórias de várias vítimas e parentes de vítimas, trouxe a visão de policiais que se envolveram no caso e além disso, ela nos contou muito sobre sua vida pessoal.
Infelizmente, a autora faleceu em 2018, antes de conseguir publicar este livro, e antes que o caso pudesse ser desvendado. Não vou dar muitos detalhes sobre a história (que é muito bizarra), porque vale a pena descobrir o que aconteceu lendo o livro.
O marido da autora junto com outro autor e um dos colaboradores de investigação de Michelle juntaram material de pesquisa da autora e conseguiram publicar o livro.
O livro gerou um documentário incrível que está disponível na HBO Max, o documentário ficou perfeito, trouxe vários depoimentos interessantíssimos e nos mostra melhor sobre a finalização do caso, que deixou a desejar no livro.
Recomendo muito o livro pra quem gosta de conhecer este tipo de história, mas gostaria de deixar claro que o livro traz temas muito sensíveis que podem não agradar a todos os leitores. Apesar disso, a autora fez um excelente trabalho, sem permitir que o sensacionalismo dominasse a sua narrativa, contando histórias das vítimas de forma muito humana.
“Assassinos em série com motivação sexual não param de matar, a não ser que alguém os detenha”
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